quinta-feira, julho 28, 2011

Os lucros pornográficos dos banqueiros e a colaboração cúmplice dos políticos. Porque não os matamos a todos e acabamos com isto de vez?

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Em Dezembro de 1963 começou na cidade alemã de Frankfurt o chamado Julgamento de Auschwitz. Vinte e dois homens das SS do campo de concentração de Auschwitz foram julgados por cumplicidade ou homicídio. Durante o julgamento, na sequência dos horrores descritos por testemunhas sobreviventes, uma senhora que assistia ao julgamento teve o seguinte desabafo que todo o tribunal ouviu:

- Porque não os matam a todos [os réus] e acabam com isto!


Vem isto a propósito dos 78 mil milhões de euros que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional vão emprestar a Portugal a juros agiotas (vão ser pagos durante 13 anos a uma taxa igual ou superior a 6% = 4% de juros + 2% de spreads= 6%).

Destes 78 mil milhões de euros, 12 mil milhões de euros vão servir para a recapitalização dos bancos e, dos 66 mil milhões restantes, o Estado oferece, "acomoda", 35 mil milhões de euros em garantias à Banca para que esta possa emitir dívida para se "financiar"... Ou seja, o Estado vai oferecer de mão beijada à Banca 47 mil milhões de euros à custa dos contribuintes.

Os restantes 31 milhões de euros vão servir para pagar os juros dos empréstimos aos bancos pelas obras faraónicas e inúteis com que os serviçais políticos (a soldo da Banca) endividaram o país.


Presidentes dos Bancos Nacionais, respectivamente:
BCP – CGD – BPI – TOTTA - BES



Políticos a soldo:
Sócrates, Teixeira dos Santos, Passos Coelho, Vítor Gaspar e Paulo Portas


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E assim, os contribuintes portugueses vão injectar directamente 47 mil milhões de euros numa Banca que, como os números comprovam, atravessa "enormes dificuldades":


Banco Espírito Santo

Lucros em 2006 = 420 milhões de euros
Lucros em 2007 = 607 milhões de euros
Lucros em 2008 = 402,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 522 milhões de euros
Lucros em 2010 = 510,5 milhões de euros


Banco Millennium bcp

Lucros em 2006 = 780 milhões de euros
Lucros em 2007 = 563 milhões de euros
Lucros em 2008 = 201,2 milhões de euros
Lucros em 2009 = 225 milhões de euros
Lucros em 2010 = 301,6 milhões de euros


BPI – Banco Português de Investimento

Lucros em 2006 = 308,8 milhões de euros
Lucros em 2007 = 355 milhões de euros
Lucros em 2008 = 150,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 175 milhões de euros
Lucros em 2010 = 184,8 milhões de euros


Banco Santander Totta

Lucros em 2006 = 425 milhões de euros
Lucros em 2007 = 510 milhões de euros
Lucros em 2008 = 517,7 milhões de euros
Lucros em 2009 = 523 milhões de euros
Lucros em 2010 = 434,7 milhões de euros
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Em suma

Como é que ficámos a dever tanto dinheiro aos bancos portugueses e estrangeiros? A resposta é simples: o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos mas não pode, estatutariamente, emprestar dinheiro aos Estados e, assim, os Governos são obrigados a negociar com os bancos (nacionais e internacionais) para se poderem financiar.

Visto que os bancos privados se financiam junto do BCE a taxas de juro de cerca de 1% e exigem juros muito superiores para comprarem dívida dos países (Portugal tem andado a a endividar-se a taxas de juro de 6, 7, 8, 9 e 10%), resulta que a banca privada, incluindo a nacional, tem feito fortunas a comprar dinheiro barato na UE e a vender caro cá.

E quem é que paga este enriquecimento da banca privada? Essa resposta é ainda mais simples: somos todos nós. É através dos impostos, dos cortes nos salários e nas pensões, que vamos pagando aquilo que os bancos vão ganhando.


Como explicou linearmente o jornalista Fernando Madrinha no Jornal Expresso de 1/9/2007:

«Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais

O crime destes políticos venais a soldo de agiotas assassinos, ao destruir um país e enviando milhões de pessoas para a miséria - um crime de altíssima traição – deve ser imperativa e rapidamente punido com a morte. E terá de ser o povo a executar a sentença, já que o sistema que deveria tratar disso está podre de alto a baixo.
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sábado, julho 23, 2011

Atentados na Noruega – apenas o mais recente acto de terrorismo perpetrado pela Nato em países da Europa Ocidental contra cidadãos europeus

Pelo menos 91 pessoas morreram na sequência de um ataque à bomba em Oslo e num ataque a tiro num encontro de jovens, confirmou a polícia norueguesa, que suspeita que os ataques possam ter sido levado a cabo por uma mesma pessoa: o norueguês Anders Behring Breivik, que terá ligações à extrema-direita. A maioria das vítimas (84) perdeu a vida na pequena ilha de Utoeya, onde decorria o campo de jovens, e as restantes sete ocorreram em consequência do ataque à bomba em Oslo.

Imagem dos atentados na Noruega - 22.07.2011

Os primeiros suspeitos foram radicais islâmicos mas a polícia acredita agora que a autoria dos atentados se deverá antes a organizações de ideologia de extrema-direita.

O Presidente norte-americano Barack Obama já condenou os ataques, tendo sublinhado: "Isto lembra-nos que toda a comunidade internacional tem uma grande responsabilidade na prevenção deste tipo de terror". Por seu lado, o Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, indicou que estes "actos de cobardia" não têm justificação.


Mas este atentado é apenas o mais recente de uma série de muitos outros levados a cabo pelos esbirros da NATO em território europeu:

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O atentado bombista de Bolonha - 1980

A Operação Gladio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gladio.

A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à Nato: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.

No entanto, o seu verdadeiro objectivo era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental. Entre os muitos actos de terrorismo que lhes são atribuídos, destacam-se:

- O atentado bombista dentro do Banco Nacional de Agricultura, na Piazza Fontana da cidade de Milão, em Itália, a 12 de Dezembro de 1969, que matou 17 pessoas e feriu 88.

- O atentado bombista de Bolonha – uma bomba explodiu na estação central ferroviária de Bolonha, em Itália, a 2 de Agosto de 1980. Morreram 85 pessoas e 200 ficaram feridas.

- Os massacres de Brabant, na Bélgica, que decorreram entre 1982 e 1985 e nos quais morreram 28 pessoas e outras 20 ficaram feridas.

- O atentado bombista na Oktoberfest de Munique, na Alemanha, a 26 de Setembro de 1980, onde morreram 13 pessoas e 201 ficaram feridas, 68 com gravidade.


Há dias, algo inexplicavelmente, o Canal História trouxe a lume, apresentando provas bastante consistentes, esta exposição do terrorismo americano contra cidadãos europeus ocidentais em solo do velho continente.




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segunda-feira, julho 18, 2011

Passos Coelho - o filho pródigo de Sócrates e Teixeira dos Santos

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Medidas a tomar para combater a austeridade


Um roteiro dirigido à "Geração à Rasca / Movimento 12 de Março" para lidar com os capos das famiglias do "Arco do Poder", que endividaram o país com obras faraónicas e inúteis e o colocaram, por via dos juros, nas garras de uma Banca sanguessuga. Um "Arco do Poder" que, diga-se, nada mais é que uma ferramenta política subsidiada e propagandeada por um oligopólio bancário mundial.


No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explicou sucintamente de que forma a Banca subsidia e utiliza a política e os políticos para saquear o país:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.» [...]
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sexta-feira, julho 15, 2011

Esta crise financeira é o maior roubo jamais perpetrado contra a humanidade, afirmou Joe Berardo – um especulador de segunda a falar dos especuladores de primeira


Joe Berardo, um especulador financeiro português de meia tigela mas com conhecimentos da poda, aponta com precisão algumas minudências da situação aflitiva em que nos encontramos mergulhados. Em suma:

- Esta crise financeira é o maior roubo feito à humanidade e é levado a cabo pelos grandes especuladores mundiais, que é como quem diz, pelo oligopólio bancário que controla o sistema financeiro mundial.

- Vivemos numa democracia podre! Estes políticos não nos representam.

- O desemprego entre os jovens - o problema mais grave a nível mundial - vai resultar em revoluções.





Entrevista à Lusa de Joe Berardo - 19.02.2011

Numa entrevista à agência Lusa, o empresário disse estar "muito preocupado com o aumento do custo de vida em Portugal" e elegeu o desemprego entre os jovens como "o problema mais grave a nível mundial" porque "vai resultar em revoluções", como as da Tunísia e Egipto.

Sustentou que os aumentos do petróleo, IVA, impostos, redução dos ordenados na função pública, ou a duplicação do preço do trigo em menos de um ano são situações que vão provocar "uma inflação incontrolável daqui a pouco tempo".

"Alguém tem que vir com um novo sistema de democracia e, se for preciso, mudar o sistema político", declarou, recordando que também quando "Salazar tomou conta de Portugal não havia alimentação e havia bombas em Lisboa todos os dias nos anos 30".

"Temos que ter liderança. Tem que haver uma nova ordem de progresso", frisa, mencionando que "vivemos numa democracia podre", na qual os políticos têm a lógica do "vota em mim" prometendo vantagens.

"Portugal já deu uma volta grande no passado, foi um povo que dominou o mar há 200 anos e temos que arranjar maneira de todos nós vivermos e darmos uma oportunidade aos jovens, à nova geração", realça.

O empresário considera também que Portugal tem de começar a pensar em projetos de longo prazo e não em função dos actos eleitorais e reeleições e refere o exemplo da China, que "está a resolver os problemas para daqui a 40 anos, faz planos a 40 anos e nós em Portugal a 2 ou 3 anos, só para resolver o problema de amanhã".

"Vão ao mercado internacional apenas para pagar as dívidas, e entretanto o que vamos comer?", questiona.

Berardo salientou ainda que esta situação de crise financeira generalizada acontece enquanto "o UBS, o banco que foi o causador de uma das maiores desgraças do sistema financeiro, anunciou recordes de ganhos, mas é tudo ganhos fictícios, feitos em especulação".

"O maior roubo que está a acontecer na humanidade é feito pelos especuladores", disse, censurando o facto de ainda por cima se "estender o tapete vermelho" para os responsáveis dessas instituições quando fazem as conferências para debater os problemas financeiros, o que diz ser "inadmissível".

Segundo Berardo "não é bem a divida pública que é tão importante, mas credibilidade a nível do euro, combater as posições negativas dos especuladores nos mercados".
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sexta-feira, julho 08, 2011

Organograma que representa a rapina dos bancos ao Estado através de negócios ruinosos e obras públicas criminosas

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No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explicou sucintamente de que forma a Banca subsidia e utiliza a política e os políticos para saquear o país:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.» [...]
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domingo, julho 03, 2011

Também estou solidário

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Há cada vez mais gregos que estão determinados a lutar ou morrer para eliminar os políticos corruptos que lhes arruinaram o país.


Um político corrupto grego é sovado por desempregados atenienses, espartanos e coríntios


Rapinado ao Álvaro do blogue PSICANÁLISES (Julho 1, 2011)

"Estou solidário"

Há pouco numa TV (que não a RTP que nunca vejo) ouvi os gregos que se manifestam e as suas motivações: estão contra os corruptos dos políticos que lhes arruinaram o país. Estou solidário e acho que lhes devem ir ao pêlo.

Acham que é melhor saírem do Euro para poderem re-ganhar competitividade: estou solidário, e podendo voltarei um dia às ilhas gregas. Se abandonarem o Euro e baixarem os preços...

Estão determinados a lutar ou morrer: estou solidário e aprecio a sua coragem e determinação.

A Grécia tem condições para ser um dos destinos turísticos mundiais por excelência. Só políticos e gestores mediocres conseguiram que a Grécia esteja num mísero 14º ou 15º lugar, quando a Espanha ocupa o 2º lugar entre os países mais visitados do mundo (a França, incompreensivelmente, talvez devido à incompetência da "concorrência", continua a ser o país mais visitado do mundo). Por isso acho que os gregos devem ajustar as contas com os políticos que os levaram à ruina (algo forte, que sirva de exemplo para todo o mundo - que remeta a Grécia ás suas origens clássicas onde aos cidadãos, quando transgrediam, era estendida a cicuta, que, por honra e dignidade, eles naturalmente aceitavam) e partirem para uma vida nova.

Os países do sul da Europa, a Europa em si, necessita de uma catárse. A Grécia pode entrar de novo para a Grande História se der início a essa catarse.
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