quinta-feira, setembro 21, 2017

New York Post - Anne Frank pode não ter escrito o famoso Diário

Diário de Anne Frank - testes levados a cabo nos laboratórios do Departamento Federal de Investigação Criminal Alemão (BKA) mostraram que partes do Diário foram escritas com esferográfica. Como as esferográficas não estavam disponíveis antes de 1951, o BKA concluiu que estas partes teriam sido acrescentadas posteriormente [após a morte de Anne Frank em 1945].



Tradução do artigo:

New York Post – 9 Outubro 1980 - Al Fredricks

Anne Frank pode não ter escrito o famoso Diário

Um relatório do Departamento Federal de Investigação Criminal Alemão (BKA) indica que partes do Diário de Anne Frank foram alteradas ou acrescentadas depois de 1951, lançando dúvidas sobre a autenticidade de todo o Diário, divulgou o semanário alemão der Spiegel.

O Diário, um relato diário da angústia de uma jovem judia e da sua família escondidos na sua casa em Amsterdão durante a invasão nazi, comoveu milhões de pessoas.

O manuscrito foi examinado por ordem de um tribunal alemão ocidental na sequência de uma acção judicial por difamação interposta por Otto Frank, pai de Anne e o único membro da família a sobreviver aos campos de concentração, contra Ernst Roemer por este ter divulgado a alegação de que o livro era uma fraude.

Esta foi a segunda acção judicial contra Roemer, de há muito um crítico do livro, segundo Frank. Na primeira acção judicial, o tribunal decidiu a favor de Frank que considerou que o testemunho de historiadores e grafologistas era suficiente para autenticar o Diário.

Contudo, em Abril, pouco tempo antes da morte de Otto Frank a 19 de Agosto, o manuscrito foi entregue aos técnicos do BKA [Departamento Federal de Investigação Criminal Alemão] para ser examinado.

O manuscrito, na forma de três cadernos de capa dura e 324 páginas soltas atadas a um quarto caderno, foi examinado com equipamento especial.

Os resultados dos testes levados a cabo nos laboratórios do BKA mostram que partes do Diário, especificamente do quarto volume, foram escritas com esferográfica. Como as esferográficas não estavam disponíveis antes de 1951, o BKA concluiu que estas partes teriam sido acrescentadas posteriormente [após a morte de Anne Frank em 1945].

O exame do manuscrito, contudo, não descobriu nenhuma prova conclusiva que possa pôr fim às especulações sobre a autenticidade dos três primeiros cadernos [do Diário].

segunda-feira, setembro 18, 2017

Exemplos da caligrafia de Anne Frank escritos com poucos meses de intervalo. É possível acreditar que estes dois textos tenham sido escritos pela mesma pessoa?

Anne Frank


The New York Times – 8 de Junho de 1989: "[Em resposta aos detractores que afirmavam que Anne Frank não tinha escrito o Diário], o Governo holandês, após de anos de investigação, provou pela primeira vez a autenticidade do diário de Anne Frank até ao último detalhe."

"A escrita de Miss Frank [Anne Frank] foi analisada minuciosamente por especialistas, assim como amostras de sua escrita e de 78 das suas colegas de turma. Os especialistas levaram em conta que, por vezes, Miss Frank usava uma caligrafia cursiva normal [palavras com as letras ligadas - cursive lettering] e, às vezes, um estilo de caligrafia desconectado [letras separadas - disconnected printing style]".

"Usar umas vezes uma caligrafia cursiva e outras vezes uma caligrafia desconectada é uma característica comum "aplicável à escrita dos jovens", disseram os especialistas. As amostras de sua escrita estão incluídas no livro para sustentar a conclusão de que o diário foi realmente escrito apenas por Anne Frank."



A seguir, dois exemplos de caligrafia atribuídos a Anne Frank. A acreditar nas datas, estes dois textos foram escritos com quatro meses de intervalo. Podem-se comparar separadamente os próprios textos e as assinaturas de Anne:

O primeiro texto, escrito quatro meses antes do segundo, é um fac-símile [cópia exacta] da epígrafe do Diário (Jornal de Anne Frank). Mostra uma caligrafia adulta e cursiva - palavras com as letras ligadas [cursive lettering]:




O segundo texto é um fac-símile de um texto escrito quatro meses depois por Anne Frank na parte de trás de uma de suas fotografias (Journal de Anne Frank). Revela uma caligrafia mais infantil e desconectada [letras separadas - disconnected printing style]:




O Diário de Anne Frank (clicar para aumentar)

quinta-feira, setembro 14, 2017

Um dia (em 1869), os judeus Marcus Goldman e Samuel Sachs decidiram criar um banco...

À esquerda, Marcus Goldman (1821 – 1904), nasceu em Trappstadt, Baviera, Alemanha, e imigrou para os Estados Unidos em 1848. Era de uma família de Judeus Ashkenazi.

À direita, Samuel Sachs (1851 – 1935), nasceu no estado de Maryland nos Estados Unidos e era filho de imigrantes judeus da Baviera, Alemanha.


Sede do banco Goldman Sachs em Manhattan



Afinal, o Goldman Sachs manda no mundo?

"Sou um banqueiro a fazer o trabalho de Deus". É a forma como o presidente do maior banco de investimento do mundo vê a sua missão no comando do Goldman Sachs. Mas na opinião de um número cada vez maior de pessoas, o "trabalho de Deus" do Goldman Sachs é a encarnação do lado negro da força em Wall Street. E há até quem defenda que é este banco que manda no mundo e não os governos.

"Eu concordo com a tese de que os bancos, e especialmente o Goldman Sachs, se tornaram demasiado poderosos na medida em que influenciam a nossa política, a nossa economia e a nossa cultura", referiu o autor de "Money & Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World", William D. Cohan, ao Outlook. E o poder do Goldman Sachs nos centros de decisão política até lhe valeu a alcunha, dada por banqueiros concorrentes, de Government Sachs. O banco liderado por Lloyd Blankfein conta com um exército de antigos funcionários em alguns dos cargos políticos e económicos mais sensíveis no mundo. E o inverso também acontece, o recrutamento de colaboradores que já desempenharam cargos de decisão.

Alessio Rastani transformou-se num fenómeno. O 'trader' em 'part-time' surpreendeu tudo e todos numa entrevista à BBC. Além de vários cenários catastrofistas sobre a crise, Rastani defendeu que "este não é o momento para pensar que os governos irão resolver as coisas. Os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo". Bastaram pouco mais de três minutos para tornar Rastani num fenómeno na Internet. O vídeo tornou-se viral e levantou a controvérsia sobre o poder que o banco liderado por Lloyd Blankfein tem na economia e na política.

Esta semana, numa entrevista ao "Huffington Post", Rastani teceu uma série de ideias sobre o papel do Goldman no mundo. E diz que as teorias da conspiração que aparecem sobre o banco não são uma coincidência: "Os governos dependem dos bancos, os bancos dependem dos governos. A relação é tão cinzenta e quem controla quem? Quem é o marionetista e quem é a marioneta? As pessoas podem ter as suas ideias sobre isto. Eu apenas expressei a minha perspectiva", disse.

Rastani não é o primeiro a atacar o papel do Goldman no mundo. Em Abril de 2010, um jornalista da "Rolling Stone" escreveu um artigo que se tornou famoso, tanto para os contestatários ao banco como para os que defendem o Goldman e utilizam a caracterização feita pelo repórter para ironizar com os detractores do banco. Matt Taibbi descreveu o Goldman como um "grande vampiro" que se alimenta da humanidade, com um apetite sanguinário implacável por tudo o que envolva dinheiro.


Daniel Oliveira - Expresso

- Resumindo: em todos os momentos fundamentais da desregulação económica e financeira do mundo e da Europa e da transformação do projeto europeu no monstro que hoje conhecemos encontramos gente da Golman Sachs… Porque um dos ramos fundamentais da atividade deste colosso é a compra da democracia, pondo os Estados a decidir contra os seus próprios interesses, roubando o sentido do nosso voto e entregando o poder que deveria ser do povo a quem tem dinheiro para o pagar. São um verdadeiro partido invisível, um poder acima das nações que regula as nossas vidas independentemente das nossas vontades. Privatiza o que é nosso, vende lixo aos Estados, armadilha leis, governa em favor de poucos e premeia quem lhe preste vassalagem.

quinta-feira, setembro 07, 2017

Na Segunda Guerra Mundial, quem bombardeou primeiro o outro? A Alemanha ou a Inglaterra?


F.J.P. Veale, autor e jurista britânico, escreveu no seu livro «Advance to Barbarism»: "Os Comandantes Aéreos Britânicos ... argumentaram que o resultado desejado de reduzir a produção industrial alemã seria mais facilmente alcançado se as casas dos trabalhadores das fábricas fossem destruídas. Se os trabalhadores alemães se mantiverem ocupados a tratar do enterro das mulheres e dos filhos, a produção irá provavelmente cair."

Antes da Segunda Guerra Mundial, havia um acordo global de que não seriam realizados bombardeamentos terroristas (de civis). No entanto, entre 1940 e 1945, sessenta e uma cidades alemãs com uma população total de 25 milhões de pessoas foram destruídas ou devastadas provocando cerca de 3 milhões de mortos, entre as quais 500 mil crianças, numa campanha de bombardeamentos que foi inquestionavelmente iniciada pelo governo britânico:

James M. Spaight (1877-1968), CBE [Commander of the Most Excellent Order of the British Empire], Secretário Principal do Ministério da Aviação Britânico no seu livro «Bombing Vindicated» - «Bombardeamento [da Inglaterra] Justificado»:



"Hitler apenas empreendeu relutantemente o bombardeamento de alvos civis britânicos três meses depois de a RAF [Royal Air Force] ter começado a bombardear alvos civis alemães. Hitler estava disposto, a qualquer momento, a parar o morticínio. Hitler estava genuinamente ansioso para chegar a um acordo com a Grã-Bretanha que limitasse a acção dos aviões às zonas de combate... "

"… A retaliação era certa se levássemos a guerra para a Alemanha ... havia uma possibilidade razoável de que a nossa capital [Londres] e os nossos centros industriais não seriam bombardeados se nos abstivéssemos de atacar os da Alemanha ... Começámos a bombardear objectivos no território alemão antes dos alemães começarem a bombardear objectivos no território britânico ... "

"… Porque tivemos dúvidas sobre o efeito psicológico da distorção propagandista da verdade - de que fomos nós quem iniciou a ofensiva do bombardeamento estratégico, escolhemos não dar à nossa óptima decisão de 11 de maio de 1940 [de bombardear a Alemanha], a publicidade que ela merecia."



Estava-se no fim da Guerra. A cidade de Dresden tinha 750.000 habitantes mais um sem-número de refugiados. Três dias de bombardeamentos consecutivos, de noite e de dia, devastaram uma área de 34 km quadrados. O cálculo do total de mortos variou entre os 35.000 e os 500.000. Em 2008, mais de 60 anos depois, uma comissão de historiadores vem dizer que só morreram entre 18.000 e 25.000 pessoas neste bombardeamento (para não fazer sombra ao "holocausto judeu").

A 27 de Julho de 1943, Hamburgo foi destruída e morreram entre 45.000 e 55.000 civis, 30.000 deles eram mulheres e crianças.

segunda-feira, setembro 04, 2017

A incongruente política de extermínio levada a cabo pelos nazis


É alegado que Anne Frank morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen devido ao tifo em março de 1945. Se o propósito dos nazis fosse exterminar todos os judeus, é muito estranho que Anne e a sua irmã Margot tivessem sido enviadas primeiro para o Campo de Extermínio de Auschwitz-Birkenau em setembro de 1944, e que, em dezembro de 1944, tenham sido transferidas para Bergen-Belsen, um Campo de Convalescença para onde eram trazidos prisioneiros de outros campos de concentração, demasiado doentes para trabalhar. [Jewish Virtual Library]

Todas estas transferências das duas irmãs - do Campo de Westerbork na Holanda, para o Campo de Auschwitz-Birkenau na Polónia, e depois para o Campo de Bergen-Belsen na Alemanha, parecem demasiado incongruentes com a política de extermínio nazi. Como é que em tempo de guerra total, quando a Alemanha estava a ser bombardeada noite e dia, quando os transportes e o abastecimento de alimentos e outros bens estavam a ser tão severamente dificultados dentro da Alemanha, se procedia a esta política de movimentação contínua de prisioneiros judeus, de um lado para o outro, para os exterminar?

Bombardeamento da Alemanha pelos Aliados