sexta-feira, novembro 30, 2007

Sabão Humano - uma pequena nódoa na história do Holocausto Judeu

Uma das mais pavorosas reivindicações dos defensores do Holocausto Judeu foi a história da produção de sabão dos corpos das suas vítimas por parte dos alemães. Esta acusação foi «provada» no principal tribunal de Nuremberga de 1945-1946, e foi oficialmente confirmada por numerosos historiadores nas décadas seguintes. Mais recentemente, contudo, como parte de uma ampla retirada dos aspectos mais obviamente insustentáveis da história «ortodoxa» do extermínio judaico, historiadores do Holocausto admitiram de má vontade que a lenda do sabão humano era uma mentira da propaganda de guerra. Permanecem, contudo, ainda alguns restos desta lenda:


The Mount Zion Foundation - Fundação do Monte Sião, foi fundado inicialmente em Jerusalém, Israel, em 1949, pelo Director Geral do ministério de Assuntos Religiosos, Dr. S. Z. Kahane. A fundação foi formada para ajudar a manter os valores materiais e culturais, a dignidade e a glória de Monte Santo do Sião. Na Câmara do Holocausto [The Chamber of the Holocaust] da Fundação do Monte Sião pode ler-se o seguinte:

Cinzas e sabão dos Mártires Judeus cujas palavras agonizantes proclamaram a sua fé na vinda do Messias. [Ashes and Soap from the Jewish Martyrs whose dying words proclaimed their faith in the coming of the Messiah].


«Em tributo à sua memória, neste lugar estão enterrados pedaços de sabão feitos de gordura humana de Judeus, parte dos seis milhões de vítimas da barbárie Nazi ocorrida no século vinte. Paz aos seus restos. »


No cemitério Judeu de Sighetu (terra natal de Elie Wiesel na Roménia), encontra-se um monumento que de acordo com as inscrições contém barras de sabão proveniente de Judeus mortos. [Inside the Jewish cemetery in Sighetu is a monument which according to the inscription contains bars of soap made from dead Jews.]


«Aqui descansam quatro barras de sabão, os últimos restos terrestres de vítimas Judias do Holocausto Nazi.» [Grave marker in Atlanta's Greenwood Cemetery. It reads, "Here rest four bars of soap, the last Earthly remains of Jewish victims of the Nazi Holocaust."]


19 de Fevereiro de 1946 - (IMT Vol. 7 Blue Series) Promotor (acusador) Russo: Rudenko

Rudenko: «No Instituto Anatómico de Danzig, foram levadas a cabo experiências semi-industriais na produção de sabão a partir de corpos humanos e curtume de pele humana com fins industriais. Apresento ao Tribunal , como Prova Número USSR-197 (Documento Número USSR-197), o testemunho de um dos participantes directos na produção de sabão humano. É o testemunho de Sigmund Mazur, que foi assistente de laboratório no Instituto Anatómico de Danzig.»



Comentário:

No entanto, a verdade e o bom senso acabaram por vir ao de cima:

The Jerusalem Post (5 de Maio de 1990) - Yad Vashem, o Director do Memorial do Holocausto de Israel confirmou na semana passada as recentes declarações do Professor Yehuda Bauer, um eminente historiador do Holocausto, em que este afirma que os Nazis nunca fizeram sabão a partir de gordura humana.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Governo mal informado ou desGoverno mal amanhado?

Como é sabido, o apoio destes três cavalheiros ao aeroporto da Ota tem sido incondicional.



Expresso - 12.05.2007: «A NAER, empresa que lidera o projecto do novo aeroporto na Ota, recebeu instruções precisas do primeiro-ministro, José Sócrates, para que seja lançado, no Verão, o concurso para selecção do consórcio que liderará o processo de construção e a exploração do aeroporto da Ota.»

Expresso - 09.06.2007: «Mário Lino anuncia segunda-feira, na Assembleia da República, a abertura em Outubro do concurso internacional para a construção do novo aeroporto. O Governo decidiu acelerar o procedimento, inicialmente previsto para o final do ano, por forma a não alimentar mais dúvidas sobre a opção pela Ota.»

Público - 27.03.2007: «Teixeira dos Santos referiu que "está claramente reconhecido que o aeroporto de Lisboa já dá sinais de esgotamento da sua capacidade" e que "os estudos técnicos apontam como a localização adequada a Ota".»



Mas eis que, hoje, 28 de Novembro de 2007, a opção Portela + Montijo saltou para as primeiras páginas de toda a comunicação social:

TSF Online: «O estudo encomendado pela Associação Comercial do Porto sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa defende a opção Portela + Montijo como solução ideal. Os técnicos da Universidade Católica apontam para uma poupança de cerca de dois mil milhões de euros



Público: «Um estudo encomendado pela ACP à Universidade Católica incide na análise económica e defende manutenção da Portela, apoiado por uma base low cost na margem esquerda



Jornal de Negócios: «A opção "Portela+1", em que o aeroporto adicional fica situado no Montijo, permite um benefício líquido de cerca de dois mil milhões de euros em relação à opção pela Ota»



Agência Financeira: «O estudo que avalia economicamente o mérito da alternativa à OTA, considerando a construção de um segundo aeroporto de Lisboa, que foi divulgado esta terça-feira pela Associação Comercial do Porto (ACP), revela que, na hipótese de não abandono da Portela, mais de 3,6 mil milhões de euros separam a pior e melhor opção. Ou seja, OTA e «Portela+1», com localização no Montijo».



Em suma

Será que os media portugueses só agora acordaram para o facto de que o aeroporto da Portela está positivamente às moscas durante todo o dia, excepto nas duas horas (7h às 8h e das 17 às 18h) em que a TAP faz coincidir chegadas e partidas em faixas horárias coincidentes, para potenciar os voos de ligação entre diversos destinos? Os slots disponíveis na Portela:



Assim sendo, por que se afadigam os senhores governantes num novo e desnecessário aeroporto de Lisboa, no valor de vários milhares de milhões de contos? Será que outros valores mais "baixos" se alevantam? Ou como diz Miguel Sousa Tavares (Expresso 07/01/2006) sobre os projectos da Ota e do TGV - "Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos."


Quid Bono, senhores governantes? Faites vos jeux!

segunda-feira, novembro 26, 2007

JFK vs. the Federal Reserve Banksters - (Bankers + Gangsters)

Texto de Anthony Wayne - Lawgiver.org

A 4 de Junho de 1963, um decreto presidencial quase desconhecido, o Decreto Executivo 11110, foi assinado com a autoridade para essencialmente retirar ao Banco da Reserva Federal o seu poder para emprestar dinheiro ao Governo Federal dos Estados Unidos com juros. Com o golpe de uma caneta, o Presidente Kennedy anunciou que o privado Banco da Reserva Federal estaria em breve fora do negócio.

A organização Christian Law Fellowship pesquisou exaustivamente este assunto através do Registro Federal e da Biblioteca do Congresso. Pode-se agora concluir com segurança que o Decreto Executivo11110 nunca foi anulado, emendado ou substituído por nenhum Decreto Executivo ulterior. Por outras palavras, continua ainda válido.

Quando o Presidente John Fitzgerald Kennedy – o autor de «Profiles in Courage» [Perfis de Coragem] – assinou este Decreto, restituiu ao governo federal, especificamente ao Departamento do Tesouro, o poder constitucional de criar e emitir moeda – dinheiro – sem passar pelo Banco da Reserva Federal na posse de privados. O Decreto Executivo do Presidente Kennedy, Ordem Nº 11110, deu ao Departamento do Tesouro a autoridade explícita para: "emitir certificados de prata em troca de lingotes de prata, ou dólares em metal de prata ou ouro existentes no Tesouro". Isto significa que por cada onça (28,349 gramas) de prata existente nos cofres do Tesouro dos Estados Unidos, o governo podia introduzir dinheiro novo em circulação avalizado nos lingotes de prata que lá existiam fisicamente. Por isso, mais de 4 mil milhões de dólares em Notas dos Estados Unidos foram postos em circulação com o valor facial de 2 e 5 dólares. Notas dos Estados Unidos de 5 e 10 dólares nunca entraram em circulação, mas estavam a ser impressas pelo Departamento do Tesouro quando Kennedy foi assassinado. Parece óbvio que o Presidente Kennedy sabia que as Notas da Reserva Federal que estavam a ser utilizadas, supostamente como moeda legal corrente, eram contrárias à Constituição dos Estados Unidos da América.

As Notas dos Estados Unidos foram emitidas como moeda livre de juros e livre de dívida (interest-free and debt-free) avalizadas pelas reservas de prata do Tesouro Americano. Comparámos um Nota da Reserva Federal emitida pelo Banco Central privado dos Estados Unidos (o Banco da Reserva Federal, também conhecido como Sistema de Reserva Federal), com uma Nota dos Estados Unidos proveniente do Tesouro Americano emitida pela Ordem Executiva do Presidente Kennedy. Parecem quase iguais, só que uma diz "Nota da Reserva Federal"” no topo enquanto a outra diz "Nota dos Estados Unidos". Do mesmo modo, a Nota da Reserva Federal possui um selo verde e um número de série enquanto a Nota dos Estados Unidos tem um selo vermelho e um número de série:


Nota dos Estados Unidos

Nota da Reserva Federal


O Presidente Kennedy foi assassinado a 22 de Novembro de 1963 e as Notas dos Estados Unidos que ele emitiu foram de imediato retiradas de circulação. As Notas da Reserva Federal continuaram a servir como moeda corrente da nação. Segundo os serviços secretos americanos, 99% de todo o papel-moeda a circular nos EUA em 1999 eram Notas da Reserva Federal.

Kennedy sabia que se as Notas dos Estados Unidos avalizadas por prata circulassem amplamente, teriam eliminado a procura as Notas da Reserva Federal. É apenas uma simples questão económica. As Notas dos Estados Unidos eram avalizadas por prata e as Notas da Reserva Federal não eram suportadas por nada que tivesse algum valor intrínseco. O Decreto Executivo 11110 teria evitado que a dívida nacional tivesse atingido o seu nível actual (praticamente toda a dívida federal, mais de 9 biliões de dólares [$9 trillion], foi criada desde 1963), se Lyndon B. Johnson e todos os Presidentes que lhe sucederam a tivessem aplicado. Teria permitido quase imediatamente ao governo americano reembolsar a sua dívida sem recorrer aos bancos privados da Reserva Federal e ser obrigado a pagar juros para criar "dinheiro" novo. O Decreto Executivo 11110 forneceu aos EUA o poder de, mais uma vez, criar o seu próprio dinheiro avalizado pela prata e com valor autêntico.

Assim, de acordo com a nossa pesquisa, apenas cinco meses depois do assassínio de Kennedy, deixaram de ser emitidos os Certificados de Prata da Série 1958, e foram mais tarde retirados de circulação. Talvez o assassínio de Kennedy fosse um aviso a todos os futuros presidentes para não interferirem com o controlo da criação de dinheiro pela privada Reserva Federal. Parece óbvio que o Presidente Kennedy desafiou os "poderes que existem por trás dos EUA e da finança mundial". Com verdadeira coragem patriótica, Kennedy enfrentou audaciosamente os dois mais poderosos instrumentos que alguma vez foram utilizados para aumentar a dívida:

1) A guerra do Vietname; e

2) A criação de dinheiro por um banco central privado.

O seu empenho em tirar todas as tropas do Vietname até 1965 combinado com o Decreto Executivo11110 teria destruído os lucros e o controlo do privado Banco da Reserva Federal.



Decreto Executivo Nº 11110


Emenda do Decreto Executivo nº 10289, como emendado, relativa ao desempenho de certas funções com influência no Departamento do Tesouro.

Em virtude da autoridade que me foi concedida pela secção 301 do capítulo 3 do Código Geral dos Estados Unidos, é ordenado o seguinte:

SECÇÃO 1. Decreto executivo Nº 10289 de 19 de Setembro de 1951, como emendado, é por este meio adicionalmente emendado –

(a) Acrescentando ao fim do parágrafo 1 o seguinte subparágrafo (j):

(j) A autoridade investida na Presidente pelo parágrafo (b) da secção 43 da lei de 12 de Maio de 1933, como emendado (31 U.S.C. (Lei Geral dos EUA) 821 (b)), para emitir certificados de prata em face de qualquer lingotes de prata, prata, ou dólares de prata correntes existentes na Tesouraria não retidos para resgate de qualquer certificado de prata excepcional, para regulamentar o valor desses certificados de prata e para cunhar dólares correntes de prata e dinheiro de prata subsidiário para o seu resgate”, e

(b) Revogando os subparágrafos (b) e (c) do parágrafo 2.

SECÇÃO 2. A emenda feita por este Decreto não irá afectar nenhuma lei já existente, ou qualquer direito que aumente ou tenha aumentado ou qualquer pleito ou processo judicial em andamento ou tenha começado em qualquer causa civil ou criminal anterior à data deste Decreto mas todas essas responsabilidades continuam e podem aplicar-se como se as emendas não tivessem sido realizadas.

JOHN F. KENNEDY
THE WHITE HOUSE (CASA BRANCA),

4 de Junho de 1963


Uma vez mais, o Decreto Nº 11110 continua a ser válido. Segundo o Diploma 3, Código dos Estados Unidos, Secção 301 datado de 26 de Janeiro de 1998:

Decreto Executivo (EO – Executive Order) 10289 datado. 17 de Setembro, 1951, 16 F.R. 9499, foi emendada por:

EO 10583, datado de 18 de Dezembro de 1954, 19 F.R. 8725;
EO 10882 datado de 18 de Julho de 1960, 25 F.R. 6869;
EO 11110 datado de 4 de Junho de 1963, 28 F.R. 5605;
EO 11825 datado de 31 de Dezembro de 1974, 40 F.R. 1003;
EO 12608 datado de 9 de Setembro de 1987, 52 F.R. 34617



As emendas de 1974 e 1978, acrescentadas depois da emenda de Kennedy de 1963, não mudaram ou alteraram nenhuma parte do Decreto Executivo 11110. Uma pesquisa nos Projectos Executivos e nas Directivas Presidenciais de Clinton de 1998 e 1999 não mostraram nenhuma referência a qualquer alteração, suspensão ou mudanças ao Projecto Executivo 11110.

O Banco da Reserva Federal, também conhecido como Sistema da Reserva Federal, é uma Corporação Privada. O Black's Law Dictionary (Dicionário de Leis dos EUA) define o Sistema de Reserva Federal como:

«Rede de doze bancos centrais à qual pertence a maioria dos bancos nacionais e à qual os bancos estatais comerciais podem pertencer. As regras dos membros requerem investimento em acções e reservas mínimas

Bancos Privados possuem acções do FED (Sistema de Reserva Federal). Isto foi explicado em mais detalhe no caso de Lewis vs Estados Unidos, 2ª Série, Vol. 680, Páginas 1239, 1241 (1982), onde o tribunal afirmou:

«Cada Banco da Reserva Federal é uma corporação distinta, propriedade dos bancos comerciais na sua região. Os bancos comerciais possuidores de acções elegem duas terças partes dos nove membros da direcção de cada Banco

Os Bancos da Reserva Federal são controlados localmente pelos seus bancos membros. Mais uma vez, de acordo com o Black's Law Dictionary, descobrimos que estes bancos privados emitem efectivamente dinheiro:

«A Lei da Reserva Federal que criou os bancos da Reserva Federal que actuam como agentes na manutenção de reservas de dinheiro, emitindo dinheiro em forma de notas de banco, emprestando dinheiro aos bancos, e supervisionando os bancos. Administrado pela Direcção da Reserva Federal (q.v. (quod vide - veja))


Os bancos privados da Reserva Federal (FED) emitem de facto (criam) o “dinheiro” que usamos. Em 1964, a House Committee (Comissão Parlamentar) sobre Banca e Moeda, Subcomissão em Finança Doméstica, na segunda sessão do 88º congresso, elaborou um estudo intitulado Factos sobre o Dinheiro que contêm uma boa descrição do que é o FED:

«A Reserva Federal é totalmente uma máquina de fazer dinheiro. Pode emitir dinheiro ou cheques bancários. E nunca tem problemas em converter os seus cheques porque pode obter as notas de $5 e $10 necessárias para cobrir os seus cheques, simplesmente pedindo à Agência Tipográfica do Departamento do Tesouro para as imprimir.»

Qualquer pessoa ou qualquer grupo estreitamente unido que possua muito dinheiro, tem muito poder. Agora imagine um grupo de pessoas que têm o poder de criar dinheiro. Imagine o poder que estas pessoas têm. Isto é exactamente o que o privado Sistema de Reserva Federal é!

Ninguém fez mais para expor o poder do FED que Louis T. McFadden,, que foi o Presidente do House Banking Committee (Comissão que supervisiona todos os serviços financeiros nos EUA) nos anos trinta.. Ao descrever o FED, McFadden comentou no Congressional Record (registo do Congresso dos EUA), páginas da Câmara 1295 e 1296 a 10 de Junho de 1932:

"Sr Presidente, temos neste país uma das mais corruptas instituições que o mundo jamais conheceu. Refiro-me à ao Conselho de Directores da Reserva Federal e aos bancos da Reserva Federal. O Conselho de Directores da Reserva Federal, uma Direcção Governamental, tem roubado o Governo dos Estados Unidos e o povo dos Estados Unidos com dinheiro suficiente para pagar a dívida nacional. O saque e as iniquidades do Conselho de Directores da Reserva Federal e dos bancos da Reserva Federal actuando em conluio custaram a este país o dinheiro suficiente para pagar várias a dívida nacional. Esta instituição corrupta tem empobrecido e arruinado o povo dos Estados Unidos; arruinou-se a si mesma, e arruinou praticamente o nosso Governo. Fê-lo através da administração desonesta dessa lei pela qual o Conselho de Directores da Reserva Federal foi criado e através das práticas corruptas dos abutres endinheirados que o controlam".

Algumas pessoas pensam que os Bancos da Reserva Federal são instituições governamentais dos Estados Unidos. Eles não são instituições governamentais, nem departamentos ou agências. São monopólios de crédito privados que roubam o povo dos Estados Unidos para benefício de si mesmos e dos seus sócios estrangeiros. Estes 12 monopólios de crédito privados foram falsamente colocados neste país por banqueiros que vieram da Europa e que nos retribuíram a nossa hospitalidade debilitando as instituições americanas.

A Reserva Federal (FED) opera basicamente desta forma: O governo outorgou o poder de criar dinheiro aos bancos do FED. Eles criam dinheiro, e a seguir emprestam-no ao governo cobrando juros. O governo cobra os impostos sobre o rendimento para pagar a dívida. Nesta altura, é interessante verificar que a Lei da Reserva Federal (Federal Reserve Act) e a décima sexta emenda (sixteenth amendment), que dá ao Congresso o poder de colectar os impostos sobre o rendimento, foram ambos aprovados em 1913.

O poder incrível do FED sobre a economia é admitido universalmente. Algumas pessoas, sobretudo nas comunidades bancárias e académicas, inclusivamente apoiam-no. Por outro lado, existem aqueles, como o Presidente John Fitzgerald Kennedy, que o denunciou. Os seus esforços foram referidos por Jim Marrs, no seu livro "Crossfire" de 1990.

Outro aspecto despercebido da tentativa de Kennedy para reformar a sociedade americana envolve dinheiro. Kennedy aparentemente argumentou que retornando à constituição que determina que apenas o Congresso tem o poder de cunhar e regular dinheiro, a crescente dívida nacional poderia ser reduzida não pagando juros aos banqueiros do Sistema da Reserva Federal, que imprimem papel moeda e emprestam-no ao governo com juros.

Kennedy abordou esta área a 4 de Junho de 1963, assinando o Decreto Executivo Nº 11110 que requeria a emissão de $4,292,893,815 dólares em Notas dos Estados Unidos através do Tesouro Americano em vez da tradicional Sistema de Reserva Federal. Nesse mesmo dia, Kennedy assinou um decreto que alterava o aval das notas de um e dois dólares de prata para ouro, dando mais força ao debilitado dinheiro americano.

O controlador do dinheiro de Kennedy, James J. Saxon, tinha estado em desacordo com o Conselho de Directores da Reserva Federal durante algum tempo, encorajando maiores poderes de investimento e empréstimo aos bancos que não faziam parte do Sistema de Reserva Federal. Saxon decidiu também que os bancos que não pertenciam à Reserva Federal podiam subscrever obrigações tanto estatais como gerais, de forma a enfraquecer os bancos dominantes da Reserva Federal.

Num comentário feito numa turma na Universidade de Columbia a 12 de Novembro de 1963, dez dias antes do seu assassínio, o Presidente John Fitzgerald Kennedy alegadamente afirmou:

"O cargo de Presidente tem sido usado para fomentar uma conspiração para destruir a liberdade americana e antes de eu deixar o lugar, devo informar os cidadãos desta situação".

Nesta matéria, John Fitzgerald Kennedy parece ser um personagem do seu próprio livro... um verdadeiro Perfil de Coragem.


Comentário:

No filme choque JFK, de Oliver Stone (1991), o realizador prova, graças a um sem número de incongruências, incluindo o filme amador de Zapruder (onde se vê Kennedy a ser alvejado de frente na cabeça, enquanto Oswald, o suposto assassino, estava num edifício atrás do Presidente no momento dos disparos), que foi o aparelho de estado norte-americano que assassinou kennedy.

Stone atribui o atentado ao complexo militar-industrial que, sem dúvida, teve muito a ganhar com a morte de kennedy e com a subsequente escalada da guerra do Vietname. Mas o filme pode ter servido para desviar atenções do principal suspeito – a Reserva Federal Americana (FED) – o banco central privado que controlava, e controla, toda a finança americana, e que Kennedy se preparava para desmantelar, colocando o governo americano a emitir o seu próprio dinheiro livre de juros.

Um pequeno excerto do filme JFK de Oliver Stone, exactamente na parte em que as culpas do assassínio de Kennedy são exclusivamente imputadas ao complexo militar-industrial americano:

sábado, novembro 24, 2007

Chávez vs. Bush vs. Sócrates

Miguel Sousa Tavares - Expresso 24/11/2007

«Se as coisas, como as pessoas, fossem sempre lineares, não me custaria nada reconhecer que Hugo Chávez não é o tipo de democrata que eu recomendaria nem a Venezuela é o tipo de democracia em que eu mais gostaria de viver. Mas as coisas não são lineares: se o fossem, ninguém concederia a George Bush o epíteto de democrata. Aliás, na comparação, ele só sai a perder

«Chávez chegou ao poder por golpe de Estado, mas fez-se eleger e reeleger em eleições cuja credibilidade ninguém contestou, assim como ninguém pode seriamente contestar que ele tem o apoio efectivo de uma maioria consolidada de venezuelanos. É certo que vai fazer plebiscitar uma emenda constitucional que lhe permitirá fazer-se reeleger e perpetuar indefinidamente no poder - coisa que não é bonita, mesmo se plebiscitada, mas que tantos outros fazem, sem necessidade de emendas constitucionais: veja-se Alberto João Jardim na Madeira ou Jardim Gonçalves no BCP. Também é verdade que fez com se calasse uma televisão privada que lhe era politicamente desafecta (não a mandou calar, como os críticos gostam de dizer, limitou-se a não renovar a licença) e que domina amplamente os meios de informação venezuelanos. Mas ainda funciona uma estação de televisão, jornais e rádios da oposição e não consta que haja presos políticos

«Em contrapartida, Bush não chegou ao poder por golpe de Estado - pelo menos com armas na mão - mas chegou por batota eleitoral (a menos que se queira acreditar que os negros da Florida votaram maciçamente por ele, contra Al Gore). A seguir, fabricou uma guerra e todas as ‘provas’ necessárias a arrastar para ela os Estados Unidos e os aliados, de modo a fazer valer a tradição americana de que ‘um Presidente em guerra’ é sempre reeleito. Não fechou órgãos de informação, mas falsificou a informação sempre que isso lhe conveio para esconder a verdade e conduzir políticas ocultas do Congresso e da opinião pública. Também não tem presos políticos internos, mas tem-nos, de outras nacionalidades, mantidos em prisão em Guantánamo, sem quaisquer direitos, nem prazo, nem acusações, naquela que é uma das situações mais vergonhosas de direitos humanos em vigor no mundo de hoje e a mais vergonhosa em qualquer democracia

«Odiado pelos Estados Unidos e por meio mundo, Chávez tem feito mais pelo seu povo do que muitos dos seus antecessores, enquanto que George W. Bush o que fez foi gastar o dinheiro que Clinton lhe deixou nos cofres a financiar os ricos e a tirar aos pobres, fez os Estados Unidos regredirem em todos os capítulos económicos, científicos e ambientais, desprestigiou a América aos olhos do mundo e tornou este um lugar bem mais perigoso para viver graças à sua irredutível ignorância e arrogância. Até já o amigo Durão Barroso, que nos tempos épicos da cimeira das Lages gostava que se soubesse que o tratava por ‘George’, acha mais prudente agora cavar distâncias e dizer-se ‘enganado’. Só mesmo o director do ‘Público’ - que tão entusiasta foi da ‘justa’ guerra do Iraque e que conseguiu ver nas imagens da estátua derrubada de Saddam uma espécie de reinvenção das imagens dos marines a desembarcar em Omaha Beach, em nome da liberdade - é que pode achar agora que perigoso é “ficar à mercê de demagogos mediáticos” como Hugo Chávez.»

«É verdade que um demagogo é sempre perigoso, mas um demagogo no poder num país como a Venezuela, mesmo com o petróleo, não pode fazer grande mal ao mundo. Um mentiroso, no poder num país como os Estados Unidos, pode fazer e faz

«Por uma vez, a nossa habitual diplomacia de não fazer ondas com ninguém até teve razão de ser. Por que razão, de facto, haveríamos de ter Chávez como inimigo ou alvo a abater? Porque isso agradaria ao embaixador dos Estados Unidos em Lisboa? É ele que está em condições de garantir que, se hostilizássemos Chávez, em nome de uma estúpida solidariedade ocidental de espécie confusa, os Estados Unidos estariam de braços abertos para acolher a comunidade lusa de 400.000 almas que vive na Venezuela? E em nome de que coerência de princípios disse Luís Filipe Menezes esperar que Sócrates não deixasse de “abordar o tema dos direitos humanos” com Chávez? Será que espera o mesmo nas relações com Angola ou com a China - essas, sim, verdadeiras ditaduras - onde o bloco central dos empresários tem ou espera vir a ter negócios milionários, garantidos pela cobertura do Estado e por relações sem ondas com as nomenclaturas locais? O dr. Menezes sente-se capaz de explicar ao sr. Américo Amorim que, se um dia for primeiro-ministro, vai pôr o tema dos direitos humanos no topo da agenda das relações com Angola

«Eu prefiro Hugo Chávez a George W. Bush. Para começar, porque se fosse venezuelano ou latino-americano e se houvesse um Bush na Casa Branca, eu também seria ferozmente antiamericano. Depois, porque acho mais saudável alguém que diz a verdade que lhe vem à boca, ainda que muitas vezes disparatada e inconveniente, do que alguém que lê frases feitas no teleponto e por trás dos microfones faz o oposto do que diz e promete. E, finalmente e não menos importante, porque preferia mil vezes jantar com Chávez do que com Bush. Mesmo que, a certa altura e cansado de o ouvir, tivesse de o mandar calar, como fez, e bem, o rei de Espanha.»


Comentário:

Miguel Sousa Tavares diz que prefere Hugo Chávez a George W. Bush. Pois eu prefiro Bush a Sócrates.


É verdade que Bush chegou ao poder por batota eleitoral. É verdade que Bush fabricou uma guerra e todas as ‘provas’ necessárias a arrastar para ela os Estados Unidos e os aliados. É verdade que Bush falsificou a informação sempre que isso lhe conveio para esconder a verdade e conduzir políticas ocultas do Congresso e da opinião pública. É verdade que Bush tem presos políticos em Guantánamo, sem quaisquer direitos, nem prazo, nem acusações, naquela que é uma das situações mais vergonhosas de direitos humanos em vigor no mundo de hoje e a mais vergonhosa em qualquer democracia. E também é verdade que Bush engendrou o 11 de Setembro, que causou cerca de 3 mil mortos nos EUA, para justificar uma guerra infinita «ao terrorismo».

Mas Bush fez tudo isso às claras. Toda a gente percebeu que as três torres de Manhattan só podiam ter caído por demolição controlada. Toda a gente compreendeu que o NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial Norte-americano) teve todo o tempo do mundo para interceptar os aviões sequestrados e só não o fez por ordens superiores. Toda a gente soube que no buraquito que apareceu na fachada do Pentágono não cabia um Boeing 757. Bush pode não o ter dito directamente, mas deixou os indícios necessários para que qualquer pessoa, por bronca que seja, percebesse de imediato que se tratava de um "inside job". Bush, praticamente, gritou-nos aos ouvidos que era um simples funcionário do complexo militar-industrial e que estava ali unicamente para encher os bolsos às indústrias da defesa e do petróleo. Bush, na sua malvadez, foi franco nas pistas que espalhou por todo o lado.

Sócrates é mais sinistro. Sendo, embora, um declarado funcionário do lobby bancário-betoneiro, o Primeiro-Ministro faz a coisa pela calada. A coberto dos dez úteis estádios de futebol que mandou erigir para o Euro 2004, Sócrates quer impingir-nos agora um megalómano aeroporto que o país não precisa e TGVs desmedidamente dispendiosos de que Portugal não tem necessidade.

Como afirmou Miguel Sousa Tavares (Expresso 07/01/2006):

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita. [...] Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»



Não haja dúvida, entre a criminosa honestidade de Bush e a perversidade encapotada de Sócrates, prefiro de longe o primeiro.
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quarta-feira, novembro 21, 2007

Elie Wiesel - uma testemunha-chave do Holocausto Judeu

Elizer Wiesel, mais conhecido como Elie Wiesel, é um judeu nascido na Roménia a 30 de Setembro de 1928. Aos 15 anos é deportado para Auschwitz e depois para Buchenwald. Sobrevivente dos campos de concentração nazis, torna-se cidadão americano em 1963 e obtém uma cátedra de ciências humanas na universidade de Boston. Em 1980 Elie Wiesel funda o Conselho para o Holocausto americano. Condecorado em França com a Legião de Honra, recebeu a Medalha do Congresso americano, recebeu o título de doutor honoris causa em mais de cem universidades e recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1986. O Comité norueguês do Nobel denominou-o "mensageiro para a humanidade."

As suas obras, quase 40 livros, edificadas para resgatar a memória do Holocausto e defender outros grupos vítimas de perseguições receberam igualmente vários prémios literários. Em Outubro de 2006, o Primeiro-ministro israelita Ehud Olmert propôs-lhe o cargo de Presidente do Estado de Israel. Elie Wiesel recusou a oferta explicando que não era mais do «que um escritor». Elie Wiesel preside, desde 1993, à academia Universal de Culturas.


Excertos de Robert Faurisson:

Elie Wiesel ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1986. Ele é normalmente aceite como uma testemunha do Holocausto Judeu e, mais especificamente, como uma testemunha do extermínio Nazi pelas câmaras de gás. O diário Parisiense Le Monde enfatizou na altura que Wiesel foi galardoado com o Prémio Nobel porque:

«Nestes últimos anos temos visto, em nome do chamado “revisionismo histórico”, a criação de, especialmente em França, inúmeras questões, duvidando da existência das câmaras de gás Nazis e, talvez por detrás disso, do próprio genocídio dos Judeus


Num livro autobiográfico [Noite] que supostamente descreve as suas experiências em Auschwitz e Buchenwald, Wiesel não menciona em parte alguma as câmaras de gás. Ele diz, realmente, que os Alemães executaram Judeus, mas... com fogo; atirando-os vivos para as chamas incandescentes, perante muitos olhos de deportados!

«Não muito longe de nós, chamas elevavam-se dum fosso, gigantescas chamas. Eles estavam a queimar algo. Um camião aproximou-se da cova e descarregou a sua carga – crianças pequenas. Bebés! Sim, eu vi – vi-o com os meus próprios olhos... Aquelas crianças nas chamas. (É surpreendente que eu não tivesse conseguido dormir depois daquilo? Dormir era fugir dos meus olhos.)»

«Um pouco mais longe dali estava outra fogueira com chamas gigantescas onde as vítimas sofriam “uma lenta agonia nas chamas”. A coluna de Wiesel foi conduzida pelos Alemães a "três passos" da cova, depois a "dois passos." "A dois passos da cova foi-nos ordenado para virar à esquerda e ir-mos em direcção aos barracões."»


Quando os Russos estavam prestes a tomar conta de Auschwitz em Janeiro de 1945, Elie e o seu pai "escolheram" ir para ocidente com os Nazis e os SS em retirada em vez de serem "libertados" pelo maior aliado de América. Eles poderiam ter contado ao mundo inteiro tudo sobre Auschwitz dentro de poucos dias - mas, Elie e o pai, assim como incontáveis milhares de outros judeus escolheram, em vez disso, viajar para oeste com os Nazis, a pé, de noite, num Inverno particularmente frio e consequentemente continuarem a trabalhar para a defesa do Reich.

Algumas das exactas palavras de Wiesel no seu livro «Noite»:

- O que é fazemos, pai?
Ele estava perdido nos seus pensamentos. A escolha estava nas nossas mãos. Por uma vez, podíamos ser nós a decidir o nosso destino: ficarmos os dois no hospital, onde podia fazer com que ele desse entrada como doente ou como enfermeiro, graças ao meu médico, ou, então, seguir os outros.
Tinha decidido acompanhar o meu pai para onde quer que fosse.
- E então, o que é que fazemos pai?
Ele calou-se.
- Deixemo-nos ser evacuados juntamente com os outros – disse-lhe eu.
Ele não respondeu. Olhava para o meu pé.
- Achas que consegues andar?
- Sim, acho que sim.
- Espero que não nos arrependamos, Elizer!

As escolhas que foram feitas aqui em Auschwitz em Janeiro de 1945 são extremamente importantes. Em toda a história do sofrimento judeu às mãos de gentios, que altura poderia ser mais dramática do que o precioso momento em que os Judeus podiam escolher, por um lado, a libertação pelos Soviéticos com a possibilidade de contar a todo o mundo sobre as malfeitorias Nazis e ajudar à sua derrota - ou então fugir com os assassinos em massa Nazis, continuando a trabalhar para eles e ajudando-os a preservar o seu regime demoníaco?


Como testemunha excepcional que é, Wiesel assegura-nos que encontrou outras testemunhas excepcionais. Olhando para Babi Yar, um local na Ucrânia onde os Alemães executavam cidadãos Soviéticos, além dos Judeus, Wiesel escreve [Paroles d'étranger (Editions du Seuil, 1982), p. 86.]:

«Mais tarde, aprendi com uma testemunha que, mês após mês, o chão nunca parava de tremer; e que, de tempos a tempos, “geyser” de sangue esguichavam de lá


A personalidade de Wiesel ter sobrevivido foi, evidentemente, o resultado de um milagre. Ele diz que:

«Em Buchenwald eles enviavam 10,000 pessoas para a morte todos os dias. Eu estava sempre nas últimas centenas junto ao portão. Eles paravam. Porquê?»

No Wikipedia: Buchenwald - embora não tenha sido um campo de extermínio, a exemplo de Auschwitz, na Polónia, onde existiam câmaras de gás, estima-se que aqui pereceram mais de cinquenta mil pessoas, vítimas de fome, doenças, assassinatos e violência arbitrária. [A fazer fé no número de mortes diárias avançado por Wiesel, o campo terá funcionado apenas durante 5 dias].


No início de 1986, 83 deputados do "Bundestag" Alemão tiveram a iniciativa de proporem Wiesel para Prémio Nóbel da Paz. Isso seria , diziam eles, "um grande encorajamento para aqueles que estão envolvidos directamente no processo de reconciliação." Wiesel clama ser alguém cheio de amor pela humanidade. No entanto, ele não se refere ao apelo ao ódio. Na sua opinião:

«Todo o Judeu, algures na sua existência, deve separar uma zona de ódio – saudável, ódio viril – para aquilo que os Alemães personificam e para o que persiste na Alemanha. Fazer o contrário, é trair os mortos.»

(Wikiquote: Original engl.: "Every Jew, somewhere in his being, should set apart a zone of hate - healthy, virile hate - for what the German personifies and for what persists in the German. To do otherwise would be a betrayal of the dead.")


O jornal Le Monde foi obrigado a referir-se à característica teatral que certas pessoas deploravam em Wiesel:

«Naturalmente, mesmo entre aqueles que aprovam a luta deste escritor Judeu Americano, que foi descoberto pelo Católico François Mauriac, alguns outros dão-lhe descrédito por ter demasiado a tendência para alterar a tristeza Judaica em "morbidade" ou em transformar-se num alto sacerdote de uma "gerência planeada do Holocausto."»


Comentário:

Elie Wiesel, o Nobel da Paz, revelou-se um homem de grande idoneidade moral, credor de uma integridade inabalável e testemunha incontornável do Holocausto Judeu. Pena é, que, ao contrário de muitos outros testemunhos, durante os dez meses em que esteve internado no campo de concentração de Auschwitz, Wiesel não se tivesse apercebido da existência das cinco enormes câmaras de gás, onde supostamente foram assassinadas mais de um milhão de pessoas.
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domingo, novembro 18, 2007

Durão Barroso - o homem de mão de Bush na Europa

Numa entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, Durão Barroso afirma que recebeu informações sobre o Iraque que não eram verdadeiras, recordando a célebre Cimeira dos Açores.

"Houve informações que me foram dadas, a mim e a outros, que não corresponderam à verdade. Tive documentos na minha frente dizendo que o Iraque tinha armas de destruição maciça. Isso não correspondeu à verdade", disse.

Apesar de tudo, Durão Barroso acha que Portugal nada tem a lamentar sobre o papel que assumiu e a prova disso é a sua própria situação. "Portugal, ao dizer que sim ao seu aliado norte-americano, não perdeu espaço com isso, nem tem que estar arrependido. Eu fui, depois dessas decisões, convidado a ser Presidente da Comissão Europeia, e tive o consenso de todos os países europeus."

Durão lembra que o Presidente Bush teve um apoio quase unânime nos Estados Unidos quando decidiu invadir o Iraque. Simplesmente, como a operação correu muito mal, muitos tentam agora fugir às responsabilidades.

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"Eu fui, depois dessas decisões, convidado a ser Presidente da Comissão Europeia, e tive o consenso de todos os países europeus", disse o «nosso» Barroso. Daniel Estulin, em entrevista ao SEMANÁRIO, dá outra explicação para o brilhante trajecto político do "CHERNE" Barroso:

Estulin diz que as suas fontes lhe confirmaram que Henry Kissinger, um membro permanente de Bilderberg, terá dito o seguinte sobre Durão Barroso: é "indiscutivelmente o pior primeiro-ministro na recente história política. Mas será o nosso homem na Europa".

Como nota de referência, Estulin acrescenta que tem relatórios de várias fontes internas da reunião de Bilderberg que referem a fraca capacidade oral e a fraca personalidade de Barroso.


sexta-feira, novembro 16, 2007

Os slots disponíveis na Portela e as jogadas pouco claras do Governo Sócrates

A gigantesca fraude do "esgotamento" do aeroporto da Portela


SLOTS NA PORTELA

Excerto de um texto de Rui Rodrigues - Site: www.maquinistas.org


Tem surgido na imprensa um argumento relativo à recusa de 'slots' na Portela (direitos de aterragem e descolagem) no período do Verão. O número de slots em causa corresponde a apenas 6,8% do total disponível no aeroporto de Lisboa para todo o ano. Os pedidos de slots podem ser rejeitados às horas de pico, contudo, as aeronaves podem aterrar ou descolar em Lisboa noutra altura do dia de menor tráfego. Esta situação também ocorre nos principais aeroportos da Europa como Paris, Londres e em todos esses casos a situação é muito mais grave.

A informação sobre slots disponíveis nos aeroportos já é possível obter através da Internet bastando, para isso, Ir ao site da ANA-Aeroportos em www.ana.pt e, no final da página, onde se lê "coordenação de slots". Fazer aí um clique e depois podemos ler:

"Ter toda a informação sobre a coordenação de slots ficou mais fácil. Na nova ferramenta do portal ANA pode consultar os slots disponíveis, os slots atribuídos por transportadora e por aeroporto, a legislação nacional e europeia e muito mais fácil".

Sobre os slots disponíveis na Portela. A grande surpresa é verificar que só há limitação de slots das 7h às 8h e das 17 às 18h:



Após se ter visualizado a situação na Portela podemos observar o que se passa no aeroporto de Gatwick, em Londres. Neste, a situação é muito mais grave pois desde as 6 h até às 18 horas os slots ou estão esgotados ou existe ainda 1 ou 2 disponíveis:



Seguidamente, poderemos ver o que se passa no aeroporto de Heathrow. Este aeroporto também tem os slots quase sempre completos e, além disso, o números de voos nocturnos é limitado. Será que estes dois aeroportos vão ser destruídos e encerrados como se pretende fazer na Portela? Evidentemente que não:



Uma das questões que podem ocorrer relativamente à Portela é saber porque é que em determinadas faixas horárias existem poucos slots e nas restantes, que são a maioria, não há qualquer problema. Este problema deve-se essencialmente ao facto da TAP adoptar uma estratégia de hubing, isto é, faz coincidir chegadas e partidas em faixas horárias coincidentes, para potenciar os voos de ligação entre diferentes destinos.


Comentário:

Se, como é facilmente demonstrável, o aeroporto da Portela está positivamente às moscas durante todo o dia, excepto nas duas horas (7h às 8h e das 17 às 18h) em que a TAP faz coincidir chegadas e partidas em faixas horárias coincidentes, para potenciar os voos de ligação entre diversos destinos, para que diabo é necessário um novo aeroporto de Lisboa no valor de vários milhares de milhões de contos?

Será simplesmente para contentar abastados patrocinadores da política como tem sugerido Miguel Sousa Tavares (Expresso 07/01/2006)?

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»


Os croupiers de um casino que o grande dinheiro agradece e aproveita:


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quarta-feira, novembro 14, 2007

José Cutileiro avisa – devemos incinerar já o Irão com armas atómicas e sem sentimentalismos hipócritas

José Cutileiro

Expresso – 10/11/2007



In Memoriam

«Paul Tibbets, 1915-2007, Piloto do B29 que lançou a primeira bomba atómica sobre Hiroxima disse ao Presidente Truman que cumprira o seu dever sem uma dúvida. E redisse-o depois muitas vezes»

«O brigadeiro-general Paul Warfield Tibbets Jr., que morreu na sua casa de Columbus, Ohio, no passado Dia de Todos os Santos, pilotou a superfortaleza voadora B-29 que às oito e um quarto da manhã soalheira de 6 de Agosto de 1945 deitou sobre Hiroxima a primeira bomba atómica usada em tempo de guerra contra um alvo inimigo (a segunda foi deitada três dias depois sobre Nagasáqui, levando à rendição incondicional do Japão em menos de uma semana, pondo assim fim à II Guerra Mundial - até hoje não foi usada mais nenhuma), que matou imediatamente cerca de cem mil pessoas e foi causa da morte de muitas mais nos dias, meses e anos que se seguiram. (…) Toda a tripulação foi condecorada assim que pôs pé em terra, recebendo Tibbets a Distinguished Flying Cross.»

«Tibbets (...) disse a Truman que cumprira o seu dever sem uma dúvida e redisse-o depois muitas vezes. As bombas atómicas tinham abreviado a guerra seis meses e poupado centenas de milhares de vidas americanas e japonesas. Não fora ele quem bombardeara Pearl Harbor, começando a guerra; pelo contrário, o que ele fizera fora acelerar o seu fim. Era atroz terem morrido tantos civis mas guerras são sempre atrozes; dever-se-ia acabar com elas. Enquanto durarem, porém, é melhor ganhá-las do que perdê-las.»

«Tal fôlego patriótico, sem o qual o totalitarismo da Alemanha e do Japão não teria sido derrotado, vinha embebido em ingenuidade provinciana e familiar. Tripulação e pessoal de terra tinham chamado à primeira bomba atómica o ‘Rapazinho’ («Little Boy») e Tibbets baptizara a superfortaleza ‘Enola Gay’ - nomes próprios da mãe que apoiara, contra o pai, a sua vontade adolescente de vir a ser piloto-aviador - numa espécie de inconsciência do horror subjacente da vida, a lembrar pinturas de Norman Rockwell. A nazis nessa altura, a soviéticos e intelectuais do Café de Flore depois, a fundamentalistas islâmicos hoje, coisas assim parecem hipocrisia e sinal de fraqueza. Engano que, até agora, todos têm pago caro


Embora se reconheça alguma substância na prosa de Cutileiro, o ex-diplomata, por provável ignorância, parece desconhecer que existem outros «enganos» ainda mais caros e infinitamente mais hipócritas:


Talvez o aspecto mais notável da ortodoxia histórica da Segunda Guerra Mundial tenha sido a sua perspectiva unidimensional dos criminosos de guerra; pela actual definição os criminosos são os que perderam a guerra. Os vencedores decidem o grau de culpabilidade e perversidade dos derrotados.

Para além deste jogo moral dos vencedores há também a dificuldade de conceber a criminalidade de guerra desses tão louvados heróis da democracia como Franklin D. Roosevelt e Truman, assim como daqueles que, como "bons americanos", levaram a cabo as suas deliberadas e desnecessárias politicas de assassínios em massa.

Algumas provas destas políticas foram expressas pelo jornalista Walter Trohan do Chicago Tribune. Devido à censura em tempo de guerra, Trohan foi forçado a reter durante sete meses a maior história da guerra da América no Pacífico. Foi finalmente publicada no domingo seguinte à vitória sobre o Japão, a 19 de Agosto de 1945, nas primeiras páginas tanto do Chicago Tribune como do Times-Herald de Washington.


Nos arquivos do Chicago Tribune

Bare Peace Bid U.S. Rebuffed 7 Months Ago

Exposta a recusa pelos Estados Unidos da oferta de paz [do Japão] há 7 meses atrás

O artigo de Trohan revelou como dois dias antes da partida de Roosevelt para a Conferência de Yalta, que teve lugar a 4 de Fevereiro de 1945, o presidente recebeu um memorando de quarenta páginas do general Douglas MacArthur descrevendo cinco propostas diferentes de altas autoridades japonesas a oferecer os termos da rendição que eram virtualmente idênticos àqueles que foram mais tarde ditados pelos Aliados aos japoneses em Agosto de 1945.

A comunicação de MacArthur foi confidenciada a Trohan no princípio de 1945 pelo almirante William D. Leahy, Chefe do Estado-Maior de Roosevelt, que receou que o documento fosse classificado ultra-secreto durante décadas ou então destruído. A autenticidade do artigo de Trohan (que não foi republicado em nenhum outro grande jornal dos Estados Unidos), nunca foi posto em causa pela Casa Branca. O antigo presidente Herbert Hoover questionou pessoalmente o general MacArthur sobre a história do Chicago Tribune e o general reconheceu a sua exactidão em todos os detalhes.

De acordo com Harry Elmer Barnes, o presidente Truman estava a par da oferta de rendição oferecida pelos japoneses e confessou em privado que tanto a guerra atómica como as operações militares convencionais eram desnecessáras para acabar com a guerra no Pacífico.

O significado das declarações do general MacArthur ao presidente Roosevelt é colossal. O artigo de Trohan mostra que a guerra no Pacífico podia ter terminado no começo da Primavera e que Roosevelt enviou milhares de rapazes americanos para uma morte desnecessária em Iwo Jima e Okinawa, tal como Truman fez mais tarde com centenas de milhares de civis em Hiroxima e Nagasáqui.

O comportamento de Roosevelt pode ser melhor avaliado se compreendermos que ele pôs de lado o relatório de MacArthur após apenas uma «leitura rápida» e descreveu o general como um «político fraco». Na verdade, as políticas de assassínios em massa não eram o forte de MacArthur. Os experientes Roosevelt, Truman e os Secretário da Guerra Henry L. Stimson testaram o seu novo «brinquedo» militar, como Barnes descreveu a bomba atómica, sem um mínimo de justificação.
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