sexta-feira, janeiro 17, 2014

A simpatia do Papa Francisco - algo teria de mudar na Igreja para assegurar que tudo ficasse na mesma.


Por António Roque (enviado por um amigo):

Maquiavel - Quero ir para o inferno, não para o céu. No inferno, gozarei da companhia de papas, reis e príncipes. No céu, só terei por companhia mendigos, monges, eremitas e apóstolos.



O Papa Francisco (em segundo plano)

Não há dúvida de que a Igreja surpreendeu o mundo!

A chegada de Jorge Mário Bergoglio ao Vaticano faz parte de uma operação, eclesiástica e leiga, uma espécie de golpe de estado palaciano que tem vindo a amadurecer nos últimos tempos, dirigida por um núcleo de gente da Cúria Romana que se mantém na penumbra e com imenso poder e dinheiro e na posse de informação ultra secreta, que visa dar um novo fôlego a uma Igreja e a uma religião em acentuada e progressiva perda de influência.

Em termos simplistas, diremos que esta operação consiste em renovar o discurso oficial da Igreja mas assegurando que os dogmas da fé, os princípios e a «verdade» bíblica ficarão incólumes. Dito de outra maneira, e como diria o Príncipe de Falconeri, algo terá de mudar para assegurar que tudo fique na mesma.

Lembremo-nos dos escândalos surgidos tempos antes da resignação de Bento XVI, resignação, aliás, que é uma parte importante desta operação, que está longe de estar terminada.

Obviamente Bento XVI era incapaz de levar tal tarefa a bom porto. A sua idade, o seu estado de saúde e, sobretudo, a sua imagem de Papa ultraconservador e reaccionário – que realmente era – incapaz de aproximar fosse o que fosse, não lhe permitiria ter êxito nesta operação de grande envergadura.

Esta tese é fundamentada num facto óbvio do conhecimento geral: A Igreja Católica Apostólica Romana está em franca decadência que se manifesta desde logo na falta de vocações para profissões de natureza eclesiástica, no decréscimo acentuado do número de fiéis, nos actos litúrgicos com cada vez menos assistência e participação e no surgimento de seitas evangélicas ou mesmo de origens pouco transparentes, que lhe disputam com êxito muito crentes.

É uma situação que não sendo nova para a Igreja, tinha que ser tentado o seu estancamento, ou mesmo a sua inversão.

É à luz de tudo isto que devemos interpretar o fenómeno «Papa Francisco», que, aliás, está a resultar muito bem.

Dir-se-ia até que, de acordo com o que vemos, ouvimos e lemos já não é Cristo o redentor e o salvador da Igreja mas o super Francisco.

De facto, ao visitar o Vaticano, para além de beleza ímpar das obras de arte que ali se encontram, que nos extasiam, sentimo-nos também incomodados com todo aquele escandaloso fausto, aquele luxo obsceno e percebemos que o que ali tem acontecido é uma impostura. Aquele lugar alberga um centro de intrigas e corrupção milenares. Os poderosos sempre ali encontraram um fidelíssimo aliado.

Perguntamo-nos legitimamente o que terá isto tudo a ver com Cristo e a sua mensagem.

Desiludam-se! A Igreja não é uma instituição em reformação, não é reformável, nem o quer ser.

Se nos informarmos sobre as suas origens e o seu percurso, concluiremos que a Igreja Romana é a directa herdeira do Império Romano. É uma reminiscência viva desse Império.

Por isso a Igreja de hoje assegura ao poder secular, aos grandes interesses económicos e financeiros mundiais, a dominação, o medo e a ideologização necessária para a perpetuação do status quo desse poder, responsável pelo actual estado do mundo.

Bem nos podem vir dizer que são contra o capitalismo selvagem, querendo com isto dizer que são a favor do capitalismo – como aliás bem tem demonstrado o papado. Como se fosse possível domesticar o capitalismo!

Não esqueçamos que há anos a Igreja escolheu um Papa para combater pelo capitalismo. De facto, o Papa João Paulo II teve um papel preponderante nesse combate, coadjuvado pelo que viria a ser seu sucessor, o Cardeal Joseph Aloisius Ratzinger.

Em resumo dir-se-á que apesar da simpatia indesmentível do actual Papa – que foi um critério importante na sua eleição pelo que acima se disse – o que de facto se pretende é perpetuar aquele que foi sempre o papel da Igreja Romana: um instrumento do poder para a submissão das massas, assumindo essa função formas diversas ao longo dos séculos nos aspectos espirituais, religiosos, morais, políticos e sócio-culturais, sendo a Inquisição a sua forma mais infamante.

Relembre-se que a Igreja nos seus momentos de aflição foi sempre salva também pelo poder: veja-se a institucionalização do Édito de Milão, a barbárie «cristã» das Cruzadas, os Papas de Avinhão, o Concílio de Trento, Mussolini e o Tratado de Latrão, etc.

Mas voltando ao Papa Peronista Jesuíta, tendo a Europa uma fraude chamada Hollande e os USA uma chamada Obama, faltava-nos mesmo um Francisco no Vaticano.

9 comentários:

Jorge - SM disse...

A imagem está bem escolhida. A pomba a esconder o falcão ou a um Papa com ar simpático a esconder uma igreja católica umbilicalmente ligada à máfia financeira mundial.

Anónimo disse...

Se me for permitido, gostaria de publicar este artigo :

http://desatracado.blogspot.com.br/2013/11/gueto-ou-faixa-de-gaza.html

Abraços

RAMIRO ANDRADE - O PROVOCADOR disse...

Caro Diogo

Este filha da puta de PAPA, não me engana.
Ele tem as mãos manchadas de sangue, porque foi complacente com a eliminação de milhares de argentinos durante a ditadura militar na argentina.
É um pulha canalha filha da puta. Ponto final.
Se gosta tanto dos pobrezinhos, porque não vende as 60 mil 350 toneladas de ouro que o vaticano tem .......... A SIM, ISSO NÃO PODE NÃO É, CANALHAS TODOS OS PADRECOS !!!!!!!!!

Que todas as religiões vão se foder.

Quando eu morrer, não quero serviço religioso, que minhas cinzas sejam jugadas no mar do esquecimento ....... para que seja um grão de areia no infinito universo.

Um abraço.

Ramiro Lopes Andrade

voz a 0 db disse...

"Cristo e a sua mensagem" foi meramente a criação de uma poderosa família que na altura era quem controlava o poder em ROMA e arredores, e que estava, tal e qual a igreja actual a perder a sua influência, logo a sua riqueza e poder... Como tal a Família dedicou-se a escrever contos de encantar a invasão de novos crentes... Infelizmente os sacanas Pai, Filhos e Netos tinham jeito para a escrita, e graças a isso a depois formada Igreja Católica utilizou a personagem "Jesus" para continuar a fazer o que a Família lá atrás já tinha conseguido. Não perder o poder! Infelizmente chegamos aos dias de hoje com muito débil mental ainda a acreditar em estórias de encantar! Não será à tôa que a espécie esteja como está! Sem qualquer consciência!

Hoje a jogada com este novo actor desta seita, foi jogada com mestria!

As criancinhas que se cuidem...

Fada do bosque disse...

"Vamos desencadear o ódio nos niilistas e ateus e vamos provocar um grande cataclismo social que em todo o seu horror mostrará claramente a todas as nações, o efeito do ateísmo absoluto, as origens da selvageria e a mais sangrenta agitação.
Então, em todos os lugares as pessoas serão forçadas a defender-se contra a minoria mundial dos revolucionários do mundo e exterminar esses destruidores da civilização. As multidões desiludidas com o cristianismo, cujos espíritos estarão a partir daquele momento sem direcção e liderança, ansiosas por um ideal, mas sem saber para onde enviar a sua adoração, receberão a verdadeira luz por meio da manifestação universal da pura doutrina de Lúcifer, trazida finalmente a público.

Uma manifestação que resultará de um movimento reaccionário geral a que se seguirá a destruição do cristianismo e do ateísmo; - Ambos conquistados e exterminados ao mesmo tempo."

Albert Pike, que tendo sido eleito Soberano Grande Comendador do Rito Escocês da Jurisdição Sul da Maçonaria em 1859, era o mais poderoso maçon na América.

Pinho disse...

No DN:

O futuro cardeal espanhol Fernando Sebastian, próximo do papa Francisco, desencadeou, esta segunda-feira, uma onda de críticas de associações espanholas de homossexuais, depois de ter afirmado que a homossexualidade é uma forma de deficiência sexual.

Fernando Sebastian Aguilar é tido como próximo do Papa Francisco.

O arcebispo emérito de Pamplona Fernando Sebastian Aguilar, de 84 anos, faz parte dos 19 novos cardeais, cuja criação vai ser oficializada na quarta-feira.

"Com todo o meu respeito, digo que a homossexualidade é uma forma deficiente de expressar a sexualidade, que tem uma estrutura e um objetivo que é a procriação", afirmou o bispo numa entrevista publicada no domingo no jornal Sur de Malaga, cidade onde reside.

"No nosso corpo temos muitas deficiências. Eu tenho hipertensão. É uma deficiência que devo corrigir como posso. Mostrar a um homossexual uma deficiência não é uma ofensa, é uma ajuda porque vários casos de homossexualidade são recuperáveis e podem ser tratados com tratamento adequado", acrescentou.

J. Vaz disse...

ComentárioAs pessoas estão tão manipuladas com essa ideologia que ficaram incapazes de compreender o óbvio. Ele apenas afirmou o que a própria ciência humana revela. Isso não é uma questão de Fé, como afirmam os desinformados, mas de razão natural!Entendam, homofobia seria se ele estivesse condenando ao inferno ou marginalizando os homossexuais. Isso a Igreja nunca defendeu. O ódio só permite que se veja o ódio. A Igreja não odeia os homossexuais! Ela apenas defende a relação natural, com base na CIÊNCIA humana. É só isso!Deus AMA a todos nós.

Anónimo disse...

Vivam os paneleiros, os democratas (incluidos os comunistas), e o papa Francisco.

Ruisom disse...

Os evangélicos que de evangelho nada espelham só existem para atacar a católica pois e unicamente para isto que foram forjados pelos seus pastores.