quarta-feira, dezembro 29, 2010

Cavaco Silva pede silêncio sobre a rapina ao nosso país cometida por agiotas internacionais

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Expresso - 27-12-2010: O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apelou aos líderes europeus para estarem "mais calados em relação à crise da dívida soberana" e "perceberem que os mercados financeiros estão a ouvir".


Cavaco Silva ao lado de Durão Barroso no silêncio sobre a crise

O Sr. Aníbal, de Boliqueime

A Bola.PT - 27.12.2010:

O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou esta noite «muito sensato» o apelo de Durão Barroso para a contenção nos discursos sobre a crise financeira na Europa.

«Há pessoas em Portugal que parecem não saber que os nossos credores são as companhias de seguros, os fundos de pensões, os fundos soberanos, os bancos internacionais e os cidadãos espalhados por esse mundo fora», acrescentou Cavaco Silva, para quem as «palavras de insulto» terão como única consequência «mais desemprego para Portugal.»

O Presidente da República espera agora que o «bom senso» de Durão Barroso chegue «a alguns políticos portugueses».

«Esses políticos têm, acima de tudo, falta de conhecimento quanto ao comportamento dos nossos credores, ou seja, daqueles que nos emprestam dinheiro», ressalvou Cavaco Silva.




Comentário

Afirma o Sr. Aníbal haver gente ingrata em Portugal que parece desconhecer quem são os nossos beneméritos credores financeiros e que se mostra mal-agradecida pelas imensas benfeitorias que, da parte deles, temos sido alvo.

E o Sr. Aníbal enumera essas entidades notáveis:

1Companhias de Seguros (que estão nas mãos dos bancos).

2 - Fundos de Pensões - geridos por Companhias de Seguros ou Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (que estão, umas e outras, nas mãos dos bancos).

3 - Fundos Soberanos - Instrumentos Financeiros adoptados por alguns países que utilizam parte das suas imensas reservas de divisas para adquirir participações em empresas estrangeiras, com objectivos financeiros (obter os maiores dividendos possíveis) e estratégicos.

4 - Bancos Internacionais.

5 - Cidadãos espalhados por esse mundo fora (como são os casos de Barker, Maalouf, Raymond, Bauer, Ortiz, Hiroyuki, Blomqvist, Mendoza, Krüger, Espírito Santo, Ryzhkov, Barnes, Dąbrowski e tantos outros).


Como não concordar de alma e coração com o Sr. Aníbal (e o Barroso, da Cimeira dos Açores), quando estes barafustam, e com razão, pela nossa ingratidão para com todos estes admiráveis benfeitores que se atropelam para nos emprestar dinheiro com juros a 7% por forma a que possamos sair da crise?
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terça-feira, dezembro 21, 2010

A Grécia no caminho certo para a saída da crise

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Ex-ministro grego agredido por manifestantes


O ex-ministro grego dos transportes, Kostis Hatzidakis.


Os manifestantes atiraram-lhe pedras e bateram-lhe com paus...


PortugalDiário IOL - 15.12.2010

A Grécia parou em dia de greve geral e nas ruas multiplicam-se os confrontos e manifestações. Durante uma manifestação, um grupo de pessoas atacou e conseguiu mesmo ferir um ex-ministro conservador, avança a agência «Reuters», que cita uma testemunha.

Cerca de 200 manifestantes perseguiram o antigo ministro dos transportes Kostis Hatzidakis quando este saia do Parlamento, gritando: «Ladrões! Tenham vergonha!» Atiraram-lhe pedras e bateram-lhe com paus, até que este se refugiou num edifício próximo.


quarta-feira, dezembro 15, 2010

Correio da Manhã - Dívida do Estado dá milhões de lucro à Banca

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De Janeiro a Setembro, aplicações subiram 7,8 mil milhões. Bancos vão buscar crédito ao BCE a 1% e investem em dívida pública a taxas superiores. Em 2010, já ganharam mais de 150 milhões de euros.


O investimento na dívida pública portuguesa está a revelar-se um excelente negócio para a Banca nacional. Com os juros da dívida da República em alta desde o início do ano, até atingirem 6,8% no leilão de Obrigações do Tesouro neste mês, o aumento das aplicações em 7,8 mil milhões de euros, entre Janeiro e Setembro de 2010, já garantiu à Banca muitos milhões de euros.

Se fizermos as contas ao dinheiro aplicado neste ano, e se contarmos com uma margem mínima de dois pontos percentuais, o lucro ultrapassa os 150 milhões de euros, mas na realidade os ganhos ainda serão superiores. O BCE [Banco Central Europeu] empresta dinheiro à Banca portuguesa a 1%, contra garantias, e a Banca investe em dívida com juros a 6%", explica Mira Amaral, ex-ministro de Cavaco Silva e actual líder do BIC [Banco Internacional de Crédito].

Os últimos dados do Banco de Portugal revelam que, em Setembro de 2010, os bancos nacionais tinham investidos em dívida pública portuguesa 17,9 mil milhões de euros, um aumento de 53% em relação aos 9,5 mil milhões de euros registados em igual mês do ano passado.

Desde a entrada em vigor da moeda única, a 1 de Janeiro de 1999, que a Banca portuguesa não tinha tamanha exposição [leia-se: acesso] à dívida pública. Para Luís Nazaré, ex-líder dos CTT, esta realidade "revela mais sensibilidade [leia-se: voracidade] da Banca nacional para assegurar a dívida pública portuguesa, mas é também uma excelente aplicação, porque vai buscar o dinheiro a 1% ao BCE e investe-o a 5% na dívida".

Mira Amaral alerta que "isto não é sustentável", porque "o BCE está a ajudar, através dos bancos comerciais, os governos".



Comentário

Alguém com dois dedos de testa pode aceitar que o BCE [Banco Central Europeu] empreste dinheiro aos bancos comerciais à taxa de 1%, e estes, por sua vez, emprestem esse dinheiro aos Estado Nacionais a 5%, 6% e 7%, embolsando juros escandalosos?

Que outra justificação pode existir para o BCE oferecer tais benefícios aos bancos comerciais, senão o facto de esta «instituição europeia» estar exclusivamente ao serviço da Banca Privada? Porque é que os estatutos do BCE o proíbem de emprestar dinheiro aos Estados Nacionais? Quem terá escrito tais estatutos e com que objectivos?


Afirma Mira Amaral que "isto não é sustentável, porque o BCE está a ajudar, através dos bancos comerciais, os governos".

Miga Amagal - um cabgão ao serviço da Banca

Este untuoso funcionário bancário tenta manhosamente virar o bico ao prego e colocar os bancos no papel de vítimas, dando a entender que é o Estado, ou seja, o contribuínte, o grande beneficiário desta fraude imensa perpetrada pela Banca, de que ele, ao longo da vida, tem sido um fiel servidor.

Mira Amaral integrou os quadros do BPI, transitando do adquirido Banco de Fomento, privatizado nos anos 90. No início da década actual, reformou-se do BPI com indemnização e pensão substanciais. Algum tempo depois, ingressou na Caixa Geral de Depósitos, por influência do PSD; porém, ao fim de 18 meses, viria a deixar a instituição do Estado, com uma obscena pensão de reforma de mais de 18.000 euros mensais.

Hoje, Mira Amaral, administra o Banco BIC, ao serviço de Amorim e de Isabel dos Santos, a princesa do reino corrupto de Angola.
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quarta-feira, dezembro 08, 2010

Eça de Queirós - Mas esse povo nunca se revolta?

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Jornal de Barcelos – 27.10.2010


Acabava de entrar o ano de 1872. E o novo ano que chegava interrogava o ano velho. "- Fale-me agora do povo", pedia o novo ano. E o velho: "- É um boi que em Portugal se julga um animal muito livre, porque lhe não montam na anca; e o desgraçado não se lembra da canga!". "- Mas esse povo nunca se revolta?", insistia o ano novo, espantado. E respondia o velho: "- O povo às vezes tem-se revoltado por conta alheia. Por conta própria, nunca". E uma derradeira questão: "- Em resumo, qual é a sua opinião sobre Portugal?". E a resposta lapidar do ano velho: "- Um país geralmente corrompido, em que aqueles mesmos que sofrem não se indignam por sofrer."

Este diálogo deve-se a Eça de Queirós. O mesmo Eça que escreveu sobre o Portugal de então: "O povo paga e reza. Paga para ter ministros que não governam, deputados que não legislam (...) e padres que rezam contra ele. (...) Paga tudo, paga para tudo. E em recompensa, dão-lhe uma farsa." Estávamos, repito, em 1872.


O ditador romeno Nicolau Ceausescu, já em fim de mandato,
na sequência da revolta que derrubou o seu regime em 1989



Estamos obviamente a falar do povo português. Esta "raça abjecta" congenitamente incapaz de que falava Oliveira Martins. Este povo cretinizado, obtuso, que se arrasta submisso, sem um lamento, sem um queixume, sem um gesto de insubmissão, tão pouco de indignação e muito menos de revolta. Um povo que se deixa conduzir passivamente por mentirosos compulsivos como Sócrates ou Passos Coelho ou por inutilidades ignorantes como Cavaco Silva, não merece mais que um gesto de comiseração e de desdém. É vê-los nas televisões, por exemplo. Filas e filas de gente acomodada, cabisbaixa, servil, absurdamente resignada, a pagar as estradas que a charlatanice dos políticos tinha jurado "que se pagavam a si mesmas"! Sem qualquer tipo de pejo e com indisfarçável escárnio, o Estado obriga-os a longas filas de espera para conseguirem comprar e pagar o aparelho que lhes vai possibilitar a única forma de pagar as portagens que essa corja de aldrabões agora no poder, se lembrou de inventar! E eles passam a noite inteira à espera, se preciso for. E lá vão depois, bovinamente, de chapéu na mão, a mendigar a senha redentora que lhes dará o "privilégio de serem esbulhados electrónica e quotidianamente pelo Estado".


Sócrates e Passos Coelho, dois mentirosos compulsivos


Um povo assim não presta, não passa de uma amálgama amorfa de cobardes. Porque, se esta gentinha "os tivesse no sítio", recusar-se-ia massivamente a pagar as portagens. E isso seria o suficiente para que os planos governamentais ruíssem como um castelo de cartas. Mas não. Esta gente come e cala. Leva porrada e agradece. E a escumalha de medíocres que detém o poder, rejubila e escarnece desta populaça amodorrada e crassa que paga o que eles quiserem quando e como eles o definirem. Sem um espirro de protesto, sem um acto de revolta violenta, se preciso for. Pelo contrário. Paga tudo, paga para tudo. Sem rebuço, dóceis, de chapéu na mão, agradecidos e reverentes, como o poder tanto gosta. E demonstram-no publicamente, disso fazendo gala. Como eu vi, envergonhado, a imagem de um homenzinho ostentando um sorriso desdentado e exibindo perante as câmaras da TV o aparelhinho que acabara de pagar como se tivesse ganho uma medalha olímpica.




Esta multidão anestesiada espelha claramente o país que somos e que, irremediavelmente, continuaremos irremediavelmente, continuaremos a ser - um país estúpido, pequeno e desgraçado. O "sítio" de que falava Eça, a "piolheira" a que se referia o rei D. Carlos. "Governado" pelas palavras "sábias" de Alípio Severo, o Conde de Abranhos, essa extraordinariamente actual criação queirosiana, que reflecte bem o segredo das democracias constitucionais. Dizia o Conde: "Eu, que sou governo, fraco mas hábil, dou aparentemente a soberania ao povo. Mas como a falta de educação o mantém na imbecilidade e o adormecimento da consciência o amolece na indiferença, faço-o exercer essa soberania em meu proveito..." Nem mais. Eis aqui o segredo da governação. A ilustração perfeita com que o rei D. Carlos nos definia há mais de um século: "Um país de bananas governado por sacanas". Ontem como hoje. O verdadeiro esplendor de Portugal.


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Comentário

Não terá chegado o momento em que a dor da multidão é mais forte que a anestesia que o tem mantido adormecido, e a revolta que lhe inunda as veias mais vigorosa que o poder da escumalha que o «governa»?
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terça-feira, dezembro 07, 2010

Chega de espírito de rebanho, de mansidão cobarde, de choradinho, de lástima, de miséria...

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Este texto chegou-me por email. Não sei quem o escreveu. Sei, apenas, que é difícil não concordar com ele.


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Texto de um Anónimo

Vou ser breve, e introduzir já a frase com que se deverá concluir este texto: chegámos ao tempo em que é preciso fazer cortes, mas não nos salários, e, sim, de certas cabeças.


O Sr. Aníbal, de Boliqueime

O Sr. Aníbal, de Boliqueime, com a sua corja de Ferreiras do Amaral, de Leonores Belezas, de Miras Amarais, de Dias e Valentins Loureiros, de Duartes Limas, do Eurico de Melo, de Durões Barrosos e tantos outros nomes do estrume que já se me olvidaram, inaugurou o derradeiro ciclo de declínio de Portugal, quando vendeu o Estado a retalho, e permitiu que os Fundos, que nos iam fazer Europeus, fossem fazer de forro de fundo de bolsos de gente muito pouco recomendável. A apoteose dessa desgraça teve vários rostos, as Expos, do ranhoso Cardoso e Cunha, e a mais recente, o BPN, onde estavam todos, 20 anos depois, refinados, enfim, tanto quanto o permite o refinamento da ralé, e isso custou ao Estado um formidável desequilíbrio, que a máquina de intoxicação, feita de comentadores de bancada, de ex-ministros que tinham roubado, e queriam parecer sérios, e de carcaças plurireformadas, de escória, em suma, que há muito devia estar arredada do palco da Opinião, nos fez crer ser uma "Crise".

Depois, veio a outra "Crise", a Internacional, cozinhada em Bilderberg, e que se destinava, como se destinará, a criar um Mundo mais pobre, de cidadãos mais miseráveis, cabisbaixos, e impotentes. Nem Marx sonhou com isso: é mais Asimov, Orwell e uns quantos lunáticos de ficção científica reciclada em Realidade, e vamos ter, nós, os intelectuais, de prever e preparar as novas formas de reagir, contra esse pântano civilizacional. A seu modo, será uma Idade do Gelo Mental e Social, minuciosamente preparada, para a qual, aviso já, não contem comigo.


O Sr. Sócrates, um Matrix de Trás-os-Montes

Como na Epopeia de Jasão, depois do miserável Cavaco, vieram os Epígonos, os "boys-Matrix" do Sr. Sócrates, um Matrix de Trás-os-Montes, o que, já de si, cheira a ovelha, animal que só estimo naquela classe de afectos que São Francisco de Assis pregava, e nada mais. Podem chamar-se o que quiserem, Pedros Silvas Pereiras, a Isabel Alçada, a aquecer os motores para substituir o marido na Gulbenkian, mal ele se reforme; a mulher a dias do Trabalho, e aquele pequeno horror, chamado Augusto Santos Silva, que parece uma barata de cabelos brancos. Esta gente toda convive connosco, quer-nos levar ao abismo, e fala da inevitabilidade de "cortes".


O fedor de Vara, Cardona, Gomes e Zeinal Bava

Eu também estou de acordo: toda a frota de carros da Administração Pública deve ser vendida em hasta pública -- pode ser aos pretos da Isabel Dos Santos, que adoram essas coisas... -- e passe social L123, para todos os Conselhos de Administração, com fedor de Vara, Cardona, Gomes, ou Zeinal Bava. Os gabinetes imediatamente dissolvidos, e os assessores reenviados para os centros de reinserção social, para aprenderem o valor do Trabalho, e não confundirem cunhas com cargos; os "Institutos", de quem o Vara era especialista, e o Guterres, num súbito fulgor de não miopia chamou "o Pântano"; os "off-shores"; a tributação imediata de todas as especulações financeiras com palco português, feitas em plataformas externas; a indexação do salário máximo, dos tubarões, aos índices mínimos das bases, enfim, uma espécie de socialismo nórdico, não o socialismo da treat, inaugurado pelo Sr. Soares, e transformado depois, nesta fase terminal, em esclavagismo selvagem, pela escória que nos governa.

Acontece que, se os Portugueses sentissem que estavam a ser governados por gente honesta, e tivesse acontecido um descalabro financeiro, prontamente se uniriam, para ajudar a salvar o seu pequeno quintal. Na realidade, a sensação geral é a de que há, ao contrário, um bando de criminosos, inimputáveis, que se escaparam de escândalos inomináveis, de "Casas Pias", de "Freeports", "BPNs", "BPPs", "BCPs", "Furacões", "Independentes", "Hemofílicos", "Donas Rosalinas", "Noites Brancas" e tanta coisa mais, que dispõem de um poder de máfia e associação tal, que destruíram a maior conquista do Liberalismo, a separação dos Poderes, tornando o Judicial uma sucursal dos solavancos políticos, do rimel das Cândidas e das menos cândidas, das Relações, e das relações dos aventais, das "ass-connections" e das Opus, enfim, de uma Corja, que devia ser fuzilada em massa, que roubou, desviou, pilhou e, agora, vem tentar sacar a quem tem pouco, muito pouco, ou já mesmo nada.

Somos pacíficos, mas creio que chegou a hora de deixarmos de o ser. Pessoalmente, não tenho armas, mas já escolhi alguns alvos.

Um verme pútrido, chamado Vítor Constâncio

Curiosamente, se pudesse, nem seria um Político aquele que eu primeiro abateria, seria uma coisa, uma lêndea, um verme pútrido, chamado Vítor Constâncio, que julga que, por estar longe, fugiu da alçada de um qualquer desvairado que se lembre de ainda o esborrachar com o tacão.

Infelizmente, ou felizmente, nem sou violento, nem tenho armamento em casa, porque é chegada a hora, não dos cortes no bem estar de quem tem pouco, mas das cabeças que provocaram, ao longo de décadas, o imenso horror em que estamos.

Toda a gente lhes conhece os rostos, e suponho que será unânime na punição.

Por muito menos, há quase 100 anos, deitou-se abaixo um regime, cuja corrupção era uma brincadeira, ao lado do que estamos a presenciar.


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Há quase 370 anos, um verme pútrido sofre uma queda mortal de uma varanda lisboeta
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sexta-feira, dezembro 03, 2010

Estratégias financeiras para espoliar democraticamente um país

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Sucintamente, a coisa funciona do seguinte modo:

A Banca, fruto dos astronómicos recursos financeiros de que dispõe, domina os Media, a Justiça, a maior parte dos grandes grupos económicos e a Política.



1 - A Banca, utilizando a influência dos Media e do Dinheiro, ocupa quase todos os lugares da Assembleia da República com os seus homens enfeudados nos partidos políticos que ela [Banca] financia, e que lá chegam graças a «eleições democráticas».



2 - Destes políticos, a Banca, graças ao poder do seu dinheiro e à propaganda dos seus jornais e televisões, escolhe determinados indivíduos, normalmente os mais execráveis e com menos escrúpulos, e coloca-os em cargos de poder no Governo.



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O Dinheiro, os Media e os Governantes


Eça de Queirós

No período 1877 - 1882, na compilação "Cartas de Inglaterra", no capítulo «Lord Beaconsfield», Eça de Queirós escreveu sobre
Lord Beaconsfield, aliás o judeu Benjamin Disraeli (1804 – 1881), que foi primeiro-ministro do Reino Unido:

"A esta causa de popularidade [do judeu Benjamin Disraeli] deve juntar-se outra – a reclame. Nunca, um estadista teve uma reclame igual, tão contínua, em tão vastas proporções, tão hábil. Os maiores jornais de Inglaterra, de Alemanha, de Áustria, mesmo de França, estão (ninguém o ignora) nas mãos dos israelitas. [...] por outro lado nunca obstou a que o judaísmo europeu lhe prestasse absolutamente o tremendo apoio do seu ouro, da sua intriga e da sua publicidade. Em novo, é o dinheiro judeu que lhe paga as suas dívidas; depois é a influência judaica que lhe dá a sua primeira cadeira no Parlamento; é a ascendência judaica que consagra o êxito do seu primeiro Ministério; é enfim a imprensa nas mãos dos judeus, é o telégrafo nas mãos dos judeus, que constantemente o celebraram, o glorificaram como estadista, como orador, como escritor, como herói, como génio!"



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3 - Estes políticos, que chegam a ministros e a primeiros-ministros, dedicar-se-ão a cumprir devotamente todos os desejos da Banca, que os financiou e projectou mediaticamente.



4 - Para tal, estes governos empenhar-se-ão em fazer obras públicas, organizar eventos e comprar equipamentos, que serão tanto mais compensadores para a Banca quanto mais dispendiosos e inúteis se revelarem para as populações.

5 - Em resultado destes «investimentos» tão proveitosos, a Banca vai embolsar os juros dos empréstimos que, na maior parte dos casos, ultrapassam um terço do total dos custos.





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Os juros dos «investimentos» cozinhados na sombra


Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»


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6 - Por último, a Banca garantirá a estes dedicados funcionários um lugar principescamente remunerado num qualquer conselho de administração ou um prestigiado cargo numa respeitada instituição internacional e, por fim, uma merecida reforma dourada.



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A «democracia» do Dinheiro


Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007

[...] Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.

[...] Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas [...] indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.
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quinta-feira, dezembro 02, 2010

As várias caras de Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo

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Dezembro de 2010

Ricardo Espírito Santo Salgado, desce, como é seu hábito, a altas horas da noite, às catacumbas do banco a que preside [BES], para confirmar, com os olhos que a terra lhe há-de comer, os sucessivos recordes de lucros que obteve em todos estes anos de profunda crise financeira:

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Ricardo Salgado transfigura-se face aos bons resultados do BES


Expresso - 02.11.2010 - O Banco Espírito Santo registou uma subida dos lucros de 12,4% até setembro, face a igual período de 2009, para 405,4 milhões de euros.


Expresso - 27.01.2010 - Lucro do BES sobe 30%. O lucro do Banco Espírito Santo cresceu 29,8% em 2009 para 522,1 milhões de euros, acima das estimativas.


OJE/Lusa - 26.02.2009 - A menor quebra do resultado líquido [em 2008] foi do BES, que obteve um lucro de 402,3 milhões de euros, menos 33,7% que os 607 milhões conseguidos em 2007, com reforço generalizado das provisões, sobretudo para crédito e títulos, e desvalorizações de 180 milhões de euros nas participações que tem na Portugal Telecom, EDP e Bradesco.


Diário de Notícias - Janeiro 2008 - BES escapa à crise com lucros de 607,1 milhões de euros em 2007.


Diário de Notícias - 01.02.07 - O Banco Espírito Santo anunciou hoje lucros recorde e de 420,7 milhões de euros no exercício de 2006, um crescimento de 50 por cento em relação a 2005.
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