quarta-feira, dezembro 29, 2010

Cavaco Silva pede silêncio sobre a rapina ao nosso país cometida por agiotas internacionais

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Expresso - 27-12-2010: O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apelou aos líderes europeus para estarem "mais calados em relação à crise da dívida soberana" e "perceberem que os mercados financeiros estão a ouvir".


Cavaco Silva ao lado de Durão Barroso no silêncio sobre a crise

O Sr. Aníbal, de Boliqueime

A Bola.PT - 27.12.2010:

O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou esta noite «muito sensato» o apelo de Durão Barroso para a contenção nos discursos sobre a crise financeira na Europa.

«Há pessoas em Portugal que parecem não saber que os nossos credores são as companhias de seguros, os fundos de pensões, os fundos soberanos, os bancos internacionais e os cidadãos espalhados por esse mundo fora», acrescentou Cavaco Silva, para quem as «palavras de insulto» terão como única consequência «mais desemprego para Portugal.»

O Presidente da República espera agora que o «bom senso» de Durão Barroso chegue «a alguns políticos portugueses».

«Esses políticos têm, acima de tudo, falta de conhecimento quanto ao comportamento dos nossos credores, ou seja, daqueles que nos emprestam dinheiro», ressalvou Cavaco Silva.




Comentário

Afirma o Sr. Aníbal haver gente ingrata em Portugal que parece desconhecer quem são os nossos beneméritos credores financeiros e que se mostra mal-agradecida pelas imensas benfeitorias que, da parte deles, temos sido alvo.

E o Sr. Aníbal enumera essas entidades notáveis:

1Companhias de Seguros (que estão nas mãos dos bancos).

2 - Fundos de Pensões - geridos por Companhias de Seguros ou Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (que estão, umas e outras, nas mãos dos bancos).

3 - Fundos Soberanos - Instrumentos Financeiros adoptados por alguns países que utilizam parte das suas imensas reservas de divisas para adquirir participações em empresas estrangeiras, com objectivos financeiros (obter os maiores dividendos possíveis) e estratégicos.

4 - Bancos Internacionais.

5 - Cidadãos espalhados por esse mundo fora (como são os casos de Barker, Maalouf, Raymond, Bauer, Ortiz, Hiroyuki, Blomqvist, Mendoza, Krüger, Espírito Santo, Ryzhkov, Barnes, Dąbrowski e tantos outros).


Como não concordar de alma e coração com o Sr. Aníbal (e o Barroso, da Cimeira dos Açores), quando estes barafustam, e com razão, pela nossa ingratidão para com todos estes admiráveis benfeitores que se atropelam para nos emprestar dinheiro com juros a 7% por forma a que possamos sair da crise?
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terça-feira, dezembro 21, 2010

A Grécia no caminho certo para a saída da crise

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Ex-ministro grego agredido por manifestantes


O ex-ministro grego dos transportes, Kostis Hatzidakis.


Os manifestantes atiraram-lhe pedras e bateram-lhe com paus...


PortugalDiário IOL - 15.12.2010

A Grécia parou em dia de greve geral e nas ruas multiplicam-se os confrontos e manifestações. Durante uma manifestação, um grupo de pessoas atacou e conseguiu mesmo ferir um ex-ministro conservador, avança a agência «Reuters», que cita uma testemunha.

Cerca de 200 manifestantes perseguiram o antigo ministro dos transportes Kostis Hatzidakis quando este saia do Parlamento, gritando: «Ladrões! Tenham vergonha!» Atiraram-lhe pedras e bateram-lhe com paus, até que este se refugiou num edifício próximo.


quarta-feira, dezembro 15, 2010

Correio da Manhã - Dívida do Estado dá milhões de lucro à Banca

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De Janeiro a Setembro, aplicações subiram 7,8 mil milhões. Bancos vão buscar crédito ao BCE a 1% e investem em dívida pública a taxas superiores. Em 2010, já ganharam mais de 150 milhões de euros.


O investimento na dívida pública portuguesa está a revelar-se um excelente negócio para a Banca nacional. Com os juros da dívida da República em alta desde o início do ano, até atingirem 6,8% no leilão de Obrigações do Tesouro neste mês, o aumento das aplicações em 7,8 mil milhões de euros, entre Janeiro e Setembro de 2010, já garantiu à Banca muitos milhões de euros.

Se fizermos as contas ao dinheiro aplicado neste ano, e se contarmos com uma margem mínima de dois pontos percentuais, o lucro ultrapassa os 150 milhões de euros, mas na realidade os ganhos ainda serão superiores. O BCE [Banco Central Europeu] empresta dinheiro à Banca portuguesa a 1%, contra garantias, e a Banca investe em dívida com juros a 6%", explica Mira Amaral, ex-ministro de Cavaco Silva e actual líder do BIC [Banco Internacional de Crédito].

Os últimos dados do Banco de Portugal revelam que, em Setembro de 2010, os bancos nacionais tinham investidos em dívida pública portuguesa 17,9 mil milhões de euros, um aumento de 53% em relação aos 9,5 mil milhões de euros registados em igual mês do ano passado.

Desde a entrada em vigor da moeda única, a 1 de Janeiro de 1999, que a Banca portuguesa não tinha tamanha exposição [leia-se: acesso] à dívida pública. Para Luís Nazaré, ex-líder dos CTT, esta realidade "revela mais sensibilidade [leia-se: voracidade] da Banca nacional para assegurar a dívida pública portuguesa, mas é também uma excelente aplicação, porque vai buscar o dinheiro a 1% ao BCE e investe-o a 5% na dívida".

Mira Amaral alerta que "isto não é sustentável", porque "o BCE está a ajudar, através dos bancos comerciais, os governos".



Comentário

Alguém com dois dedos de testa pode aceitar que o BCE [Banco Central Europeu] empreste dinheiro aos bancos comerciais à taxa de 1%, e estes, por sua vez, emprestem esse dinheiro aos Estado Nacionais a 5%, 6% e 7%, embolsando juros escandalosos?

Que outra justificação pode existir para o BCE oferecer tais benefícios aos bancos comerciais, senão o facto de esta «instituição europeia» estar exclusivamente ao serviço da Banca Privada? Porque é que os estatutos do BCE o proíbem de emprestar dinheiro aos Estados Nacionais? Quem terá escrito tais estatutos e com que objectivos?


Afirma Mira Amaral que "isto não é sustentável, porque o BCE está a ajudar, através dos bancos comerciais, os governos".

Miga Amagal - um cabgão ao serviço da Banca

Este untuoso funcionário bancário tenta manhosamente virar o bico ao prego e colocar os bancos no papel de vítimas, dando a entender que é o Estado, ou seja, o contribuínte, o grande beneficiário desta fraude imensa perpetrada pela Banca, de que ele, ao longo da vida, tem sido um fiel servidor.

Mira Amaral integrou os quadros do BPI, transitando do adquirido Banco de Fomento, privatizado nos anos 90. No início da década actual, reformou-se do BPI com indemnização e pensão substanciais. Algum tempo depois, ingressou na Caixa Geral de Depósitos, por influência do PSD; porém, ao fim de 18 meses, viria a deixar a instituição do Estado, com uma obscena pensão de reforma de mais de 18.000 euros mensais.

Hoje, Mira Amaral, administra o Banco BIC, ao serviço de Amorim e de Isabel dos Santos, a princesa do reino corrupto de Angola.
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quarta-feira, dezembro 08, 2010

Eça de Queirós - Mas esse povo nunca se revolta?

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Jornal de Barcelos – 27.10.2010


Acabava de entrar o ano de 1872. E o novo ano que chegava interrogava o ano velho. "- Fale-me agora do povo", pedia o novo ano. E o velho: "- É um boi que em Portugal se julga um animal muito livre, porque lhe não montam na anca; e o desgraçado não se lembra da canga!". "- Mas esse povo nunca se revolta?", insistia o ano novo, espantado. E respondia o velho: "- O povo às vezes tem-se revoltado por conta alheia. Por conta própria, nunca". E uma derradeira questão: "- Em resumo, qual é a sua opinião sobre Portugal?". E a resposta lapidar do ano velho: "- Um país geralmente corrompido, em que aqueles mesmos que sofrem não se indignam por sofrer."

Este diálogo deve-se a Eça de Queirós. O mesmo Eça que escreveu sobre o Portugal de então: "O povo paga e reza. Paga para ter ministros que não governam, deputados que não legislam (...) e padres que rezam contra ele. (...) Paga tudo, paga para tudo. E em recompensa, dão-lhe uma farsa." Estávamos, repito, em 1872.


O ditador romeno Nicolau Ceausescu, já em fim de mandato,
na sequência da revolta que derrubou o seu regime em 1989



Estamos obviamente a falar do povo português. Esta "raça abjecta" congenitamente incapaz de que falava Oliveira Martins. Este povo cretinizado, obtuso, que se arrasta submisso, sem um lamento, sem um queixume, sem um gesto de insubmissão, tão pouco de indignação e muito menos de revolta. Um povo que se deixa conduzir passivamente por mentirosos compulsivos como Sócrates ou Passos Coelho ou por inutilidades ignorantes como Cavaco Silva, não merece mais que um gesto de comiseração e de desdém. É vê-los nas televisões, por exemplo. Filas e filas de gente acomodada, cabisbaixa, servil, absurdamente resignada, a pagar as estradas que a charlatanice dos políticos tinha jurado "que se pagavam a si mesmas"! Sem qualquer tipo de pejo e com indisfarçável escárnio, o Estado obriga-os a longas filas de espera para conseguirem comprar e pagar o aparelho que lhes vai possibilitar a única forma de pagar as portagens que essa corja de aldrabões agora no poder, se lembrou de inventar! E eles passam a noite inteira à espera, se preciso for. E lá vão depois, bovinamente, de chapéu na mão, a mendigar a senha redentora que lhes dará o "privilégio de serem esbulhados electrónica e quotidianamente pelo Estado".


Sócrates e Passos Coelho, dois mentirosos compulsivos


Um povo assim não presta, não passa de uma amálgama amorfa de cobardes. Porque, se esta gentinha "os tivesse no sítio", recusar-se-ia massivamente a pagar as portagens. E isso seria o suficiente para que os planos governamentais ruíssem como um castelo de cartas. Mas não. Esta gente come e cala. Leva porrada e agradece. E a escumalha de medíocres que detém o poder, rejubila e escarnece desta populaça amodorrada e crassa que paga o que eles quiserem quando e como eles o definirem. Sem um espirro de protesto, sem um acto de revolta violenta, se preciso for. Pelo contrário. Paga tudo, paga para tudo. Sem rebuço, dóceis, de chapéu na mão, agradecidos e reverentes, como o poder tanto gosta. E demonstram-no publicamente, disso fazendo gala. Como eu vi, envergonhado, a imagem de um homenzinho ostentando um sorriso desdentado e exibindo perante as câmaras da TV o aparelhinho que acabara de pagar como se tivesse ganho uma medalha olímpica.




Esta multidão anestesiada espelha claramente o país que somos e que, irremediavelmente, continuaremos irremediavelmente, continuaremos a ser - um país estúpido, pequeno e desgraçado. O "sítio" de que falava Eça, a "piolheira" a que se referia o rei D. Carlos. "Governado" pelas palavras "sábias" de Alípio Severo, o Conde de Abranhos, essa extraordinariamente actual criação queirosiana, que reflecte bem o segredo das democracias constitucionais. Dizia o Conde: "Eu, que sou governo, fraco mas hábil, dou aparentemente a soberania ao povo. Mas como a falta de educação o mantém na imbecilidade e o adormecimento da consciência o amolece na indiferença, faço-o exercer essa soberania em meu proveito..." Nem mais. Eis aqui o segredo da governação. A ilustração perfeita com que o rei D. Carlos nos definia há mais de um século: "Um país de bananas governado por sacanas". Ontem como hoje. O verdadeiro esplendor de Portugal.


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Comentário

Não terá chegado o momento em que a dor da multidão é mais forte que a anestesia que o tem mantido adormecido, e a revolta que lhe inunda as veias mais vigorosa que o poder da escumalha que o «governa»?
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terça-feira, dezembro 07, 2010

Chega de espírito de rebanho, de mansidão cobarde, de choradinho, de lástima, de miséria...

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Este texto chegou-me por email. Não sei quem o escreveu. Sei, apenas, que é difícil não concordar com ele.


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Texto de um Anónimo

Vou ser breve, e introduzir já a frase com que se deverá concluir este texto: chegámos ao tempo em que é preciso fazer cortes, mas não nos salários, e, sim, de certas cabeças.


O Sr. Aníbal, de Boliqueime

O Sr. Aníbal, de Boliqueime, com a sua corja de Ferreiras do Amaral, de Leonores Belezas, de Miras Amarais, de Dias e Valentins Loureiros, de Duartes Limas, do Eurico de Melo, de Durões Barrosos e tantos outros nomes do estrume que já se me olvidaram, inaugurou o derradeiro ciclo de declínio de Portugal, quando vendeu o Estado a retalho, e permitiu que os Fundos, que nos iam fazer Europeus, fossem fazer de forro de fundo de bolsos de gente muito pouco recomendável. A apoteose dessa desgraça teve vários rostos, as Expos, do ranhoso Cardoso e Cunha, e a mais recente, o BPN, onde estavam todos, 20 anos depois, refinados, enfim, tanto quanto o permite o refinamento da ralé, e isso custou ao Estado um formidável desequilíbrio, que a máquina de intoxicação, feita de comentadores de bancada, de ex-ministros que tinham roubado, e queriam parecer sérios, e de carcaças plurireformadas, de escória, em suma, que há muito devia estar arredada do palco da Opinião, nos fez crer ser uma "Crise".

Depois, veio a outra "Crise", a Internacional, cozinhada em Bilderberg, e que se destinava, como se destinará, a criar um Mundo mais pobre, de cidadãos mais miseráveis, cabisbaixos, e impotentes. Nem Marx sonhou com isso: é mais Asimov, Orwell e uns quantos lunáticos de ficção científica reciclada em Realidade, e vamos ter, nós, os intelectuais, de prever e preparar as novas formas de reagir, contra esse pântano civilizacional. A seu modo, será uma Idade do Gelo Mental e Social, minuciosamente preparada, para a qual, aviso já, não contem comigo.


O Sr. Sócrates, um Matrix de Trás-os-Montes

Como na Epopeia de Jasão, depois do miserável Cavaco, vieram os Epígonos, os "boys-Matrix" do Sr. Sócrates, um Matrix de Trás-os-Montes, o que, já de si, cheira a ovelha, animal que só estimo naquela classe de afectos que São Francisco de Assis pregava, e nada mais. Podem chamar-se o que quiserem, Pedros Silvas Pereiras, a Isabel Alçada, a aquecer os motores para substituir o marido na Gulbenkian, mal ele se reforme; a mulher a dias do Trabalho, e aquele pequeno horror, chamado Augusto Santos Silva, que parece uma barata de cabelos brancos. Esta gente toda convive connosco, quer-nos levar ao abismo, e fala da inevitabilidade de "cortes".


O fedor de Vara, Cardona, Gomes e Zeinal Bava

Eu também estou de acordo: toda a frota de carros da Administração Pública deve ser vendida em hasta pública -- pode ser aos pretos da Isabel Dos Santos, que adoram essas coisas... -- e passe social L123, para todos os Conselhos de Administração, com fedor de Vara, Cardona, Gomes, ou Zeinal Bava. Os gabinetes imediatamente dissolvidos, e os assessores reenviados para os centros de reinserção social, para aprenderem o valor do Trabalho, e não confundirem cunhas com cargos; os "Institutos", de quem o Vara era especialista, e o Guterres, num súbito fulgor de não miopia chamou "o Pântano"; os "off-shores"; a tributação imediata de todas as especulações financeiras com palco português, feitas em plataformas externas; a indexação do salário máximo, dos tubarões, aos índices mínimos das bases, enfim, uma espécie de socialismo nórdico, não o socialismo da treat, inaugurado pelo Sr. Soares, e transformado depois, nesta fase terminal, em esclavagismo selvagem, pela escória que nos governa.

Acontece que, se os Portugueses sentissem que estavam a ser governados por gente honesta, e tivesse acontecido um descalabro financeiro, prontamente se uniriam, para ajudar a salvar o seu pequeno quintal. Na realidade, a sensação geral é a de que há, ao contrário, um bando de criminosos, inimputáveis, que se escaparam de escândalos inomináveis, de "Casas Pias", de "Freeports", "BPNs", "BPPs", "BCPs", "Furacões", "Independentes", "Hemofílicos", "Donas Rosalinas", "Noites Brancas" e tanta coisa mais, que dispõem de um poder de máfia e associação tal, que destruíram a maior conquista do Liberalismo, a separação dos Poderes, tornando o Judicial uma sucursal dos solavancos políticos, do rimel das Cândidas e das menos cândidas, das Relações, e das relações dos aventais, das "ass-connections" e das Opus, enfim, de uma Corja, que devia ser fuzilada em massa, que roubou, desviou, pilhou e, agora, vem tentar sacar a quem tem pouco, muito pouco, ou já mesmo nada.

Somos pacíficos, mas creio que chegou a hora de deixarmos de o ser. Pessoalmente, não tenho armas, mas já escolhi alguns alvos.

Um verme pútrido, chamado Vítor Constâncio

Curiosamente, se pudesse, nem seria um Político aquele que eu primeiro abateria, seria uma coisa, uma lêndea, um verme pútrido, chamado Vítor Constâncio, que julga que, por estar longe, fugiu da alçada de um qualquer desvairado que se lembre de ainda o esborrachar com o tacão.

Infelizmente, ou felizmente, nem sou violento, nem tenho armamento em casa, porque é chegada a hora, não dos cortes no bem estar de quem tem pouco, mas das cabeças que provocaram, ao longo de décadas, o imenso horror em que estamos.

Toda a gente lhes conhece os rostos, e suponho que será unânime na punição.

Por muito menos, há quase 100 anos, deitou-se abaixo um regime, cuja corrupção era uma brincadeira, ao lado do que estamos a presenciar.


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Há quase 370 anos, um verme pútrido sofre uma queda mortal de uma varanda lisboeta
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sexta-feira, dezembro 03, 2010

Estratégias financeiras para espoliar democraticamente um país

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Sucintamente, a coisa funciona do seguinte modo:

A Banca, fruto dos astronómicos recursos financeiros de que dispõe, domina os Media, a Justiça, a maior parte dos grandes grupos económicos e a Política.



1 - A Banca, utilizando a influência dos Media e do Dinheiro, ocupa quase todos os lugares da Assembleia da República com os seus homens enfeudados nos partidos políticos que ela [Banca] financia, e que lá chegam graças a «eleições democráticas».



2 - Destes políticos, a Banca, graças ao poder do seu dinheiro e à propaganda dos seus jornais e televisões, escolhe determinados indivíduos, normalmente os mais execráveis e com menos escrúpulos, e coloca-os em cargos de poder no Governo.



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O Dinheiro, os Media e os Governantes


Eça de Queirós

No período 1877 - 1882, na compilação "Cartas de Inglaterra", no capítulo «Lord Beaconsfield», Eça de Queirós escreveu sobre
Lord Beaconsfield, aliás o judeu Benjamin Disraeli (1804 – 1881), que foi primeiro-ministro do Reino Unido:

"A esta causa de popularidade [do judeu Benjamin Disraeli] deve juntar-se outra – a reclame. Nunca, um estadista teve uma reclame igual, tão contínua, em tão vastas proporções, tão hábil. Os maiores jornais de Inglaterra, de Alemanha, de Áustria, mesmo de França, estão (ninguém o ignora) nas mãos dos israelitas. [...] por outro lado nunca obstou a que o judaísmo europeu lhe prestasse absolutamente o tremendo apoio do seu ouro, da sua intriga e da sua publicidade. Em novo, é o dinheiro judeu que lhe paga as suas dívidas; depois é a influência judaica que lhe dá a sua primeira cadeira no Parlamento; é a ascendência judaica que consagra o êxito do seu primeiro Ministério; é enfim a imprensa nas mãos dos judeus, é o telégrafo nas mãos dos judeus, que constantemente o celebraram, o glorificaram como estadista, como orador, como escritor, como herói, como génio!"



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3 - Estes políticos, que chegam a ministros e a primeiros-ministros, dedicar-se-ão a cumprir devotamente todos os desejos da Banca, que os financiou e projectou mediaticamente.



4 - Para tal, estes governos empenhar-se-ão em fazer obras públicas, organizar eventos e comprar equipamentos, que serão tanto mais compensadores para a Banca quanto mais dispendiosos e inúteis se revelarem para as populações.

5 - Em resultado destes «investimentos» tão proveitosos, a Banca vai embolsar os juros dos empréstimos que, na maior parte dos casos, ultrapassam um terço do total dos custos.





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Os juros dos «investimentos» cozinhados na sombra


Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»


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6 - Por último, a Banca garantirá a estes dedicados funcionários um lugar principescamente remunerado num qualquer conselho de administração ou um prestigiado cargo numa respeitada instituição internacional e, por fim, uma merecida reforma dourada.



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A «democracia» do Dinheiro


Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007

[...] Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.

[...] Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas [...] indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.
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quinta-feira, dezembro 02, 2010

As várias caras de Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo

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Dezembro de 2010

Ricardo Espírito Santo Salgado, desce, como é seu hábito, a altas horas da noite, às catacumbas do banco a que preside [BES], para confirmar, com os olhos que a terra lhe há-de comer, os sucessivos recordes de lucros que obteve em todos estes anos de profunda crise financeira:

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Ricardo Salgado transfigura-se face aos bons resultados do BES


Expresso - 02.11.2010 - O Banco Espírito Santo registou uma subida dos lucros de 12,4% até setembro, face a igual período de 2009, para 405,4 milhões de euros.


Expresso - 27.01.2010 - Lucro do BES sobe 30%. O lucro do Banco Espírito Santo cresceu 29,8% em 2009 para 522,1 milhões de euros, acima das estimativas.


OJE/Lusa - 26.02.2009 - A menor quebra do resultado líquido [em 2008] foi do BES, que obteve um lucro de 402,3 milhões de euros, menos 33,7% que os 607 milhões conseguidos em 2007, com reforço generalizado das provisões, sobretudo para crédito e títulos, e desvalorizações de 180 milhões de euros nas participações que tem na Portugal Telecom, EDP e Bradesco.


Diário de Notícias - Janeiro 2008 - BES escapa à crise com lucros de 607,1 milhões de euros em 2007.


Diário de Notícias - 01.02.07 - O Banco Espírito Santo anunciou hoje lucros recorde e de 420,7 milhões de euros no exercício de 2006, um crescimento de 50 por cento em relação a 2005.
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sexta-feira, novembro 26, 2010

Centenas de milhares de jovens "flexibilizados" veriam com agrado a morte à paulada de Ferraz da Costa

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Ferraz da Costa – um anão canalha com pretensões esclavagistas

Pedro Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a Competitividade, defende mais flexibilização para jovens e desempregados, apesar de estes serem já dos mais penalizados pela precariedade na União Europeia, a par de uma política de congelamento salarial para os restantes trabalhadores.


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Diário de Notícias - 26-11-2010

Os trabalhadores portugueses mais jovens são dos mais penalizados na UE pela precariedade, revela o estudo da Comissão Europeia.

Apesar disso, um grupo de gestores e empresários [o Fórum para a Competitividade presidido por Pedro Ferraz da Costa] insiste em "flexibilizar" os contratos a propor aos jovens à procura do primeiro emprego.

Em Portugal, os empregados com idades entre os 15 e os 24 anos abrangidos pelos chamados "contratos temporários" valem 53,5% do total de indivíduos nessa faixa etária, o quinto valor mais alto entre os 27 países da UE. Eslovénia e Polónia lideram.

Os investigadores da Comissão alertam que [...] esses vínculos "temporários podem ser simplesmente um factor de produção mais barato face ao emprego permanente" […]. O problema é que há países, como Espanha, Portugal, Eslovénia ou Eslováquia, onde os vínculos temporários estão a aprisionar os mais jovens, impedindo-os de progredirem para contratos sem termos e níveis salariais mais bem remunerados.

A taxa de desemprego jovem atingiu um recorde de 23,4%, quase 99 mil no terceiro trimestre. Esta realidade adversa não desmobiliza os gestores do Fórum para a Competitividade que ontem pediram contratos ainda mais flexíveis para os jovens à procura do primeiro emprego ou que trabalhem no sector exportador: querem contratos flexíveis com duração de quatro anos e com isenção total ou parcial nos descontos dos empregadores para a Segurança Social.



Comentário

É absolutamente intolerável que seja negada a toda uma geração jovem a possibilidade de ter um tecto próprio, uma família sua, um propósito, um significado, uma vida. Em contrapartida, só se observa sofrimento, desesperança e, inevitalmente, um número crescente de mortes prematuras.

Tudo isto para atulhar, ainda mais, o cú aos agiotas nacionais e internacionais da Banca e respectivos acólitos na política e nos grupos económicos.

Estes assassinos de colarinho dourado, esta escória no sentido mais abjecto do termo, não merecem qualquer tipo de misericórdia.
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domingo, novembro 21, 2010

Teixeira dos Santos, já com os olhos postos numa reforma dourada, empenha-se com denodo na destruição do país

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Teixeira dos Santos pede "contenção e disciplina" nos salários aos portugueses, mas o que a estes deve ser exigido é audácia, inteligência, senso de justiça, amor-próprio e pontaria afinada:



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Jornal Público - 19.11.2010


Teixeira dos Santos pede "contenção e disciplina" nos salários

"O Ministro das Finanças afirmou hoje que Portugal "tem de evitar que os salários evoluam de forma mais rápida do que a produtividade", incitando o privado a seguir o exemplo do sector público.

Teixeira dos Santos afirmou hoje, durante a cerimónia de assinatura de dois contratos de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI), que "devemos seguir uma politica de contenção e disciplina salarial, de forma a não prejudicar a competitividade do país".

Recomendações que incluem o sector privado, "já que o público já deu o exemplo de grande rigor salarial", disse, sublinhando que a contenção é válida para a economia no seu conjunto [...]"


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Este é o indivíduo que já enterrou 4,6 mil milhões de euros na nacionalização do BPN à custa dos contribuintes portugueses [Jornal Económico - 20.10.2010].





Este é o indivíduo que deu um aval no valor de 20 mil milhões de euros aos bancos (que todos os trimestres batem recordes de lucros) [TSF – 22.10.2008].




Este é o indivíduo que permite que os bancos continuem a pagar cerca de 11% de IRC quando todas as outras empresas pagam 25% [TSF - 29.11.2006].




Este é o indivíduo que se tem empenhado nos «grandes investimentos»: auto-estradas supérfluas, aeroportos desnecessários e TGVs inúteis (entre muitos outros), «investimentos» sobre os quais os banqueiros irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos.


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Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007

[...] Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.

[...] Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas [...] indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.
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quinta-feira, novembro 18, 2010

Sobre a Cimeira da NATO [um tentáculo do Pentágono] e das suas «guerras ao terrorismo»

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O Terrorismo




Excerto de um artigo de Mário Soares - Jornal Expresso 27-03-2004

Variações sobre o terrorismo

«É preciso conhecer melhor a Al-Qaeda para a combatermos com eficácia. Não às cegas. Há milhares de livros, publicados em todas as línguas, sobre o terrorismo global - que está intimamente relacionado com a «globalização depredadora» que temos e com a «economia de casino» que nos rege. Estudemo-los. »

«(...) Exploremos os contactos que a Al-Qaeda parece ter com o mundo obscuro das finanças - dos «off-shores» e dos «paraísos fiscais» - com o «dinheiro sujo», com a criminalidade organizada, com o tráfico ilegal de armas, incluindo atómicas, com o mercado da droga. Há franjas desse sub-mundo que, seguramente, serviços secretos, mesmo os minimamente secretos, mesmo os minimamente organizados, podem penetrar e conhecer. Já o devem ter feito. Mas será que os grandes responsáveis querem tomar conhecimento dessa negra realidade e das pistas que indica



Comentário

Os serviços minimamente secretos e minimamente organizados, de que fala Soares, não deverão estar muito interessados em meter o nariz nas tramóias dos serviços secretos mais poderosos e sofisticados. They say curiosity killed the cat!
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segunda-feira, novembro 15, 2010

Les moyens médiatiques maintiennent les portugais toujours gais

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Diário de Notícias vs Journal Libération

Duas formas jornalísticas diametralmente opostas de olhar para os lucros imorais das principais empresas de Portugal e de França, dos apoios em isenções fiscais oferecidos a esses grupos económicos e dos empregos que essas mastodontes destruíram, tanto cá, comme au-delà.


O jornal francês Libération mostra-se realista

(Clicar para ampliar)


presseurop - 10.11.2010

Os grandes grupos protegidos em nichos fiscais

"O CAC 40 contra o emprego":

O Libération investigou os lucros dos maiores grupos franceses [integrados no CAC 40, o índice de referência da Bolsa de Paris] e revela que estes destruíram, em cinco anos, quase 40 mil empregos, multiplicando ao mesmo tempo os seus lucros e recebendo dezenas de milhares de milhões de euros em apoios do Estado, jogando com nichos de isenções fiscais.

O diário indigna-se, pois, com estes "mastodontes que devoram os apoios públicos" e não se mostram "manifestamente incomodados por fazerem da desregulação uma condição necessária ao seu desenvolvimento, reclamando ao mesmo tempo do Estado uma generosidade fiscal indecorosa". Estes apoios representam uma não entrada de 172 mil milhões de euros por ano nos cofres do Estado, sublinha o diário, segundo o qual, "neste período de rigor orçamental e de ‘falência’ do Estado, põe-se a questão de uma melhor utilização destes milhares de milhões de euros".


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O Diário de Notícias mostra-se optimista

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Diário de Notícias - 12.11.2010

Empresas da Bolsa lucraram 13 milhões por dia

Em ano de crise, as cotadas [as 18 principais cotadas na Bolsa] ganharam 3477 milhões de euros nos primeiros nove meses. Foram quase 13 milhões por dia, que davam para pagar um ano a Ronaldo

A crise não parece ter atingido as empresas cotadas na Bolsa. Nos primeiros nove meses do ano, 18 das 20 sociedades que integram o principal índice da praça lisboeta, o PSI-20, arrecadaram 3477,54 milhões de euros de lucros, mais 38,05% do que em igual período de 2009.

Este montante daria para construir a linha de TGV Lisboa-Madrid. E ainda não são conhecidos os resultados da Mota-Engil e da Sonae SGPS. Se preferir o cálculo do valor gerado, diariamente, por estas 18 empresas, saiba que totalizou 12,879 milhões de euros. Quase tanto como o salário anual de Cristiano Ronaldo, o futebolista mais bem pago do mundo, que leva para casa 13 milhões.

O DN questionou Bagão Félix sobre este aumento de quase mil milhões de euros de lucros. O economista considerou que "há que dividir as empresas em dois universos: as que estão em mercado concorrencial e as que operam em mercados protegidos". Bagão Félix faz o paralelo com a banca e reconhece que, do ponto de vista emocional, as pessoas "não compreendem lucros tão elevados numa altura de crise", mas lembra que "estes devem ser comparados com o capital das empresas".

Por outro lado, e embora admita que não é "politicamente correcto", assume que, apesar de tudo, prefere que "os bancos e as empresas continuem a ter lucros, desde que permaneçam em Portugal". E explica: "Se a crise se estende a sectores tradicionalmente lucrativos, então estamos no último degrau."


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A questão que se põe

Se os 40 principais grupos financeiros franceses destruíram, em cinco anos, quase 40 mil empregos, quantos empregos, em Portugal, devem a sua extinção aos 20 principais grupos financeiros portugueses que constituem o PSI-20?
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quarta-feira, novembro 10, 2010

Grande parte dos portugueses veria com bons olhos uma redução de cerca de 97% no número de deputados

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Uma tertúlia constituída por pobres, sem-abrigo, desempregados, precarizados, jovens sem futuro, indivíduos com salário mínimo e idosos com pensões de miséria, empenham-se politicamente na redução do número de deputados da Assembleia da República dos actuais 230 para cerca de meia dúzia:


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Retirado do Diário de Notícias - 30.10.2010

A Assembleia da República vai custar este ano (2010) ao Estado 191,9 milhões de euros, dos quais 11,7 milhões dizem respeito aos vencimentos dos 230 deputados (3.633 euros x 14 meses – em média, 727 contos por mês a cada deputado).

Estão previstos cortes para 2011 [cá estaremos para ver]. Contudo, os cortes serão compensados com o aumento dos gastos com as ajudas de custo, que aumentam em 2011 para 3,2 milhões de euros, mais 15,9% do que este ano.

Os 230 deputados vão ainda receber cerca de 384,8 mil euros em encargos com saúde, estando ainda orçamentados 900 mil euros com despesas relacionadas com a Segurança Social. Já no que diz respeito a alimentação, alojamento e transportes, o Parlamento vai gastar no próximo ano 240,9 mil euros em abonos variáveis, 112 mil euros com combustíveis e 780 mil euros com limpezas.

Fora da lista de cortes, ficam as despesas com telemóveis, que aumentam 70 mil euros (23,6%), os gastos com assessoria - que crescem 5%, para 769 mil euros - e as despesas com vestuário e artigos pessoais, que sobem 30%, para 83,7 mil euros.


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A Assembleia da República em plena laboração

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segunda-feira, novembro 08, 2010

Os portugueses devem dinheiro a agiotas nacionais e internacionais? Fuck 'em all!

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A única coisa que é devida a criminosos que criam dinheiro a partir do nada e o emprestam a juros assassinos a países, empresas e famílias, é uma bala enfiada na cabeça.




A seguir é descrito o caso do americano Jerome Daly que ganhou em tribunal o direito de não pagar as prestações da casa que devia ao banco porque este, na realidade, não lhe tinha emprestado nada:

Em 1969, houve um caso na justiça do Estado de Minnesota (EUA) envolvendo um homem chamado Jerome Daly, que recorreu da execução da hipoteca da sua casa [apreensão judicial da casa para garantir o pagamento da dívida], pedido pelo banco que lhe tinha feito um empréstimo para que ele a comprasse. O argumento utilizado por Daly foi de que o contrato da hipoteca exigia que ambas as partes, ele e o banco, dispusessem de uma forma legítima de propriedade para a transacção. Em linguagem legal, tal é chamado de contraprestação [Nos contratos bilaterais, a prestação a que uma das partes se obriga sendo correspondente à prestação da outra parte].

O Sr. Daly explicou que, na verdade, o dinheiro não era propriedade do banco, porque tinha sido criado a partir do nada no momento em que o empréstimo foi assinado. O que os bancos fazem, ao emprestar dinheiro, é aceitar notas promissórias em troca de créditos. As reservas não são alteradas pelas transacções do empréstimo, mas os créditos de depósitos são considerados novas adições ao total de depósitos do sistema bancário. Por outras palavras: O dinheiro não surge a partir de bens existentes. O banco está simplesmente a inventá-lo, não pondo nada de seu, excepto um passivo teórico em papel.




À medida que o processo em tribunal avançava, o presidente do banco, o Sr. Morgan, testemunhou. E no memorando pessoal do juiz, este escreveu que o presidente do banco admitiu que, de forma combinada com o Banco da Reserva Federal, o banco criou o dinheiro e o crédito como uma entrada contabilística. O dinheiro e o crédito apareceram quando o criaram. O Sr. Morgan admitiu que não existia nenhuma lei ou estatuto na lei americana que lhe dava o direito de fazer isso. Deve existir uma contraprestação legal que seja um meio de pagamento para sustentar a nota promissória. O júri chegou à conclusão de que não existia nenhuma contraprestação legal e concordou. O Sr. Morgan acrescentou poeticamente: "Só Deus pode criar alguma coisa de valor a partir do nada".

E perante esta revelação, o tribunal rejeitou a reivindicação do banco para a execução da hipoteca e o Sr. Daly manteve a sua casa.

As implicações da decisão deste tribunal são imensas, porque cada vez que se pede dinheiro emprestado a um banco, seja um empréstimo com garantia hipotecária ou uma compra com o cartão de crédito, o dinheiro que nos é dado não é apenas contrafeito (falsificado), mas é também uma forma ilegítima de contraprestação e portanto invalida o contrato de o reembolsar, porque, para começar, o banco nunca possuiu esse dinheiro.

Infelizmente estas vitórias legais são suprimidas e ignoradas. E o jogo da perpétua transferência de riqueza e da dívida perpétua continua.


First National Bank of Montgomery vs. Jerome Daly

(clicar na imagem para aumentar)



MEMORANDUM do Juiz MARTIN V. MAHONEY

(clicar na imagem para aumentar)



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Sobre a contrafacção de dinheiro praticado pelos bancos

Murray N. Rothbard é considerado um dos grandes pensadores no campo da economia, da história, da filosofia política, e do direito. Estabeleceu-se como o principal teórico austríaco na metade final do século XX, e aplicou a análise austríaca a tópicos históricos, como a Grande Depressão de 1929 e a história do sistema bancário americano. Rothbard combinou os pensamentos de americanos individualistas do século XIX com a economia austríaca.


Excerto de "The Mystery of Banking"

[O Mistério da Banca, por Murray N. Rothbard]

«Donde é que veio o dinheiro? Veio – e isto é a coisa mais importante que se deve saber sobre o sistema bancário moderno – veio do NADA (out of thin air). Os bancos comerciais – ou seja, os bancos que utilizam o sistema de reservas fraccionais – criam dinheiro a partir do nada. Basicamente fazem o mesmo que os contrafactores (falsificadores). Os falsificadores, também, criam dinheiro a partir do nada imprimindo alguma coisa que fazem passar por dinheiro ou por um recibo de depósito de dinheiro. Desta forma, retiram fraudulentamente riqueza da comunidade, das pessoas que ganharam verdadeiramente o seu dinheiro. Da mesma forma, os bancos que utilizam o sistema de reservas fraccionais contrafazem recibos de depósitos de dinheiro, que depois fazem circular como equivalentes ao dinheiro entre as pessoas. Há uma excepção a esta comparação: A lei não trata estes recibos dos bancos como falsificações.»


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Os primeiros oito minutos e vinte segundos (8:20m) do vídeo

Money as Debt

legendado em português





A versão completo do vídeo em inglês (47m): Money as Debt

E a versão completa do vídeo em espanhol (47m): El Dinero es Deuda
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sexta-feira, novembro 05, 2010

Lucros da Banca - O festim promete continuar até que alguém acorde com os pés de fora...

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Este poderá vir a ser o sorriso dos Senhores da Banca caso o sector financeiro português continue a dar sinais de recuperação...


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Diário Económico - 03.11.2010



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Correio da Manhã - 04.11.2010



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Jornal i - 03.11.2010


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Comentário

Atente-se no desplante do artigo do Diário Económico:

"Os quatro maiores bancos privados em Portugal lucraram 1,12 mil milhões até Setembro"

"O sector financeiro português continua a dar sinais de recuperação..."

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terça-feira, novembro 02, 2010

É chegado o momento da desparasitação!



Esta imagem mostra o momento dramático, num futuro próximo, no qual um grupo de políticos a soldo da Banca e acolitados por dezenas de jornalistas venais é cercado e fuzilado à queima-roupa por uma turba constituída por pobres, desempregados, precarizados, jovens sem futuro, indivíduos com salário mínimo e idosos com pensões de miséria.


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Quanto a políticos a soldo da Banca

Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»


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Quanto a jornalistas venais

Mário Soares no "Prós e Contras" - 27.04.2009

"Toda a comunicação social está concentrada
nas mãos de meia dúzia de grupos económicos"



Mário Soares: [...] Quer dizer, toda a concentração da comunicação social foi feita e está na mão de meia dúzia de pessoas, não mais do que meia dúzia de pessoas.

Fátima Campos Ferreira: Grupos económicos, é?

Mário Soares: Grupos económicos, claro, grupos económicos. Bem, e isso é complicado, porque os jornalistas têm medo. Os jornalistas fazem o que lhes mandam, duma maneira geral. Não quer dizer que não haja muitas excepções e honrosas mas, a verdade é que fazem o que lhes mandam, porque sabem que se não fizerem aquilo que lhe mandam, por uma razão ou por outra, são despedidos, e não têm depois para onde ir...

Fátima Campos Ferreira: Sr. Dr., mas então onde fica aí a liberdade de expressão?

Mário Soares: Ah, fica mal, fica mal, como nós sabemos. [...] Evidentemente que os jornais e os jornalistas e mesmo as televisões têm o cuidado de pôr umas florzinhas para um artigo ou outro. Uma vinda à televisão ou outra, etc., para disfarçar um pouco as coisas, mas não é isso o normal. Se a senhora se der ao trabalho, como eu tenho feito, de apreciar o que é, de uma maneira objectiva e isenta, a comunicação social, e como todos se repetem, ou quase todos os grupos se repetem a dizer as mesmas coisas, uns piores que outros, outros melhores, outros mais... mas todos se repetem, incluindo a televisão oficial, bem, a senhora perceberá...


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Quanto à Banca,
proprietária da Política, dos Media e de tudo o mais


Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007

[...] Centenas e centenas de famílias pedem conselho à Deco porque estão afogadas em dívidas à banca. São pessoas que ainda têm vontade e esperança de cumprir os seus compromissos. Mas há milhares que já não pagam o que devem e outras que já só vivem para a prestação da casa. Com o aumento sustentado dos juros, uma crise muito séria vem aí a galope.

Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. Daí que os manda-chuvas do Millenium BCP se permitam andar há meses numa guerra para ver quem manda mais, coisa que já custou ao banco a quantia obscena de 2,3 mil milhões de euros em capitalização bolsista. Ninguém se rala porque, num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho acabará por voltar às suas mãos.

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Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas - as da tal «silly season», em que os jornalistas estão sempre a dizer que nada acontece - são notícias de mau augúrio. Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestrutruração, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais. Quem pode voltar optimista das férias?
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