quarta-feira, julho 23, 2014

A desmedida vigarice e parasitismo dos mafiosos financeiros que controlam os BBVAs, os BCPs, os BPIs, os Banifs e quadrilhas afins…



A Máfia do Grande Dinheiro é tão lesta a roubar tostões como milhares de milhões!




Este caso passou-se há poucos dias comigo:

Ando a pagar, há mais de 10 anos, um Crédito Habitação ao Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal), S.A. – BBVA.

A prestação mensal mais o seguro rondam os 500 Euros. Além disso, pago por débito direto neste banco a água, a eletricidade e o gás. De forma que, mensalmente, transfiro para o BBVA o dinheiro para fazer face a estas despesas.

Acontece que, neste mês de Julho de 2014, depositei menos 60 cêntimos do que o necessário (quantia que entretanto já regularizei).


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O BBVA não foi de modas:


Exm°. Senhor(a)

Nos termos e para os efeitos do Artigo 13° do Decreto-lei 227/2012 de 25 de Outubro, vimos pela presente informar V. Exa. que se encontra com atraso no cumprimento das obrigações emergentes do(a) Contrato enquadrado no regime do Crédito Habitação n° x, cujo saldo devedor ascende, nesta data, a € 0,60, correspondendo a quantia de € 0,60 a capital, a quantia de € 0,00 a juros referentes à data de 11/07/2014 e a quantia de € 26,00 a encargos associados ao incumprimento.

Atento o incumprimento verificado, agradecemos informação se o mesmo se deveu a circunstância pontual, com regularização previsível no prazo de 15 dias contados da recepção da presente carta, ou se V. Exa. prevê que existem riscos sérios de se verificar de forma continuada o incumprimento das responsabilidades referentes ao contrato acima identificado.

Mais informamos, que não regularizando a supra referida divida no prazo indicado, procederemos à comunicação da situação de incumprimento ao Banco de Portugal. [...]


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Ou seja, por uma questão de dias, vou pagar pelos «encargos associados ao incumprimento» (de 60 cêntimos) a quantia de 26 euros - uma taxa quatro mil, trezentos e trinta e três por cento (4333%) maior do que a «quantia em dívida (60 cêntimos)».

Isto, quando faço naquele banco (BBVA) um depósito mensal que rondará em média os seiscentos euros (€ 600) – mil vezes mais do que o valor do incumprimento (60 cêntimos).

Depois, os senhores do BBVA «atentos ao incumprimento verificado» no valor de 60 cêntimos, querem saber se «eu prevejo que existam riscos sérios de se verificar de forma continuada incumprimentos desta ordem de grandeza» - 60 cêntimos, um euro e meio, 42 cêntimos, 7 cêntimos, etc.

Por fim, e tal como a espada de Dâmocles, fica o aviso terrível: «informam-me, que se eu não regularizar a supra referida dívida (de 60 cêntimos) no prazo indicado, o BBVA procederá à comunicação da situação de incumprimento ao Banco de Portugal.

Mas, sabendo todos nós que o Banco de Portugal é completamente incompetente (quase dando a sensação que o faz de propósito) na regulação das grandes trafulhices bancárias e dos grandes ladrões que os confeccionam, fica a questão de saber se, quando o problema desce ao homem comum e à meia dúzia de tostões e ao mexilhão, o Banco de Portugal não se torna completamente desapiedado.



Vítor Constâncio - Governador do Banco de Portugal entre 1985 e 1986 e, novamente, de 2000 a 2009 - foi acusado pela oposição de errar nas previsões macroeconómicas e de falhar na regulação bancária, por alegadamente ter actuado tardiamente no casos BPN e BPP, que custaram aos contribuintes portugueses um montante superior a 9.500 milhões de euros.


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A carta absurda que recebi do BBVA:






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Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012

[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...]

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."


terça-feira, julho 15, 2014

Ou o Hamas é o mais inepto dos grupos terroristas do Médio Oriente ou não passa "tout court" de uma criação da Mossad Israelita…


Paradoxalmente, os foguetes lançados pelo Hamas contra Israel provocam habitualmente menos mortos e feridos do que os foguetes lançados nas festas de São Mateus na vila de Soure (distrito de Coimbra)...



Os foguetes lançados pelo Hamas contra Israel (à esquerda) são, por norma, muito menos espetaculares e perigosos que a pirotecnia utilizada nas festas populares em Portugal (à direita).


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Milícias palestinianas disparam mais de 130 foguetes contra Israel, afirma o Exército Israelita.

As milícias palestinianas dispararam neste domingo (13-07-2014) mais de 130 foguetes contra alvos em todo o território israelita, sendo que 22 deles foram intercetados pelo sistema defensivo "Cúpula de Ferro" (Iron Dome), informou nesta noite o Exército de Israel.

Uma centena de projéteis disparados alcançou o território israelita, a imensa maioria em áreas desabitadas, mas parte deles acertou em regiões povoadas. Um dos feridos pelos artefatos foi um jovem de 16 anos que sofreu graves ferimentos por não encontrar refúgio quando soaram os alarmes na cidade de Ascalão.

Grupos armados palestinianos dispararam pela primeira vez um foguete de longo alcance contra a cidade israelita de Haifa, a 150 quilômetros de distância da faixa. O artefato fazia parte de uma série de três projéteis disparados durante a tarde. Os outros dois foram intercetados pelo sistema de defesa antes de chegar a Tel Aviv. Nos seis dias de confrontos armados, as milícias tinham alcançado a cidade de Hadera, a 100km da Faixa e a 70km do perímetro de Jerusalém.

Após um período de relativa calma em Israel, as milícias palestinianas voltaram a disparar dezenas de foguetes ao início da noite, ativando os alarmes antiaéreos em mais de 20 localidades num raio de 70 quilômetros ao redor de Gaza, incluído Jerusalém.

Segundo o último balanço dos militares, nos últimos seis dias, os palestinianos lançaram cerca de 940 foguetes. Nesse mesmo período, a Força Aérea Israelita atacou mais de mil alvos na região, totalizando 1.400 toneladas de explosivos.


Uma criança palestiniana vítima de um ataque israelita é chorada por um familiar (foto de há cinco dias atrás). Cento e setenta e dois palestinianos já morreram desde a última terça-feira.

A ofensiva israelita concentrou-se, nas últimas horas, no norte do enclave mediterrâneo, onde milhares de moradores tiveram que abandonar as suas casas por causa de um ultimato dado pelo exército horas antes. Nesse período de conflito mais de 1.120 palestinianos foram feridos. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 70% dos mortos e feridos são civis. O exército israelita nega essa percentagem.

Mais de 17 mil palestinianos já abandonaram as suas casas em Gaza e procuraram refúgio junto da ONU após o início da ofensiva israelita na região, segundo a organização.

De acordo com autoridades locais, 172 palestinianos morreram desde a última terça-feira.

O governo de Israel justifica a ofensiva militar como uma retaliação aos ataques contra território israelita a partir da Faixa de Gaza.


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Global Research - Hassane Zerouky (2002)

(Tradução minha)


Graças à Mossad, "Instituto de Informações e Operações Especiais" de Israel (Serviços Secretos Israelitas), foi permitido ao Hamas reforçar a sua presença nos territórios ocupados. Entretanto, o Movimento Fatah de Libertação Nacional da Palestina de Arafat assim como a esquerda Palestiniana foram sujeitos à mais brutal forma de repressão e intimidação.


Não esqueçamos que foi Israel que de facto criou o Hamas. Segundo Zeev Sternell, historiador da Universidade Hebraica de Jerusalém, "Israel pensou que era uma táctica astuciosa para empurrar os islamistas contra a Organização de Libertação da Palestina (OLP). "

Ahmed Yassin, o líder espiritual do movimento islamista na Palestina, ao regressar do Cairo nos anos setenta, fundou uma associação de caridade islâmica. A Primeira Ministra de Israel, Golda Meir, viu nisto uma oportunidade para contrabalançar o crescimento do movimento Fatah de Arafat. Segundo o semanário israelita Koteret Rashit (Outubro de 1987), "As associações islâmicas tal como a universidade foram apoiadas e encorajadas pela autoridade militar israelita" responsável pela administração civil da Cisjordânia [West Bank] e pela Faixa de Gaza. "As associações islâmicas e a universidade foram autorizadas a receber dinheiro do estrangeiro."

Os islamistas organizaram orfanatos e clínicas de saúde, bem como uma rede de escolas, fábricas que criaram emprego para mulheres bem como um sistema de ajuda financeira aos mais pobres. E em 1978, criaram uma "Universidade Islâmica" em Gaza. "A autoridade militar israelita estava convencida que estas actividades iriam enfraquecer tanto a OLP como a organizações esquerdistas em Gaza." Nos finais de 1992, existiam seiscentas mesquitas em Gaza. Graças à Mossad israelita, foi permitido aos islamistas reforçarem a sua presença nos territórios ocupados. Entretanto, os membros da Fatah (Movimento para a Libertação Nacional da Palestina) e a esquerda palestiniana foram sujeitas às mais brutais formas de repressão.


Em 1984, Ahmed Yassin foi preso e condenado a doze anos de prisão, depois da descoberta de um depósito de armas escondido. Mas um ano depois, foi colocado em liberdade e retomou as suas actividades. E quando a Intifada (insurreição) começou, em Outubro de 1978, que apanhou os islamistas de surpresa, o Xeque Ahmed Yassin respondeu criando o Hamas (O Movimento de Resistência Islâmico): "Deus é o nosso princípio, o Profeta o nosso modelo, o Corão a nossa constituição", declara o artigo 7 dos estatutos da organização.

Ahmed Yassin estava na prisão quando os acordos de Oslo (Declaração de Princípios de um Governo Interino) foram assinados em Setembro de 1993. O Hamas rejeitou os acordos completamente. Mas nesse tempo, 70 % dos palestinianos condenaram os ataques aos civis israelitas. Ahmed Yassin fez tudo quanto estava ao seu alcance para sabotar os acordos de Oslo. Ainda antes da morte do Primeiro Ministro israelita Yitzhak Rabin (1995), Yassin tinha o suporte do governo israelita. Yassin estava muito relutante em implementar os acordos de paz.

O Hamas lançou então uma campanha de ataques contra civis israelitas, um dia antes do encontro entre os negociadores palestinianos e israelitas, relativamente ao reconhecimento formal por Israel do Concelho Nacional Palestiniano. Estes acontecimentos contribuíram largamente para a formação para a formação do governo israelita de direita que se seguiu às eleições israelitas de Maio de 1996.

Inesperadamente, o Primeiro Ministro Netanyahu deu ordens para que o Xeque Ahmed Yassin fosse libertado da prisão ("por motivos humanitários") onde estava a cumprir uma pena de prisão perpétua. Entretanto, Netanyahu, com o Presidente Clinton exerciam pressão sobre Arafat para controlar o Hamas. Na realidade, Netanyahu sabia que podia contar, mais uma vez, com os islamistas para sabotarem os acordos de Oslo. Pior ainda: depois de ter expulso Ahmed Yassin para a Jordânia, o Primeiro Ministro Netanyahu permitiu o seu regresso a Gaza, onde foi recebido triunfalmente como um herói em Outubro de 1997.


Arafat estava impotente face a estes acontecimentos. Mais ainda, como tinha apoiado Saddam Hussein durante a Guerra do Golfo de 1991, (enquanto o Hamas prudentemente se absteve de tomar posição), os Estados do Golfo decidiram cortar o financiamento à Autoridade Palestiniana. 

Entretanto, entre Fevereiro e Abril de 1998, O Xeque Ahmad Yassin foi capaz de recolher centenas de milhões de dólares, desses mesmos países. Diz-se que o orçamento do Hamas era maior do que o da Autoridade Palestiniana. Estas novas fontes de financiamento permitiram aos islamistas continuar efectivamente as suas actividades caritativas. Estima-se que cada um em três palestinianos recebe ajuda financeira do Hamas. E neste aspecto, Israel não fez nada para travar o fluxo de dinheiro para os territórios ocupados.


O Hamas conseguiu tornar-se forte através dos seus vários actos de sabotagem do processo de paz, de uma forma que era compatível com os interesses do governo israelita. Por seu lado, este último procurou de várias formas impedir a aplicação dos acordos de Oslo. Por outras palavras, o Hamas estava a cumprir as funções para as quais foi originariamente criado: impedir a criação de um Estado palestiniano. E sobre isto, o Hamas e Ariel Sharon, estão absolutamente de acordo; estão exactamente no mesmo comprimento de onda.


Israel, o maior e único porta-aviões americano que é impossível afundar

Nalguns aspectos claramente demarcados, o actual apoio dos Estados Unidos ao governo israelita corresponde aos interesses próprios americanos. Numa região onde o nacionalismo árabe pode ameaçar o controle de petróleo pelos americanos assim como outros interesses estratégicos, Israel tem desempenhado um papel fundamental evitando vitórias de movimentos árabes, não apenas na Palestina como também no Líbano e na Jordânia. Israel manteve a Síria, com o seu governo nacionalista que já foi aliado da União Soviética, sob controlo, e a força aérea israelita é preponderante na região.

Como foi descrito por um analista israelita durante o escândalo Irão-Contras, onde Israel teve um papel crucial como intermediário, "É como se Israel se tivesse tornado noutra agência federal [americana], uma que é conveniente utilizar quando se quer algo feito sem muito barulho."

O ex-ministro de Estado americano, Alexander Haig, descreveu Israel como o maior e o único porta-aviões americano que é impossível afundar.

O alto nível continuado de ajuda dos EUA a Israel deriva menos da preocupação pela sobrevivência de Israel mas antes do desejo de que Israel continue o seu domínio político sobre os Palestinianos e que mantenha o seu domínio militar da região.

Na realidade, um Estado israelita em constante pé de guerra - tecnologicamente sofisticado e militarmente avançado, mas com uma economia dependente dos Estados Unidos - está muito mais disposto a executar operações que outros aliados considerariam inaceitáveis, do que um Estado Israelita que estivesse em paz com os seus vizinhos.

Israel recebe actualmente três mil milhões de dólares (em 2002) por ano em ajuda militar dos Estados Unidos.
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quinta-feira, julho 10, 2014

Com manifestações pacatas e discursos "inflamados", os sindicatos aquietam e amansam populações espoliadas, furiosas e decididas a fazer de sua justiça


A DESMOBILIZAÇÃO SOCIAL MASCARADA DE CONTRAPODER


Arménio Carlos - secretário-geral da CGTP-IN
Os principais sindicatos constituema a primeira linha de defesa do Poder


Perante a justificada cólera de dez milhões de pessoas contra governantes corruptos a soldo de banqueiros ladrões, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, simulando uma oposição tenaz, organiza «jornadas de luta» e manifestações (umas atrás das outras e todas inúteis) onde, através da mansidão dos discursos (aparentemente indignados), das inofensivas palavras de ordem, da inocuidade dos cartazes, e do embalar das canções de protesto, faz apelos ao civismo, à não-violência, à inércia, ao conformismo, à calma e ao nada... Tudo não passando de um ritual de tranquilização e apaziguamento cujo objectivo é funcionar como válvula de escape à ira legítima dos cidadãos

Entretanto, banqueiros, políticos, donos de empresas que vivem pendurados dos favores do Estado, riem de ESCÁRNIO e comprovam: "Eles aguentam, ai aguentam, aguentam"!


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A CGTP conta ter, esta quinta-feira, em Lisboa, milhares de trabalhadores de todo o país para protestar contra as políticas do Governo em geral e contra as alterações ao Código do Trabalho que vão ser aprovadas no parlamento.

"Apesar de já estarmos em período de férias, estamos a contar com uma grande manifestação, tendo em conta os contactos feitos no setor público e no setor privado", disse Deolinda Machado, da comissão executiva da Intersindical, à agência Lusa.

[...] Mas a manifestação da CGTP não tem apenas como objetivo o protesto contra as novas alterações ao Código do Trabalho. Pretende ainda reafirmar o repúdio pelas políticas sociais e económicas do Governo e reivindicar a demissão do executivo de Passos Coelho.

[...] Os trabalhadores da Administração Publica central, regional e local concentram-se na rotunda do Marquês de Pombal, de onde vão desfilar até São Bento, liderados pelo secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

[...] O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, encerrará a manifestação, em São Bento, com uma intervenção politico-sindical e poderá anunciar uma nova ação de luta para dia 25, data em que deverão ser aprovados novos cortes para função pública.


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Uma grande «Manifestação / Jornada de Luta» típica:


Imagem 1: A expectante caminhada para a manifestação: muitos milhares de pessoas, convocados pela «CGTP–Intersindical», dirigem-se ao centro de Lisboa, empunhando cartazes, faixas e gritando palavras de ordem contra a política do governo:




Imagem 2 - A manifestação e os discursos dos sindicalistas (na imagem, Arménio Carlos) - "O povo está a demonstrar que luta hoje pelo presente e para salvaguardar o futuro"; "A luta do povo é determinante para levar o Governo a abandonar esta política"; "Jamais nos renderemos à política de exploração do Governo"; "É urgente acabar com este Governo antes que ele acabe com o país", etc. A possibilidade de uma nova greve geral é posta em cima da mesa. Canta-se a «Grândola Vila Morena», a «Internacional», e, por fim, o «Hino Nacional»:




Imagem 3 - A desconsolada recolha a casa. Finda a "Grande Jornada de Luta", os muitos milhares de manifestantes regressam a casa, levando consigo um profundo sentimento de impotência e desesperança. A maioria questiona-se: Então, é apenas isto? Será que não é possível fazer mais nada?

 


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Após a Manifestação / Jornada de Luta
É A FRUSTRAÇÃO TOTAL E O VAZIO ABSOLUTO!



MAS ISTO TERÁ MESMO DE CONTINUAR ASSIM?

Não é difícil reconhecer que as populações estão hoje a ser conduzidas, graças à violência de uma Máfia Financeira, ao empobrecimento, à precariedade, ao desemprego, ao desespero, às pensões de miséria, à doença, à fome, ao suicídio e à morte.

E é forçoso perceber que os poderes que nos deveriam defender – o Executivo, o Legislativo e o Mediático – estão de corpo e alma nas mãos dessa Máfia Financeira. (com a Justiça e a Polícia de mãos atadas graças por uma legislação cozinhada à medida dos interesses dos Mafiosos).

Manifestações, palavras de ordem, cartazes, discursos, bandeirinhas e canções de protesto nunca tiveram qualquer resultado. Os confrontos com a polícia não passam de confrontos entre vítimas. Até quando vão as pessoas continuar a apostar nestes actos completamente inúteis? Não será todo este pacifismo induzido e alimentado pela corja que mexe os cordelinhos?

O Artigo 32º do Código Penal considera justificada a legítima defesa (a violência justa) para repelir a agressão actual e ilícita por parte de terceiros, e o Artigo 35º do mesmo Código considera legítima a violência para afastar um perigo actual, e não removível de outro modo, que ameace a vida, a integridade física, a honra ou a liberdade da pessoa.


Uso da violência em legítima defesa




Ouve-se muitas vezes dizer que "a violência gera violência", que "a violência nunca consegue nada", ou que "se se usar a violência para nos defendermos daqueles que nos agridem, ficamos ao nível deles". Todas estas afirmações baseiam-se na noção errada de que toda a violência é igual. Ora, a violência pode funcionar tanto para subjugar como para libertar.

Assim sendo, que mais nos resta contra a Máfia Financeira e os seus esbirros (na Política e nos Media) senão a violência em legítima defesa e cirurgicamente dirigida? A violência não é intrinsecamente má. Quando a única forma de travar a violência criminosa é utilizando violência, então esta é perfeitamente justificada.

Um pai que pegue num taco para dispersar à paulada um grupo de rufias que está a espancar o seu filho, está a utilizar a violência de uma forma justa. Uma mulher que crave uma faca na barriga de um energúmeno que a está a tentar violar, está a utilizar a violência de uma forma justa. Um homem que abate a tiro um assassino que lhe entrou em casa com o objectivo de lhe aniquilar a família, está a utilizar a violência de uma forma justa. Um polícia que dispara contra um homicida prestes a abater um pacato cidadão, está a utilizar a violência de uma forma justa. Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa.

As políticas dos sucessivos "governos" do Centrão – PS + PSD + CDS - têm sido de uma violência inaudita contra milhões de portugueses. E numa situação em que um povo inteiro está sonegado de todas as entidades que o deveriam defender contra a Máfia do Dinheiro, acolitada por políticos corruptos, legisladores venais e comentadores a soldo, só existe uma solução para resolver a «Crise»... Somos 10 milhões contra algumas centenas de sanguessugas... e não há buracos suficientes para elas se esconderem.

Permitir, de braços cruzados, que crimes que destroem países sejam perpetrados por máfias financeiras coadjuvadas por políticos corruptos, legisladores venais e comentadores mediáticos a soldo, contra as populações, em nome de um pacifismo «politicamente correcto» mas suicidário, isso sim, é outro crime.

Não estarão reunidas as condições para que cidadãos - civis, polícias e militares - iniciem a caça à escumalha que nos está atirar a todos para a miséria, o desemprego, a criminalidade e a morte (seja pelo suicídio, pela falta de cuidados médicos, pela fome, etc.)?

segunda-feira, julho 07, 2014

O Futuro da Força de Trabalho pode ser o Part-Time (mantendo o salário), afirma Larry Page, CEO do Google


É opinião pessoal do autor deste Blogue que, dada a evolução tecnológica exponencial, o homem será completamente afastado da produção nos próximos dois ou três decénios. As pessoas dedicar-se-ão às actividades lúdicas da sua preferência e o trabalho ficará entregue às máquinas…


Daily News – 5 de Julho de 2014

O que acontece à medida que as máquinas e a inteligência artificial vão expulsando os humanos da força de trabalho (dos empregos)? Este é um dos problemas mais importantes de nosso tempo – por muito teórica que esta questão possa hoje parecer em certos sectores – o certo é que a tecnologia está a fazer com que indústria após indústria se vai tornando mais eficiente [precisando de cada vez menos pessoas].


O CEO do Google, Larry Page, e co-fundador do Google Sergey Brin


Um dos homens mais importantes no desenvolvimento da tecnologia, o CEO [Chief Executive Officer - Diretor Executivo] do Google, Larry Page, está convencido de que a maioria das pessoas quer trabalhar, mas que ficariam mais felizes trabalhando menos.

Larry Page: Temos recursos [materiais e tecnológicos] suficientes para prover toda a humanidade. "A ideia de que toda a gente precisa de trabalhar freneticamente para atender às necessidades das pessoas, simplesmente não é verdadeira", afirmou Page, numa entrevista.

A resposta não passa por cortar empregos em massa, disse Page. As pessoas querem sentir-se "necessárias, desejadas e ter algo produtivo para fazer." Mas a maioria gostaria de ter um pouco mais de tempo livre. Então, talvez uma solução fosse dividir o trabalho entre as pessoas em tempo parcial, como Page disse que Richard Branson está a experimentar no Reino Unido.

O co-fundador do Google, Sergey Brin, tem uma visão ligeiramente diferente. "Eu acho que muitas coisas que as pessoas fizeram ao longo do século passado, foram substituídas por máquinas e continuarão a ser”, disse Brin. Mas depois de Page ter opinado sobre sua ideia de "um pouco menos de trabalho", Brin interrompeu para dizer: "Eu não acho que no curto prazo a necessidade de trabalho esteja a desaparecer. Mudou-se apenas para outras actividades, mas as pessoas querem sempre mais coisas ou mais entretenimento ou mais criatividade ou mais alguma coisa.”

Sergey Brin: "Eu acho que muitas coisas que as pessoas fizeram ao longo do século passado, foram substituídas por máquinas e continuarão a ser."

Larry Page: "90 por cento das pessoas eram agricultores. Portanto, isso já aconteceu antes. Não é surpreendente."



Vinod Khosla, entrevistador e, há muito, investidor em tecnologia, que tentou comprar o Google quando este apareceu: "A grande maioria do emprego mudou da agricultura, que, hoje, necessita apenas de cerca de 2 por cento da força de trabalho dos EUA. Isto aconteceu entre 1900 e 2000. Vejo o início de algo semelhante com a rápida aceleração [da tecnologia] nos próximos 10, 15, 20 anos."

Larry Page: "Eu acredito inteiramente em que deveríamos estar a viver num tempo de abundância, como descreve o livro de Peter Diamandis. Se se pensar realmente sobre as coisas que precisamos para sermos felizes: habitação, segurança, oportunidade para os seus filhos. Quer dizer, os antropólogos identificaram essas coisas. Não é assim tão difícil fornecemos essas coisas. A quantidade de recursos de que precisamos para fazer isso, a quantidade de trabalho necessária é muito pequena. Julgo que menos de 1 por cento, hoje em dia. Portanto, a ideia de que toda a gente precisa de trabalhar freneticamente para atender às necessidades das pessoas não é verdadeira. Julgo que há um problema e que não o sabemos reconhecer."

"Acho que também há um problema social que é o de muitas pessoas não serem felizes, se não tiverem nada para fazer. Por isso, precisamos de dar às pessoas algumas coisas para fazer. As pessoas precisam de se sentir como se fossem necessárias e com algo produtivo para fazer. Mas acho não há uma correspondência entre essas necessidades pessoais e as indústrias de que realmente precisamos. […]. Estive a conversar com o Richard Branson sobre isso. Eles têm um grande problema - não têm empregos suficientes no Reino Unido. Assim, ele está a tentar fazer com que os empregadores contratem duas pessoas em tempo parcial em vez de uma em tempo integral. Assim, pelo menos, os jovens podem ter um emprego a meio tempo, em vez de nenhum trabalho. E é apenas um pequeno custo suplementar para os empregadores."

"O contrário disto é o desemprego global e generalizado. Para o evitar, basta reduzir o tempo de trabalho. A todos a quem perguntei: Você gostaria de uma semana extra de férias? 100 por cento das pessoas levantaram as mãos. Duas semanas [de férias], ou uma semana de trabalho de quatro dias? Toda a gente dirá que sim. A maioria das pessoas gosta de trabalhar, mas também gostaria de ter mais tempo com a sua família ou para os seus próprios interesses. De modo que seria uma maneira de lidar com o problema, se se arranjar uma maneira coordenada para reduzir a semana de trabalho. E assim, com um pouco menos de trabalho por pessoa, consegue-se emprego para todos."


Conversa com os co-fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin