sexta-feira, outubro 30, 2015

Fernando Madrinha: Os partidos políticos e os governos que deles emergem tornaram-se suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais




O jornalista Fernando Madrinha iniciou o seu trajecto profissional em Maio de 1975 no Diário de Notícias. Permaneceu no DN até Dezembro de 1988, trabalhando sempre na área de «Política Nacional», nomeadamente como redactor-editorialista (1983/1988). Em regime de acumulação com o DN, foi colaborador de O Jornal (1983/1984), do Jornal do Comércio (1987/1988) e do programa de Informação «Vigésima Quarta Hora», na Rádio Comercial (1987/1989). Teve ainda uma participação regular no programa «Clube de Imprensa» (1987/1988), na RTP2, e foi comentador-residente dos programas «Artur Albarran» (1992) e «Jornal Nacional» (1993), ambos na TVI.

Em Janeiro de 1989, integrou a redacção da revista Sábado e, em Junho do mesmo ano, ingressou no Expresso, semanário de que foi um dos sub-directores entre 1995 e 2004. De Julho de 1999 a Fevereiro de 2004, manteve uma coluna semanal de opinião no Diário Digital. Director do Courrier Internacional desde a sua fundação, em Abril de 2005, acumulou essas funções, até Dezembro de 2008, com as de redactor-editorialista do Expresso.


Em 1/9/2007 (há cerca de oito anos - um ano antes da «Crise Financeira Mundial»), Fernando Madrinha escreveu no Jornal Expresso que «o Parlamento e o Arco da Governação» não passam de um bando de prostitutos a soldo do Grande Dinheiro e cujo objectivo é espoliar os cidadãos portugueses:


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"Para um breve retrato deste nosso país singular onde cada vez mais mulheres dão à luz em ambulâncias - e assim ajudam o ministro Correia de Campos a poupanças significativas nas maternidades que ainda não foram encerradas -, basta retomar três ou quatro notícias fortes das últimas semanas. Esta, por exemplo: centenas e centenas de famílias pedem conselho à Deco porque estão afogadas em dívidas à banca. São pessoas que ainda têm vontade e esperança de cumprir os seus compromissos. Mas há milhares que já não pagam o que devem e outras que já só vivem para a prestação da casa. Com o aumento sustentado dos juros, uma crise muito séria vem aí a galope."

Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. Daí que os manda-chuvas do Millenium BCP se permitam andar há meses numa guerra para ver quem manda mais, coisa que já custou ao banco a quantia obscena de 2,3 mil milhões de euros em capitalização bolsista. Ninguém se rala porque, num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho acabará por voltar às suas mãos."




"Na aparência, nem o endividamento das famílias nem a obesidade da banca têm nada a ver com os ajustes de contas na noite do Porto. Porém, os negócios que essa noite propicia - do álcool que se vende à droga que se trafica mais ou menos às claras em bares e discotecas, segundo os jornais - dão milhões que também passam pelos bancos. E quanto mais precária a situação das tais famílias endividadas e a daquelas que só não têm dívidas porque não têm crédito, mais fácil será o recrutamento de matadores, de traficantes e operacionais para todo o tipo de negócios e acções das máfias que se vão instalando entre nós."

"Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas - as da tal «silly season», em que os jornalistas estão sempre a dizer que nada acontece - são notícias de mau augúrio. Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestruturação, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais. Quem pode voltar optimista das férias?"


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Sou da opinião que tanto os «banqueiros», como os «políticos» a soldo como os «comentadores mediáticos» venais merecem ser condenados à morte por Alta Traição. E já sabemos que não podemos contar com a «Justiça» para nada. Têm de ser os cidadãos a fazê-lo com as suas próprias mãos...


segunda-feira, outubro 26, 2015

Paulo Morais - Abuso da maioria. Não tem sido por falta de maiorias que o País chegou a este estado. Mas sim por falta de seriedade e por desrespeito pelas minorias.


Paulo Morais é candidato anunciado às eleições presidenciais de 2016


Paulo Morais é licenciado em Matemática, tem um MBA em Comércio Internacional e é doutorado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Porto. Foi vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, de 2002 a 2005, tendo sido responsável pelos pelouros do Urbanismo, Acção Social e Habitação. Regressou então ao ensino e ao seu combate de sempre pela denúncia dos mecanismos de corrupção em Portugal. É professor na Universidade Portucalense e investigador no InescPorto. Integrou o grupo de trabalho para a revisão do Índice de Percepções da Corrupção, levada a cabo pela Transparency International. Foi perito no Comité Europeu Económico e Social. É perito do Conselho da Europa em missões internacionais sobre boa governação pública, luta anti-corrupção e branqueamento de capitais.


Publicou os livros “Porto de Partida, Porto de Chegada”, “Mudar o Poder Local” e “Da Corrupção à Crise”. É docente do ensino superior nas áreas da Estatística e Matemática e director do Instituto de Estudos Eleitorais da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias do Porto. É vice-presidente da Direcção - Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), com o mandato suspenso desde 13 de Março de 2015, a seu pedido, por período indeterminado. Pediu a suspensão do mandato de vice-presidente da TIAC para se candidatar à presidência da República.

Tem fortemente denunciado, em diversos meios de comunicação social, a corrupção e a promiscuidade entre os poderes políticos e os poderes económicos, e a inconstitucionalidade preconizada por alguns escritórios de advogados, ao serem redactores das leis nacionais, e ao mesmo tempo representantes nos meios judiciais de entidades que se deparam com essas mesmas leis.


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Abuso da maioria. Não tem sido por falta de maiorias que o País chegou a este estado. Mas sim por falta de seriedade e por desrespeito pelas minorias.


As legislativas aproximam-se e são cada vez mais os atores políticos que secundam a opinião de Cavaco Silva: reclamam um resultado de maioria, que gere estabilidade governativa. Discordo em absoluto, pois foram as maiorias que nos trouxeram à crise e a miséria. Todas as maiorias governativas são de má memória: Cavaco, Guterres, Sócrates e Passos. Foi com Cavaco Silva no governo que se desbarataram fundos europeus sem critério, se começou a instalar a promiscuidade entre negócios e política e se assistiu à instalação da corrupção no regime. Os dinheiros do Fundo Social Europeu para formação foram desviados para o bolso de alguns. A política era dominada por Duarte Lima, Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Em maioria.

Cavaco Silva, Duarte Lima, Dias Loureiro e Oliveira e Costa


Foi Guterres que, apesar de prometer "no jobs for the boys", permitiu a entrada na Administração Pública de milhares de boys sem concurso. Na enxurrada, Guterres engordou a Administração. Dominavam a política socialista Jorge Coelho, Pina Moura, Armando Vara e Sócrates. Tudo gente séria, portanto. Em maioria. Foi já a maioria absoluta de Sócrates que celebrou os contratos ruinosos das dezenas de parcerias público-privadas que comprometem as contas públicas até 2035. Foi também Sócrates que nacionalizou o BPN, assumindo todos os prejuízos e deixando intactos os bens dos responsáveis pelo descalabro do banco.

António Guterres, Jorge Coelho, Pina Moura, Armando Vara e José Sócrates


Também Passos Coelho dispôs de uma confortável maioria, em coligação com Paulo Portas. Aproveitou esse poder absoluto para privatizar sem critério e ao desbarato a REN, a EDP, EGF, CTT, ANA e TAP. Entregou o ouro ao bandido e fê-lo sem sentido estratégico ou patriótico. Hoje os chineses dominam a energia elétrica em Portugal, num modelo neocolonial em que os colonizados somos nós. Os aeroportos são controlados pela mesma empresa que detém as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, pelo que as entradas na capital estão fora do controlo público, uma verdadeira ameaça à nossa segurança.

Passos Coelho e Paulo Portas


Não tem sido, pois, por falta de maiorias que o País chegou a este estado. Mas sim por falta de seriedade e por desrespeito pelas minorias.


quinta-feira, outubro 22, 2015

Anne Frank - um exemplo da incompreensível rotatividade dos prisioneiros judeus pelos diversos campos de extermínio nazis


Sendo Auschwitz o maior, o mais completo e o mais perfeito dos campos de extermínio nazi, dispondo de cinco enormes câmaras de gás que chegavam a gasear 20 mil pessoas por dia, porque é que dos oito residentes da casa de Anne Frank e que foram levados para Auschwitz, cinco deles foram transferidos para outros campos e dos três que ficaram, um sobreviveu, outro morreu na enfermaria e só um foi gaseado (segundo um único testemunho de um dos residentes da casa)? 





A história de Anne Frank começa na Alemanha dos anos 20. Os seus pais, Otto Frank e Edith Holländer casaram-se numa sinagoga no dia 12 de Maio de 1925. Nove meses depois, no dia 16 de Fevereiro de 1926, a primeira filha do casal, Margot, nasceu em Frankfurt am Main. No dia 12 de Junho de 1929, nasceu Annelise Frank (Anne Frank).


Em 1933, com a subida ao poder de Adolf Hitler, a família Frank decidiu mudar-se para a relativamente segura Amesterdão, na Holanda. Para tanto, no verão desse ano, Edith, Margot e Anne Frank foram morar com a avó materna Holländer, em Aachen, enquanto o pai, Otto Frank, partiu para Amsterdão para organizar as coisas. No dia 5 de dezembro de 1933, Edith e Margot, a mãe e a irmã de Anne Fraank, mudaram-se para Amesterdão. Em Fevereiro de 1934, Anne Frank juntou-se aos pais em Amesterdão.

No verão de 1937, a família Van Pels trocou Osnabrück na Alemanha, por Amesterdão. No dia 1 de Junho de 1938, Otto Frank em parceria com Hermann van Pels inaugurou a Pectacon B.V., especializada na produção de ervas utilizadas no tempero de carne. No dia 8 de Dezembro do mesmo ano, Fritz Pfeffer trocou a Alemanha pela Holanda. Em Março de 1939, a situação dos judeus na Alemanha começou a ficar intolerável.

Mesmo com muitos membros do Partido Nazi presentes no seu território, a Holanda tratava muito bem os seus refugiados judeus e os Frank sentiram-se seguros juntamente com seus vizinhos judeus.

No dia 5 de Julho de 1942, Edith Frank recebeu um documento registrado convocando Margot Frank para ir para o campo de trabalhos forçados de Westerbork, na Alemanha.

Diante de tal facto, Otto Frank, o pai de Anne Frank, decidiu antecipar a ida da família para o esconderijo localizado em Prinsengracht, 263 (local onde funcionava seu escritório e que desde o ano anterior estava sendo preparado para se tornar esconderijo da família caso fosse necessário).

A 13 de Julho de 1942, a família Van Pels, Hermann, Auguste e Peter, mudou-se para o Anexo Secreto. No dia 16 de Novembro, Fritz Pfeffer chegou ao esconderijo como o oitavo clandestino.

Durante dois anos os moradores do Anexo Secreto fizeram parte de uma grande família, morando num confinado espaço e vivendo sob o constante medo de serem descobertos pelos nazis e pelos seus simpatizantes. Foi durante este período que Anne Frank escreveu o seu famoso diário.

A 4 de Agosto de 1944 o Anexo Secreto foi invadido de surpresa pela polícia nazi e os moradores foram presos.


Depois de presos, os oito moradores do Anexo Secreto foram levados para uma prisão em Amesterdão e no dia 8 de Agosto foram transferidos para Westerbork, um campo de triagem para judeus no norte da Holanda. A 3 de Setembro de 1944 foram todos deportados para Auschwitz (Polónia), onde chegaram no dia 6 de Setembro de 1944. À chegada ao campo de concentração de Auschwitz, Anne Frank e os outros sete residentes do Anexo foram poupados à morte nas câmaras de gás.


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A família Frank

Otto Heinrich Frank, pai de Anne Frank, foi o único dos oito moradores do Anexo a sobreviver, sendo libertado de Auschwitz pelo Exército Vermelho no dia 27 de Janeiro de 1945. Otto Frank morreu em Basileia, Suiça, no dia 19 de Agosto de 1980 com 91 anos.




Edith Hollander Frank, mãe de Anne Frank, morreu com 44 anos na enfermaria de Auschwitz-Birkenau, no dia 6 de Janeiro de 1945.






Margot Frank, a irmã mais velha de Anne Frank, foi transferida, por volta de 28 de Outubro de 1944, com Anne Frank e Auguste van Pels de Auschwitz para Bergen Belsen, campo de concentração perto de Hannover (Alemanha), onde morreu com 18 anos, possivelmente no final de Fevereiro de 1945, vítima da epidemia de tifo que matou milhares de prisioneiros no local. O seu corpo foi provavelmente enterrado nas valas comuns de Bergen Belsen.


Anne Frank foi transferida, por volta de 28 de Outubro de 1944, com a irmã e Auguste van Pels de Auschwitz para Bergen Belsen onde morreu com 16 anos, possivelmente no final de Fevereiro ou início de Março de 1945, vítima de tifo. Provavelmente o seu corpo também foi enterrado nas valas comuns do campo que foi libertado por tropas inglesas a 12 de Abril de 1945.




A família van Pels

Hermann van Pels morreu nas câmaras de gás de Auschwitz, de acordo com o único testemunho de Otto Frank, em Outubro ou Novembro de 1944, com 55 anos. Pouco depois as câmaras de gás foram desactivadas.






Auguste van Pels, esposa de Hermann van Pels, foi transferida de Auschwitz com Anne e Margot, por volta de 28 de Outubro de 1944, para Bergen Belsen. Em Fevereiro de 1945 foi transferida para Buchenwald, depois foi transferida para Theresienstadt em 9 de Abril de 1945, e aparentemente foi transferida para outro campo de concentração depois disso. É certo que não sobreviveu (???), mas não se sabe a data de sua morte.



Peter van Pels, filho dos Pels, foi forçado a participar da marcha da morte de Auschwitz a 16 de Janeiro de 1945 até ao campo de concentração de Mauthausen, Áustria, onde, segundo a Cruz Vermelha, morreu no dia 5 de Maio de 1945, com 18 anos, três dias antes do campo ser libertado pelas tropas americanas.





Fritz Pfeffer

Fritz Pfeffer foi transferido de Auschwitz para Sachesenhausen e novamente transferido paro o campo de concentração de Neuengamme, onde morreu no dia 20 de Dezembro de 1944, com 55 anos, com uma inflamação nos intestinos.







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Em suma

Dos oito prisioneiros judeus, principais personagens do diário de Anne Frank, apenas três permaneceram em Auschwitz com sortes diferentes:

1 - Hermann Pels foi «gaseado» em Auschwitz segundo o «único testemunho» de Otto Frank (o pai de Anne Frank).

2 - Edith Frank, mãe de Anne Frank, morreu na enfermaria de Auschwitz.

3 - Otto Frank, pai de Anne Frank, sobreviveu a Auschwitz, sendo libertado pelo Exército Vermelho.


Os outros cinco elementos foram todos transferidos, alguns por diversas vezes:

4 e 5 - As irmãs Margot e Anne Frank foram transferidas de Auschwitz para o campo de concentração de Bergen Belsen, onde morreram de tifo.

6 - Peter Pels foi transferido de Auschwitz para Mauthausen onde morreu três dias antes do campo ser libertado pelas tropas americanas.

7 - Fritz Pfeffer foi transferido de Auschwitz para Sachesenhausen e depois para Neuengamme, onde morreu com uma inflamação nos intestinos.

8 - Auguste Pels foi transferida de Auschwitz para Bergen Belsen, depois para Buchenwald, depois para Theresienstadt, e aparentemente para outro campo de concentração depois disso. Pensa-se que não terá sobrevivido.


Questão

Se o objectivo dos nazis era exterminar judeus, como se explica que deste grupo de oito judeus que se encontrava em Auschwitz, o local de extermínio nazi por excelência, apenas um tenha sido «gaseado», de acordo com o «único testemunho» de Otto Frank? E porque andaram os outros a saltar de campo em campo (tendo a senhora Auguste Pels passado por cinco campos de extermínio diferentes)?

segunda-feira, outubro 19, 2015

A colossal corrupção política em Portugal exposta na Grande Entrevista da RTP a Paulo Morais (actual candidato a Presidente da República).



Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012


[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...].

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."


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A grande corrupção em Portugal na Grande Entrevista da RTP com Paulo Morais (actual candidato a Presidente da República).

Nesta entrevista é descrita toda a corrupção dos Partidos Políticos do Poder (ou melhor, do Arco da Corrupção), desde Cavaco Silva até hoje. São descritos minuciosamente os crimes e nomeados os criminosos, sem papas na língua.

Em suma, Paulo Morais fala da Expo 98, dos Estádios do Euro 2004, das Parcerias Público-Privadas, do Urbanismo, dos Grandes Escritórios de Advogados, dos Submarinos, das Privatizações, dos Bancos, da Dívida, etc.

Paulo Morais é vice-presidente da TIAC (TIAC – TRANSPARÊNCIA E INTEGRIDADE, ASSOCIAÇÃO CÍVICA é uma organização não governamental que tem como missão combater a corrupção. A TIAC é a representante em Portugal da rede global anti-corrupção Transparency International),

Paulo Morais, é o convidado da Grande Entrevista da RTP Informação de 26 de Novembro de 2014. Face aos escândalos de corrupção que teimam em vir a público, o que deve o país fazer para assegurar um sistema político limpo e uma justiça atuante? Entrevista de Vítor Gonçalves.

Neste Vídeo, publicado a 26/11/2014 na RTP, é tudo posto a limpo. Os Portugueses ficam a saber quem são os criminosos e as falcatruas assassinas que provocaram as dificuldades imensas que assolam os portugueses.


Clicar em: Vídeo RTP


sexta-feira, outubro 16, 2015

A confirmar-se o genocídio de seis milhões de judeus pelos nazis, dever-se-ia ter instalado o novo Estado de Israel em território retirado à Alemanha (por exemplo, a área a branco no mapa)



Com uma solução territorial deste tipo, ter-se-ia evitado o desterro constrangido de milhões de judeus para a atrasada e desértica Palestina, e edificava-se um estado sionista na Europa Central, com quatro fronteiras a ocidente – Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França – e fazendo fronteira com a Alemanha a oriente e a sul, dispondo ainda de bons acessos ao mar a norte. Enfim, um país privilegiadamente localizado para um povo criminosamente martirizado (subtraído a um povo ominosamente culpado).





Não se confirmando o «holocausto» judeu na Alemanha, a criação do novo Estado de Israel na Palestina faz muito mais sentido:



Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o Sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico.

Em 1896, o livro "Judenstaat" ("O estado judaico") de Theodor Herzl, líder do Movimento Sionista, foi traduzido para inglês. Herzl pregava que o problema do anti-semitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo pudessem reunir-se e estabelecer-se num Estado nacional independente.

Fundado formalmente em 1897, o sionismo abarcava uma grande diversidade de opiniões sobre onde deveria ser fundada a nação judaica, tendo-se pensado de início estabelecê-la no Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados apropriados.

A chamada diáspora judaica, ou seja a dispersão dos judeus pelo mundo, foi o principal argumento de ordem religiosa a reivindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina. No entanto, o argumento da expulsão [dos judeus da Palestina], é contestado por alguns sionistas, porque que não coincide com os registos históricos que dão como certo que, muito antes das deportações romanas, a grande maioria do povo judeu já se tinha helenizado e migrado espontaneamente ou que nem sequer teria retornado à Palestina após o cativeiro na Babilónia.

A Inglaterra expressou o seu apoio ao sionismo com a Declaração de Balfour, que colocou em prática com a aquisição do mandato sobre a região por ocasião da perda dos territórios pelo Império Otomano como consequência da Primeira Guerra Mundial, dando início a um aumento substancial da migração de judeus para lá durante duas décadas até 1945, migração esta que se acentuou com a "solução final" que levou os nazis a «exterminarem mais de seis milhões de judeus» durante a Segunda Guerra Mundial sob o governo de Hitler.

A Declaração de Balfour consta de uma carta escrita a 2 de novembro de 1917 pelo então ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, dirigida a Lord Rothschild comunicando-lhe o seu empenho em conceder ao povo judeu facilidades na povoamento da Palestina no caso da Inglaterra conseguir derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava aquela região.

A França e a Itália, aliadas de Londres na Primeira Guerra Mundial ratificaram voluntariamente a Declaração de Balfour, evitando que o Oriente ficasse sob administração exclusiva do Império Britânico. Os Estados Unidos aprovaram-na somente em Agosto de 1918.

Observe-se que o objectivo primordial do sionismo, que consistia no estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, de tal forma que a Liga das Nações (Mandato de 1922) assim como a ONU aprovaram desde logo os princípios básicos do sionismo, aliás extensível a qualquer povo da terra. Esta simpatia aumentou, e muito, após a descoberta do genocídio de judeus praticado pelos nazis alemães, sobretudo a partir de 1944, até ao final da Segunda Guerra Mundial.




Muito antes do governo de Hitler ter começado a restringir os direitos dos judeus alemães, os líderes da comunidade judia mundial declararam formalmente guerra à "Nova Alemanha" numa altura em que o Governo Americano e até mesmo os líderes judeus na Alemanha estavam a aconselhar prudência na forma de como lidar com o novo regime de Hitler.



A guerra dos líderes da comunidade internacional judia contra a Alemanha não só provocou represálias por parte do governo alemão mas também preparou o terreno para uma aliança económica e política entre o governo de Hitler e os líderes do movimento sionista que esperou que a tensão entre os alemães e os judeus conduzisse à emigração maciça dos judeus para a Palestina. Em suma, o resultado foi uma aliança táctica entre os Nazis e os fundadores do moderno estado de Israel - um facto que muitos hoje prefeririam ver esquecido.

A primavera de 1933 testemunhou o começo de um período de cooperação privada entre o governo alemão e o movimento sionista na Alemanha e na Palestina (e mundialmente) de forma a aumentar o fluxo de imigrantes judeus-alemães e dinheiro para a Palestina.

Para os líderes sionistas, a tomada do poder por Hitler ofereceu a possibilidade de um fluxo de imigrantes para a Palestina. Antes, a maioria dos judeus alemães que se identificavam como alemães tinham pouca afinidade com a causa sionista de promover o agrupamento da Judiaria mundial na Palestina. Mas os Sionistas compreenderam que só um Hitler anti-semita tinha capacidade para empurrar os judeus alemães anti-sionistas para os braços do Sionismo.

O actual lamento mundial dos partidários de Israel (já para não mencionar os próprios israelitas) sobre "o Holocausto", não ousam mencionar que tornar a situação na Alemanha insustentável para os judeus - em cooperação com o Nacional Socialismo alemão - fazia parte do plano.

Este foi a génese do denominado Acordo de Transferência (Transfer Agreement), acordo negociado em 1933 entre os judeus sionistas e o governo Nazi para transferir 60 mil judeus alemães e 100 milhões de dólares para a Palestina Judaica, em troca do fim do boicote mundial judeu que ameaçava derrubar o regime de Hitler.

De acordo com historiador judeu Walter Laqueur e muitos outros, os judeus alemães estavam longe de estar convencidos de que a imigração para a Palestina era a resposta. Além disso, embora a maioria dos judeus alemães tenha recusado considerar os Sionistas como seus líderes políticos, é certo que Hitler cooperou com os Sionistas com a finalidade de implementar a solução final: a transferência em massa de judeus para o Oriente Médio.

Edwin Black, no volumoso livro «O Acordo de Transferência» (The Transfer Agreement) (Macmillan, 1984), declarou que embora a maioria dos judeus não quisesse de forma nenhuma ir para a Palestina, devido à influência do movimento sionista dentro da Alemanha Nazi a melhor forma de um judeu de sair de Alemanha era emigrando para a Palestina.

As denúncias das práticas alemãs contra os judeus para os assustar e obrigarem-nos a ir para a Palestina serviu os interesses sionistas, porque só com o advento de hostilidade alemã para com a Judiaria se poderia convencer os judeus do mundo que a imigração [para a Palestina] era o único escape.

Para todos os propósitos, o governo Nacional Socialista foi a melhor coisa que podia acontecer ao Sionismo na história, pois "provou" a muitos judeus que os europeus eram irreprimivelmente anti-judeus e que a Palestina era a única resposta: o Sionismo veio a representar a grande maioria dos judeus somente por artifício e cooperação com Adolf Hitler.


Israel, o maior e único porta-aviões americano que é impossível afundar

Nalguns aspectos claramente demarcados, o actual apoio dos Estados Unidos ao governo israelita corresponde aos interesses próprios americanos. Numa região onde o nacionalismo árabe pode ameaçar o controle de petróleo pelos americanos assim como outros interesses estratégicos, Israel tem desempenhado um papel fundamental evitando vitórias de movimentos árabes, não apenas na Palestina como também no Líbano e na Jordânia. Israel manteve a Síria, com o seu governo nacionalista que já foi aliado da União Soviética, sob controlo, e a força aérea israelita é preponderante na região.

Como foi descrito por um analista israelita durante o escândalo Irão-Contras, onde Israel teve um papel crucial como intermediário, "É como se Israel se tivesse tornado noutra agência federal [americana], uma que é conveniente utilizar quando se quer algo feito sem muito barulho." O ex-ministro de Estado americano, Alexander Haig, descreveu Israel como o maior e o único porta-aviões americano que é impossível afundar.

O alto nível continuado de ajuda dos EUA a Israel deriva menos da preocupação pela sobrevivência de Israel mas antes do desejo de que Israel continue o seu domínio político sobre os Palestinianos e que mantenha o seu domínio militar da região.

Na realidade, um Estado israelita em constante estado de guerra - tecnologicamente sofisticado e militarmente avançado, mas com uma economia dependente dos Estados Unidos, está muito mais disposto a executar operações que outros aliados considerariam inaceitáveis, do que um Estado Israelita que estivesse em paz com os seus vizinhos.

Israel recebe actualmente três mil milhões de dólares por ano em ajuda militar dos Estados Unidos.


Em suma, um pequeno grupo de famílias que controla há mais de um século a alta finança mundial edificou uma sólida base militar, sob a forma de um Estado Judaico, junto das maiores reservas energéticas do planeta e do estratégico Canal de Suez:




quarta-feira, outubro 14, 2015

O «problema» duma Maioria de Esquerda - mais uma fantochada engendrada pelo Arco da Corrupção: PS + PSD + cds. Como se estes não fossem todos financiados pelo mesmo Dinheiro e não obedecessem aos mesmos ditames...


Ontem (13/10/2015), vi (em zapping) os telejornais e os subsequentes debates na SIC Notícias, TVI24 e RTP3 sobre a possibilidade dos Sucialistas (não é erro ortográfico) se aliarem aos extremistas, estalinistas, maoístas e terroristas do Bloco de Esquerda e do Partido comunista para formarem governo.



Dois "comentadores" ligados ao «Arco da Corrupção»

Não se viu ninguém do BE ou do PCP. Todos os «comentadores sociais-democratas» foram unânimes em considerar a coisa uma infâmia, porque:

1 - O partido ou a coligação vencedora é que deve governar.

2 - Porque os extremistas, estalinistas, maoístas e terroristas do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista não devem ter lugar numa «Social-democracia».


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Bom, e partindo do princípio que o partido sucialista está de boa fé (o que não é credível):

1 - Umas eleições não são um campeonato de futebol em que o primeiro classificado ganha a taça. Umas eleições legislativas são onde os portugueses depositam os seus votos nos partidos da sua preferência.

Imaginando que só há cinco partidos e que o 1º classificado tem 100 votos, o 2º = 80 votos, o 3º = 60 votos, o 4º = 40 votos e o 5º = 20 votos, então, por exemplo, o 1º e o 4º classificados teriam 140 votos, menos que o 2º, o 3º e o 5º = 160 votos. Se estes três partidos quiserem governar em coligação têm toda a legitimidade para o fazer porque representam a maioria do povo português.

E convém não esquecer que a Abstenção aumenta de eleição para eleição e tem a maioria. Estes portugueses estão também a dar a sua opinião: estão a dizer que a «democracia representativa» é uma burla e que só representa os Grandes Interesses. Nestas eleições a coligação (PSD + cds) teve apenas 22% dos votos e a Abstenção 45% (mais do dobro). Aliás, a Abstenção representa já quase metade de todo o eleitorado, coisa que os «comentadores» se esquecem ingenuamente de referir: 



2 - A revolução de 1917 na Rússia foi há quase 100 anos e mesmo a tentativa de tomada de poder pelos comunistas em Portugal foi em 1974 - 1975, há mais de 40 anos. Todos eles já estão reformados ou morreram. O «fantasma comunista» já desapareceu há muito.


3 - Aliás, são hoje os programas do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista que estão mais próximos da social-democracia tipo escandinava - a forma mais avançada de organização social que já existiu nos tempos modernos.





Por outro lado, o PS + PSD + cds (O Arco da Corrupção) representa a Máfia Financeira Mundial e respectivas agências. São eles os terroristas criminosos que destroem e mandam para a miséria países e povos inteiros. Olhe-se para a Europa e o Mundo e veja-se o que tem acontecido com as supostas «crises financeiras» por todo o lado.


domingo, outubro 11, 2015

De como o Grande Dinheiro, através de comentadores a soldo, consegue fazer com que milhões de pessoas votem a favor da sua própria desgraça...


O objectivo supremo da propaganda é conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão [Emil Maier-Dorn].


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Vá... Vá lá... Não custa nada: «A Austeridade é boa para a economia»... Mais uma: «Cortes nos salários e nas pensões são bons para o Crescimento»... Só outra: «A privatização de empresas lucrativas do Estado é saudável para o país»... Só mais uma: «As pessoas estão pior, mas o país está muito melhor»... E esta para acabar: «Não sejas piegas, tu aguentas... Ai aguentas, aguentas...»...


Um batalhão de vendidos...


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Mário Soares (numa das raras ocasiões em que a boca lhe fugiu para a verdade) acerca dos Media no Programa "Prós e Contras" [27.04.2009]:

Mário Soares: [...] «Pois bem, agora um jornal, não há! Uma pessoa não pode formar um jornal, precisa de milhares de contos para formar hoje um jornal e, então, para uma rádio ou uma televisão, muito mais. Quer dizer, toda a concentração da comunicação social foi feita e está na mão de meia dúzia de pessoas, não mais do que meia dúzia de pessoas

Fátima Campos Ferreira: «Grupos económicos, é

Mário Soares: «Grupos económicos, claro, grupos económicos. Bem, e isso é complicado, porque os jornalistas têm medo. Os jornalistas fazem o que lhes mandam, duma maneira geral. Não quer dizer que não haja muitas excepções e honrosas mas, a verdade é que fazem o que lhes mandam, porque sabem que se não fizerem aquilo que lhe mandam, por uma razão ou por outra, são despedidos, e não têm depois para onde ir.» [...]

sexta-feira, outubro 09, 2015

Quadratura do Círculo ou Dueto (PS + CDS) de interesses mal-amanhados?


Quadratura do Círculo (SIC Notícias)

Jorge Coelho à esquerda e Lobo Xavier à direita

Enquanto ministro das Obras Públicas, Jorge Coelho atribuiu mais de mil milhões de euros em concessões rodoviárias a consórcios liderados pela Mota-Engil. Depois de abandonar o Governo, Jorge Coelho assumiu as funções de presidente da comissão executiva e vice-presidente do grupo Mota-Engil. Lobo Xavier, por seu turno tem ligação à Sonaecom (dona do Jornal Público e onde é gestor de topo), ao BPI (presença na administração) e à Mota-Engil (como vogal não executivo do Conselho de Administração).


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Paulo Morais - Professor Universitário



Sociedades secretas. Mas o que é mesmo necessário é que todos os atores públicos revelem as suas afiliações às sociedades de advogados.


As firmas de advogados é que são as verdadeiras sociedades secretas em Portugal. Representando interesses privados aos seus clientes, estão no entanto envolvidas na feitura de Leis, dominam a política, condicionam a comunicação social. Mas os seus membros intervêm no espaço público, normalmente disfarçados.

Uma das mais poderosas é a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados. Lança jovens na política, como os atuais governantes Assunção Cristas e Mesquita Nunes. Na próxima legislatura, garantirá a sua presença no Parlamento com a eleição do centrista Mendes da Silva. É sócio da firma de Lobo Xavier, que comenta na SIC política e economia, sem que os espectadores se apercebam das suas ligações ao Grupo Mota-Engil [empresa de onde, curiosamente, Jorge Coelho deixou há pouco as funções de presidente da comissão executiva e vice-presidente do grupo], ao BPI e a outros tantos interesses.


«Comentadores» que defendem interesses próprios e dos amigos

Paulo Rangel    -     António Vitorino    -    Marques Mendes      -      Proença de Carvalho


Comentadores e políticos são também Paulo Rangel e António Vitorino, sócios da firma Cuatrecasas. O primeiro nunca se coibiu de comentar a privatização da TAP, negócio em que a sua sociedade estava envolvida. No dossiê TAP, faturou também a Abreu, cuja maior vedeta é Marques Mendes. São estas sociedades de causídicos que produzem a legislação que mais prejudica os contribuintes, como a das ruinosas parcerias público-privadas, elaboradas na Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva, do socialista Vera Jardim, a que sempre deu nome o ex-Presidente Sampaio. Jardim debate na rádio com Morais Sarmento, ligado aos interesses dos clientes da PLMJ, de José Miguel Júdice. A lista é infindável. A Uria Menendez representa, através de Proença de Carvalho, os interesses de Eduardo dos Santos, Ricardo Salgado e José Sócrates. Proença faz comentário político na TSF sem revelar a quem serve. Como preside à Administração do ‘Jornal de Notícias’ pode censurar vozes incómodas aos negócios dos seus clientes.

Exige-se, a cada passo, que atores públicos revelem as suas ligações à Maçonaria, para assim evidenciarem cumplicidades secretas. Talvez não fosse mau. Mas o que é mesmo necessário é que todos revelem as suas afiliações às sociedades de advogados, pois são estas as verdadeiras irmandades do regime.



Maçonarias - Organizações onde os «irmãos» se dão as mãos uns aos outros para facilmente irem trepando pelas malhas do Poder e do Dinheiro acima...

segunda-feira, outubro 05, 2015

Resultados das Eleições Legislativas 2015: há cerca de dois milhões de retardados em Portugal a votar contra si próprios...


O objectivo supremo da propaganda é conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão [Emil Maier-Dorn].


Na imagem, uma das milhões de vítimas da «AUSTERIDADE»



Os dados publicados pelo INE, demonstram como a pobreza e a desigualdade se agravaram nos últimos quatro anos em consequência da política seguida pela Coligação PSD + CDS. Segundo os últimos dados apurados, Portugal está mais pobre em resultado da «Austeridade», responsável pela destruição de emprego e do aumento da precariedade no trabalho, pela diminuição do nível de vida por cortes e pela diminuição nos salários, nas pensões e outras prestações da segurança social, e ainda ao agravamento dos impostos sobre os rendimentos do trabalho e pensões, degradação na educação, degradação nos cuidados de saúde, etc., etc., etc.

Sabe-se que o total de votos na coligação PSD + cds foi de dois milhões, sessenta mil, cento e oitenta e seis pessoas (2.060.186), cerca de 738 mil pessoas a menos do que nas últimas eleições de há quatro anos (2011) e que se devem ter distribuído pela Abstenção, pelo PS, pelo Bloco de Esquerda, etc..

Politólogos calculam que o total pessoas que beneficiaram de conexões com a Coligação PSD + cds: financeiros recapitalizados, industriais e empresários com negociatas por baixo da mesa, tipos engajados nos partidos da Coligação e gente cujos empregos dependeram de uma cunha da Coligação - rondaria os cerca de sessenta mil, cento e oitenta e seis pessoas (60.186).

E quem tem queda para a matemática facilmente chegará à conclusão que 2.060.186 menos 60.186 dará aproximadamente dois milhões de pessoas (2.000.000).

Donde facilmente se concluiu que estes dois milhões de pessoas que agora votaram na Coligação foram prejudicados por ela (a Coligação): com a «Austeridade» muitos ficaram desempregados, outros precarizados, outros sofreram cortes e diminuições nos seus salários, pensões e outras prestações da segurança social, sofreram agravamento de impostos e diminuição do nível de vida.

Ora, cidadãos que viram as suas condições de vida diminuir desta forma devido à política de «Austeridade» levada a cabo por indivíduos a quem toda a gente (da esquerda à direita) chamava abertamente mentirosos e gatunos e, mesmo assim, voltaram a votar neles, são pessoas que apresentam sintomas de atraso mental em graus variáveis - demonstram pouca capacidade de julgamento, falta de prevenção e demasiada credulidade entre outras coisas...



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Por outro lado, A coligação Portugal à Frente - PàF está convencida que ganhou as eleições legislativas com 36,8 por cento dos votos (embora sem maioria absoluta). Pois a PàF está enganada. Nestas eleições teve apenas 22% dos votos e a Abstenção 45%.



Acontece que, quem se abstém está também a dar uma opinião. E essa opinião sugere que essa pessoa já deixou de acreditar na fantochada da «democracia representativa» apinhada de vendidos, vigaristas, bandidos e mentirosos.

Quem se recusa a entregar os seus destinos a «representantes eleitos» talvez queira fazer parte integrante do processo de decisão. Talvez queira uma Democracia Directa.

E porque não? A evolução dos computadores e das telecomunicações já o permitem. Porque diabo há-de alguém de entregar uma decisão que o afecta - a nível de prédio, de bairro, de localidade, de freguesia, de concelho, de distrito, de país, da Europa - seja qual for o tema em debate, a indivíduos que não conhece e que não sabe quem estará por trás dele?




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Um jornalista dá uma fortíssima machadada na «democracia representativa»:


Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]