segunda-feira, junho 28, 2010

Jon Stewart do Daily Show explica-nos, com humor, como os bancos roubam tudo e todos na América

.

Jon Stewart: Bem-vindos de novo. Recordam-se… Pensem. Há pouco mais de um ano, demos ao Bank of America, ao Citigroup, ao JP Morgan Chase e ao Goldman Sachs, entre 10 e 25 mil milhões de dólares a cada um, para evitar a implosão catastrófica do sistema de prémios deles, queria dizer, da economia. Que, aparentemente, depende deles.

Boas Notícias! Apesar da economia continuar volátil, como se viu, na semana passada, com a queda inexplicável de 1000 pontos em 20 minutos na bolsa de valores, um sector da economia parece ter estabilizado.


Canal de TV: O Bank of América, o Goldman Sachs, o Citigroup e o JP Morgan Chase fizeram o equivalente de Wall Street de um "jogo perfeito". No último trimestre, os grandes bancos ganharam dinheiro todos os dias. Zero dias de perdas, nenhum dia no vermelho, todos os dias no preto (nos lucros).


Jon Stewart: Sim, o jogo perfeito feito por quatro equipas distintas. Em 61 dias consecutivos. É como se as regras ditassem que é ilegal a equipa adversária utilizar tacos.

A 16 de Fevereiro, os dados de lucros e manufactura são melhores do que o esperado e a bolsa sobe 170 pontos. Não é de admirar que os bancos ganhassem nesse dia.

Mas, a 4 de Fevereiro, as notícias do desemprego fizeram a bolsa descer 268 pontos. E os bancos continuaram a ganhar dinheiro.

A 2 de Março, o mercado não fez nada, desceu dois pontos e os bancos ganharam dinheiro.

A 25 de Janeiro, os Kiss tocaram a campanha de abertura, seria de esperar que os investidores fizessem uma pausa, mas não. Ganharam dinheiro!

A 12 de Março, dragões atacaram Wall Street e os bancos ganharam dinheiro na mesma!

Afinal, os bancos tinham controlado o mercado de incêndios. O que se passa? E, a propósito, não é que tenham ficado no preto (nos lucros) todos os dias por um bocadinho.



Canal de TV: O Bank of America ganhou muito dinheiro. 3,2 mil milhões de dólares em dinheiro no primeiro trimestre. O Goldman Sachs voltou a ter uma média de 25 milhões por dia. O Citigroup, com cerca de 4,4 mil milhões… O JP Morgan ganhou, pelo menos, 118 milhões de dólares por dia, o que dá cerca de 5 milhões por hora.


Jon Stewart: A sério? Acho que temos um vídeo de como estão no negro (nos lucros). Eles não podem perder. Nós podíamos perder. Nós perdemos. Como é que isso aconteceu?


Canal de TV: É um ambiente de mercado de crédito muito estranho, neste momento, para os investidores.


Jon Stewart: Sim, é algo estranho. Se, por estranho, quer dizer que a Reserva Federal (Banco Central Americano) está a emprestar aos bancos a zero por cento - 0%. Sim, é um pouco estranho. E o que estão os bancos a fazer com o dinheiro grátis?



Canal de TV: As obrigações estão a ter um grande volume de transacções com o Governo dos EUA a tentar arranjar muito dinheiro para financiar o Programa de Compra de Activos Tóxicos.


Jon Stewart: Estou a ver… Estão a pegar no dinheiro de resgate que lhes demos, e a emprestá-lo novamente ao Governo… para pagar o plano de resgate. E cobram juros ao Governo. O nosso Governo é o pior agiota da História:

"Tens o meu dinheiro? Não? Toma mais do meu dinheiro. Não, vais ficar com ele. Não me obrigues a partir os meus polegares."

Sabem que mais? Desisto. Vocês ganharam. Os bancos ganharam. Estamos a içar a bandeira branca. Levem lá a merda do dinheiro. A esta altura, já nem me interessa! Sabem que mais? Levem a bandeira! Mas vão-se embora! Ganhem o dinheiro, fiquem com o dinheiro, nós vamos começar uma economia baseada em nozes. E sabem que mais? Vamos ter de rezar para que ninguém em Wall Street seja um esquilo.


quarta-feira, junho 23, 2010

Euronews - A Pandemia da Gripe A - H1N1 - é uma fraude gigantesca

.
Euronews - 05.06.2010:

A pandemia de Gripe A nunca existiu, esta é a conclusão do relatório aprovado ontem pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa que acusa a Organização Mundial de Saúde de ter sobrestimado o vírus H1N1.

A investigação chefiada pelo deputado britânico Paul Flynn denuncia o desperdício de fundos públicos na compra de vacinas e as ligações entre os peritos da OMS e os laboratórios farmacêuticos.

Um relatório publicado também ontem pelo British Medical Journal revela que as recomendações da OMS teriam sido redigidas por peritos contratados como consultores por vários laboratórios.

A OMS enfrenta assim uma nova vaga de críticas um dia depois de ter decidido prolongar até Julho o nível máximo de alerta de pandemia. Em um ano a Gripe A provocou mais de dezoito mil mortos, um número distante das previsões iniciais, quando a gripe sazonal provoca anualmente quinhentas mil mortes.


Vídeo Euronews [0:53m]





**************************

RTP - Antena 1 - 06.06.2010:

Falta de transparência, desperdício dos dinheiros públicos, incitação injustificada ao medo, estas são algumas das principais críticas feitas pelo Conselho da Europa à maneira como a Organização Mundial de Saúde geriu a Gripe A.

Num relatório averbado pela Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o relator, Paul Flynn, considera que houve interesses que se sobrepuseram à saúde pública, nomeadamente os interesses de alguns laboratórios farmacêuticos. O deputado socialista britânico acusa três laboratórios de terem visto na Pandemia a maneira ideal de ganhar muito dinheiro. Paul Flynn acusa laboratórios, como o Glaxo Smith Kline, o suíço Novartis e o francês Sanofi Pasteur, de terem pressionado os países para adquirirem as vacinas obrigando-os a uma corrida desenfreada a este medicamento.

Segundo um relatório, os laboratórios teriam ganho com a venda destas vacinas, em 2009, entre nove e dez mil milhões de dólares. O relatório critica igualmente o preço da vacina da Gripe A, que, muitas vezes, foi superior duas ou três vezes à da gripe sazonal. Para o relator esta Pandemia nunca existiu, uma posição que não é partilhada pela Organização Mundial de Saúde, que ontem mesmo anunciou que o alerta contra a Pandemia se mantinha. A Organização Mundial de Saúde reconheceu, no entanto, que o período de maior intensidade já tinha passado.

Até agora, a Gripe A provocou a morte de dezoito mil pessoas no mundo, desde a descoberta do vírus em 2009. O relatório recorda que o Reino Unido tinha previsto que a Gripe A poderia provocar a morte de sessenta mil pessoas no Reino Unido.

Mas para além da questão financeira, o relator alerta para o perigo de os cidadãos perderem a confiança nas suas instituições.


RTP - Antena 1 - Áudio [2:09m]





**************************

A ministra da saúde, Ana Jorge, o primeiro-ministro José Sócrates e o director-geral da Saúde, Francisco George, foram três indivíduos que aderiram entusiasticamente à falta de transparência, ao desperdício dos dinheiros públicos e à incitação injustificada ao medo promovidos pela Organização Mundial de Saúde.


Os impactos financeiros directos da gripe A nos custos do Estado já ascendem a 67,5 milhões de euros com a compra de vacinas, no valor de 45 milhões de euros, e do Oseltamivir, no valor de 22,5 milhões de euros.

O Governo gastou este ano (2009) 45 milhões de euros na compra de seis milhões de doses de vacinas contra a gripe A à Glaxo Smith Kline (GSK) e gastou, nos últimos três anos, 22,5 milhões de euros na compra do anti-viral Oseltamivir à Roche, inicialmente destinado ao combate à gripe das aves.

Por apurar estão ainda os custos indirectos, dependendo da evolução da pandemia, mas um estudo efectuado pela Deloitte, em colaboração com a Intelligent Life Solutions, refere que os custos para o Estado estão estimados em 330 a 500 milhões de euros.
.

segunda-feira, junho 21, 2010

O Mito de Auschwitz - o oposto não pode ser provado?

.
Auschwitz


Juiz Wilhelm Stäglich
(11 Novembro 1916 – 5 Abril 2006)



Excerto II do livro de Wilhelm Stäglich - «Auschwitz: a judge looks at the evidence»

«Auschwitz: um juiz examina as provas»



[Tradução minha]


A Imagem "Oficial" de Auschwitz

Indubitavelmente, a imagem de Auschwitz que persegue o espírito do público é o resultado da persistente "campanha educacional" levada a cabo pela imprensa, rádio, e televisão, os chamados mass media. Esta imagem, que, evidentemente, encontra ainda um certo grau de cepticismo, segue um padrão fixo que, como veremos, tem uma origem bastante obscura. Foi complementada e ampliada por uma literatura cheia de contradições, que vai desde testemunhos de experiências pessoais, passando por debates sobre certos aspectos particulares do campo até tratados gerais com pretensões académicas. Tendo em conta a importância do assunto, existe um número inferior destes últimos do que se poderia esperar, e são também bastante superficiais como historiografia. A superficialidade destas "obras de referência" pode ser atribuída ao facto de que os autores não têm uma abordagem do assunto como historiadores profissionais, mas como propagandistas. Devido ao facto de quase todos eles serem judeus, existe um preconceito inerente.

A razão pela qual os historiadores profissionais evitam este assunto é bastante óbvio. Por um lado, se um historiador associado a uma instituição se atrever a lançar dúvidas sobre a imagem de Auschwitz que a propaganda mundial tornou em tabu – algo que ela não poderia deixar de fazer, dada a falta de provas genuínas que a suportem – esse historiador ficaria no desemprego. Por outro lado, se o mesmo historiador emprestasse a sua autoridade à versão "oficial" de Auschwitz, destruiria a sua reputação profissional. Quantas pessoas colocariam em risco o seu sustento ou a sua reputação?

No seu livro sobre o Julgamento de Auschwitz, de que fez a cobertura para o Frankfurter Allgemeine Zeitung, o jornalista Bernd Naumann dá o resumo de Auschwitz propagado nos mass media e nos livros "académicos", que o tribunal tomou por certo através do processo judicial:


«O campo foi activado em Maio de 1940, em Auschwitz, a 60 quilómetros a Oeste de Cracóvia. Criminosos condenados foram instalados segundo a sua hierarquia. O primeiro transporte de prisioneiros polacos chegou a 14 de Junho de 1940. Doze meses depois, Hitler decidiu-se pela "solução final do problema judaico".

Auschwitz tornou-se o centro escolhido para o planeado extermínio em massa, e, portanto, Himmler ordenou que o campo fosse expandido. A cidade adjacente de Birkenau foi convertida numa gigantesca área cercada com arame farpado, uma cidade de barracas capaz de acomodar 100.000 prisioneiros. Tornou-se conhecida como Auschwitz II, e o campo original como Auschwitz I.


Auschwitz - Birkenau

A 3 de Setembro de 1941, mais de quatro meses antes da infame Conferência de Wannsee na qual Heydrich delineou os detalhes da "solução final", cerca de 600 prisioneiros foram enviados para as câmaras de gás – com carácter de uma "experiência". A mesma sorte teve um grupo de judeus da Alta Silésia, que, em Janeiro de 1942, foram gaseados num celeiro convertido da vila arrasada de Birkenau. O plano de Eichmann para a solução final estava prestes a tornar-se uma cruel realidade. Transportes sem fim de prisioneiros, a maior parte judeus, começaram a chegar ao campo de extermínio.

A 4 de Maio de 1942, as primeiras "selecções" foram levadas para o campo de concentração de Auschwitz e os "seleccionados" gaseados. Apenas uma semana mais tarde, um transporte completo, 1.500 homens, mulheres e crianças, foram levados imediatamente para as câmaras de gás após a chegada, sem sequer colocarem os pés no complexo prisional. O extermínio dos judeus europeus e dos membros das raças "inferiores" estava em marcha.

Os corpos eram cremados numa enorme vala de incineração porque o chamado Crematório Velho não estava em condições. Por conseguinte, foi ordenada uma rápida construção de quatro grandes câmaras de gás e crematórios, e, a 28 de Junho de 1943, o Sturmbannführer [patente das SS] Bischoff, chefe de secção dos edifícios das Waffen SS de Auschwitz, afirmou que com o último crematório construído, o campo ficava com uma capacidade diária de 4.756 cremações. Contudo, muitos mais podiam ser mortos por dia: cada uma das duas grandes câmaras de gás podia acomodar até 3.000 pessoas. Por isso, a cremação de corpos a céu aberto continuou, e a gordura humana servia como combustível suplementar. O fedor de carne queimada cobriu a área em vários quilómetros em redor; fumo gorduroso e escuro flutuava nos céus.


Desenho de David Olère

Mas o assassínio em Auschwitz era executado de várias formas. Eram dadas injecções de ácido fenólico aos prisioneiros, eram espancados e torturados, eram arbitrária e sumariamente executados, e tornados cobaias nas chamadas experiências médicas. Condições de trabalho desumanas, condições sanitárias terrivelmente primitivas, dietas inadequadas, e a completa degradação do indivíduo, tudo contribuía com a sua quota-parte: A debilidade, a doença, e o desespero tomaram conta das vidas de dezenas de milhares. A esperança de vida de um prisioneiro em Auschwitz era de apenas poucas semanas.

Fazendo também parte do complexo do campo de Auschwitz existia um número de campos auxiliares de trabalho escravo (inicialmente Monowitz – Auchswitz III – onde a IG Farben construiu um campo Buna (borracha sintética), que, contudo, nunca chegou a produzir borracha, e cerca de trinta empresas industriais). Aí, também – ou seja, debaixo do nariz dos supervisores civis destas fábricas de guerra – prisioneiros fracos e doentes eram seleccionados para a câmara de gás. No Outono de 1944, o fim de Auschwitz parecia estar a aproximar-se. Uma unidade especial de prisioneiros designada para trabalhar nos crematórios conseguiu destruir o Crematório IV. Esta rebelião foi brutalmente esmagada. Quase todos os envolvidos foram fuzilados; alguns conseguiram escapar. Depois disto, os crematórios estiveram em operação apenas durante mais algumas semanas; nos princípios de Novembro os gaseamentos pararam por ordens superiores; a máquina da morte estava a paralisar. As câmaras de gás foram mandadas explodir e os documentos destruídos. A 17 de Janeiro de 1945, começou a evacuação do campo. Dez dias mais tarde, as tropas soviéticas entraram em Auschwitz; 5.000 prisioneiros doentes, deixados para trás pela retirada dos nazis, foram salvos.

Cinco mil – de mais de 400.000 prisioneiros registados oficialmente em Auschwitz: dois terços homens, um terço mulheres. Destes, 261.000 morreram no campo ou foram mortos; o número dos que morreram durante a "marcha da evacuação" não é conhecido. Nem o número dos que morreram sem serem registados, aqueles que foram directamente do terminal ferroviário para as câmaras de gás sem parar no campo. O comandante de Auschwitz, Höss, testemunhou em Nuremberga a 15 de Abril de 1946 que o número era de 2.5 milhões; afirmou, contudo, que este número não se baseava no seu conhecimento directo mas fora mencionado por Eichmann. Nas suas memórias, [Höss] afirmou que o número que tinha referido era demasiado alto. O próprio Eichmann, que se acredita saber o verdadeiro número, manteve silêncio sobre este ponto durante o seu julgamento em Jerusalém.


Julgamento de Adolf Eichmann em Jerusalém

Pery Broad (um dos réus de Franfurt - Julgamento de Auschwitz), num relatório escrito por ele no fim da guerra, falou em 1 a 2 milhões. As estimativas dos historiadores variam entre 1 e 4 milhões


********************************

Aqui devo abster-me de discutir ponto por ponto as várias alegações do jornalista Bernd Naumann, muitas das quais parecem implausíveis logo à primeira vista. Desde que não tenham nada a ver com a alegada exterminação em massa de judeus em Auschwitz, serão examinadas mais tarde no lugar próprio, assim como as provas fornecidas para as defender. Contudo, devo salientar que na literatura sobre Auschwitz não existe unanimidade sobre os detalhes que os autores utilizam para dar uma imagem de exactidão. Também devo talvez salientar que é um facto bem conhecido que Himmler não estava presente na "Conferência de Wannsee", a qual, segundo o chamado Protocolo de Wannsee, foi dirigida por Reinhard Heydrich.

Visto que o principal, se não exclusivo, assunto da nossa investigação é a alegação de que Auschwitz era um campo de extermínio que fazia parte de um plano para destruir o povo judeu, certas inexactidões nas passagens acima citadas, e outras como essas, podem ser ignoradas. Apenas aquelas alegações que dão à tese da exterminação – aquilo a que chamámos o Mito de Auschwitz – uma aparência de credibilidade entram no escopo deste trabalho. Acima de tudo, este estudo está interessado na alegação de que as "câmaras de gás", supostamente os meios segundo os quais milhares de pessoas eram exterminadas todas de uma vez e num curto espaço de tempo, existiam em Auschwitz. Essa alegação, que constitui o ponto central da descrição de Auschwitz encontrada na literatura sobre o campo de concentração e transmitida ao público pelos mass media, é a condição sem a qual não poderia existir o Mito de Auschwitz.

As outras causas da mortalidade dos prisioneiros que Naumann menciona – injecções de ácido fenólico, espancamentos e tortura, execuções arbitrárias e sumárias, experiências médicas, condições de trabalho desumanas e condições sanitárias primitivas – dificilmente poderiam ter sido o veículo para o extermínio de todos os judeus nos territórios controlados pela Alemanha. Podemos colocar de lado a questão se dezenas de milhares de judeus foram de facto assassinados por estes meios, como Naumann defende. Essa afirmação não tem influência directa no objectivo da nossa investigação, a saber, a acusação de que milhões de judeus foram vítimas de um programa de "genocídio" sistemático e racialmente motivado. De qualquer forma, creio que devo tecer alguns comentários acerca destas outras alegadas causas de morte:


Injecções de ácido fenólico – Se os prisioneiros eram de facto mortos com injecções de fenol, este acto cai mais dentro do campo da eutanásia do que do "genocídio". Se a eutanásia era justificável, por exemplo, durante uma luta de vida ou de morte como a Segunda Guerra Mundial, é uma questão que pode ser discutida. Sobre este assunto, o testemunho do réu Josef Klehr no Julgamento de Auschwitz vai muito directo ao assunto. Entre outras coisas, Klehr afirmou que os prisioneiros escolhidos para serem "mortos por injecção" não estavam meramente doentes, mas já praticamente meios-mortos. O emprego deste método de assassínio parece contrariar a existência das "câmaras de gás": Porque é que os doentes terminais não eram "gaseados" juntamente com os outros?


Josef Klehr - Julgamento de Auschwitz em Franfurt

Execuções arbitrárias e sumárias – Durante a Segunda Grande Guerra, as execuções sumárias, com ou sem julgamentos de corte marcial, não eram incomuns, e nalguns casos podem ter sido arbitrárias. Nos territórios orientais ocupados, por exemplo, as forças armadas alemãs recorriam às vezes ao pelotão de fuzilamento como meio de combater a guerrilha. Os nossos inimigos não eram mais reservados a disparar, mesmo depois do armistício, como muitos alemães que viveram a invasão e ocupação do nosso país podem testemunhar em primeira-mão. Mas como é que esta alegação de que as execuções sumárias que foram levadas a cabo em Auschwitz podem ser relevantes para a afirmação do extermínio?


Espancamentos e tortura – A brutalidade física contra prisioneiros, especialmente as que resultavam em morte, merecem obviamente a mais forte condenação. Se o pessoal do campo espancava ou torturava prisioneiros, estavam a agir em violação das directrizes estritas de Himmler para o tratamento de prisioneiros, e sujeitos a punição. De facto, Himmler ordenou aos comandantes e médicos do campo para darem a máxima prioridade à saúde dos prisioneiros e condições físicas para o trabalho.

Não deve ser esquecido que os tribunais das SS processaram duramente homens das SS por maus-tratos aos prisioneiros. No julgamento do Tribunal Militar Internacional de Nuremberga, o SS Justice Konrad Morgen testemunhou que os tribunais SS condenaram cerca de 200 pessoas – entre elas cinco comandantes de campos – por esse tipo de ofensas, e que as sentenças eram normalmente executadas. Dois comandantes de campo enfrentaram o pelotão de execução.


Experiências médicas – Obviamente, experiências em seres humanos vivos é um assunto horrível, mas, tal como as experiências com animais, são por vezes indispensáveis para pesquisa médica. Quaisquer experiências nos campos de concentração só podiam ser levadas a cabo com a permissão especial de Himmler. Já agora, as experiências médicas feitas em instituições penais americanas hoje em dia – e não apenas em prisioneiros condenados à morte – não requerem de autorização governamental de nível superior.


Condições de trabalho desumanas e condições sanitárias primitivas – A alegação de Naumann de que as condições de vida em Auschwitz eram em si mesmas homicidas têm de ser provadas. Em certas alturas, as condições podem ter sido mortais, especialmente quando as epidemias estavam descontroladas. No seu folheto Die Auschwitz-Lüge [A mentira de Auschwitz], Thies Christophersen dá um testemunho convincente de que em finais de 1944, o quinto ano de guerra, as condições de vida e de trabalho em Auschwitz eram, em geral, toleráveis; em parte, mesmo boas («Nas minhas visitas ao campo principal de Auschwitz em meados de 1944, nunca encontrei um prisioneiro subnutrido). Da mesma forma, a alegação de Naumann de que a esperança de vida de um prisioneiro em Auschwitz não excedia poucas semanas desde a altura da sua chegada não é mais que especulação. Vale a pena lembrar que um número de agora proeminentes judeus viveram e trabalharam em Auchwitz, como por exemplo o judeu austríaco Benedikt Kautsky (um proeminente socialista) e o alemão alemão Erik Blumenfeld (Presidente da secção de Hamburgo do Partido "conservador" União Democrática Cristã. Segundo o antigo primeiro-ministro israelita Levi Eshkol, "dezenas de milhares, se não centenas de milhares" de antigos prisioneiros de Auschwitz estão hoje vivos em Israel, só para falar deste país.


Mesmo estas curtas e breves observações factuais deviam retirar algum do drama da descrição feita por Naumann de Auschwitz. De qualquer forma, não foram estas casuais acusações de atrocidades ao longo das últimas três décadas que transformaram a palavra "Auschwitz" num sinónimo de Inferno na terra, mas sim a acusação da "câmara de gás". O nosso primeiro objectivo, então, é escrutinar as provas fornecidas para sustentar essa acusação e determinar se possuem alguma substância. Na realidade, um certo número de factos já são conhecidos e que justificam cepticismo acerca da alegação de que existiram em Auschwitz "câmaras de gás". Não são, contudo, reconhecidos oficialmente, e ainda menos comunicados ao público. A abordagem típica deste assunto é afirmar que o "gaseamento dos judeus" é um "facto histórico estabelecido" o que é conhecido em linguagem legal como um caso de "conhecimento geral", isto é, algo considerado tão óbvio que não requer prova. Hermann Langbein, por exemplo, no seu livro, «Wir haben es getan» [Nós fizemo-lo], alega que os "académicos" tinham provado que a liderança do Terceiro Reich ordenara e planificara a execução do assassínio em massa. Mais precisamente, ele afirma:

"Talvez as provas acessíveis à pesquisa e análise possam deixar algumas dúvidas sobre este ou aquele detalhe, mas não sobre o acto do vasto assassínio em si mesmo, ordenado e organizado pelo Estado. Para os académicos os factos são claros. Na área da opinião pública, contudo, as paixões políticas e a consciência de culpa distorcem o quadro."

Enquanto não devemos permitir que nos impinjam tais arrogantes generalidades, não somos nós, como princípio básico, aqueles que têm de apresentar as provas. Quem quer que sugira isso está a colocar as coisas ao contrário. O ónus da prova, para usar um termo jurídico, está somente nesses grupos que, ajudados por virtualmente todos os mass media e mesmo parte das autoridades da "Alemanha", incluindo o sistema judiciário, têm há mais de trinta anos estridentemente e obstinadamente acusado a Alemanha de ter cometido "genocídio" contra o povo judeu.

No campo do mundo académico, sobre história, não existe, no sentido estrito, nenhum ónus da prova no sentido jurídico. Contudo, antes que o historiador possa abordar a sua missão de descrever algum evento ou época passada através da interpretação crítica do material-fonte que investigou, tem de determinar a fiabilidade dessas fontes, algo que a "comunidade de historiadores", tal como eu o entendo, não tentou fazer em relação ao assunto aqui em discussão.

Qualquer historiador consciencioso rejeitaria uma fonte quando tem razão para suspeitar que pode ser falsa ou suspeita, e, consequentemente, eliminar do seu trabalho qualquer afirmação baseado nela, tal como um tribunal rejeita um caso com base em provas insuficientes. A nossa tentativa para escrutinar as provas da alegação do "gaseamento dos judeus" é um prenúncio do tipo de investigação que os futuros historiadores terão de levar a cabo numa escala mais alargada.

Desde que a alegação da "câmara de gás" tem sido usada para representar a Alemanha como uma nação de criminosos, considero bastante apropriado introduzir o conceito do ónus da prova no debate sobre a tese do extermínio. O critério da lei penal pode ser aplicado sem dificuldade à acusação do povo alemão. Na jurisprudência penal de qualquer nação ocidental é um princípio estabelecido de que o acusado tem de ser considerado culpado. Se a culpa não puder ser provada, o acusado tem de ser tratado e considerado inocente. Segundo o princípio aceite da lei romana «in dúbio pró reo», o acusado tem de ser absolvido quando os factos do caso não são suficientemente provados, mesmo que a sua inocência não possa ser completamente estabelecida. O povo alemão tem todo o direito de esperar que este padrão lhes seja aplicado no tribunal da história mundial.


Câmara de Gás em Auschwitz?

Portanto, nós, os acusados – o povo alemão – não está obrigado a provar que as "câmaras de gás" não existiram. Pelo contrário, cabe aos nossos acusadores provar que existiram. Como veremos nos próximos capítulos, eles ainda terão de o fazer, e nós não nos devemos deixar enganar por quaisquer declarações em contrário, tais como as de Langbein. Enquanto os mitologistas de Auschwitz fizerem esta acusação, serão responsáveis por prová-la. Não temos de nos admitir culpados de uma mera acusação. É de esperar que este facto não se perca por jornalistas normalmente bem intencionados e patriotas que usam a palavra "Auschwitz" como um sinónimo de "genocídio" porque – como um deles afirmou em resposta a uma pergunta colocada por mim – "o oposto não pode ser provado".
.

quinta-feira, junho 17, 2010

Jon Stewart do Daily Show – Os abusos sexuais na Igreja Católica e o papel do Cardeal-Papa Ratzinger

.

Jon Stewart: Vamos começar hoje com uma actualização no escândalo que está a abalar a Igreja Católica. Tem havido mais revelações de abuso sexual, incluindo relatos de abusos neste mosteiro bávaro. Mas para ser justo nada de bom pode acontecer por detrás de portas com cabeças de "frangos-bestas" que parecem abrir-se automaticamente. Não pode ser bom. "É aqui que vamos fazer o Bris (cerimónia de circuncisão judaica)?"

O escândalo tem sido tão devastador em parte devido a alegações de que os "dedos manhosos" chegam ao topo do Vaticano. Mas não há provas que liguem directamente o Papa Bento XVI, antigo Cardeal Ratzinger, ao tratamento brando dado aos padres pederastas até agora.

Esta carta de 1985 mostra que o Cardeal Ratzinger rejeitou um pedido do Bispo de Oakland, John Cummins, para despadrar um padre pedófilo. Ratzinger reconhece em Latim que era um caso gravíssimo. Mas recusou tomar medidas. Esta carta está assinada pelo então Cardeal Ratzinger.

Isso não são provas! Sabem a quantidade de tretas que os cardinais têm de assinar? Os formulários de renúncia, as anulações de casamentos… as fotos para os fãs.



Como poderia a Igreja Católica voltar ao caminho certo? Felizmente para eles, o nosso perito residente John Hodgman está aqui para ajudar, com o segmento: "Não Tem de Quê".

John Hodgman, muito obrigado por estares connosco. Quero falar já sobre isto. Este parece um problema profundamente difuso. Como é que a igreja católica pode começar a abordá-lo?

John Hodgman: Há que começar com as coisas mais simples. A minha primeira recomendação é concentrarem-se na prevenção. Temos de encontrar um modo de evitar estes crimes antes que eles aconteçam. Por exemplo, vejam o vestuário dos padres. Batinas largas, leves, abertas... são uma brecha de confiança iminente. Juntar uma braguilha de botões pode parecer insignificante, mas daria a todos um pouco mais de tempo para se acalmarem, e, ou fugirem.

Jon Stewart: A braguilha de botões é um labirinto complicado. É só isso?

John Hodgman: Não Jon. Prepara-te para as duas palavras mais importantes na prevenção de escândalos na Igreja: acólitos chimpanzés.

Jon Stewart: Estás a sugerir a substituição dos meninos acólitos por chimpanzés?

John Hodgman: Vejo que estás a perceber o conceito. Os chimpanzés e os humanos partilham 96% do ADN, mas o mais importante é que não partilham os 4% que são sexualmente atraentes para os padres. Já vi chimpanzés. São perfeitamente capazes de apagar velas, recolher livros dos cânticos, passar a bandeja das esmolas e, no caso improvável de uma tentativa de abuso, sabem defender-se sozinhos. Podem atirar fezes aos padres ou arrancarem-lhes a cara à dentada.

Jon Stewart: Pelo que vejo, essas mudanças são sobretudo superficiais e umas são obviamente mais prováveis do que outras. Este é um problema sistémico.



John Hodgman: Sim, odeio admiti-lo, mas tens razão. É essencial que haja mudanças de base no modo como a Igreja actua. É aí que entra a minha segunda solução: acabar com a disposição. A igreja católica é um local demasiado sexy. São locais extremamente sensuais. A música suave, as velas, vinho, incenso. Toda aquela dança sedutora gera um clima em que os católicos só conseguem pensar em sexo e depois odiarem-se a eles próprios. Por isso...

Em vez de vinho da comunhão, obriguem as pessoas a beberem 5 litros de leite gordo. Em vez de espalharem o aroma estonteante do incenso, pulverizem-nos na cara com um ambientador.

E finalmente a música. Se tem de ter música, tem de ser o oposto sonoro de sedução. Sem ofensa, Jon, mas talvez possamos utilizar das tuas tradições religiosas (ouve-se música judaica). Não me interpretes mal, Jon. Klezmer é óptimo para afugentar cossacos. Mas não é... não é música para dar beijinhos, acho que deves concordar.

Jon Stewart: A prevenção é uma excelente medida, John. Mas e se, apesar destas precauções, e são boas sugestões, e se voltar a acontecer?

John Hodgman: Isso leva-nos à terceira solução, Jon: a responsabilização. Finalmente. Tem de haver um sistema em que os padres culpados possam desabafar, em que vão para uma sala pequena para falarem em privado e terem uma hipótese de se redimirem pelo que fizeram.

Jon Stewart: Acho que sei do que estás a falar e acredito que a Igreja Católica já tem isso. Chama-se confessionário e acredito que...

John Hodgman: Não, não é disso que estou a falar. A minha ideia é ligeiramente diferente. Em vez de paredes com painéis de madeira, utilizaríamos betão reforçado. Em vez de uma divisória de confessionário tradicional, podemos aumentar a transparência na igreja com um vidro à prova de bala de 12,5 cm de espessura. E para assegurar que este é um espaço seguro para padres, porque não colocar guardas armados junto deles?



Jon Stewart: Estou a ver. Pareces estar a dizer que devem ser colocados numa prisão.

John Hodgman: Podes chamar-lhe isso. Prefiro chamar-lhe um mosteiro de alta segurança...


sábado, junho 12, 2010

Saldanha Sanches - temos um Código do Processo Penal que é feito para proteger a delinquência do colarinho branco

.
Diário Económico - O medo de falar não é algo que se conjugue com o nome do fiscalista Saldanha Sanches.

Aponta acusações em todas as direcções, polemiza, lança a discussão. À direita e à esquerda aponta pecadilhos ou grandes casos de corrupção. Sobre as eleições, este ex-mrpp diz algo tão surpreendente como o facto de considerar o programa de governo do CDS o melhor construído. Aderiu ao conforto do capitalismo, diz-se um privilegiado.

[...]

Diário Económico - Mas estava a falar do bom capitalismo, do capitalismo dos países escandinavos. Acha que é possível transpô-lo para cá?

Saldanha Sanches - Nós cá temos um mau capitalismo. Hoje temos a crise que não tem nada a ver com isso, e que atingiu todos, ninguém escapou. Mas o nosso mau capitalismo tem um crescimento do produto muito baixo, meio por cento, e esse mau capitalismo... Hoje vimos aqui (numa conferência no CCB) Francisco Louçã enunciar alguns aspectos do pior do nosso capitalismo; mas para o Francisco Louça não há mau capitalismo. O capitalismo para ele é mau. Ponto. Acabou. A conclusão dele é que o capitalismo é mau em si. O PS e o CDS e o PSD, como são a expressão política desse mau capitalismo, não o podem denunciar. Isto é trágico. Os partidos com um programa que podia ser realista estão comprometidos com as piores formas de capitalismo. Aliás, para citar um homem do PSD, o Pacheco Pereira, são escolas do crime. Criam o crime. Não vale a pena tentar dizer mais. Quer dizer, nós não podemos ir a lado nenhum enquanto uma auto-estrada custar não 500, mas mil. Não podemos. Não há meios suficientes para fazer isso. Agora quem denuncia esse tipo de práticas são apenas aqueles que são contra o capitalismo.

Diário Económico - Ou seja, acha que não temos nenhuma força partidária que possa pôr em prática esse bom capitalismo de que fala?

Saldanha Sanches - E que se revolte contra o mau capitalismo. Não temos. O PC denuncia o mau capitalismo de forma atabalhoada, o Francisco Louçã denuncia-o brilhantemente, mas ambos acham que o capitalismo nunca pode ser bom. Portanto, há que ser abatido porque não há bom capitalismo. Isso é uma tragédia. Partidos políticos que governem e podem governar não têm qualquer tentativa séria para acabar com a corrupção, para acabar com as disfunções que tornam o capitalismo em Portugal algo que não pode funcionar.

[...]

Diário Económico - Estou a falar com alguém que é um defensor da iniciativa privada.

Saldanha Sanches - Obviamente, com regras. Numa economia de mercado cumprem-se regras.

Diário Económico - Por exemplo, que regras faltam?


O "sucialista" Jorge Coelho

Saldanha Sanches - Por exemplo, meter na cadeia os corruptos. Não é aceitável que alguém que saia do governo e que domina o Partido Socialista depois vá para uma empresa privada cujo principal objecto é fazer negócios com o Governo e com o Estado, mesmo que seja tudo feito com a maior clareza, há aqui uma suspeita e como é que se pode ultrapassar essa suspeita. O Dr. Jorge Coelho dominava o Parido Socialista. É capaz de ter excelentes qualidades como gestor. Aceito isso. Ele podia ter ido para uma empresa que se dedicasse à exportação, ou às obras públicas na Polónia, ou na República Checa, ou em Angola. Não tínhamos nada com isso. Mas ele está numa empresa que tem negócios importantíssimos com o Estado português. Ora quem é que está no poder? São os seus camaradas do PS. Dirimir esta suspeita é um trabalho de Hércules. Como é que é possível? E vamos supor que tudo corre de acordo com as regras, mas como é que nos libertamos da suspeita e como é que convencemos as pessoas comuns que tudo funcionou de acordo com as regras? Não quero discutir se são ou não cumpridas. Sei que é impossível convencer disso a pessoa comum.

[...]

Diário Económico - Como é que vê o facto de não ter sido decretada prisão preventiva a nenhum deles a não ser a Oliveira e Costa?

Saldanha Sanches - É essa a função principal do nosso Processo Penal: proteger essa gente.

Diário Económico - Agora está a ser sarcástico.

Saldanha Sanches - Não, não. Estou a ser rigoroso. Está construído de forma que o objectivo do Código é a protecção dessa gente.

Diário Económico - É um código viciado?

Saldanha Sanches - Completamente viciado. É um código que nos envergonha pelos resultados. Essa impunidade que o código garante é uma coisa que nos envergonha. O caso Madoff em Portugal seria impossível, mesmo que alguém resolvesse confessar tudo, e nunca o faria. Na América as pessoas confessam porque as consequências da não confissão são muito duras e apesar de tudo o menos mau é confessar. Em Portugal não são duras, mas mesmo que se confessasse o processo não duraria dois ou três meses. Duraria sempre muito mais, mesmo com o máximo de zelo do Ministério Público. Temos um Código do Processo Penal que é feito para proteger esse tipo de delinquência. Até protege em parte a outra delinquência, mas essa então, do colarinho branco, está totalmente protegida. Não me admiraria ver o Dr. Oliveira e Costa acabar absolvido. Não ficaria particularmente admirado. Sem falar no Dr. Jardim Gonçalves, que o mais provável é vir a ser absolvido.


Oliveira e Costa e Jardim Gonçalves
Dois indivíduos cujo desaparecimento poucos chorariam


*******************************************

Bengaladas judiciosamente aplicadas a um legislador corrupto

Nalgas típicas de um legislador venal em qualquer país que se preze

Se o Código do Processo Penal protege o cidadão de colarinho branco [branco por fora mas encardido por dentro], cabe aos cidadãos deste país procurarem os respectivos legisladores, onde quer que estes se encontrem – em debate na Assembleia, nos prazeres do lupanar ou no aconchego do lar - e perguntar-lhes, vis a vis, o motivo de tais despautérios. Se a resposta não for satisfatória, bengalada neles. Com a máxima força que a injustiça nos der!
.

quinta-feira, junho 10, 2010

Incêndio no Reichstag – uma tragédia que mais de 90% dos portugueses não desdenharia ver por cá, com os 230 comensais lá dentro em "aceso" debate

.

O incêndio do Reichstag [Parlamento Alemão]. Um mês após a nomeação de Adolf Hitler para o cargo de Chanceler da Alemanha, o prédio foi incendiado. O fogo começou por volta das 21:14h do dia 27 de Fevereiro de 1933. Acredita-se que o incêndio tenha sido iniciado em vários lugares. Quando a polícia e os bombeiros chegaram ao local, houve uma grande explosão na Câmara dos Deputados.




****************************************


A propósito de somas auferidas por inúteis [deputados], eis um discurso de Miguel Portas no Parlamento Europeu [2:16m]:



.

segunda-feira, junho 07, 2010

Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação da política de Sócrates?

.
Como pode tal criatura permanecer como Primeiro-ministro?



Excerto de um texto de Miguel Urbano Rodrigues - 09.02.2010


[...] Mas hoje também em Portugal se justifica a pergunta «Como foi possível?»

Sim. Que estranho conjunto de circunstâncias conduziu o País ao desastre que o atinge? Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolução de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de escândalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o Pais perante o Mundo?

O descalabro ético socrático justifica outra pergunta: como pode um Partido que se chama Socialista (embora seja neoliberal) ter desde o início apoiado maciçamente com servilismo, por vezes com entusiasmo, e continuar a apoiar, o desgoverno e despautérios do seu líder, o cidadão Primeiro-ministro?

Portugal caiu num pântano e não há resposta satisfatória para a permanência no poder do homem que insiste em apresentar um panorama triunfalista da política reaccionária responsável pela transformação acelerada do país numa sociedade parasita, super endividada, que consome muito mais do que produz.

Pode muita gente concluir que exagero ao atribuir tanta responsabilidade pelo desastre a um indivíduo. Isso porque Sócrates é, afinal, um instrumento do grande capital que o colocou à frente do Executivo e do imperialismo que o tem apoiado. Mas não creio neste caso empolar o factor subjectivo.

Não conheço precedente na nossa História para a cadeia de escândalos maiúsculos em que surge envolvido o actual Primeiro-ministro.

Ela é tão alarmante que os primeiros, desde o mistério do seu diploma de engenheiro, obtido numa universidade fantasmática (já encerrada), aparecem já como coisa banal quando comparados com os mais recentes.

O último é nestes dias tema de manchetes na Comunicação Social e já dele se fala além fronteiras.

É afinal um escândalo velho, que o Presidente do Supremo Tribunal e o Procurador-geral da República tentaram abafar, mas que retomou actualidade quando um semanário divulgou excertos de escutas do caso Face Oculta.

Alguns despachos do procurador de Aveiro e do juiz de instrução criminal do Tribunal da mesma comarca com transcrições de conversas telefónicas valem por uma demolidora peça acusatória reveladora da vocação liberticida do governo de Sócrates para amordaçar a Comunicação Social.

Desta vez o Primeiro-ministro ficou exposto sem defesa. As vozes de gente sua articulando projectos de controlo de uma emissora de televisão e de afastamento de jornalistas incómodos estão gravadas. Não há desmentidos que possam apagar a conspiração.

Um mar de lama escorre dessas conversas, envolvendo o Primeiro-ministro. A agressiva tentativa de defesa deste afunda-o mais no pântano. Impossibilitado de negar os factos, qualifica de «infame» a divulgação daquilo a que chama «conversas privadas».

Basta recordar que todas as gravações dos diálogos telefónicos de Sócrates com o banqueiro Vara, seu ex-ministro foram mandadas destruir por decisão (lamentável) do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, para se ter a certeza de que seriam muitíssimo mais comprometedoras para ele do que as «conversas privadas» que tanto o indignam agora, divulgadas aliás dias depois de, num restaurante, ter defendido, em amena «conversa» com dois ministros seus, a necessidade de silenciar o jornalista Mário Crespo da SIC Noticias.

Não é apenas por serem indesmentíveis os factos que este escândalo difere dos anteriores que colocaram José Sócrates no banco dos réus do Tribunal da opinião pública. Desta vez a hipótese da sua demissão é levantada em editoriais de diários que o apoiaram nos primeiros anos e personalidades políticas de múltiplos quadrantes afirmam sem rodeios que não tem mais condições para exercer o cargo.

O cidadão José Sócrates tem mentido repetidamente ao País, com desfaçatez e arrogância, exibindo não apenas a sua incompetência e mediocridade, mas, o que é mais grave, uma debilidade de carácter incompatível com a chefia do Executivo.

Repito: como pode tal criatura permanecer como Primeiro-ministro?

Até quando, Sócrates, teremos de te suportar?


****************************


And Now For Something Completely Different


An 19th Century Abstract Painting by an Unknown Artist
.

quarta-feira, junho 02, 2010

Auschwitz - A Criação de um Mito

.
Auschwitz


Juiz Wilhelm Stäglich
(11 Novembro 1916 – 5 Abril 2006)



Excerto inicial de «Auschwitz: a judge looks at the evidence»

«Auschwitz: um juiz examina as provas»



[Tradução minha]

Em todos os períodos da História, os homens sujeitaram-se a certas ilusões. A ilusão talvez mais difundida do nosso tempo é a de que as pessoas são agora mais profundamente, de forma mais abrangente, e, acima de tudo, mais rigorosamente informadas do que alguma vez foram. Na realidade, o que acontece parece ser exactamente o contrário.

A qualidade da informação disseminada pelos modernos meios de comunicação está na proporção inversa da sua quantidade. Esta observação geral também se aplica à veracidade de partes específicas de informação. Quem quer que já tenha lido uma reportagem sobre um acontecimento acerca do qual tenha conhecimento em primeira-mão poderá atestar que a descrição está em desacordo – às vezes de forma radical – com o que realmente aconteceu.

Este não é o lugar para examinar as muitas causas de tais distorções. De uma coisa não pode haver dúvidas: toda a "informação" relacionada com a política que aparece nos mass media hoje é projectada para servir um objectivo. A louvada "independência" dos meios de comunicação é pouco mais do que um tranquilizador caderno de banalidades. Todavia, de vez em quando, pontos de vista ostensivamente dissidentes surgem nos mass media, de forma a dar alguma substância às pretensões de "equilíbrio", que não alteram em nada o facto de que a clique que, em virtude da sua enorme riqueza, controla amplamente os meios de comunicação está principalmente interessada em manipular indivíduos e nações de forma a alcançar os seus objectivos. O objectivo supremo da propaganda é, tal como afirmou brilhantemente Emil Mair-Dorn, "conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão".


Número de corporações que controlam a maioria dos media norte-americanos

(jornais, revistas, estações de TV e rádio, livros música, filmes, vídeos, agências noticiosas e fotográficas)


Um dos mais deprimentes exemplos de um povo a forjar as suas próprias grilhetas pode ser observado na tenacidade quase fanática com que tantos alemães arrastam sentimentos de culpa que lhes foram inculcados sobre uma época durante a qual uma dura necessidade impeliu o povo alemão a procurar um caminho independente para o seu futuro. Muitas coisas contribuíram para o nosso complexo de culpa nacional, mas mais do que tudo o resto é o efeito da deliberada desinformação acerca do passado alemão.

Como resultado deste artificial e absolutamente infundado complexo de culpa, em momento algum desde a queda do Terceiro Reich foi o povo alemão capaz de prosseguir os seus próprios interesses políticos. Propaganda falsa de uma qualidade e raio de acção talvez único na História despojou insidiosamente – e portanto ainda mais eficientemente - o povo alemão da auto-confiança nacional necessária a uma tal política. Tal como um indivíduo não pode avançar sem uma medida saudável de auto-estima pessoal, também um povo sem um sentido de auto-estima pode manter a sua independência política. A longo prazo, esta propaganda política disfarçada de "historiografia" pode ter efectivamente um efeito letal numa nação.

Desempenhando um aspecto central neste complexo de culpa nacional está o Mito de Auschwitz. Durante a guerra, um número de campos de concentração foram estabelecidos próximo de Auschwitz, uma cidade industrial de cerca de 12.000 habitantes situada a cerca de 50 km a oeste de Cracóvia. Durante os anos 1960s, mas especialmente depois do denominado Julgamento de Auschwitz de 1963-1965, o nome desta cidade evoluiu para um sinónimo de "genocídio". Nos campos de concentração da região de Auschwitz – assim reza a história – milhões de judeus foram sistematicamente mortos sob as ordens da liderança do Terceiro Reich. Hoje, a palavra "Auschwitz" tem quase a força mítica das fábulas e lendas tradicionais, e é neste sentido, também, que a expressão "O Mito de Auschwitz" deve ser entendido. Na verdade, o Mito de Auschwitz tornou-se num dogma quase religioso. Não é tolerado nenhum cepticismo em relação a ele, nem muitas vezes expresso. Utilizando habilmente o Mito de Auschwitz para se representar a si próprio como a sacrossanta personificação da "Humanidade" – e o povo alemão como a personificação do mal absoluto – o judaísmo internacional exigiu direitos sobre um status privilegiado entre as nações.


*************

Excerto da entrevista de Nahum Goldmann ao jornal «Le Nouvel Observateur», de 25 de Outubro de 1976:

«Sem as indemnizações alemãs, que começaram a chegar durante os primeiros dez anos da existência como Estado, Israel não teria metade da sua infra-estrutura actual: todos os comboios de Israel são alemães, os barcos são alemães, assim com a electricidade, uma grande parte da indústria... já sem falar das pensões individuais destinadas aos sobreviventes. Hoje [1976], Israel recebe ainda, anualmente, centenas de milhões de dólares em moeda alemã».


*************

Da mesma forma, forças dentro da Alemanha, e fora dela, utilizaram o Mito de Auschwitz para evitar ou suprimir qualquer discussão objectiva sobre a era do Terceiro Reich. Sempre que os alemães mostram sinais de se desviar do que Golo Mann chamou "o desejável ponto de vista sociopedagógico da história" (das volkspädagogisch erwünschte Geschichtsbild), basta articular a palavra-chave "Auschwitz" para remover quaisquer dúvidas sobre a depravação básica do povo alemão. Não apenas a menção de "Auschwitz" trava qualquer discussão racional sobre o Terceiro Reich, como, para além de "Auschwitz", este símbolo do mal absoluto, tudo o mais se torna inconsequente; pode também ser usado para lançar uma sombra sobre qualquer outro aspecto do passado alemão. Desde que o Mito de Auschwitz mantenha o seu terrível poder, a recuperação da nossa auto-estima nacional é virtualmente impossível.


Origens do Mito de Auschwitz

Quando se investiga a evolução da lenda do extermínio, é realmente difícil compreender como é que o Mito de Auschwitz veio a ocupar um lugar de tal destaque. Certamente que já em 1944 os inventores da lenda tinham escolhido Auschwitz como o lugar do "extermínio dos judeus" e foram suficientemente perspicazes para sustentar esta alegação com uma publicação oficial do governos dos Estados Unidos, o "War Refugee Board Report" [Relatório da Agência dos Refugiados de Guerra], tal como o Dr. Butz demonstrou. Contudo, o Relatório, ficou relegado para o esquecimento depois da guerra. Pelo menos na Alemanha, a propaganda da "câmara de gás" centrou-se largamente nos campos do próprio Reich, embora o Tribunal Militar Internacional tenha declarado na sua decisão, com base no testemunho ajuramentado de Rudolf Höss, o ex-comandante de Auschwitz, que cerca de 2.500.000 judeus tinham sido assassinados em "câmaras de gás" no campo. Quase imediatamente após a guerra, surgiram tensões graves entre os Aliados ocidentais e a Rússia Soviética, tendo como resultado que uma linha de demarcação, a "Cortina de Ferro" fosse desenhada entre as respectivas esferas de influência. Em parte por essa razão, em parte por outras, os Aliados ocidentais nunca inspeccionaram a área de Auschwitz. Recorde-se a declaração de Stephen F. Pinter, um advogado do Departamento da Guerra que estava estacionado em Dachau há 17 meses:

«Foi-nos dito que existia uma câmara de gás em Auschwitz, mas como estava na zona de ocupação russa, não nos foi permitido investigar porque os russos não o permitiram

Portanto havia uma certa incerteza sobre qual seria a posição que os soviéticos iriam acabar por tomar sobre o "extermínio dos judeus" especialmente porque Estaline era conhecido como sendo um "anti-semita".

Por qualquer razão, o Mito de Auschwitz não foi amplamente publicitado até meados da década de 1950. Pelo menos, ainda não tinha adquirido o significado crucial que lhe é atribuído hoje em dia. Ainda não era feita nenhuma distinção entre os vários campos quando a "Solução Final" – a destruição física dos judeus europeus alegadamente ordenada pela liderança do Terceiro Reich – era discutida. Supostamente todos os campos tinham tido o mesmo papel nesta enorme "conspiração da morte". Todos os campos de concentração, dizia-se, tinham uma ou mais "câmara de gás" na qual os judeus eram asfixiados com cianeto volátil (na forma de "Zyclon B" um fumigante registado) ou monóxido de carbono - in usu vulgi – "gaseados". Mesmo nas últimas edições do seu "trabalho padrão", A Solução Final, Gerald Reitlinger afirma:

Deste modo, todos os campos de concentração da Alemanha acabaram por ter uma câmara de gás de algum tipo, embora não necessariamente semelhante à de Auschwitz. A câmara de gás de Dachau, por exemplo, foi preservada pelas autoridades americanas de ocupação como uma lição prática, mas a sua construção foi atrasada e o seu uso restrito a algumas vítimas experimentais, judeus ou prisioneiros de guerra russos, que tinham sido presos pela Gestapo de Munique.


*************

Numa página do site do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos diz o seguinte:

«Em 1942, a área do crematório foi construída próxima do campo principal. Incluía o crematório velho e o crematório novo (Barrack X) com uma câmara de gás. Não existem provas credíveis de que a câmara de gás tenha sido usada para matar seres humanos

Até Maio de 2003, qualquer visitante da câmara de gás de Dachau podia ler num painel a seguinte frase em cinco línguas diferentes:


CÂMARA DE GÁS
disfarçada de "sala de chuveiros"

nunca foi usada como câmara de gás


Câmara de Gás de Dachau

A fotografia deste painel pode, ainda hoje, ser observada no site de "The Holocaust History Project" [Projecto de História do Holocausto], uma empresa americana sem fins lucrativos


*************

Nas declarações de Reitlinger sobre a "câmara de gás" de Dachau nota-se uma atitude de resguardo. Já em 1960, o Institut für Zeitgeschichte [Instituto de História Contemporânea] em Munique sentiu-se na obrigação de emitir a seguinte declaração, talvez em resposta às descobertas do historiador francês Paul Rasinier:

«Nem em Dachau, nem em Bergen-Belsen, nem em Buchenwald foram gaseados judeus ou outros prisioneiros. A câmara de gás de Dachau nunca foi terminada e colocada em operação… O extermínio em massa por gaseamento dos judeus começou em 1941-42, e ocorreu em muito poucos lugares, seleccionados exclusivamente para esse objectivo e equipados com as instalações técnicas necessárias, sobretudo no território da Polónia ocupada (mas em nenhum lugar do Reich alemão propriamente dito).»

Se a declaração de Reitlinger foi uma atitude de resguardo, a afirmação do Instituto de História Contemporânea foi uma retirada geral. O que a tornou tão sensacional foi, não apenas o facto de haver uma multidão de ex-prisioneiros que tinham testemunhado terem havido "gaseamentos" nos campos de concentração do Reich, mas também o caso de vários comandantes destes campos terem assinado "confissões" afirmando a existência de alegadas "câmaras de gás". No Tribunal Militar Internacional de Nuremberga, o Promotor Chefe Britânico, Sir Hartley Shawcross, citou Dachau, Buchenwald, Mauthausen, e Oranienburgo como locais onde o assassínio era "tratado como uma indústria de produção em massa em câmaras de gás e fornos".

Durante um longo período, Auschwitz e outros campos que se encontravam nos territórios orientais da ocupação alemã tiveram um papel secundário na lenda do extermínio. Mas depois do Dr. Martin Broszat, um membro principal do Instituto de História Contemporânea, ter feito as declarações acima, a opinião de que quaisquer campos de concentração na Alemanha eram "fábricas da morte" tornou-se completamente insustentável.

Contudo, a alegação de que cerca de seis milhões de judeus tinham morrido vítimas da "Solução Final" era tão vital aos interesses dos inventores e promotores da lenda do extermínio que eles não a podiam descartar de forma nenhuma. Essa acusação era não apenas uma forma de manter o povo alemão sob a submissão política, mas também se tinha tornado uma fonte muito lucrativa de rendimento para os judeus internacionais.

O número de seis milhões era a base das "reparações" que a República Federal da Alemanha se obrigou a pagar ao Estado de Israel e às organizações internacionais judaicas, a somar aos pagamentos compensatórios aos judeus individualmente, tendo começado nos princípio dos anos 1950s e continuando até hoje. Só por isso, o número de seis milhões, acerca do qual certos escritores já expressaram sérias e bem fundadas dúvidas por outros motivos, não pode ser abandonado, mesmo depois de ter ficado definitivamente estabelecido que nenhum dos campos no Reich alemão propriamente dito eram "campos de extermínio".


Donde, a necessidade de manter o número de seis milhões levou os mitólogos do extermínio a alterar a sua ênfase dos campos na Alemanha para os campos da Polónia ocupada pela Alemanha. Auschwitz, indubitavelmente o maior complexo de campos tornou-se o ponto focal da alegação do extermínio. Desde que os polacos se atribuíram a si próprios a tarefa de remodelar o campo num "Museu de Auschwitz" – uma acção que significava que os soviéticos iriam manter a lenda do extermínio, algo acerca do qual havia alguma incerteza depois do julgamento do Tribunal Militar Internacional – os propagandistas do extermínio já não tinham razões para se coibirem.

Embora a campanha de propaganda de Auschwitz tenha sido mantida agressivamente desde o início, ainda havia muita coisa a alcançar. Para começar, os "campos de extermínio" na Polónia ocupada tinham sido mencionados no alegado Relatório Gerstein, um documento alegadamente escrito por um homem das SS chamado Kurt Gerstein. Ao princípio, ninguém parecia levar este documento a sério, e nem sequer foi admitido como prova no julgamento do Tribunal Militar Internacional de Nuremberga. Circularam pelo menos três versões: duas versões francesas e uma alemã. Numerosas passagens nestes textos variam de uma versão para outra. Segundo a versão francesa publicada em 1951, os seguintes "campos de extermínio" estavam em funcionamento a 17 de Agosto de 1942:

1) Belzec, na estrada de Lublin-Lwow. Máximo [de mortes] por dia: 15.000 pessoas.

2) Sobibor, não sei exactamente onde fica, 20.000 pessoas por dia.

3) Treblinka, a 120 km a NNE de Varsóvia.

4) Majdanek, próximo de Lublin (em preparação).

Nota-se que o supostamente bem informado Gerstein não inclui Auschwitz nesta lista, embora se considere agora que os alegados "assassínios em massa" tenham lá começado na Primavera de 1942. (As primeiras "câmaras de gás" eram, assim é afirmado, duas casas de campo convertidas). Já que, segundo este documento, Gerstein era responsável pela aquisição e distribuição do Zyclon B, ele estaria seguramente a par da existência de Auschwitz. De facto, Auschwitz é mencionado como um "campo de extermínio" na parte final da versão inglesa do documento – assim como Theresienstadt, Oranienburgo, Dachau, Belsen, e Mauthausen-Gusen! Esta versão do "Relatório Gerstein" (a que aparece no livro do Dr. Butz) foi usada pelos americanos nos "julgamentos" que eles próprios realizaram no seguimento do julgamento do Tribunal Militar Internacional de Nuremberga.


À medida que os anos passaram, Auschwitz foi perdendo importância. Uma década depois da guerra, o público não sabia virtualmente nada sobre ele. Isto pode ser atribuído em parte ao facto dos soviéticos não permitirem a estranhos inspeccionarem o complexo de Auschwitz. Mais ainda, nenhum dos soldados alemães e austríacos internados em Auschwitz, que serviu durante vários meses como um campo de prisioneiros soviético, encontraram quaisquer traços dos alegados assassínios em massa, nem em Birkenau, supostamente o verdadeiro campo de extermínio, ou então não os reportaram depois da sua libertação. Evidentemente, restos dos crematórios ainda podiam ser vistos, mas a quantidade de escombros não condizia com o que seria deixado por crematórios do tamanho requerido para a exterminação em massa de vários milhares de pessoas por dia.

Pode-se perguntar: se esta alegação fosse verdadeira, porque é que os soviéticos não exibiram imediatamente o campo aos jornalistas de todo o mundo e colocado as provas dos alegados assassínios em massa sob controlo internacional? Deixo ao leitor a tarefa de responder a esta questão por si próprio. Ainda menos compreensível é o facto da maioria dos alemães não oferecerem virtualmente nenhuma resistência à campanha de propaganda que começou em meados dos anos 1950s. Não questionaram porque é que Auschwitz foi subitamente trazido para a ribalta como o maior campo de extermínio de todos, um campo no qual os judeus eram "gaseados" aos milhões. Todos pareciam ter esquecido o velho provérbio germânico: «Wer einmal lügt, dem glaubt man nicht» [Quem mente uma vez, mente sempre]. Dado que as mentiras sobre Dachau, Bergen-Belsen, Buchenwald e outros campos duraram pouco mais do que uma década, acusações semelhantes sobre Auschwitz deveriam ter sido olhadas com a maior das suspeições.

Evidentemente que aqui devemos levar em conta o facto de que, mesmo hoje, muitos alemães nada sabem sobre a forma vergonhosa como foram enganados em relação aos campos de concentração em território alemão. Incontáveis alemães ainda acreditam nas mentiras que lhes foram contadas, porque nem o governo nem os mass media deram a publicidade que as reveladora admissão do Dr. Brozat merecia.

Contudo, só isso não é suficiente para explicar o estabelecimento e a forma como se entranhou o Mito de Auschwitz. Nem mesmo o segmento da nossa população mais familiar com o embuste da "câmara de gás" de Dachau, por exemplo, está imune ao Mito de Auschwitz. Quem quer siga a imprensa nacionalista sabe que até aí Auschwitz é muitas vezes usado como um sinónimo de "genocídio". Em parte, esta confirmação implícita do Mito de Auschwitz pode ser o resultado de uma falta de atenção imperdoável. Mas existe também envolvida alguma crença genuína, que ficou clara para mim em resultados dos debates que tive com os editores destas publicações. Em apoio das suas posições, citam normalmente as revelações do primeiro Julgamento de Auschwitz em Frankfurt. Na realidade, a verdadeira razão para que a aceitação pública do Mito de Auschwitz estar tão largamente aceite deve ser a confiança ilimitada que as decisões dos tribunais alemães gozam junto do povo alemão. Não obstante os numerosos erros judiciários da justiça, a autoridade judicial e a objectividade são ainda consideradas acima de qualquer suspeita. Se esta confiança se justifica quando abordamos os julgamentos tão flagrantemente políticos como o chamado Julgamento de Auschwitz em Frankfurt, é uma questão que surgirá muitas vezes no curso da nossa investigação. Neste ponto, deveria ser suficiente salientar que nunca poderá ser missão dos tribunais pronunciarem-se sobre o veredicto final em questões históricas, algo que alguns grupos consideram ser o verdadeiro objectivo dos chamados "Julgamentos dos Crimes de Violência Nazis", dos quais o Julgamento de Auschwitz é o primeiro exemplo.

Levando em linha de conta a importância do Mito de Auschwitz, e o estranho estudo das suas causas, está na hora dos factos serem sistematicamente investigados e escrutinados. [...]
.