domingo, dezembro 27, 2009

O judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra. Os seus meios de poder são o dinheiro e a imprensa

Henry Ford (1863 – 1947) foi o americano fundador da Ford Motor Campany e pai das modernas linhas de montagem e da produção em massa. O seu automóvel, Modelo T, revolucionou o transporte e a indústria americana. Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes. Na qualidade de dono da Companhia Ford tornou-se um dos homens mais ricos e mais conhecidos do mundo.

Em 1918, Ford comprou um pouco conhecido semanário: «The Dearborn Independent». No princípio dos anos 20 este semanário publicou um conjunto de quatro volumes de artigos, cumulativamente intitulados «The International Jew» [O Judeu Internacional].


Henry Ford


[Tradução minha]

Jornal "The Dearborn Independent" - 29 de Maio de 1920:


The International Jew

Germany's Reaction Against the Jew [A reacção alemã contra o judeu]


[...] O judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra, mais ainda que o Império Britânico. Constitui um Estado cujos cidadãos são incondicionalmente leais onde quer que estejam ou quer sejam ricos ou pobres.

O nome que foi dado pela Alemanha a este Estado e que circula por todos os outros Estados é Al-Judá [All- Judaan].

Os meios de poder do Estado de Al-Judá são o capital e o jornalismo, ou o dinheiro e a propaganda.

Al-Judá é o único Estado que exerce um governo mundial; todos os outros Estados só podem exercer governos nacionais.

A principal cultura de Al-Judá é jornalística; os desempenhos técnicos, científicos, literários dos judeus modernos são em todo o lado desempenhos jornalísticos. São devidos ao extraordinário talento dos judeus para a receptividade das ideias dos outros. Capital e Jornalismo combinam-se na Imprensa para criar o meio espiritual do poder judaico.

O governo deste Estado de Al-Judá está maravilhosamente organizado. Paris foi a sua primeira sede, mas já se mudou para outro lugar. Antes da Guerra (1914-1918), Londres era a sua primeira capital e Nova Iorque a segunda. Resta ver se Nova Iorque não irá suplantar Londres – a tendência é no sentido da América.


Como Al-Judá não está em condições de ter um exército e uma marinha permanentes, outros Estados fornecem-lhos. A sua armada é a armada britânica, que protege dos obstáculos o progresso de toda a economia mundial judaica, ou aquela parte que depende do mar. Em troca, Al-Judá acrescentou a Palestina ao controlo britânico. Onde quer que houvesse uma força terrestre (qualquer que fosse a nacionalidade do uniforme que usasse), esta apoiaria a marinha britânica.

Al-Judá está disposta a entregar a administração de várias partes do mundo aos governos nacionalistas; só pede para si o controlo dos governos. O judaísmo é intensamente a favor de perpetuar as divisões nacionalistas no mundo gentio (não-judeu). Porque, por eles, os judeus nunca serão assimilados por qualquer nação. São um povo à parte, sempre o foram e sempre o serão.

Só ocorrem problemas entre Al-Judá e outra nação quando esta impossibilita a Al-Judá o controlo dos lucros industriais e financeiros dessa nação. Al-Judá pode desencadear uma guerra, pode fazer a paz; pode criar a anarquia em casos mais obstinados, pode restaurar a ordem. Tem a força de uma potência mundial nas suas mãos e partilha-a entre as nações consoante estas apoiem os planos de Al-Judá.

Ao controlar as fontes de informação mundiais, Al-Judá pode sempre preparar as opiniões dos povos para o seu próximo passo. A maior exposição que ainda falta fazer é a forma como as notícias são produzidas e a forma pela qual a opinião de nações inteiras é moldada para um determinado objectivo. Quando o poderoso judeu é por fim descoberto e a sua mão revelada, vêm então os imediatos gritos de perseguição que ecoam pela imprensa mundial. As causas reais da perseguição (que são a opressão das pessoas pelas práticas financeiras dos judeus) nunca são ditas publicamente.

Al-Judá tem os seus vice-governos em Londres e em Nova Iorque. Tendo obtido a sua vingança sobre a Alemanha, irá continuar a conquistar outras nações. Já possui a Grã-Bretanha. A Rússia debate-se mas as probabilidades estão contra ela. Os Estados Unidos, com a sua tolerância amigável por todas as raças, oferecem um terreno prometedor. O palco das operações muda, mas o judeu é o mesmo através dos séculos.



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Werner Sombart


"The Jews and Modern Capital", pp. 38, 43.
[Os Judeus e o Capital Contemporâneo]

"À primeira vista parece que o sistema económico da América do Norte foi o único que se desenvolveu independentemente dos judeus..."

"Contudo, sustenho a minha afirmação de que os Estados Unidos (talvez mais do que qualquer outro país) estão totalmente embrenhados de espírito judeu. Isto é reconhecido em muitos lugares, sobretudo nos mais capazes de formar uma opinião sobre o assunto..."

"Em face desta realidade, não haverá alguma justificação para a opinião de que os Estados Unidos devem a sua própria existência aos judeus? E se for assim, até que ponto não se poderá afirmar que a influência judaica fez dos Estados Unidos exactamente aquilo que é – ou seja, Americano? Porque aquilo que chamamos americanismo nada mais é, se assim podemos dizer, que o espírito judaico destilado."

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terça-feira, dezembro 22, 2009

Os palhaços do «destemido» Mário Crespo ou a fabricação de um herói na SIC


Jornal de Notícias - 14-12-2009

Texto de Mário Crespo:


O Palhaço


O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.



O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também.



O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada. Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples. Ou nós, ou o palhaço.




Comentário

"A escolha é simples: ou nós, ou o palhaço", avisa-nos arrojadamente Mário Crespo. É, contudo, paradoxal observar uma tal coragem num jornalista que trabalha, há anos, como apresentador central de um telejornal, o «Jornal das Nove - da SIC Notícias», em cujo programa desfila diariamente um certo número de palhaços a difundir propaganda circense. Isto, num canal televisivo que representa o supra-sumo da palhaçada e da propaganda em Portugal.

Assim sendo, quem será ao certo Mário Crespo? Um jornalista destemido apostado na luta contra a corrupção e a podridão política ou um palhaço mascarado de herói criado para proporcionar um ar de imparcialidade e isenção à SIC? No mundo mágico do circo, o ilusionismo, tal como a palhaçada, é uma arte.





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sábado, dezembro 19, 2009

José Sócrates: a crise é apenas mais uma razão para fazermos o TGV [orçado em 3,3 mil milhões de euros e cujo bilhete vai custar 100 euros]

Jornal de Negócios: Só para pagar os custos de OPERAÇÃO do TGV que une as capitais ibéricas, seria preciso que todos os 8,3 milhões de portugueses que têm mais de 14 anos fossem a Madrid.


A viabilidade económica do TGV para Madrid


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Jornal de Negócios - 24 Julho de 2008:

[...] O Jornal de Negócios e a Antena 1 passaram os últimos dias a ir à Net, a pedir informação ao Governo, a confrontar fontes e a investigar as contas do TGV e do pacote de estradas. E a primeira conclusão é que nem um nem o outro são, por si só, rentáveis. Seria preciso que todos os 8,3 milhões de portugueses que têm mais de 14 anos fossem a Madrid para pagar os custos de operação (de operação!) do TGV que une as capitais ibéricas. Mas será esta a única discussão que queremos fazer sobre as obras públicas, a do debate financeiro? Evidentemente que não. Foi por causa da obsessão "tem de se pagar a si mesma" que a virtuosa Expo 98 degenerou no ladrilhado Parque das Nações.


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Texto de Miguel Sousa Tavares - Expresso 23/06/2007

O desvario dos socialistas

[...] O que me custa a entender é que se queiram gastar biliões num aeroporto novo cuja necessidade está por provar, e mais uns biliões num TGV para o qual se desconfia que não haverá utilizadores que o justifiquem [...]

Os nossos socialistas 'modernos' têm dois fascínios fatais: as obras públicas e os interesses privados. A simbiose que daqui resulta é a pior possível [...]

Anteontem, na apresentação do TGV, o Governo falou, não para o país ou os seus representantes, mas para uma plateia seleccionada dos grandes clientes privados dos negócios públicos: bancos, seguradoras, construtoras, empresas de estudos, gabinetes de engenharia e escritórios de advocacia. E o discurso foi lapidar: "Meus amigos: temos aqui 600 quilómetros de TGV a construir e dez mil milhões de euros a gastar. Cheguem-se à frente e tratem de os ganhar!".

Temos agora a questão dos TGV. [...] Ninguém sabe para que servirão. Não há estudos sobre a utilização prevista e a relação custo-benefício da sua construção. Depois de tranquilamente nos esclarecerem que, quanto aos custos de construção, a hipótese de a sua amortização ser realizada com as receitas de exploração é "totalmente para esquecer", a própria secretária de Estado dos Transportes duvida de que, por exemplo, a linha para Madrid consiga ser auto-sustentável. Ou seja, depois de um investimento de dez mil milhões de euros a fundo perdido, preparam-se para aceitar tranquilamente um défice permanente de exploração.

Quanto é que ele poderá vir a ser, ninguém sabe, porque não se estudou o mercado para saber se haverá passageiros que justifiquem três comboios diários para Madrid. Mas, para que os privados, que ficarão com a concessão por troços, não se assustem com a vulnerabilidade do negócio, o Governo garante-lhes antecipadamente o lucro, propondo-se pagar-lhes segundo a capacidade instalada e não segundo a capacidade utilizada. Isto é, se num comboio com trezentos lugares só trinta forem efectivamente ocupados, o Governo garante às concessionárias que lhes pagará pelos 270 lugares vazios. Todos os dias, três vezes ao dia para Madrid e eternamente, até eles estarem pagos e bem pagos. Eis o que os socialistas entendem por 'obras públicas' e 'iniciativa privada'!

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quinta-feira, dezembro 17, 2009

Os Bancos pagaram mais 13% aos seus administradores em 2008

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Esquerda.NET - 16-12-2009

Em 2008, a crise veio abalar o sistema financeiro, mas não os salários dos administradores executivos. Em média, cada um ganhou cerca de 700 mil euros no ano passado.

No ano em que o Estado português teve de dar o seu aval, com o dinheiro dos contribuintes, para os bancos superarem as dificuldades em se financiarem no exterior, a realidade no conforto dos gabinetes era bem diferente. Segundo dados divulgados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, as remunerações dos membros das Comissões Executivas e dos Conselhos de Administração exclusivamente executivos dispararam quando a actividade no sector afundava.

Em 2008, cada um destes administradores levou para casa, em média, cerca de 698 mil euros. Mais de metade deste valor foi pago a coberto de bónus como prémios de desempenho e outras forma de remuneração variável. Comparando com o ano anterior, antes da chegada dos efeitos da crise financeira, estes salários aumentaram 13%, aumentando assim a diferença para os cargos equivalentes nas empresas do sector não financeiro que mesmo assim subiu 7% para cerca de 572 mil euros por administrador.

Os números são feitos pela média de cada Conselho de Administração e a CMVM diz que em média o administrador mais bem pago ganha 2,8 vezes mais que o seu colega no fundo da tabela salarial.

Estes valores não incluem as chamadas "responsabilidades de médio e longo prazo", ou seja, os benefícios de reforma a que terão direito os administradores na hora da saída. Mais uma vez, o sector financeiro destaca-se por pagar 4,3 vezes mais que a média das sociedades cotadas do sector não-financeiro. Usando o exemplo dos administradores já referidos, a banca compromete-se, em média, com 20 milhões de euros para o seu conforto futuro.



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Em face da sumptuosidade dos bem-aventurados administradores da Banca, e num país com cerca de 700 mil desempregados, em que mais de 40% dos trabalhadores são precários e onde existem mais de dois milhões de pobres, qual deverá ser a opção destes desafortunados? A miniatura secular ou o aço pontiagudo?


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Silvio Berlusconi, o chefe de Governo italiano foi atingido na cara por uma réplica em miniatura da catedral de Milão, que lhe partiu dois dentes e fracturou o nariz.

Sílvio Berlusconi ao cheirar involuntariamente a miniatura da catedral de Milão
viu diminuída a sua capacidade de mastigar spaghetti.



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Na imagem seguinte, réplicas em tamanho real de dispositivos capazes de agastar administradores bancários cujo desporto passa por espoliar a esmagadora maioria da população. Ao contrário das miniaturas históricas, sujeitas a arremessos erráticos, a estas réplicas basta um dedo decidido e uma mira certeira:


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quarta-feira, dezembro 16, 2009

Na sequência do triste incidente com Berlusconi, miniaturas da Torre de Belém e dos Clérigos vendem-se como pãezinhos quentes em Portugal

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Os comerciantes não têm tido mãos a medir desde o caso Berlusconi


Euronews - 14/12/2009

Sílvio Berlusconi, o chefe de Governo italiano tinha acabado de discursar para os apoiantes do PDL – Partido Povo da Liberdade – quando foi atingido na cara por uma réplica em miniatura da catedral de Milão, que lhe partiu dois dentes e fracturou o nariz:

IL CAVALIERI


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Boneco de Berlusconi agredido faz sucesso nos presépios italianos

Dois dias depois da brutal agressão que mandou o primeiro-ministro italiano para o hospital com dois dentes e o nariz partido, já houve quem mostrasse que praticamente tudo pode ser transformado numa boa oportunidade de negócio.

Se as miniaturas da catedral de Milão - objecto usado pelo agressor - já tinham registado um aumento de vendas, chegou agora a vez de chegar às lojas um divertido boneco de procelana, para decorar os presépios dos italianos. Nada mais, nada menos do que um Sílvio Berlusconi ensanguentado e com uma ligadura na cabeça.

Fantoccio Berlusconi con la faccia rotto
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terça-feira, dezembro 15, 2009

O Blogue «Caminhos da Memória» parece exibir em certos posts alguns sintomas de Alzheimer: confusão, perda de memória e afastamento da realidade

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Contra a banalização

"A Segunda Guerra Mundial deve ser o acontecimento do século XX sobre o qual um maior número de títulos se encontra publicado. O septuagésimo aniversário da invasão alemã da Polónia veio ampliar ainda mais esta realidade, justificando a reedição deste livro de Martin Gilbert, publicado pela primeira vez em 1989. Vinte anos entretanto transcorridos não lhe diminuíram o interesse, ajudando até a colocá-la numa dimensão peculiar que na altura não poderia ter. Desde logo porque nos anos oitenta os ecos sobreviventes da crítica historiográfica da «história-batalha» faziam com que a dimensão bélica do passado fosse ainda desvalorizada como excessivamente dependente de uma metodologia escrava dos factos. Mas também porque, por essa época, os impulsos revisionistas e negacionistas que têm procurado atenuar a dimensão apocalíptica da devastação material da guerra e do Holocausto ainda não se mostravam tão patentes nem tinham o impacto público que ultimamente têm colhido."

[...]

"A ausência de processos claramente contextualizantes e interpretativos pode, naturalmente, ser questionada. Foi essa a escolha de Gilbert, um historiador profissional, politicamente conservador, que em regra prefere que os factos falem por si. Ela destaca a componente descritiva, parecendo evitar o facciosismo. Mas não o consegue justamente porque, como qualquer historiador, Gilbert introduz opções que traduzem parcialidade. Por um lado, a denúncia dos crimes do nazismo é uma constante, o que certas vezes o leva a omitir o reconhecimento dos excessos cometidos, ainda que noutra escala, pelas forças aliadas. Por outro, ao recusar relevância aos acontecimentos ocorridos dentro do próprio território alemão – se exceptuarmos a descrição detalhada da «Operação Valquíria» e as informações sobre os espaços concentracionários do Holocausto – e ao ignorar praticamente o contributo da Itália fascista para o desafio agressivo do Eixo, acaba por olhar de um ângulo ainda algo limitado uma história que se pretende completa. No entanto, nada que fira de morte o trabalho monumental levado a cabo e a grande valia documental de uma obra como esta. Imprescindível para impedir que a Segunda Guerra Mundial se transforme, com tanto lugar-comum a seu respeito que tem sido publicado por estes dias, num episódio irrelevante ou passível de ser facilmente manipulado."



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Sir Martin Gilbert


A forma como o historiador Martin Gilbert deturpa e inventa a História

O historiador britânico Martin Gilbert é um falsificador. Embora seja mais conhecido como biógrafo oficial de Winston Churchill, escreveu também vários trabalhos muito elogiados sobre o Holocausto. Gilbert, que é judeu, defende com firmeza a tese do chamado extermínio dos judeus, um extermínio alegadamente levado a cabo sobretudo recorrendo a câmaras de gás e furgões de gás homicidas. Para defender esta tese Gilbert falseia e inventa.

Na sua distorção do 'Documento Gerstein' em 1979 e em 1986, Gilbert demonstrou cabalmente a sua capacidade de adulterar. As várias confissões pós-guerra do oficial das SS, Kurt Gerstein, conhecidas no seu conjunto como o 'Documento Gerstein', são completamente desprovidas de valor de valor científico. [...] Mas tal como o historiador judeu francês Léon Poliakov, Martin Gilbert usou estas confissões para apoiar a sua tese.

Sobre as alegadas câmaras de gás em Belzec, Kurt Gerstein escreveu:

«Die Menschen stehen einander auf den Füssen, 700-800 Menschen auf 25 Quadratmetern in 45 Kubikmetern ... 750 Menschen in 45 Kubikmetern.»

«As pessoas ficavam de pé pisando os pés dos outros, 700-800 pessoas em 25 metros quadrados em 45 metros cúbicos ... 750 pessoas em 45 metros cúbicos.» (Fonte: página 5 do documento de Nuremberga PS-2170, como Gilbert indica).

É obviamente impossível caberem 700 a 800 pessoas numa superfície com 25 metros quadrados e dentro de um espaço volumétrico de 45 metros cúbicos. Seria o mesmo que tentar meter cerca de 30 pessoas num espaço com um metro quadrado de área e 1,8 metros de altura. O facto de Gerstein ter feito semelhante declaração aos Aliados, dos quais era prisioneiro, mostra bem qual era a sua condição mental. Kurt Gerstein usou sempre estes números, repetindo-os em várias ocasiões. Mas o «historiador» Martin Gilbert alterou completamente estes números para tentar tornar a história de Gerstein credível. Gilbert alterou-os de uma maneira em 1979 e de outra em 1986.


No seu livro de 1979, "Final Journey: The Fate of the Jews in Nazi Europe" [Viagem Final: O Destino dos Judeus na Europa Nazi] (New York: Mayflower Books, p. 91), eis como Gilbert cita Gerstein: "As pessoas nuas ficavam de pé pisando os pés dos outros. Cerca de 700 a 800 pessoas numa área com cerca de 100 metros quadrados".

Entre outras distorções, Gilbert quadruplicou a superfície da câmara de gás, e eliminou as duas alusões de Gerstein aos 45 metros cúbicos do volume da sala. Se Gilbert tivesse mantido a repetida afirmação de Gerstein de que a câmara de gás tinha 45 metros cúbicos de volume, então a câmara de gás teria uma área semelhante a 10 por 10 metros e uma altura inferior a meio metro, onde seriam metidas 700 a 800 pessoas de pé.

No entanto, em 1986, Martin Gilbert, modifica outra vez estes dados citando de novo Gerstein "700 a 800 pessoas em 93 metros quadrados" (Fonte: The Holocaust: The Jewish Tragedy [O Holocausto: A Tragédia], New York: Holt, Rinehart and Winston, p. 427). Na página 864, Martin Gilbert indica como a sua fonte: (Kurt Gerstein, statement of May 6, 1945, Tübingen: International Military Tribunal, Nuremberg, document PS-2170.)

Desta vez, o número de 25 metros quadrados é substituído pelo número 93 metros quadrados. Foi escolhido um número aparentemente mais preciso que o de 100 metros quadrados (da versão de 1979) para dar a sensação de exactidão e rigor. Mais uma vez, não existe qualquer referência aos 45 metros cúbicos do volume da sala.

Donde se pode concluir que Martin Gilbert falsificou deliberadamente o que Kurt Gerstein escreveu.


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Inventando o número de "gaseamentos"


No seu empenho em manter a história de que multidões de judeus foram gaseados em Belzec, Treblinka e noutros lugares, Martin Gilbert incorre numa manipulação enganadora dos números. No seu livro de 1981, "Auschwitz and the Allies" [Auschwitz e os Aliados] (New York: Holt, Rinehart and Winston, p. 26), Gilbert escreve:

"A tentativa deliberada de destruir sistematicamente todos os judeus da Europa não era conhecida na primavera e no princípio do verão de 1942: exactamente o período durante o qual o extermínio foi mais intenso, e durante o qual centenas de milhares de judeus estavam a ser gaseados diariamente em Belzec, Chelmno, Sobibor e Treblinka."

Atentemos nos números de Gilbert. Vamos supor que "centenas de milhares" significavam apenas 200 mil. Tal faria com que 200 mil judeus eram gaseados por dia, e portanto um milhão e quatrocentos mil por semana. Se durante a primavera e o princípio do verão de 1942 se passaram quatro meses – ou 17 semanas – o resultado seria um milhão e quatrocentos mil vezes 17, o que daria um total de 23 milhões e oitocentos mil judeus gaseados em quatro pequenos campos de concentração e durante um período de apenas quatro meses.

Mais poderia ser dito sobre Martin Gilbert, sobre a sua ignorância da História e a sua desonestidade.
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domingo, dezembro 13, 2009

Tony Blair, um filho da puta a quem uma larga percentagem da população mundial teria todo o gosto em enfiar uma bala na cabeça

Blair defende decisão de invadir Iraque

A invasão do Iraque justificou-se apesar de não estar provada a existência de armas de destruição maciça naquele país, considerou hoje, sábado, o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, que envolveu a Grã-Bretanha na guerra em 2003.

"A convicção era que representava uma ameaça para a região, sobretudo pela suposta existência de armas de destruição maciça (ADM), mas é certo que [Saddam Hussein] utilizou armas químicas contra a sua própria população", justificou Blair numa entrevista à cadeia televisiva BBC1.

Interrogado sobre o envolvimento do seu país na guerra do Iraque em Março de 2003, apesar de Saddam Hussein não possuir armas de destruição maciça, Blair continua a pensar que "foi justo derrubá-lo" devido à ameaça que constituía para a região.


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O jornal Los Angeles Times, já em Setembro de 2007, falava em mais de um milhão de civis iraquianos mortos em função da invasão americana. Entretanto, já passaram mais de dois anos desde essa contagem:



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Crianças iraquianas assassinadas em resultado da suposta existência de armas de destruição maciça inventadas por Blair, Bush e outros escroques que trabalham para o complexo-militar-petrolífero, propriedade da Banca Internacional:



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Durão Barroso, outro escroque «convicto» da existência de armas de destruição maciça no Iraque, faz igualmente parte do grupo de genocidas merecedor de uma pena capital:

O CHERNE

Em entrevista ao SEMANÁRIO (2/1/2006), Daniel Estulin diz que as suas fontes lhe confirmaram que Henry Kissinger terá dito o seguinte sobre Durão Barroso: é "indiscutivelmente o pior primeiro-ministro na recente história política. Mas será o nosso homem na Europa".


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Sílvio Berlusconi, outro mafioso com responsabilidades na destruição do Iraque, foi hoje agredido na cara com uma pequena réplica da catedral do Duomo que lhe partiu dois dentes e fracturou o nariz. Uma pequena migalha de justiça divina:

IL CAVALIERI
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sexta-feira, dezembro 11, 2009

A Mota-Engil, de Jorge Coelho, adjudica, adjudica, e torna a adjudicar...

Investimento inicial de 1,4 mil milhões

Mota-Engil confirma adjudicação da concessão do Pinhal Interior

A adjudicação da concessão do Pinhal Interior será entregue à Mota-Engil, de acordo com o comunicado emitido esta tarde. O investimento inicial será de 1,4 mil milhões de euros, numa subconcessão com um prazo de 30 anos.

«Não há ilegalidade, mas há muita promiscuidade»
Jornal Expresso, 05/04/2008


Já hoje, o Jornal de Negócios noticiava que o consórcio liderado pela Mota-Engil é o mais bem posicionado para vencer a concessão do Pinhal Interior. Localizando-se na zona centro do País e com uma extensão de cerca de 520 kms, a subconcessão inclui dois eixos principais – IC3 e IC8. O IC3 é um eixo vertical que liga a futura Subconcessão da AE Centro desde o nó de Coimbra (IP3/IC2) até à A23 na zona de Torres Novas, e o IC8 é um eixo horizontal que liga a A17 na zona de Pombal/Ansião até novamente à A23, junto a Vila Velha de Rodão.


O nó de Ansião - que vai ligar a A17 à A23



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Jorge Coelho, o presidente-executivo da empresa de construção Mota-Engil, foi entrevistado por Ricardo Araújo Pereira no programa do Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios.


Seguem-se duas das perguntas de Ricardo Araújo Pereira ao socialista da Mota-Engil, o Sr. Dr. Jorge Coelho:

- Sôtor, acha que, agora que o PS fica no Governo durante mais quatro anos, estão reunidas as condições para podermos alcatroar o país todo?

- Mas o sotôr acha admissível que em pleno século XXI só hajam três auto-estradas entre Lisboa e Porto? Não faz falta construir uma quarta auto-estrada, por exemplo, ao pé da primeira mas dois metros acima?

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E num país com cerca de 700 mil desempregados, em que mais de 40% dos trabalhadores são precários e onde existem mais de dois milhões de pobres, o sotôr Jorge Coelho continua a adjudicar, a amealhar, a sorrir e a respirar...
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quarta-feira, dezembro 09, 2009

Diário de Notícias - A Ficção Científica do "Aquecimento Global" - e a conivência do Bloco de Esquerda na fraude climática


Se calhar não é novidade a história dos e-mails roubados à Universidade de East Anglia. A instituição em causa possui um importante centro de estudos climatológicos e a correspondência em causa, trocada ao longo de duas décadas entre proeminentes cientistas do ramo, revelou que, além de tentarem destruir a reputação de colegas discordantes e bloquear a publicação dos respectivos trabalhos, os cientistas distorcem, escondem, esquecem e aldrabam informação alusiva às mudanças climáticas. E tudo isto para "demonstrar" que as ditas mudanças seguem o sentido do "aquecimento global" e que este se deve à acção do homem.

Se calhar, para muitos a história é mesmo novidade. Embora, no mínimo, os e-mails insinuem a forte possibilidade de a lengalenga em volta do clima constituir uma desmesurada fraude, a verdade é que os "media" não lhes têm dedicado um milésimo da atenção merecida, por exemplo, pelo "documentário" de Al Gore, um projecto com o rigor científico de Marte Ataca!. Os media nacionais, então, não dedicam aos e-mails atenção nenhuma, enquanto Marte Ataca!, perdão, Uma Verdade Inconveniente continua em exibição nas escolas a título de evangelho.

Claro que a indiferença com que a imprensa procura enterrar o escândalo é compreensível: deve ser embaraçoso admitir um logro que se divulga há anos. Aliás, se formos justos compreendemos a indiferença de todos, incluindo da comunidade científica "oficial", que arrisca perder os abundantes financiamentos, e da classe política, que apanhada algures no meio dos negócios e da histeria ergueu o "aquecimento global" a centro da sua retórica. A partir de determinada aceleração, o avião não pode interromper a descolagem. Principalmente se o avião levanta rumo à Dinamarca, onde decorrerá a Cimeira de Copenhaga.

Para um evento devotado à influência do homem no clima, de facto não conviria à Cimeira admitir a forte suspeita de que tal influência é nula ou quase. A solução passa por fingir o oposto e prosseguir os trabalhos na presunção de que o mundo, o autêntico e não o do catastrofismo ambiental, está à beira do fim. Assim, durante os próximos dias, sumidades e estadistas vários arriscam discutir de cara séria uma calamidade imaginária, mais ou menos como se o planeta se mobilizasse para inventariar os estragos dos marcianos, enfrentar a ameaça dos marcianos e impor medidas ruinosas a pretexto dos marcianos. Até prova em contrário, os marcianos não existem. Além de perigosa, a Cimeira de Copenhaga será hilariante.



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A conivência do Bloco de Esquerda na fraude das Mudanças Climáticas

Tal como os cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), também os bloquistas de esquerda parecem apostados em distorcer, esconder, esquecer e aldrabar a informação alusiva às "mudanças climáticas".

O Bloquista Daniel Oliveira do blogue Arrastão

Daniel Oliveira, o bloquista do blogue Arrastão, assobiando para o lado face a um dos maiores escândalos científicos da História que constituiu a manipulação/fabricação de dados climáticos destinada a manter a "verdade" (do IPCC) - de que houve um aquecimento anormal e acelerado desde o início da revolução industrial devido à emissões de CO2, publica o post «Agora passem dos filmes à acção», onde é mostrado um vídeo apocalíptico que abriu a Conferência de Copenhaga sobre as Mudanças Climáticas, e que descreve o mundo a desfazer-se graças a uma variedade de desastres climáticos, apontando-nos os receios que o mundo deverá ter perante os piores cenários do Aquecimento Global.

No site Esquerda.NET, todos os artigos sobre o "Aquecimento Global Antropogénico", face aos últimos desenvolvimentos vindos a público relativos às fraudes do IPCC e aos colossais interesses políticos, económicos, financeiros e industriais envolvidos, levantam grandes suspeitas quanto à integridade do Bloco de Esquerda.

a) Os movimentos sociais rumo a Copenhaga - «...Desde logo, une-os [aos movimentos ambientalistas] a defesa de um acordo internacional elaborado de acordo com o que a ciência nos diz que devemos alcançar para evitar alterações climáticas catastróficas: estabilização das concentrações de gases com efeito de estufa em 350 partes por milhão, o que implica uma redução nas emissões de 80% até 2050 (40% até 2020) relativamente a níveis de 1990...»

b) Carbono: democracia ou mercado? - «...o combate às alterações climáticas só é efectivo se se fizer no campo político e da democracia e não na busca incessante de técnicas que amenizem a insustentabilidade de um modelo civilizacional...»

c) A irresponsabilidade climática dos Governos de Sócrates - «...E é aqui que pouco ou nada tem sido feito para apoiar a luta às alterações climáticas...»

d) Naomi Klein - Copenhaga: Seattle está a crescer - «...Pelo contrário, o movimento que converge em Copenhaga concentra-se numa única questão – as alterações climáticas - mas tece um discurso coerente em torno da sua causa e das suas curas...»

e) Marisa Matias: "Ser realista é, neste cenário, ser exigente" - «...A eurodeputada bloquista Marisa Matias vai a Copenhaga ... onde apresentará uma conferência sobre alternativas não-capitalistas às alterações climáticas...»

f) Boaventura de Sousa Santos: De Copenhaga a Yasuní - «...não serão adoptadas em Copenhaga metas legalmente obrigatórias para a redução das emissões dos gases responsáveis pelo aquecimento global cujos perigos para a sobrevivência do planeta estão hoje suficientemente demonstrados...»

g) Parem as Alterações Climáticas! Justiça Ambiental e Social Já! - «...O relatório das Nações Unidas (ONU) de 2007 revelou que a concentração de emissões de carbono é a mais alta dos últimos 650 mil anos...»

h) A Ordem dos Cavaleiros do Carbono - «...Neste artigo, George Monbiot responde aos que vêem nas alterações climáticas uma conspiração global da comunidade científica...»

i) Videoclips de combate às alterações climáticas...

j) Poluição e alterações do clima: quem ousa negar a ligação? - «...O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas previu que, até ao fim do século e como consequência do aquecimento global, o mar subirá 0,8 metros, quando 0,6 é o suficiente para fazer desaparecer as ilhas...»
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segunda-feira, dezembro 07, 2009

A cretinice de João Miranda, blogger do Blasfémias, sobre o tema Desemprego e Socialismo

João Miranda

Colaborador do Blogue neoliberal Blasfémias
Investigador em Biotecnologia
Ex-comentador do Jornal de Notícias



Desemprego e Socialismo II

Publicado no Blasfémias por Joao Miranda - 5 Dezembro de 2009


"Uma bomba da Galp típica tem 8 bombas de gasolina self service, uma caixa multibanco, mini-mercado, cafetaria, banca de jornais e serviço de lavagem de automóveis. Tudo isto é gerido por 3 trabalhadores, que passam a maior parte do tempo nas 3 caixas de pagamento disponíveis."

"Estas bombas da Galp são o resultado inevitável de políticas caras ao socialismo moderno: aumento do salário mínimo, rendimento mínimo, subsídio de desemprego, aumento dos custos do trabalho e subsídios à inovação."

"Uma bomba self-service é mais barata que um funcionário, uma máquina multibanco mais barata que empregado bancário, sistema de lavagem automático mais barato que o salário de 2 ou 3 lavadores e o sistema de caixa centralizada mais barato que venda personalizada."





Contraditório

Este artigo de João Miranda constitui um dos melhores exemplos da cegueira dos entusiatas do laissez-faire.

Na realidade, a bomba self-service, já hoje, não precisa de funcionário nenhum:

Os clientes podem abastecer-se de combustível, pagando por Via Verde ou cartão multibanco. Máquinas automáticas podem providenciar centenas de produtos, bebidas, jornais e revistas, bastando, para tanto, introduzir moedas, notas ou efectuar o pagamento por multibanco. Quanto à lavagem das viaturas, há máquinas automáticas e lavagem executada pelo cliente, com recurso a poucas moedas ou cartão multibanco.


João Miranda acusa o socialismo de empurrar os empresários, em resultado dos «salários astronómicos» exigidos pelos trabalhadores, a optar pela tecnologia, relativamente mais barata.

O que João Miranda não percebe, é que a tecnologia está a substituir o emprego (e boa parte do trabalho), e que este fenómeno avança em progressão exponencial. O hardware e o software há séculos que vêm crescentemente a substituir o trabalho humano. Não estamos muito longe do ponto em que o emprego vai desaparecer por completo, por incapacidade absoluta do homem em competir com tecnologia cada vez mais inteligente, mais rápida, mais capaz e mais precisa.


Mas este fenómeno, ao invés de representar o fim do socialismo, significa, pelo contrário, a sentença de morte do capitalismo. The rational is:

A tecnologia (em evolução exponencial) está a substituir os empregos

Sem empregos não há salários

Sem salários não há poder de compra

Sem compras não há vendas

Sem vendas não há lucros

Sem lucros não há capitalismo

Sem capitalismo não há propriedade privada dos meios de produção



Donde, o exemplo que João Miranda aponta, traduz precisamente o contrário daquilo que defende. É o capitalismo e não o socialismo que está na berlinda.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

O escândalo do 'Climategate' e o peculiar posicionamento do Bloco de Esquerda


Há poucas semanas rebentou o escândalo chamado Climategate. O Climagate consistiu na divulgação, através da Internet, de um conjunto de ficheiros, que incluem programas de computador e emails trocados entre alguns dos principais autores dos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que confirmam a manipulação/fabricação de dados pelo grupo. Muito do que era suspeito e atribuível a erro humano surge agora como intencional e destinado a manter a "verdade" (do IPCC) de que houve um aquecimento anormal e acelerado desde o início da revolução industrial devido à emissões de CO2.

Em termos da comunidade científica, o Climategate é um dos maiores escândalos científicos da História, não só pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica mas sobretudo pelas implicações económicas e políticas de que se reveste. De facto, nunca existiram tantas declarações, tantos tratados, tantos protocolos e tão gigantescos fluxos financeiros tendo como único fundamento a credibilidade e o suposto consenso da comunidade científica expresso nos Summary for Policy Makers (SPM) do IPCC. Esse fundamento desapareceu, mas os interesses envolvidos (políticos, económicos, financeiros e industriais) são de tal monta e a percepção pública da fraude científica é tão lenta que a ficção criada pela UE ainda se irá manter durante muito tempo.


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Extremamente curiosa é a posição do Bloco de Esquerda em relação ao Climategate, revelando um apoio incondicional e absoluto às imposturas dos «cientistas» do IPCC – ver «Dossier Cimeira de Copenhaga» no Esquerda.NET (site oficial do Bloco de Esquerda). É sabido que a Grande Finança gosta de jogar em todos os tabuleiros, utilizando peões de todas as cores e investindo por todos os quadrantes. O Bloco de Esquerda já foi infectado.


No Esquerda.Net: «A Ordem dos Cavaleiros do Carbono» - George Monbiot responde aos que vêem nas alterações climáticas uma conspiração global da comunidade científica.»


E vale a pena lembrar que, em Fevereiro de 2007, Al Gore veio a Lisboa dar uma conferência sobre alterações climáticas por 175 mil dólares. Estranhamente, a conferência destinou-se apenas a convidados - empresários, políticos (entre os quais Francisco Louçã), governantes e ex-ministros, autarcas, investigadores, ambientalistas, gestores e vip avulsos, decorrendo à porta fechada e sem a participação oficial de jornalistas. Ou seja, ao abordar um assunto que supostamente deveria interessar a toda a gente e cuja divulgação deveria ser a mais extensa possível, optou-se pelo secretismo. Afinal, o assunto era do interesse público ou privado?


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Texto de José J. Delgado Domingos - Professor catedrático do Instituto Superior Técnico

Expresso - 30 de Novembro de 2009



O escândalo do 'Climategate' e a Conferência de Copenhaga

O caso Climategate, onde se manipularam dados para provar o aquecimento global, é um dos maiores escândalos científicos da História, pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica e sobretudo pelas suas implicações económicas e políticas.


José Delgado Domingos
Desde 1998 que a temperatura global não aumenta



Passaram há pouco 42 anos sobre um dos maiores desastres de origem climática em Portugal: as inundações de 1967 em Lisboa. Centenas de mortes e centenas de milhões de prejuízos materiais. Será que este desastre se deveu às emissões de CO2eq (CO2 equivalente) ou ao aquecimento global? Claro que não!

Aliás, na altura, a imprensa internacional explorava os receios de uma nova idade do gelo devido ao arrefecimento global que se verificava.

Em 1967, a probabilidade de ocorrência da precipitação que provocou o desastre em Lisboa era conhecida. Uma precipitação com características análogas pode repetir-se amanhã e as suas consequências só serão menores se as necessárias medidas de prevenção forem entretanto tomadas (e nem todas o foram!).


Catástrofe de Nova Orleães não foi causada pelo aquecimento global

O que se passou com a destruição de Nova Orleães pelo furacão Katrina foi análogo: as consequências de um furacão com aquelas características eram bem conhecidas, e as imprescindíveis obras de reparação e reforço das protecções foram insistentemente pedidas mas sistematicamente adiadas.


A inundação de Nova Orleães pelo furacão Katrina


A catástrofe não teve nada que ver com emissões de CO2eq ou aquecimento global. As tragédias climáticas no Bangladesh, não são provocadas por emissões de CO2eq, aquecimento global ou subida do nível do mar mas sim pelas inundações resultantes do assoreamento dos rios originado pela erosão que as extensíssimas desflorestações a montante agravaram e pelo crescente aumento do número de habitantes e construções em leito de cheia.

Segundo a ONU, mais de mil milhões de pessoas estão actualmente ameaçadas pela fome ou subnutrição, e agita-se o fantasma do seu aumento ou das suas migrações massivas se não forem combatidas as emissões de CO2eq para reduzir o aquecimento global.

A situação dramática e escandalosa destes milhões de seres humanos não tem nada a ver com as emissões de CO2eq, nem com o aumento oficial de 0,8ºC na temperatura média global nos últimos 150 anos.


Temperaturas não aumentam desde 1998

Aliás, apesar de as emissões de CO2eq terem aumentado acima do cenário mais pessimista do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU, desde 1998 que a temperatura global não aumenta.

Os exemplos anteriores poderiam continuar mas a conclusão seria sempre a mesma: as consequências catastróficas de fenómenos climáticos são evidentes e têm aumentado devido a acções humanas.

O que sucedeu em 1967 em Lisboa e se repete cada vez mais agravado por esse mundo fora não é devido a emissões de CO2eq ou alegado aquecimento global.

É devido simplesmente ao facto de fenómenos climáticos naturais, que sempre existiram, terem efeitos cada vez mais catastróficos porque as acções humanas sobre o território criaram as condições para isso ao desflorestarem as cabeceiras de rios (que agravaram o seu assoreamento e as consequentes inundações), ao aumentarem os riscos de deslizamento das encostas (porque eliminaram a vegetação que as estabilizava), ao construírem cada vez mais em leitos de cheia, e ao provocarem alterações cada vez mais extensas e profundas no uso do solo.

Os efeitos das alterações no uso do solo são cada vez mais evidentes nas alterações climáticas locais e nos seus reflexos globais.

Sendo evidente que a variabilidade natural do clima sempre existiu e que as acções humanas têm vindo a agravar os seus efeitos, a subversão conceptual que a UE liderou, reduzindo tudo, ou quase tudo, às consequências do aquecimento global provocado por emissões de CO2eq é muito grave e, em última instância, contrária aos louváveis ideais que afirma defender e que suscitam o apoio das organizações ambientalistas e de multidões de bem intencionados.


Um dos maiores escândalos científicos da História

É neste contexto que rebenta o escândalo do chamado Climategate. Em termos da comunidade científica, o Climategate é um dos maiores escândalos científicos da História, não só pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica mas sobretudo pelas implicações económicas e políticas de que se reveste.

De facto, nunca existiram tantas declarações, tantos tratados, tantos protocolos e tão gigantescos fluxos financeiros tendo como único fundamento a credibilidade e o suposto consenso da comunidade científica expresso nos Summary for Policy Makers (SPM) do IPCC.


Esse fundamento desapareceu, mas os interesses envolvidos (políticos, económicos, financeiros e industriais) são de tal monta e a percepção pública da fraude científica é tão lenta que a ficção criada pela UE ainda se irá manter durante muito tempo.

O Climagate consistiu na divulgação, através da Internet, de um conjunto de ficheiros, que incluem programas de computador e emails trocados entre alguns dos principais autores dos relatórios do IPCC, de entre os quais assumem particular relevo os de Phill Jones, director do Climate Research Unit (CRU) da Universidade de East Anglia e Hadley Centre (Reino Unido), de autores do notório hockeystick e instituições responsáveis pelas bases de dados climáticos, como o National Climate Data Center (NCDC) e o Goddard Institute for Space Studies (GISS) dos EUA, consideradas de referência pelo IPCC.

O hockeystick é o termo usado entre os cientistas para designar o gráfico em forma de stick de hóquei que representa a evolução das temperaturas do hemisfério norte nos últimos mil anos, e que foi criado por um grupo de cientistas norte-americanos em 1998.


O gráfico hockeystick


Manipulação de dados

Os referidos ficheiros encontravam-se num servidor do CRU e a sua autenticidade não foi até agora contestada. Aliás, muitos deles apenas confirmam o que há muito se suspeitava acerca da manipulação/fabricação de dados pelo grupo.

Todavia, muito do que era suspeito e atribuível a erro humano surge agora como intencional e destinado a manter a "verdade" (do IPCC) de que houve um aquecimento anormal e acelerado desde o início da revolução industrial devido à emissões de CO2eq.

Esta "verdade" é incompatível com o Período Quente Medieval (em que as temperaturas foram iguais ou superiores às actuais apesar de não existirem emissões de CO2eq) e a Pequena Idade do Gelo que se seguiu. É também incompatível com o não aquecimento que se verifica desde 1998. Esconder ou suprimir estas constatações foram objectivos centrais da fraude científica agora conhecida.


Silenciar os cientistas críticos

Em termos científicos, o que os emails revelam são os esforços concertados dos seus autores, junto de editores de revistas prestigiadas, para não acolher publicações que pusessem em causa as suas teses ou os dados utilizados pelo grupo, recorrendo mesmo a ameaças de substituição de editores ou de boicote à revista que não se submetesse aos seus desígnios.

Propuseram-se mesmo alterar as regras de aceitação das publicações para consideração nos Relatórios do IPCC de modo a suprimir as críticas fundamentadas às suas conclusões. Em resumo, procuraram subverter, em seu benefício, toda a ética científica da prova, da contraprova e de replicação de resultados que está no cerne do método científico, controlando o próprio processo da revisão por pares.

Em conjunto, conseguiram impedir que fossem publicados a maioria dos dados e conclusões que pusessem em causa e com fundamento o seu dogma do aquecimento global devido às emissões de CO2eq.

O Climategate provocou já uma invulgar reacção internacional, como uma simples pesquisa no Google imediatamente revela (mais de 10.600.000 referências menos de uma semana depois da sua revelação).

No intenso debate internacional em curso e que irá certamente continuar por muitos meses/anos, surgiram já todos os habituais argumentos de ilegalidade no acesso aos documentos; de idiossincrasias próprias de cientistas-estrelas que se sentiram incomodados; citações fora de contexto, etc.

Em meu entender, o mais revelador e incontestável nos ficheiros divulgados nem são os emails, apesar do que mostram quanto ao carácter e a honestidade intelectual dos cientistas intervenientes, mas sim os programas de computador para tratar os registos climáticos que utilizaram para justificar as conclusões que defendem.


Modelação informática do «Aquecimento Global»


Diga-se o que se disser, os programas executaram o que está nas suas instruções e não o que os seus autores agora vêem dizer que fizeram ou queriam fazer.


Dados climáticos até 1960 destruídos

Antecipando porventura o que agora sucedeu, os responsáveis pelos dados climáticos de referência arquivados no CRU, vieram publicamente confirmar que destruíram os dados das observações instrumentais até 1960 e que apenas retiveram o resultado dos tratamentos correctivos e estatísticos a que os submeteram.

Ou seja, tornaram impossível verificar se tais dados foram ou não intencionalmente manipulados para fabricar conclusões. Neste momento há provas documentais indirectas de que o fizeram pelo menos nalguns casos.

Existe ainda um efeito perverso na referida manipulação que resulta de os modelos climáticos utilizados para a previsão do futuro terem parâmetros baseados nas observações climáticas passadas, que agora estão sob suspeita.

Afecta também todas as calibrações de observações indirectas relativas a situações passadas em que não existiam registos termométricos.

Independentemente de tudo isto, o mais perturbador para os alarmistas é o facto de, contrariamente ao que os modelos utilizados pelo IPCC previam, não existir aquecimento global desde 1998, apesar do crescimento das emissões de CO2eq.

E se alguma coisa os ficheiros do Climagate revelam são os esforços feitos para que este facto não fosse do conhecimento público.


Comportamento escandaloso e intolerável

O comportamento escandaloso e intolerável de um grupo restrito de cientistas que atraiçoaram o que de melhor a Ciência tem só foi possível porque um grupo de políticos, sobretudo europeus, criou as condições para o tornar possível.

Isso ficou claro desde a criação do IPCC e torna-se evidente para quem estuda os relatórios-base do IPCC (WG1-Physical Science Basis) e os confronta com os SPM.



Todavia, seria profundamente injusto meter todos os cientistas no mesmo saco, pelo que é oportuno lembrar que se deve a inúmeros cientistas sérios e intelectualmente rigorosos uma luta persistente e perigosa contra os poderes estabelecidos, para que a ciência do IPCC fosse verificável e responsável.

Foram vilipendiados e acusados de estar ao serviço dos mais torpes interesses. Os documentos agora revelados mostram que estavam apenas ao serviço da Ciência e do rigor e honestidade dos métodos que fizeram a sua invejável reputação.

Seria também irresponsável agir como se as consequências da variabilidade climática e da utilização desbragada de combustíveis fósseis tivesse desaparecido com a revelação do escândalo. Muito pelo contrário.


Problemas ambientais de fundo devem ser atacados

Chame-se variabilidade climática ou alteração climática, os problemas de fundo da sustentabilidade ambiental permanecem e agravam-se pelo que devem ser atacados com determinação e realismo.

Se os esforços internacionais mobilizados para a Cimeira de Copenhaga conseguirem ultrapassar a obsessão do aquecimento/emissões (liderado pela UE) para se concentrarem na eficiência energética, nas energias renováveis, na minimização dos efeitos das alterações nos usos do solo, no combate à desflorestação, à fome e aos efeitos da variabilidade climática, teremos uma grande vitória para o planeta se a equidade e a justiça social não forem esquecidas.

Ao que parece, as propostas da China e dos EUA vão neste sentido tendo a delicadeza suficiente para não humilhar a União Europeia. Esperemos que sim.

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