quinta-feira, março 29, 2012

Simplificação da Ortografia - O confronto brutal entre Miguel Siguán e Maria Clara Assunção

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Miguel Siguán versus Maria Clara Assunção

Miguel Siguán y Soler (Barcelona, 2 de maio de 1918 - 8 de maio de 2010) foi um psicólogo, linguista e escritor catalão. Com 16 anos ingressa na Faculdade de Filosofia e Letras de Barcelona. Depois da Guerra Civil conhecerá Piaget em França e entrará em contacto com a Psicologia Industrial em Londres nos principios dos anos 1950. De regreso à sua cidade natal ocupa a cátedra de Psicología da Universidade de Barcelona, de que será nomeado posteriormente vice-reitor. Foi também vice-presidente do Centre Mundial d'Information sur l'Education Bilingüe e da International Society of Applied Psycholinguistics.

Obras de Miguel Siguán: Metodologia per a l'estudi del llenguatge infantil (1985), Estudios sobre psicolingüística (1985), Bilingualism and Education (1986), España plurilingüe (1992), L'Europa de les llengües (1996), Bilingüisme i educació (1998), La escuela y los inmigrantes (1998), Bilingüismo y lenguas en contacto (2001), etc.

VERSUS

Maria Clara Assunção - do blogue «A bibliotecária de Jacinto»


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A seguir, um excelente excerto do livro «A EUROPA DAS LÍNGUAS», de Miguel Siguan, que nos mostra as incongruências ortográficas das principais línguas europeias:

A par das diferenças nos sinais do alfabeto, o segundo tipo de diferenças que encontramos nos sistemas de escrita das línguas europeias são as diferenças nas regras de transcrição fonética, ou seja, o que em geral conhecemos como as regras de ortografia. Dadas as diferenças que há entre os repertórios de sons utilizados por cada língua é evidente que as regras de transcrição não podem ser as mesmas em todas as línguas da Europa. Mas a verdade é que as diferenças nas regras ortográficas vão muito mais além do que seria necessário pelas diferenças entre os sons das diferentes línguas. Menos justificação há ainda para as regras, no interior da mesma língua, não serem nem sistemáticas nem coerentes.

Um primeiro tipo de incoerência é que numa mesma língua um mesmo som ou fonema se represente com grafias diferentes segundo os casos. Assim, em alemão o fonema [f] pode ser representado por um «f» (form), por um «v» (vorn) ou por um «ph» (phosfor), sem que haja alguma regra que regule estes diferentes usos. Em francês, o fonema [є], «[e aberto») pode representar-se de catorze maneiras diferentes sem que tão-pouco haja alguma regra que justifique por que é que num casos se utiliza uma em vez de outra. Eis aqui alguns exemplos: «e» (fer), «è» (mère), «ê» (fête), «ë» (Noël), «ei» (peine), «ep» (sept), «e» (internet)... Ainda, em francês, o fonema [k] pode ser representado de nove maneiras diferentes: «k» (klaxon), «c» (corps), «q» (coq), «qu»(quand), «cc» (accord)...

Os exemplos em inglês não são menos frequentes. Assim, o fonema [i] pode ser representado de dez maneiras diferentes: «ea» (sea), «ee» (bee), «ie» (field), «ei» (ceiling), «eo» (people)...

A incongruência é ainda maior quando com uma mesma letra ou combinação de letras se representam sons diferentes. Assim, em inglês a letra «a» representa segundo. os casos, seis fonemas diferentes: (account), (arm), [ei] (lake), [a] (ask), [o] (fall), [e] (many), [i] (language), e pode ser muda como o segundo «a» de (arrival). O grafema ou combinação de letras «ai» pode representar quatro sons diferentes segundo os casos, por exemplo: (wait), (aisle), (said), (plaid). E o grafema «au», outros quatro: (claw), (laugh), (gauge), (mauve).

A primeira consequência destas incongruências é que frequentemente quando ouvimos uma palavra não temos a certeza de como se escreve correctamente e, por outro lado, quando vemos uma palavra escrita nem sempre sabemos como se pronuncia. Esta ambivalência pode chegar ao ponto de duas palavras que se escrevem exactamente da mesma forma se pronunciarem de maneira diferente segundo o significado e, pelo contrário, palavras que se pronunciam da mesma forma terem grafias diferentes também segundo aquilo que significam. Exemplos do primeiro caso de homografia com heterofonia, em inglês, são: (read), que se pode pronunciar [rid] ou [red], e (bow), que se pode pronunciar [bou] ou [bau]. E em francês a palavra (portions), onde a letra «t» se lê [t] ou [s] segundo o significado que se dá à palavra. Quanto ao segundo caso, homofonia com poligrafia, limitar-me-ei a um exemplo simples: a ortografia francesa distingue cuidadosamente em muitos casos de adjectivos entre masculino e feminino: (vrai-vraie), (égal-égale), (aigu-aigue), (cher-chère)... quando na linguagem oral não se dá pela diferença.

Não é necessário insistir tanto no ponto a que estas incoerências do sistema ortográfico dificultam a aquisição da língua escrita (quanto tempo e quanta energia se têm de dedicar a uma tarefa que começa na primeira infância e nunca se pode considerar terminada). Como no ponto a que a distinção social, muitas vezes gratuita e injusta, se estabelece entre aqueles que escrevem sem erros de ortografia e os que os cometem. Acrescentemos as dificuldades que uma ortografia irracional acrescenta à tarefa de aprender línguas estrangeiras, algo que hoje pretendemos estender a toda a população. Todas estas considerações são tão evidentes, que é natural que em todas as línguas se tenham feito e se continuem a fazer propostas para racionalizar a ortografia. Que esperanças há de que estas reformas se levem a cabo?

A ortografia francesa foi fixada no séc. XVIII pela Academia da Língua com critérios arqueológicos e arcaizantes que já no seu tempo se aproximavam do pedantismo - «esta companhia declara que deseja seguir a ortografia antiga que distingue os "homens de letras" dos ignorantes e das mulheres simples...» - e que desde então se tem mantido inalterada apesar das frequentes denúncias. «Esta ortografia criminosa, uma das fabricações mais grotescas do mundo» (Paul Valéry, Varieté III, 1936).

Têm sido frequentes também as propostas de reforma, mas ao contrário da Academia Espanhola, que por duas vezes ao longo da sua história modificou as normas ortográficas em nome de uma maior racionalidade, a Academia Francesa não aceitou nunca nenhuma. Nos últimos anos, as vozes a favor de uma reforma têm-se feito ouvir mais. O conhecido linguista Martinet, consciente das dificuldades que apresenta a ortografia para a aquisição da língua escrita, propôs há algum tempo (1977) um sistema estritamente fonético, o «alfonic», que se utilizaria para ensinar a ler e a escrever antes de, numa etapa posterior, se dar o salto para a ortografia «oficial», embora seja evidente que assim só se complica o problema. Numa perspectiva mais radical, Chervel e Blanche Benveniste (1978) propuseram substituir a ortografia francesa por um sistema de transcrição exclusivamente fonético. Mais recentemente ainda, a Academia da Língua, em resposta às fortes pressões recebidas, negou-se a tomar em consideração qualquer das propostas, mesmo as mais suaves.

A par do francês, o inglês é outro caso. O sistema ortográfico inglês é provavelmente o mais incoerente de todos os sistemas ortográficos que utilizam o alfabeto latino, isso porque manteve intacta a grafia correspondente ao inglês falado no séc. XVI ou mesmo, segundo certos autores, ao inglês medieval, apesar das mudanças fonéticas ocorridas desde então. No caso do inglês, o conservadorismo da ortografia contrasta com a notável flexibilidade da língua em todos os aspectos, do vocabulário à sintaxe, e deve ser atribuído, como em França, ao respeito reverencial de que sempre desfrutou a língua escrita transmitida academicamente e privilégio de uma minoria, no fundo a mesma motivação que faz com que se mantenha na China a escrita tradicional.

Não é que tenham faltado críticas ou propostas para a modificar. No século passado, Pitman, o inventor da estenografia, dedicou muito do dinheiro que tinha ganho com a sua invenção a promover uma ortografia simplificada do inglês. E, já no séc. XX, é conhecida a cruzada que Bernard Shaw levou a cabo na mesma direcção e à qual deixou em testamento a maior parte da sua fortuna. A «Simplified Spelling Society», dedicada ao mesmo objectivo, contou entre os seus membros com ilustres linguistas e um neto de Pitman divulgou um método fonético para as escolas semelhante ao que Martinet propôs em França. Tudo em vão. Paradoxalmente, o facto de a ortografia inglesa não depender de uma autoridade com poder decisório como aquele que a Academia Francesa constitui, apoiando-se só no peso da tradição, faz com que a reforma seja ainda mais difícil.

Referi-me ao francês e ao inglês porque são os exemplos mais patentes de incoerência ortográfica. Vendryes (1921), um conhecido linguista, dizia: «A ortografia do alemão é regular, a do espanhol bastante boa, mas a do francês e do inglês são abomináveis». Na verdade, também a ortografia do alemão e do espanhol apresentam incongruências, apesar de tudo. Quase todas as línguas escritas as apresentam. Para encontrar exemplos de escritas completamente racionais. sem contar com o esperanto, temos de pensar nalgumas línguas siberianas que nunca tinham tido um uso escrito quando linguistas soviéticos as codificaram nos anos trinta. Porque mesmo línguas que nunca tinham tido um uso académico ou oficial e que, no século passado ou mesmo mais recentemente, foram codificadas, quando lhes foi atribuída uma norma escrita não foram seguidos totalmente os critérios da racionalidade. Às vezes, o exemplo da língua mais forte fez com que se adoptassem as suas soluções na transcrição fonética. É o que acontece hoje quando se propõem normas escritas para línguas autóctones da América em países onde o espanhol é, desde há séculos, a língua dominante. Embora noutros casos aconteça o contrário.

Do que foi dito até aqui se conclui que se as reformas ortográficas das línguas europeias são necessárias e urgentes, a probabilidade de que se introduzam a curto prazo são pequenas. Acerca do sentido destas reformas falta ainda fazer uma observação, aquela que mais tem a ver com o espírito deste livro.

Até meados do séc. xx, as propostas de reforma ortográfica fizeram-se no seio de uma determinada língua e pensando só nos seus habitantes nativos e nos alunos que tinham de a aprender. Actualmente, dada a necessidade crescente de aprender línguas estrangeiras e o peso crescente dos sistemas informáticos, não só convém que o sistema ortográfico de cada língua seja o mais simples e racional possível, como também que os sistemas das diferentes línguas sejam coerentes e não contraditórios entre si. Ou seja, convém que uma mesma letra ou uma mesma combinação de letras não signifique sons totalmente diferentes segundo a língua considerada, e ao contrário, que um som igual ou parecido não seja representado de formas completamente diferentes em diferentes línguas. Todavia, é um facto que este objectivo não é fácil de alcançar.
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segunda-feira, março 26, 2012

Uma «piquena» que não vai à bola nem com a evolução da escrita (acompanhando a oralidade) nem com o acordo ortográfico

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O texto da «piquena» Maria Clara Assunção - MCA em azul

O acordo ortográfico e o futuro da língua portuguesa

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam. Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

1 - MCA - Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas. É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.

1 - Diogo - Concordo com a autora do artigo - a eliminação de letras desnecessárias. Analisemos os dois casos que ela referiu:

Porque não substituir «hão-de» por «ão-de»? Ou, da mesma forma, «» por «à»?

Dirá a informada autora que «» é uma forma do presente do indicativo (3.ª pessoa do singular) do verbo haver. Enquanto que, «à» é a contração da preposição "a" com o artigo definido "a" - Exemplo: O João vai à feira = O João vai «a» (preposição) + «a» (artigo) feira (a + a = à).

Em termos de escrita talvez a diferença entre «há» e «à» seja mais informativa etimologicamente. Mas em termos orais, como a pronúncia é igual, a distinção entre «há» e «à» depende completamente do contexto. E ninguém se queixa disso - exemplo:

- Já não «» políticos honestos. - A Joana vai «à» praia.

Em suma, não vejo necessidade de escrever o mesmo som de duas formas diferentes. Os significados diferentes dependem do contexto da frase. A oralidade depende disso.

Porque é que o «u» da palavra «que» é escrito? Mas não se escreve em «te», «de», «se», «me», etc. Porque não «qe»?

Porque razão se lê a letra «u» em «quase» ou «quota», e não se lê em «querida» ou «quisto»?


2 - MCA - Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.

Porqe é qe "assunção" se escreve com "ç" e "ascensão" se escreve com "s"?

Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuir um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o "ç".

Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o "ç" e o substitua por um simples "s" o qual passaria a ter um único som.


2 - Diogo - Volto a concordar com a autora do artigo - Escrevemos com «ção» as palavras derivadas de vocábulos terminados em «to(r)». Fará sentido a origem etimológica de uma palavra ser causa de tanta confusão ortográfica? Vejamos:

Porque é que estas palavras se deverão escrever com «ção»:

Erudito - erudição
Exceto - exceção
Sector - seção
Intuito - intuição

E estoutras com «são»? Dissuasão, pretensão, compreensão, expansão, etc.?




3 - MCA - Como consequência, também os "ss" deixariam de ser nesesários já qe um "s" se pasará a ler sempre e apenas "s".

Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, "uzar", é isso mesmo, se o "s" pasar a ter sempre o som de "s" o som "z" pasará a ser sempre reprezentado por um "z".

Simples não é? Se o som é "s", escreve-se sempre com s. Se o som é "z" escreve-se sempre com "z".

3 - Diogo - De acordo. Se «s» se pronunciar sempre como na palavra «pretensão», para quê os «ss» ou o «ç» cedilhado? Para quê complicar?


4 - MCA - Quanto ao "c" (que se diz "cê" mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de "q") pode, com vantagem, ser substituído pelo "q". Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de "k".

4 - Diogo – Concordo quanto a "c". Mas não me repugna a utilização de letras estrangeiras.


5 - MCA - Não pensem qe me esqesi do som "ch".

O som "ch" pasa a ser reprezentado pela letra "x". Alguém dix "csix" para dezignar o "x"? Ninguém, pois não? O "x" xama-se "xis". Poix é iso mexmo qe fiqa.

5 - Diogo – Tal como o «ph» das antigas farmácias desapareceu sem deixar saudades a ninguém, também o «ch» pode passar à história por não fazer falta nenhuma. Quantas vezes não ouvimos já a pergunta: "esta palavra escreve-se com «x» ou com «ch»?"

Se temos o «x», para quê o «ch»? Apenas para complicar?


6 - MCA - Qomo podem ver, já eliminámox o "c", o "h", o "p" e o "u" inúteix, a tripla leitura da letra "s" e também a tripla leitura da letra "x".

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex. Não, não leiam "simpléqs", leiam simplex. O som "qs" pasa a ser exqrito "qs" u qe é muito maix qonforme à leitura natural.

6 - Diogo – Nada mais natural. Atentem bem na pronúncia das palavras: «inúteis» que acaba em «x» e «simplex» que acaba em «qs».


7 - MCA - No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.

Vejamox o qaso do som "j". Umax vezex excrevemox exte som qom "j" outrax vezex qom "g". Para qê qomplicar?!?

Se uzarmox sempre o "j" para o som "j" não presizamox do "u" a segir à letra "g" poix exta terá, sempre, o som "g"” e nunqa o som "j". Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.

7 - Diogo – É certo! Para quê escrever «giesta», «ginástica» ou «girino» quando dispomos da letra «j»? «jasmim», «José» ou «jumento». Fará sentido utilizar a letra «g» que pode ter dois sons diferentes [galo (g) – gila (j)] quanto temos a letra «j» cujo som é inequívoco?


8 - MCA - É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade?

8 - Diogo – Trocar o «o» pelo «u» quando se lê «u», faz todo o sentido. Na Roménia, a palavra «telejornal» escreve-se «telejurnal».


9 - MCA - Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam! Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.

A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra "a". Umax vezex lê-se "á", aberto, outrax vezex lê-se "â", fexado. Nada a fazer.

9 - Diogo – Discordo! Os acentos fazem falta. As vogais têm várias nuances: «à» e «a», «é» e «ê», «ó» e «ô», etc.


10 - MCA - Max, em outrox qazos, á alternativax.

Vejamox o "o": umax vezex lê-se "ó", outrax vezex lê-se "u" e outrax, ainda, lê-se "ô". Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o "u"? Para u uzar, não? Se u som "u" pasar a ser sempre reprezentado pela letra "u" fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u "o" pasa a suar sempre "ó", tornandu até dexnesesáriu u asentu.

Já nu qazu da letra "e", também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa "é", abertu, pudemux usar u "e". U mexmu para u som "ê". Max quandu u "e" se lê "i", deverá ser subxtituídu pelu "i". I naqelex qazux em qe u "e" se lê "â" deve ser subxtituidu pelu "a".

Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.

10 - Diogo -De acordo!




11 - MCA - Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u "til" subxtituindu, nus ditongux, "ão" pur "aum", "ães" – ou melhor "ãix" - pur "ainx" i "õix" pur "oinx".

Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

11 - Diogo – De acordo, mais uma vez. Deve-se, contudo, determinar se se deve substituir o til por «n» ou «m». Cão por «caun» ou «caum», etc.


MCA - Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersisiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?


Comentário

A «piquena» que escreveu este artigo (texto em azul), tenta fazer uma paródia à simplificação da ortografia e ao Acordo Ortográfico (com os quais obviamente discorda). Mas quase todas as sugestões de alterações ortográficas que ela aventa não estão mal vistas.

As línguas vão-se alterando ao longo do tempo e a escrita tem obrigatoriamente de acompanhar a fonética, caso contrário cava-se um abismo entre a fala e a escrita. Sendo a nossa língua uma língua fonética, julgo que faz todo o sentido manter os fonemas e os grafemas o mais aproximados possível.

Querer manter as origens etimológicas à custa de uma complexificação absurda da ortografia parece-me absurdo. Evidentemente que a ortografia não pode ser alterada todos os dias. Mas, de tempos a tempos, é necessário aproximar a palavra da escrita.

Farmácia já não se escreve Pharmacia. E não vejo ninguém a queixar-se...

Quanto ao Acordo Ortográfico em si, só vejo vantagens para os portugueses: existem quase trezentos milhões de brasileiros (contra 10 milhões de portugueses), dos quais, muitos brasileiros há que traduzem livros e legendam filmes e documentários, que Portugal não traduziria nem legendaria porque não tem massa crítica suficiente (nem leitores, nem espectadores) para o fazer.
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quinta-feira, março 22, 2012

Como os Banqueiros Internacionais controlam e sugam o nosso país através do poder financeiro, do poder executivo, do poder legislativo e do poder mediático

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Um Estado cujas leis são deliberadamente confeccionadas à medida para servir um bando de gatunos, não é um Estado de Direito – é um Estado sequestrado!



Um Estado cujos partidos políticos e os governos que deles emergem agem, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais, não é um Estado de Direito – é um Estado usurpado!


O Poder Financeiro

Dizem-nos que o mundo é dominado por uma dúzia de famílias que controla toda a finança, corporações comerciais e industriais e que, por via disso, são donos de grande parte da riqueza mundial. São apontados nomes como os Rothschilds (que muitos afirmam controlar metade da riqueza mundial), os Morgans, os Rockefellers, os Oppenheims, os Lazards, os Sterns, os Speyers, os Seligmans, os Du Ponts, os Mellons, os Barings, etc.

Há quem lhes chame Money Masters [Senhores do Dinheiro] ou International Bankers [Banqueiros Internacionais]. Vamos designar este grupo de famílias como «Oligopólio Bancário Internacional».


Os bancos comerciais [e os de investimento] portugueses e dos outros países não passam de simples agências do Oligopólio Financeiro Internacional. A prova de que não passam de humildes peões de uma estrutura financeira supranacional, está no facto extraordinário de o Banco Central Europeu (BCE) emprestar, a taxas de juro muito baixas, dinheiro (criado a partir do nada) aos Bancos Comerciais , os quais, por sua vez, emprestam esse dinheiro aos Estados, às Empresas e às Famílias a juros muito mais elevados.

O BCE está, pelos próprios estatutos [era interessante saber quem os redigiu], proibido de emprestar dinheiro aos Estados, Empresas e Famílias. Este privilégio de que gozam os Bancos Comerciais e que lhes proporciona lucros tão excepcionais é prova evidente de um esquema fraudulento só possível de ser engendrado por um Oligopólio ou Monopólio financeiro internacional.

Se atentarmos nas estruturas accionistas dos Bancos Comerciais Portugueses e formos desbravando pelo emaranhado de interligações empresariais, financeiras e estruturas accionistas, acabamos por ver que tudo vai desaguar nos mais poderosos bancos mundiais.

O BPI, por exemplo, é detido pelo Grupo La Caixa (30,1%), pelo Grupo Itaú (possui uma das maiores instituições bancárias brasileiras - 18.9%), pela Santoro Financial Holdings (9.99%), pelo Grupo Allianz (empresa alemã de seguros e serviços financeiros - 8.8%), etc.

O Millenium BCP, por seu lado, é detido, entre outros, pelo Grupo BPI, pelo Grupo Eureko (companhia de seguros holandesa), pela Sonangol, Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, S.A., pelo UBS (banco de investimentos suíço), pelo Grupo JPMorgan (líder mundial em serviços financeiros e uma das maiores instituições bancárias dos Estados Unidos da América), etc.

Para melhor saquear os Estados, uma das tarefas da Banca consiste em controlar os respectivos poderes executivos, legislativos e mediáticos.



Da esquerda para a direita - Faria de Oliveira (CGD), Carlos Santos Ferreira (BCP), Ricardo Salgado (BES), Fernando Ulrich (BPI), Nuno Amado (Santander Totta) - Estes cavalheiros não passam de meros "gerentes de conta" das agências portuguesas do Oligopólio Financeiro Internacional.


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O Estabelecimento de uma «Democracia Representativa»

Chris Gupta: "A constituição de uma «Democracia Representativa» "consiste na fundação e financiamento pela elite do poder [os testas de ferro do Oligopólio Financeiro Internacional] de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta..."

Os autores seguintes referem-se ao processo eleitoral e à «democracia» que existe nos Estados Unidos da América, mas o método é o mesmo em todos os países «democráticos» do mundo. Para compreender o que se passa em Portugal, basta apenas substituir os partidos Republicano e Democrata americanos pelos portugueses PSD e PS:

Dr. Stan Monteith: "... os dois partidos devem ser quase idênticos, de forma a convencer o povo americano de que nas eleições pode "correr com os canalhas", sem na realidade conduzir a qualquer mudança profunda ou abrangente na política."

George Wallace: "... os candidatos são escolhidos por aqueles que secretamente mandam na nossa nação. Assim, de quatro em quatro anos o povo vai às urnas e vota num dos candidatos presidenciais seleccionados pelos nossos 'governantes não eleitos' [os testas de ferro do Oligopólio Financeiro Internacional]. Este conceito é estranho àqueles que acreditam no sistema americano de dois-partidos, mas é exactamente assim que o nosso sistema político realmente funciona."

Arthur Selwyn Miller: " ... só existe um único partido político nos Estados Unidos, a que foi chamado o "Partido da Propriedade." Os Republicanos e os Democratas são de facto dois ramos do mesmo partido."


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O Poder Executivo

Sheldon Emry: "Democratas, Republicanos e eleitores independentes sempre se perguntaram porque é que os políticos gastam sempre mais dinheiro do que aquele que recebem dos impostos... Quando se começa a estudar o nosso sistema monetário, apercebemo-nos rapidamente que estes políticos não são agentes do povo mas sim agentes dos banqueiros, para quem fazem planos para colocar as pessoas ainda mais endividadas."

"Os nossos dois principais partidos tornaram-se seus servos (dos banqueiros), os vários departamentos do governo tornaram-se as suas agências de despesas, e o Serviço da Receita Federal (IRS) é a sua agência de recolha de dinheiro."


No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explicou sucintamente de que forma a Banca subsidia e utiliza a política e os políticos para saquear este país:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.» [...]


O Oligopólio Financeiro Internacional, através dos seus testas de ferro em cada país, procede a uma selecção criteriosa de pessoas, seleccionadas entre quadros técnicos, docentes universitários, responsáveis partidários e figuras prestigiadas de diferentes ordens profissionais, que, a priori, demonstrem possuir o perfil necessário - a fome de poder, a ganância e a falta de escrúpulos - para satisfazer todos os favores que lhes virão a ser exigidos pela Banca (mais tarde retribuídos com juros).

Depois destes indivíduos terem sido devidamente doutrinados e amestrados para responder subservientemente e sem rebuço a todas as solicitações da Banca, esta fá-los eleger para os lugares governamentais, subsidiando-lhes prodigamente as campanhas eleitorais e apoiando-os com vasta propaganda mediática nos jornais e televisões (todos propriedade da Banca), onde uma multidão de comentadores venais os enaltecem quotidianamente, ao mesmo tempo que desacreditam os seus adversários políticos.

Os comentadores Camilo Lourenço, João Duque, Pedro Marques Lopes e Cantiga Esteves


Todos estes governantess ascenderam a cargos políticos por decisão "ab anteriori" da Banca. Sem o apoio desta nunca teriam chegado a cargos de poder. A Banca, que domina por completo os Media e os Partidos Políticos, nunca o permitiria.

Depois de eleitos, estes «representantes do povo», trabalharão afincadamente a favor dos seus patrões (a Banca), engrossando-lhes os lucros à custa dos contribuintes a quem seria suposto servirem. Depois de cumprirem o seu mandato como «representantes democráticos», a Banca trata de lhes arranjar um lugar ao sol que os recompense das agruras da vida política:


Jornal Expresso - 2/10/2010

Banca é refúgio para ex-ministros


De 115 ex-governantes: 84 foram para a Banca




Dirigentes do Bloco estudaram o percurso de 115 ex-governantes: 84 foram para a Banca ou tiveram uma ligação ao sector bancário, passando por órgãos sociais dos mais diversos bancos. Mais interessante ainda: desses 84 ex-governantes com ligação à banca, na grande maioria dos casos (56, ou seja, dois terços,) essa ligação não tinha antecedentes, e só surgiu depois da passagem pelo Governo.

A generalidade dos bancos [...] vai buscar ex-ministros e secretários de Estado (sobretudo os que passaram pelas finanças e economia, mas não só — basta pensar nos casos de Dias Loureiro e Armando Vara, que vinham da Administração Interna, ou Celeste Cardona, que foi ministra da Justiça). BES e BCP são, no universo analisado, os que mais apostaram nestas contratações — um em cada dez está ou esteve no BES, e quase um em cada cinco teve ou tem uma ligação ao BCP. Rui Machete, ex-ministro e barão social-democrata, conseguiu juntar as duas marcas no seu currículo. Também o grupo Champalimaud (e, depois, Santander) apostou forte em ex-governantes, quase todos do PSD.


Dias Loureiro, Armando Vara, Celeste Cardona e Rui Machete


A banca é o máximo denominador comum neste universo [...]. Um terceiro aspeto deste fenómeno: a "forte promiscuidade", com "governantes que transitam diretamente da tutela para a gestão de topo de empresas cujo quadro de atuação condicionaram imediatamente antes”. Há bons exemplos nas obras públicas (Ferreira do Amaral, Jorge Coelho, Luís Parreirão) e na energia (Pina Moura, Fernando Pacheco). A grande maioria dos ex-governantes portugueses que se dedicaram aos negócios privados têm ou tiveram uma ligação ao sector bancário [...].


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O Poder Legislativo


Correio da Manhã - 10 Janeiro 2012

Texto de Paulo Morais, Professor Universitário


Poder & Associados

As grandes sociedades de advogados adquiriram uma dimensão e um poder tal que se transformaram em autênticos ministérios-sombra.

É dos seus escritórios que saem os políticos mais influentes e é no seu seio que se produz a legislação mais importante e de maior relevância económica. Estas sociedades têm estado sobre-representadas em todos os governos e parlamentos.

São seus símbolos o ex-ministro barrosista Nuno Morais Sarmento, do PSD, sócio do mega escritório de José Miguel Júdice, ou a centrista e actual super-ministra Assunção Cristas, da sociedade Morais Leitão e Galvão Teles. Aos quais se poderiam juntar ministros de governos socialistas como Vera Jardim ou Rui Pena.

Algumas destas poderosas firmas de advogados têm a incumbência de produzir a mais importante legislação nacional. São contratadas pelos diversos governos a troco de honorários milionários. Produzem diplomas que por norma padecem de três defeitos:

a) São imensas as regras, para que ninguém as perceba;

b) São muitas as excepções para beneficiar amigos;

c) E, finalmente, a legislação confere um ilimitado poder discricionário a quem a aplica, o que constitui fonte de toda a corrupção.

As maiores sociedades de advogados do país, verdadeiras irmandades, constituem hoje o símbolo maior da mega central de negócios em que se transformou a política nacional.


Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos [Ota e o TGV], não apenas os directamente interessados - os empresários de obras públicas, os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos - mas também flutuantes figuras representativas dos principais escritórios da advocacia de negócios de Lisboa. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. E o grande dinheiro agradece e aproveita.»

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»


E assim, poderosas firmas de advogados, verdadeiras irmandades sobre-representadas em todos os governos e parlamentos, são contratadas pelos diversos governos para produzir a mais importante legislação nacional e cujos diplomas são imensos, confusos e imperceptíveis (para que ninguém os perceba), e discricionários, cheios de excepções e de alçapões (para facilitar e promover a corrupção).




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O Poder Mediático

Os bancos tomaram o controlo dos Media através de empréstimos, do dinheiro da publicidade e da posse efectiva directa e indirecta. O controlo dos Media determina quem é eleito. Se um político não obedecer ao banco, este dá cobertura mediática ao oponente do político desobediente.

O político Mário Soares assevera que os meios de comunicação social (jornais e televisões) são, igualmente, propriedade da Banca Internacional (que abarca, naturalmente, a banca nacional):


Mário Soares no Programa "Prós e Contras" [27-04-2009]:

Mário Soares: [...] «Pois bem, agora um jornal, não há! Uma pessoa não pode formar um jornal, precisa de milhares de contos para formar hoje um jornal e, então, para uma rádio ou uma televisão, muito mais. Quer dizer, toda a concentração da comunicação social foi feita e está na mão de meia dúzia de pessoas, não mais do que meia dúzia de pessoas

Fátima Campos Ferreira: «Grupos económicos, é

Mário Soares: «Grupos económicos, claro, grupos económicos. Bem, e isso é complicado, porque os jornalistas têm medo. Os jornalistas fazem o que lhes mandam, duma maneira geral. Não quer dizer que não haja muitas excepções e honrosas mas, a verdade é que fazem o que lhes mandam, porque sabem que se não fizerem aquilo que lhe mandam, por uma razão ou por outra, são despedidos, e não têm depois para onde ir.» [...]


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Comentário

Ficamos a perceber que há muitos anos que a Banca Internacional, lentamente, surdamente, se tem vindo a apoderar das grandes forças sociais – o Aparelho Político: tanto o Executivo como o Legislativo, e os Meios de Comunicação Social.

Com a Justiça e a Polícia de mãos atadas graças a uma legislação confeccionada à medida dos interesses de uma todo-poderosa quadrilha financeira e dos seus esbirros, que podem os cidadãos honestos fazer? Um Estado cujas leis são feitas para servir uma corja de gatunos, não é um Estado de Direito – é um Estado sequestrado. Se os cidadãos honestos não podem recorrer à justiça, que mais lhes resta senão a violência em legítima defesa para responder a todas as violências perpetradas contra eles pela corja que detém o poder?

Artigo 32º do Código Penal - Legítima defesa:
Constitui legítima defesa o facto praticado como meio necessário para repelir a agressão actual e ilícita de interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro.

Artigo 35º do Código Penal - Estado de necessidade desculpante
1 - Age sem culpa quem praticar um facto ilícito [* uma agressão, por exemplo] adequado a afastar um perigo actual, e não removível de outro modo, que ameace a vida, a integridade física, a honra ou a liberdade do agente ou de terceiro, quando não for razoável exigir-lhe, segundo as circunstâncias do caso, comportamento diferente.


Os partidos do Partido Único e todos os jornais e televisões estão na posse da Banca Internacional. Deste modo, a Banca não apenas traz o Estado, as empresas e os cidadãos dependentes pelo capital, mas, injúria suprema, pela força das suas leis e pela voz dos seus jornais e televisões, impõem-lhes o desemprego massivo e o empobrecimento geral, as pensões de miséria, a extorsão escandalosa das "recapitalizações" e das "garantias" dadas aos bancos, o roubo despudorado que constituem as privatizações dos monopólios naturais de bens e serviços essenciais, os cortes dos salários e dos subsídios, o aumento escandaloso dos impostos e dos preços dos bens de primeira necessidade, e a burla das dívidas brutais e dos juros usurários que vão ter de pagar à Banca Internacional.

Artigo 282.º do Código Civil - Negócios usurários:
1 - É anulável, por usura, o negócio jurídico, quando alguém, [* negoceia com um representante corrupto de outrem com a intenção de prejudicar este último], explorando a situação de necessidade, inexperiência, ligeireza, dependência, estado mental ou fraqueza de carácter de outrem, obtiver deste, para si ou para terceiro, a promessa ou a concessão de benefícios excessivos ou injustificados.

*As expressões entre parênteses rectos são minhas.
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domingo, março 18, 2012

O judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra. Os seus meios de poder são o dinheiro e a imprensa

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Eça de Queirós


Em 1880, na compilação "Cartas de Inglaterra", no capítulo «Israelismo", Eça de Queirós escreveu:

"Mas o pior ainda na Alemanha é o hábil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem o luxo, tão hábil que tem um sabor de conspiração: na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem-se apoderado das duas grandes forças sociais – a Bolsa e imprensa. Quase todas as grandes casas bancárias da Alemanha, quase todos os grandes jornais, estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante e o traz dependente pelo capital; mas, injúria suprema, pela voz dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-de pensar, como se há-de governar e com quem se há-de bater!"


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Henry Ford


Henry Ford (1863 – 1947) foi o americano fundador da Ford Motor Campany e pai das modernas linhas de montagem e da produção em massa. O seu automóvel, Modelo T, revolucionou o transporte e a indústria americana. Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes. Na qualidade de dono da Companhia Ford tornou-se um dos homens mais ricos e mais conhecidos do mundo.

Em 1918, Ford comprou um pouco conhecido semanário: «The Dearborn Independent». No princípio dos anos 20 este semanário publicou um conjunto de quatro volumes de artigos, cumulativamente intitulados «The International Jew» [O Judeu Internacional].


[Tradução minha]

Jornal "The Dearborn Independent" - 29 de Maio de 1920:


The International Jew

Germany's Reaction Against the Jew [A reacção alemã contra o judeu]

[...] O judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra, mais ainda que o Império Britânico. Constitui um Estado cujos cidadãos são incondicionalmente leais onde quer que estejam ou quer sejam ricos ou pobres.

O nome que foi dado pela Alemanha a este Estado e que circula por todos os outros Estados é Al-Judá [All- Judaan].

Os meios de poder do Estado de Al-Judá são o capital e o jornalismo, ou o dinheiro e a propaganda.

Al-Judá é o único Estado que exerce um governo mundial; todos os outros Estados só podem exercer governos nacionais.

A principal cultura de Al-Judá é jornalística; os desempenhos técnicos, científicos, literários dos judeus modernos são em todo o lado desempenhos jornalísticos. São devidos ao extraordinário talento dos judeus para a receptividade das ideias dos outros. Capital e Jornalismo combinam-se na Imprensa para criar o meio espiritual do poder judaico.

O governo deste Estado de Al-Judá está maravilhosamente organizado. Paris foi a sua primeira sede, mas já se mudou para outro lugar. Antes da Guerra (1914-1918), Londres era a sua primeira capital e Nova Iorque a segunda. Resta ver se Nova Iorque não irá suplantar Londres – a tendência é no sentido da América.


Como Al-Judá não está em condições de ter um exército e uma marinha permanentes, outros Estados fornecem-lhos. A sua armada é a armada britânica, que protege dos obstáculos o progresso de toda a economia mundial judaica, ou aquela parte que depende do mar. Em troca, Al-Judá acrescentou a Palestina ao controlo britânico. Onde quer que houvesse uma força terrestre (qualquer que fosse a nacionalidade do uniforme que usasse), esta apoiaria a marinha britânica.

Al-Judá está disposta a entregar a administração de várias partes do mundo aos governos nacionalistas; só pede para si o controlo dos governos. O judaísmo é intensamente a favor de perpetuar as divisões nacionalistas no mundo gentio (não-judeu). Porque, por eles, os judeus nunca serão assimilados por qualquer nação. São um povo à parte, sempre o foram e sempre o serão.

Só ocorrem problemas entre Al-Judá e outra nação quando esta impossibilita a Al-Judá o controlo dos lucros industriais e financeiros dessa nação. Al-Judá pode desencadear uma guerra, pode fazer a paz; pode criar a anarquia em casos mais obstinados, pode restaurar a ordem. Tem a força de uma potência mundial nas suas mãos e partilha-a entre as nações consoante estas apoiem os planos de Al-Judá.


Fotografia da batalha de Verdun – I Guerra Mundial


Ao controlar as fontes de informação mundiais, Al-Judá pode sempre preparar as opiniões dos povos para o seu próximo passo. A maior exposição que ainda falta fazer é a forma como as notícias são produzidas e a forma pela qual a opinião de nações inteiras é moldada para um determinado objectivo. Quando o poderoso judeu é por fim descoberto e a sua mão revelada, vêm então os imediatos gritos de perseguição que ecoam pela imprensa mundial. As causas reais da perseguição (que são a opressão das pessoas pelas práticas financeiras dos judeus) nunca são ditas publicamente.

Al-Judá tem os seus vice-governos em Londres e em Nova Iorque. Tendo obtido a sua vingança sobre a Alemanha, irá continuar a conquistar outras nações. Já possui a Grã-Bretanha. A Rússia debate-se mas as probabilidades estão contra ela. Os Estados Unidos, com a sua tolerância amigável por todas as raças, oferecem um terreno prometedor. O palco das operações muda, mas o judeu é o mesmo através dos séculos.


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Werner Sombart

"The Jews and Modern Capital", pp. 38, 43.
[Os Judeus e o Capital Contemporâneo]

"À primeira vista parece que o sistema económico da América do Norte foi o único que se desenvolveu independentemente dos judeus..."

"Contudo, sustenho a minha afirmação de que os Estados Unidos (talvez mais do que qualquer outro país) estão totalmente embrenhados de espírito judeu. Isto é reconhecido em muitos lugares, sobretudo nos mais capazes de formar uma opinião sobre o assunto..."

"Em face desta realidade, não haverá alguma justificação para a opinião de que os Estados Unidos devem a sua própria existência aos judeus? E se for assim, até que ponto não se poderá afirmar que a influência judaica fez dos Estados Unidos exactamente aquilo que é – ou seja, Americano? Porque aquilo que chamamos americanismo nada mais é, se assim podemos dizer, que o espírito judaico destilado."

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terça-feira, março 13, 2012

Em 1959, o procurador americano Stephen F. Pinter afirmou: «As "câmaras de gás" exibidas em território alemão são um embuste»

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Hoje, qualquer visitante da "câmara de gás" de Dachau pode ler num painel a seguinte frase em cinco línguas diferentes:


CÂMARA DE GÁS – disfarçada de "sala de chuveiros"
nunca foi usada como câmara de gás


A fotografia deste painel pode ser observada no site de "The Holocaust History Project" [O Projecto de História de Holocausto].


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Juiz Wilhelm Stäglich
(11 Novembro 1916 – 5 Abril 2006)



Excerto III do livro de Wilhelm Stäglich:

«Auschwitz: a judge looks at the evidence» - «Auschwitz: um juiz examina as provas»


[Tradução minha]

"Eyewitness Accounts" of Auschwitz - Testemunhos de Auschwitz

Se a ideia de Auschwitz era ainda desconhecida do público alemão até fins dos anos 1950, isso não significa que não tenham sido feitas alegações, até essa altura, sobre a existência de câmaras de gás para o extermínio em massa do povo judeu em Auschwitz, tal como foram feitas em relação ao resto dos campos de concentração. Simplesmente, Auschwitz não ocupava, como hoje, o ponto focal das estórias das câmaras de gás.

Durante esses anos, detalhes eram geralmente evitados quando eram feitas referências aos campos de concentração na região de Auschwitz. Em quase todos os outros antigos campos de concentração alemães, por outro lado, a visitantes arrepiados era mostrada pelo menos uma sala que alegadamente tinha servido de câmara de gás durante o Terceiro Reich. Em 1959, o procurador americano Stephen F. Pinter referiu-se a esta acusação numa carta a um jornal americano. Stephen F. Pinter afirmou:

*"Estive em Dachau durante 17 meses depois da Guerra, na qualidade de Procurador do Departamento de Guerra norte-americano, e posso afirmar que não existia nenhuma câmara de gás em Dachau. O que era mostrado aos visitantes e turistas e erroneamente descrito como uma câmara de gás, era um crematório. Nem havia nenhuma câmara de gás em qualquer dos outros campos de concentração na Alemanha [Nor was there a gas chamber in any of the other concentration camps in Germany]. Foi-nos dito que existia uma câmara de gás em Auschwitz, mas como estava na zona de ocupação russa, não nos foi permitido investigar, porque os russos não o permitiriam..."



Um soldado do 7º Exército Americano
observa a porta da câmara de gás de Dachau


[ I was in Dachau for 17 months after the war, as a U.S. War Department Attorney, and can state that there was no gas chamber at Dachau. What was shown to visitors and sightseers there and erroneously described as a gas chamber, was a crematory. Nor was there a gas chamber in any of the other concentration camps in Germany. We were told that there was a gas chamber in Auschwitz, but since that was in the Russian zone of occupation, we were not permitted to investigate, since the Russians would not permit it...]

As "câmaras de gás" exibidas em território alemão eram portanto um embuste, algo que hoje ninguém põe em causa nem mesmo pelos historiadores. Nada de definitivo era conhecido acerca dos campos que estavam sob controle soviético, e os rumores que circulavam não podiam ser verificados. O facto de que até o indubitavelmente bem informado oficial de ocupação, Stephen F. Pinter, mencionar que havia rumores de que existia apenas uma "câmara de gás" em Auschwitz, mostra claramente que Auschwitz não desempenhava na altura o papel que a propaganda anti-alemã lhe dá hoje, especialmente, como o alegado centro de extermínio dos judeus.


*Citado em Härtle, Freispruch für Deutschland [Acquittal for Germany – Absolvição para a Alemanha], p. 198; ver também Heinz Roth, Wieso waren wir Väter Verbrecher? [Porque é que fomos grandes criminosos?], p. 111, e Huscher, Die Flossenbürg-Lüge [A mentira de Flossenbürg], p. 12. Foi relatado que a declaração de Pinter foi publicada no American Mercury, Nr. 429 (Outubro de 1959). Surgiu pela primeira vez numa carta publicada no «American Catholic newspaper Our Sunday Visitor», a 14 de Junho de 1959.
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terça-feira, março 06, 2012

Boaventura de Sousa Santos: os «Governos Democráticos», agindo a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais, mentem, roubam e assassinam os seus próprios cidadãos

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Boaventura de Sousa Santos (sobre os atentados do 11 de Setembro nos EUA):

- "O intenso debate em curso sobre a verdadeira causa do ataque às Torres Gémeas: estaria o governo envolvido?";

- "Sobre o colapso das Torres: resultado do impacto ou de explosivos pré-posicionados nos andares inferiores?";

- "Sobre o ataque ao Pentágono: avião ou míssil?"


Boaventura de Sousa Santos é doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.


(...) Acresce que as possibilidades de manipulação dos media nunca foram tão grandes (a politização dos media) como contrapartida do imenso mercado mediático em que a política se transformou (a mediatização da política). Nestas circunstâncias tornou-se mais fácil e mais necessário mentir sempre que a manutenção do poder está em causa. E, pelas mesmas razões, tornou-se cada vez mais difícil encontrar jornalistas e órgãos de comunicação social dispostos a fazer investigação séria que contrarie com fundamento as versões oficiais.



Um dos países em que este problema tem hoje mais acuidade são os EUA. Neste país, as versões oficiais têm tradicionalmente um enorme peso e tendem a ser reproduzidas como verdadeiras sem mais averiguações pelos grandes media. Os jornalistas que as questionam têm sido marginalizados, como aconteceu a I. F. Stone. A verdade é que ao longo dos últimos cem anos foram muitos os casos em que o governo mentiu, como se veio mais tarde a verificar, muitas vezes a partir de... fontes oficiais. As mentiras envolveram quase sempre decisões importantes que justificaram intervenções militares em países estrangeiros.

Assim, continua hoje por esclarecer a causa da explosão no navio de guerra Maine em 1898 no porto de Havana que mobilizou o país para a guerra contra a Espanha com o objectivo de libertar Cuba (saiu a Espanha entrou a United Fruit Company). Sabe-se hoje que o segundo ataque norte-vietnamita no Golfo de Tonkin em 1964 foi, de facto, forjado pelos serviços secretos com o fim de justificar a escalada da guerra no Vietname; que o ataque à fábrica de produtos farmacêuticos do Sudão em 1998 foi ordenado por Clinton sabendo que ela não produzia armas químicas; que o FBI nunca teve provas que ligassem a Al-Quaeda a Saddam Hussein; que o governo teve conhecimento detalhado do ataque em preparação às Torres Gémeas e nada fez para o impedir; que à data da invasão do Iraque o governo sabia que não havia armas de destruição maciça; que a luta contra o terrorismo, longe de estar a ter êxito, está a provocar mais terrorismo, estando hoje o país menos seguro que em 2001.

A acumulação recente de mentiras e a revolução nas tecnologias da informação e da comunicação explica o que, à primeira vista, seria impensável: o intenso debate em curso sobre a verdadeira causa do ataque às Torres Gémeas (estaria o governo envolvido?), sobre o colapso das Torres (resultado do impacto ou de explosivos pré-posicionados nos andares inferiores?) sobre o ataque ao Pentágono (avião ou míssil?). O debate envolve cientistas credíveis e cidadãos do "movimento para a verdade do 11 de Setembro", e ocorre quase totalmente fora dos grandes media e sem a participação de jornalistas. Será que a internet, os vídeos e os telemóveis tornam a mentira dos governos mais difícil?


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domingo, março 04, 2012

Através do IRS, o saque aos portugueses levado a cabo pelos futuros funcionários bancários que hoje ocupam o Governo continua de vento em popa

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TSF – 12/10/2008 - Governo dá garantia de 20 mil milhões de euros aos bancos


RTP – 27/10/2011 - Bancos portugueses recapitalizados com quase 8 mil milhões de euros


Público - 25.11.2011 - Portugal vai pagar 34.400 milhões de juros à troika. Segundo dados do Governo, dos 78.000 milhões de euros disponibilizados pela troika, o Estado terá de desembolsar 34.400 milhões em juros, ou seja, cerca de 44% do montante do empréstimo.


A pilhagem, desta vez através do IRS, irá servir, tal como as pilhagens anteriores, para dar garantias à Banca, para recapitalizar a Banca, e para pagar os juros usurários que a Banca cobra ao Estado.


Estudo do economista Eugénio Rosa

O estudo completo AQUI


Por que razão a retenção do IRS aos trabalhadores, aos reformados e aos aposentados, nomeadamente com baixos rendimentos, aumentou tanto em 2012?

Muitos trabalhadores do sector privado e pensionistas têm perguntado por que razão a retenção mensal do seu IRS aumentou em 2012 apesar de não terem tido qualquer aumento de salários e, no caso dos pensionistas (reformados da Segurança Social e aposentados da CGA), de sofrerem o confisco do subsidio de férias e do Natal, e apesar das taxas de IRS serem as mesmas de 2011.

Os aumentos na retenção de IRS que os trabalhadores e os pensionistas estão a sofrer este ano resultam de “pequenas” alterações que este governo introduziu à socapa no Código do IRS, utilizando a Lei do Orçamento do Estado para 2012, que passaram despercebidas à opinião pública e aos órgãos de informação, e que mesmo na Assembleia da República não foram denunciadas com força suficiente para poderem chegar ao conhecimento dos portugueses.

O governo PSD/CDS “esqueceu-se” propositadamente de incluir na Lei do Orçamento de 2012 (no nº 1 do artº 111º da Lei 64-B/2011) a mesma norma de carácter transitório, e com o mesmo conteúdo, que constava Lei do Orçamento de 2011 (no nº 1 do artº 98º da Lei 55-A/2010).

Como consequência desse “esquecimento” acontece o seguinte:

(1) A parcela do rendimento anual dos trabalhadores por conta de outrem que não está sujeita a IRS baixa, entre 2011 e 2012, de 4104 € para 3622,06 € (-481,94 €);

(2) A parcela de IRS que cada contribuinte tem direito a descontar no imposto a pagar (dedução por sujeito) diminui, entre 2011 e 2012, de 261,25 € para 230,57 € (-30,68 €);

(3) A dedução no IRS que cada contribuinte faz por cada filho passa, entre 2011 e 2012, de 190 € para 167,69 € (-22,31 €; mais um ataque à família com filhos);

(4) O valor máximo que cada contribuinte pode deduzir no IRS das despesas com a educação dos filhos passa, entre 2011 e 2012, de 760 € para 670,75 € (-89,25 €; outro ataque à família com filhos).

Para além disso, a parcela do rendimento anual de cada reformado ou aposentado não sujeito a IRS diminui, entre 2011 e 2012, de 6000 € para 4104 €, o que determina que 1896 € que, em 2011, estavam isentos do pagamento de IRS, em 2012 já têm de pagar IRS; e 1,21 € do subsidio de refeição diário pago em dinheiro que, em 2011, estava isento de pagamento de IRS, em 2012 já paga IRS.

Como consequência apenas destas “pequenas” alterações, a taxa de retenção de IRS aumenta muito em 2012, sendo o aumento em percentagem tanto maior quanto mais baixo é o rendimento (em relação aos trabalhadores por conta de outrem a subida atinge 12,5% para a remuneração mais baixa e 5,3% para a mais elevada.

Relativamente aos reformados e aposentados, a subida da taxa de retenção é mais chocante pois atinge +50% para as pensões entre os 675 € e 696 €, e + 2% para as pensões superiores a 9200 € por mês.

No caso dos trabalhadores da Função Pública no activo, devido ao confisco do subsídio de férias e de Natal, que determina uma redução do rendimento anual do trabalhador entre 7% e 14%, verifica-se, como era previsível, uma redução das taxas de retenção porque a quebra de rendimentos é tão elevada que não é totalmente compensada com as “pequenas” alterações feitas à socapa, pelo governo do PSD/CDS, no Código do IRS.

Estima-se que, em 2012, os trabalhadores por conta de outrem do sector privado tenham de pagar mais 165 milhões € de IRS, e os reformados e aposentados mais 24,6 milhões € de IRS só devido àquelas alterações.

Se juntarmos a estes valores, o aumento de IRS que terão de suportar principalmente os trabalhadores por conta de outrem, os reformados e os aposentados devido ao facto da percentagem das despesas com saúde que podem ser descontadas no IRS passar, entre 2011 e 2012, de 30% para apenas 10%, também por decisão do governo PSD/CDS que, a própria Entidade Reguladora de Saúde, estima em 440 milhões € de aumento de receita fiscal para o Estado, conforme consta da pág.62 do seu estudo com o titulo “Análise à sustentabilidade do SNS”, rapidamente se conclui que estas medidas, que o governo de Passos Coelho/ Victor Gaspar introduziram à socapa tendo, por isso, passado despercebidas aos media e à opinião pública representam um pesadíssimo encargo que mais uma vez atinge principalmente as classes de rendimento mais baixos, reduzindo significativamente o seu rendimento disponível e, consequentemente, o seu poder de compra, o que contribuirá para agravar ainda mais a recessão económica, como está já a acontecer, devido à quebra no consumo interno que provocará.


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No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explicou sucintamente de que forma a Banca subsidia e utiliza a política e os políticos para saquear o país:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.» [...]
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