domingo, setembro 30, 2007

O jornal Expresso, a propaganda, a mentira e as guerras do petróleo

A Invasão do Iraque em 2003 teve inicio a 20 de Março através de uma aliança entre os Estados Unidos da América, Reino Unido e muitas outras nações (unidade conhecida como a Coligação). O pretexto da ocupação, inicialmente, foi encontrar as armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em stock e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001. As supostas armas de destruição massiva que o Iraque possuiria jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islamistas nunca foram comprovadas.

Os EUA forneceram entre 1981 e 2001 cerca de 50% das importações de armas de Saddam Hussein. A dívida de Saddam aos americanos atingiu no período 1988-1998 um montante entre 7 e 8 biliões de dólares. A intervenção dos EUA no Iraque resulta de uma sequência de mentiras. Entretanto já morreram no Iraque 3.800 soldados americanos e mais de 1 milhão de civis iraquianos (Los Angeles Times - September 14, 2007).

Como no Iraque, o motivo principal por detrás das ameaças de guerra contra o Irão não são as armas de destruição em massa, mas o petróleo. O programa nuclear iraniano não é, na realidade, visto por Washington como uma grande ameaça. Assim como no Iraque, as armas de destruição em massa funcionam como casus belli para uma acção militar com outros objectivos.

Não existem quaisquer provas que o Irão tenha um programa de armas nucleares. As inspecções nos últimos três anos não encontraram qualquer programa de armamento nuclear. Já tiveram lugar mais de 2.200 pessoas/horas de inspecções das instalações nucleares do Irão pela Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), e Mohammed El Baradei já afirmou que não há qualquer evidência que o Irão tenha um programa de armas nucleares. Até o relatório oficial da CIA de 2005 concluiu que o Irão precisaria de pelo menos 10 anos para ter capacidade para produzir uma arma nuclear.

O Irão detém as terceiras maiores reservas de petróleo do mundo, depois da Arábia Saudita e Iraque, e conjuntamente possui mais petróleo e gás natural que qualquer outro país do planeta.


A Propaganda

As escaladas militares são precedidas nos nossos tempos por uma ofensiva ideológica e propagandística. Os meios de comunicação social, nas mãos de umas poucas transnacionais, difundem fielmente e sem questionar muitas das falsificações enviesadas lançadas pelos governos beligerantes com o objectivo de diabolizar culturas e os seus lideres. Aqueles preparam assim o terreno para a aceitação pelas populações de acções militares e da mortalidade que estas implicam.

O jornal Expresso alberga (pelo menos) três destes propagandistas profissionais, que semana sim, semana sim, difundem nas suas «crónicas» a demonização, o ódio, a mentira e a distorção que lhes são encomendadas por governos beligerantes nos seus preparos para o genocídio e a rapina:

Jornal Expresso - 29 de Setembro de 2007


Meter o Irão nos eixos

Os russos, em maré de reafirmação nacional, têm tido um posição equívoca quanto aos desmandos nucleares iranianos, parecendo às vezes entenderem a gravidade da questão e estarem dispostos a colaborar com americanos, franceses e ingleses no Conselho de Segurança para lhe por cobro. Outras vezes, o Kremlin parece mais interessado em contrariar americanos e europeus para melhor se afirmar no Médio-Oriente, na Ásia Central e na própria Rússia, onde haverá eleições presidenciais no ano que vem, do que em se opor à proliferação nuclear. Putin fará visita de Estado ao Irão em Outubro.

Oxalá o Irão seja capaz de ir ao sítio, uma vez convencido de que se o não fizer os ocidentais começarão por lhe cortar a colecta e irão mais longe se for preciso. Em 2003, Saddam não cedeu antes da invasão em boa parte por estar convencido que franceses e alemães teriam peso político suficiente para impedir um ataque ao Iraque. Talvez Ahmadinejad comece a perceber (...) Com ou sem bomba, o Eixo do Mal sempre é capaz de existir...


Filmes pornográficos

"A universidade de Columbia entendeu convidar para um «rendez-vous» cultural o Presidente do Irão. Escusado será dizer que Mahmoud Ahmadinejad compareceu à chamada e, depois de uma apresentação pouco simpática, onde foi definido como ‘um ditador insignificante e cruel’ (a alegada ‘insignificância’ do homem mostra bem a ignorância dos anfitriões), o nosso Mahmoud aproveitou o momento para partilhar com o mundo as suas respeitáveis ficções: o Irão não deseja destruir Israel; o Irão não procura armamento nuclear; o Irão não tem homossexuais dentro de portas."

"E a universidade? Que nos disse Columbia deste filme pornográfico? De acordo com o reitor, o encontro serviu para mostrar a loucura de Ahmadinejad e a liberdade de opinião que reina nos Estados Unidos, duas novidades que o mundo recebeu de boca aberta. Infelizmente, não passou pela cabeça do senhor que este não foi um encontro cultural. Na verdade, a Universidade de Columbia ofereceu palco a um terrorista, responsável pela matança de americanos no Iraque e que, num mundo normal, já estaria a ser julgado, ou preso, por simpatias genocidas. Convidá-lo não foi um gesto de superioridade; foi um empréstimo de propaganda e respeitabilidade. A falência do liberalismo não começa quando toleramos a opinião contrária dos outros. Começa quando toleramos a opinião daqueles que de bom grado acabariam com a nossa. "


O teste de Nicolas Sarkozy

"A resposta à pergunta é crucial para avaliar até onde é que os países europeus estão realmente dispostos a ir para tentarem ajudar a solucionar o actual impasse iraniano. A existir, a solução não deixará de incluir a coerção. Aqui os músculos dos países europeus não serão militares mas sim comerciais e financeiros (...) Todavia, até muito recentemente, os governos europeus mostraram sempre uma enorme relutância em usar o seu enorme poder comercial, bancário e financeiro para pressionar Teerão. "

"Nas últimas semanas tudo parece ter mudado neste capítulo. Na ausência de um consenso rápido com a Rússia e a China no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, propôs aos seus parceiros europeus a participação numa coligação de voluntários que inclui também os EUA e o Japão. O objectivo desta coligação é punir seriamente o regime iraniano através de restrições no seu acesso ao sistema bancário e financeiro internacional. "

"Punir desta maneira só será possível se os governos, bancos e empresas europeias forem mesmo capazes de fazer grandes sacrifícios durante bastante tempo. Até agora este triângulo foi totalmente incapaz de o fazer. Por isso mesmo, o mundo está cheio de gente desagradável que, muito naturalmente, duvida da credibilidade das políticas externas dos países europeus. Ar quente, pensam e dizem alto estas pessoas. A proposta de Sarkozy é um teste decisivo para a credibilidade internacional dos países europeus e para o futuro do euro-atlantismo."


Comentário:

Estes propagandistas não são apenas mentirosos profissionais. Ao participarem, mesmo que apenas com a caneta, nas guerras de pilhagem efectuadas por governos rapaces, estes publicistas embusteiros colaboram activamente no assassínio de milhões de pessoas.

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sábado, setembro 29, 2007

Rússia adverte EUA sobre militarização do espaço



Agência EFE - 27/09/2007

A Rússia advertiu hoje os Estados Unidos e outros países contra os planos de militarizar o espaço, o que, em sua opinião, "multiplicaria o risco de uma guerra mundial", segundo a agência "Interfax".

"Não queremos uma guerra no espaço, mas também não permitiremos que nenhum outro país se apodere do universo", disse à imprensa em Moscou o coronel-general Vladimir Popovkin, comandante das Forças Espaciais da Rússia.

A instalação de meios de ataque no espaço aberto "teria consequências muito perigosas para o mundo", afirmou Popovkin, em uma clara referência aos Estados Unidos, cujos planos de militarizar o espaço são denunciados pela Rússia há anos.

Segundo ele, em caso de falha de um satélite espião russo, o país poderia interpretar o ocorrido como "o começo de um ataque para 'cegar e ensurdecer' seus sistemas de detecção de operações com mísseis".

"Neste caso, naturalmente, tomaríamos medidas de resposta", ressaltou.

O general lembrou que, "actualmente, apenas os EUA e a Rússia são capazes de colocar armas no espaço", mas alertou que "a este nível também se aproximam rapidamente China, países da Europa e outras nações".

O general disse que a Rússia preparou junto com a China uma série de acordos internacionais voltados a proibir a militarização do espaço.

Ele acrescentou que colaborou para esta iniciativa conjunta o teste do primeiro míssil anti-satélite balístico chinês em Janeiro, fato criticado por Estados Unidos, Japão e Austrália, mas que teve sua importância minimizada pela Rússia.

"O espaço é actualmente o único âmbito onde ainda não há armamento, e é preciso legalizar isto mediante um acordo internacional", acrescentou.

As críticas da Rússia às tentativas dos EUA de militarizar o espaço aumentaram após o Pentágono anunciar seu projecto de um escudo antimísseis global e os planos de instalar um radar e foguetes interceptores no Leste Europeu, perto da fronteira russa.

Popovkin reiterou a posição que Moscovo mantém sobre o início da corrida armamentista no espaço desde os tempos da "Guerra nas Estrelas", do então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan: a Rússia preferiria evitá-la, mas, se não houver alternativa, também está pronta para enfrentá-la.

A resposta "assimétrica" que a Rússia defende passa pela renovação, ainda pendente, da frota de satélites e pela modernização do arsenal nuclear do país, com a incorporação de mísseis balísticos intercontinentais de ogivas múltiplas capazes de burlar defesas antimísseis.



Comentário:

Os russos têm boas razões para estar preocupados. A militarização e controlo do Espaço é, de há muito, uma obsessão do complexo militar-industrial americano.

Visão para 2020 (Vision for 2020), é um documento que foi publicado pelo Comando Espacial dos Estados Unidos, e trata-se de um plano para a dominação da Terra a partir do Espaço pelos EUA. Na primeira página exige-se: "o domínio da dimensão espacial das operações militares de forma a proteger os interesses e os investimentos americanos." No documento, podem ainda ler-se frases como, "full spectrum dominance" [total controlo militar terrestre, marítimo, aéreo e espacial], e "o controlo do espaço é a capacidade para assegurar o acesso ao espaço… e a capacidade para negar aos outros o uso de espaço"


Controle do Espaço (CoS - Control of Space) é a capacidade para assegurar acesso ininterrupto ao Espaço pelas forças dos Estados Unidos e dos nossos aliados, liberdade de operações no meio espacial e a capacidade para negar outros o uso do Espaço [an ability to deny others the use of space], se preciso for. A capacidade para ganhar e manter a superioridade espacial será crítica... Com acesso ininterrupto ao Espaço, os Estados Unidos podem lançar e reconstituir constelações de satélite à medida das suas necessidades e sem impedimento por parte dos nossos adversários.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Ahmadinejad e as teorias da conspiraçao

Veja - Terça-feira, 25 de Setembro de 2007

O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, participou de um tenso encontro com estudantes e académicos americanos na noite de segunda-feira, em Nova Iorque. Durante a palestra, na Universidade de Columbia, o líder iraniano tentou esclarecer algumas das polémicas em que se envolveu nos últimos anos -- mas não deixou de se envolver em novas controvérsias. Nesta terça-feira, Ahmadinejad falaria à Assembleia-geral da ONU.

Criticado por muitos nos EUA por dar voz a Ahmadinejad, o presidente da universidade, Lee Bollinger, abriu o encontro com Ahmadinejad apresentando o visitante como um "ditador cruel e mesquinho". Na imprensa iraniana, a introdução foi classificada de "mal-educada". Ahmadinejad negou as principais acusações contra seu país -- de que tem um programa nuclear perigoso e tenta desestabilizar o Iraque -- e tentou mostrar moderação.

O iraniano insistiu em dizer que o Irão é pacífico e que seu governo respeita o bom senso e a ciência. Mas apesar da tentativa de parecer um intelectual, Ahmadinejad disse ter ficado irritado com os "insultos" do anfitrião da palestra e logo retomou a retórica raivosa dos discursos realizados em Teerão. Ele questionou, por exemplo, se a rede Al-Qaeda foi mesmo responsável pelos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 nos EUA.

Ahmadinejad disse que é preciso "examinar adequadamente as causas do ataque", inclusive em relação a "quem de facto estava envolvido".


Estas teses conspiracionistas de Ahmadinejad já vêm de longe. Em Maio de 2006, numa carta enviada a Bush o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad já aventava um inside job.Na carta a George W. Bush, de dezoito páginas, o presidente iraniano refere o 11 de Setembro:

Sr. Presidente [Bush],

O 11 de Setembro foi um acontecimento horrível. A morte de inocentes é deplorável e aterrador em qualquer parte do mundo. O nosso governo declarou imediatamente a sua repulsa contra os criminosos e ofereceu condolências às pessoas enlutadas e exprimiu os seus pêsames.

Todos os governos têm o dever de proteger as vidas, a propriedade e os bens dos seus cidadãos. Supostamente o seu governo empregou medidas de segurança abrangentes, sistemas de protecção e informações – e até perseguiu os seus inimigos no estrangeiro.

O 11 de Setembro não foi uma operação simples. Poderia ela ter sido planeada e executada sem a coordenação dos serviços secretos – ou sem estes terem sido infiltrados em larga escala? Claro que isto é apenas uma pergunta educada. Porque é que vários aspectos do ataque foram mantidos em segredo? Porque é que não nos é dito quem descartou as suas responsabilidades? E, porque é que esses responsáveis e os culpados não são identificados e levados a julgamento?
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quarta-feira, setembro 26, 2007

Holocausto – um segredo por demais anunciado

Hitler declarou as suas intenções francamente. Os Nazis cometeram atrocidades abertamente. Porquê escamotear os gaseamentos?

Os historiadores convencionais explicam a falta de fotografias e documentos [dos gaseamentos dos prisioneiros] invocando que o Holocausto era tão secreto que nenhumas fotografias foram tiradas, e que não seria permitida a existência de nenhuns documentos incriminatórios. Acredita-se que isto seria verdade quando a Solução Final estava ainda na fase de projecto em 1941.

Hitler falou sobre o extermínio ou o aniquilamento dos judeus em muitas ocasiões. Por exemplo, esta é uma frase de Mein Kampf. (página 338 de Houghton-Mifflin edição de capa dura. Outras referências podem ser encontradas nas páginas 169 e 679.) Hitler escreveu: a consolidação do nosso povo enquanto nação só terá sucesso quando, à parte toda a luta explícita pelo espírito do nosso povo, os seus envenenadores internacionais forem exterminados.

É suposto acreditar que Hitler anunciou ao mundo que os judeus seriam aniquilados, e que simultaneamente tempo se esforçou para manter a pretensão que eles não estavam sendo aniquilados? A intenção do Holocausto foi declarada abertamente, mas a própria operação em si era tão secreta que os Nazis nunca discutiram o assunto mesmo entre eles.

Na página 679 Hitler diz:

"Se no começo e durante a Guerra doze ou quinze mil destes corruptores hebreus tivesse sido sujeita a gás tóxico, como aconteceu a centenas de milhares dos nossos melhores trabalhadores alemães, o sacrifício de milhões na frente não teria sido em vão. Pelo contrário: doze mil salafrários eliminados a tempo poderiam ter poupado as vidas de milhões de alemães."

Nessa altura já não havia segredo nenhum. Tendo levantado a questão de suprimir os judeus com gás no Mein Kampf, não faria sentido nenhum Hitler fingir que tal não estava a acontecer, se ele na verdade o estivesse a fazer. Mas não há nenhuma outra referência sobre eliminar com gás em nada que ele tenha dito ou escrito. Existem registros de tudo que Hitler, Himmler e os outros Nazis disseram em público e muito do que eles disseram em privado e não existe nenhuma alusão, em lado nenhum, sobre gaseamentos, mesmo em ocasiões em que falavam sobre como verem-se livres dos judeus.

Existe uma cópia de um discurso (de Poznan) no qual Himmler discursou numa reunião privada dos oficiais seniores das SS. Mesmo se ele não quisesse mencionar os gaseamentos publicamente, Himmler sentir-se-ia livre para falar abertamente numa reunião privada das SS. (Ele teria que falar abertamente nalgum momento. Eles teriam que discutir isso entre eles). Mas Himmler nada disse sobre gaseamentos, embora estivesse a falar sobre enviar judeus para campos de concentração. Não disse "estou-me a referir ao gaseamento de judeus, ao «Ausrottung» das pessoas judias." Pelo contrário, Himmler disse:

"Estou-me a referir à evacuação dos judeus, ao «Ausrottung» do povo judeu."


Até mesmo na conferência de Wannsee, nada foi dito sobre gaseamentos. Em 1941, os Nazis estavam a ganhar a guerra. Julgamentos de crimes de guerra eram a última coisa que lhes passaria pela cabeça. (Na realidade não existia esse conceito até 1945. Julgamentos de crimes de guerra não tinham sido uma norma nas guerras do passado.) Os Nazis não tinham nenhuma razão para criar uma ilusão por posteridade. Eles julgaram que iam ser a posteridade. Nunca pensaram que tivessem de responder por aquilo que tivessem feito. E, mesmo assim, é suposto que acreditemos que já em 1941 eles estivessem a antecipar um período pós-guerra em que seria necessário encobrir as suas acções?

Os Nazis não eram tímidos quando se tratava de assassinar pessoas. Cometeram atrocidades abertamente. Ostentaram isso. Existem fotografias de soldados Nazis matando a tiro judeus a sangue frio e rindo-se disso. Essas fotografias não foram tiradas secretamente por outras pessoas, foram tiradas directamente pelos Nazis. Mas é suposto acreditarmos que as câmaras de gás eram tão secretas que nenhuma fotografia foi alguma vez tirada lá.


Também é suposto acreditarmos que seria possível encobrir uma operação que envolveu seis milhões de pessoas.

Aparentemente os gaseamentos processavam-se desta forma: um comboio carregado de judeus chega a Auschwitz. São separados em dois grupos, os que são aptos para trabalho e outros que não o são. Este segundo grupo é então levado directamente para os crematórios. Primeiro vão para uma sala onde se despem. Depois são conduzidos a outra sala que é suposto ser um chuveiro ou uma sala de desparasitação. Quando chegam a essa sala, são trancados e gaseados. Alguns minutos depois os guardas entram e arrastam os corpos para os fornos onde serão cremados.

Se seis milhões de judeus foram gaseados, este cenário deve-se ter repetido milhares de vezes, em vários campos diferentes, durante vários anos. Esta cena macabra é algo que qualquer fotógrafo gostaria de fotografar. Mas supostamente era proibido tirar fotos, e assim nenhuma foto foi tirada lá. Isto é um disparate. Os guardas da prisão eram a lei. Ninguém os proibiria de tirar fotografias.

Pergunte-se a Lynndie England na prisão iraquiana de Abu Ghraib.
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terça-feira, setembro 25, 2007

A Declaração de Guerra dos Judeus à Alemanha Nazi

The Daily Express of London - 24 de Março de 1933


O Boicote Económico de 1933


Article from The Barnes Review, Jan./Feb. 2001 - By M. Raphael Johnson

Muito antes do governo de Hitler ter começado a restringir os direitos dos judeus alemães, os líderes da comunidade judia mundial declararam formalmente guerra à "Nova Alemanha" numa altura em que o Governo Americano e até mesmo os líderes judeus na Alemanha estavam a aconselhar prudência na forma de como lidar com o novo regime de Hitler.

A guerra dos líderes da comunidade internacional judia contra a Alemanha não só provocou represálias por parte do governo alemão mas também preparou o terreno para uma aliança económica e política entre o governo de Hitler e os líderes do movimento sionista que esperou que a tensão entre os alemães e os judeus conduzisse à emigração maciça dos judeus para a Palestina. Em suma, o resultado foi uma aliança táctica entre os Nazis e os fundadores do moderno estado de Israel - um facto que muitos hoje prefeririam ver esquecido.

Até hoje, é geralmente (embora incorrectamente) aceite que quando Adolf Hitler foi nomeado Chanceler Alemão, em Janeiro de 1933, o governo alemão adoptou políticas para suprimir os judeus de Alemanha, inclusive reunindo-os e colocando-os em campos de concentração e lançando campanhas de terror e violência contra a população judia doméstica.

Embora houvesse erupções esporádicas de violência contra judeus na Alemanha depois de Hitler subir ao poder, estas não eram oficialmente sancionadas ou encorajadas. E a verdade é que os sentimentos anti-judeus na Alemanha (ou em qualquer lugar na Europa) não eram nada de novo. Como todos os historiadores judeus atestam com veemência, insurreições anti-semitas de várias intensidades foram uma constante na história europeia.

Em todo caso, nos princípios de 1933, Hitler não era o líder indiscutível da Alemanha, nem tinha o pleno comando das forças armadas. Hitler era uma figura importante num governo de coligação, mas estava longe de ser o próprio governo. Isso aconteceu após um processo de consolidação que só evoluiu mais tarde.

Até mesmo a Associação Central Judia de Alemanha, conhecida como Verein, protestou contra a sugestão (feita por alguns líderes judeus fora da Alemanha) que o novo governo estava a provocar deliberadamente insurreições anti-judaicas.

A Verein emitiu uma declaração onde afirmava que "as autoridades responsáveis do governo [isto é, o regime de Hitler] não estão a par da ameaçadora situação", e acrescentava, "não acreditamos que nossos concidadãos alemães comecem a cometer violências contra os judeus."

Apesar disto, líderes judeus nos Estados Unidos e Inglaterra determinaram por sua própria iniciativa que era necessário lançar uma guerra contra o governo de Hitler.

No dia 12 de Março de 1933 o Congresso Judeu Americano anunciou um protesto maciço em Madison Square Gardens para o dia 27 de Março. Naquela altura o chefe máximo dos Veteranos de Guerra Judia (Jewish War Veterans) apelou a um boicote americano aos produtos alemães. Enquanto isso, no dia 23 de Março, 20,000 judeus protestaram na Câmara Municipal de Nova Iorque, e foram também foram organizadas manifestações junto ao North German Lloyd e à companhia mercante Hamburg-American e foram preparados boicotes contra produtos alemães nas lojas e empresas da cidade de Nova Iorque.

Protesto em Madison Square Gardens



De acordo com "The Daily Express" de Londres de 24 de Março de 1933, os judeus tinham lançado já um boicote contra a Alemanha e o seu governo eleito. Na manchete lia-se "Judeia declara Guerra à Alemanha (Judea Declares War on Germany ) - os judeus de todo o Mundo Unidos - Boicote de Bens alemães – Manifestações em Massa." O artigo descreveu uma próxima "guerra santa" e solicitou a todos os judeus em todos lugares para boicotarem os produtos alemães e para participarem em demonstrações massivas contra interesses económicos alemães. De acordo com o Express:

"Todo o Israel através do mundo está-se a unir para declarar uma guerra económica e financeira contra a Alemanha. O aparecimento da Suástica como símbolo da nova Alemanha reavivou o símbolo de guerra velho de Judas. Quatorze milhões de judeus espalhados pelo mundo inteiro estão unidos como se fossem um só homem, de forma a declarar guerra contra os opressores alemães e os seus seguidores. O negociante judeu deixará a sua casa, o banqueiro a sua bolsa de valores, o comerciante o seu negócio e o mendigo a sua cabana humilde para se unir à guerra santa contra o povo de Hitler."

O Express afirmou que a Alemanha foi agora confrontada com "um boicote internacional ao seu comércio, às suas finanças e à sua indústria.... Em Londres, Nova Iorque, Paris e Varsóvia, homens de negócios judeus estão unidos para uma cruzada económica."
O artigo afirmou que "por todo o mundo estão a ser feitos preparativos para organizar manifestações de protesto," e informou que "a velha e reunida nação de Israel entrou em formação com armas novas e modernas para lutar combater na sua velha batalha contra os seus perseguidores."

Isto poderia verdadeiramente ser descrito como "o disparo do primeiro tiro na Segunda Guerra Mundial."

Num estilo semelhante, o jornal judeu Natscha Retsch escreveu:

"A guerra contra a Alemanha será empreendida por todas as comunidades judias, conferências, congressos... por todo o judeu individualmente. Assim, a guerra contra a Alemanha estimulará ideologicamente e promoverá os nossos interesses, os quais requerem que a Alemanha seja destruída completamente. O perigo para nós, judeus, assenta em todo o povo alemão, na Alemanha como um todo assim como individualmente. Deve ser tornada inofensiva para sempre.... Nesta guerra nós, os judeus, temos que participar com toda a força e poder que temos à nossa disposição."

Porém, note-se que a Associação Sionista da Alemanha enviou um telegrama a 26 de Março que rejeita muitas das alegações feitas contra os Nacionais Socialistas como "propaganda", "desonestidade" e "sensacionalismo."

Na realidade, a facção sionista tinha todas as razões para assegurar a permanência da ideologia Nacional Socialista na Alemanha. Klaus Polkehn, escrevendo no Diário de Estudos de Palestina (Journal of Palestine Studies ) ("Os Contactos Secretos: Sionismo e Alemanha Nazi, 1933-1941"; JPS v. 3/4, Primavera / Verão 1976), afirma que a atitude moderada dos Sionistas era devida ao interesse próprio vendo que a vitória do Nacional Socialismo forçaria a imigração para a Palestina. Este factor mal conhecido viria a ter um papel decisivo na relação entre a Alemanha Nazi e os judeus.

Enquanto isso, Neurath von Konstantin, Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão reclamou da "campanha de difamação" e disse:

"No que diz respeito aos judeus, eu só posso dizer que os seus propagandista no estrangeiro estão fazendo aos seus correligionários na Alemanha um mau serviço dando ao público alemão, através de notícias mentirosas e distorcidas sobre a perseguição e tortura de judeus, a impressão que eles não recuam perante nada, nem mesmo através de mentiras e calúnias, para combater o presente governo alemão."

O governo de Hitler estava claramente a tentar conter a tensão crescente - tanto na Alemanha como no exterior. Nos Estados Unidos, até o Secretário de Estado Cordell Hull telegrafou ao Rabino Stephen Wise do Congresso Judeu Americano a pedir prudência:

"Apesar de ter havido por um curto período maus tratos físicos aos judeus, essa fase pode ser considerada virtualmente acabada.... Parece ter sido alcançada uma estabilização no que toca a maus tratos pessoais.... Eu tenho esperança de que a situação que causou tão vasta preocupação por todo o país voltará à normalidade."

Apesar de tudo, os líderes da comunidade judia recusaram ceder. No dia 27 de Março houve manifestações de protesto simultâneas em Madison Square Garden, em Chicago, Boston, Filadélfia, Baltimore, Cleveland e outros 70 locais. A manifestação de Nova Iorque foi radiodifunda mundialmente. A razão fundamental era que "a Nova Alemanha " foi declarada um inimigo dos interesses judeus e portanto precisava de ser estrangulada economicamente. Isto aconteceu antes de Hitler decidir boicotar os produtos judeus.

Foi numa resposta directa a isto que o governo alemão anunciou um boicote de um dia aos negócios judeus na Alemanha no dia 1 de Abril. O Ministro de Propaganda alemã, Dr. Joseph Goebbels, anunciou que se, depois do boicote de um dia, não houvesse mais ataques à Alemanha, o boicote seria interrompido. O próprio Hitler respondeu ao boicote judeu e às ameaças num discurso no dia 28 de Março - quatro dias depois da declaração original judia de guerra - dizendo:

"Agora que os inimigos domésticos da nação foram eliminados pelo próprio Povo, aquilo que nós temos esperado há muito não acontecerá. Os criminosos Comunistas e marxistas e os seus instigadores Judeus-intelectuais que, tendo fugido a tempo para o estrangeiro com as suas acções de capital, estão desdobrando-se agora como um todo numa campanha traidora e sem escrúpulos de ataque contra o Povo alemão... Estão perversamente a ser lançadas mentiras e difamações positivamente horripilantes sobre a Alemanha. Histórias de horror de corpos de judeus desmembrados, olhos arrancados e mãos cortadas estão a circular com a finalidade de difamar o Povo alemão no mundo pela segunda vez, tal como já tinham feito com sucesso antes de 1914."

Portanto, o facto - convenientemente omitido de quase toda a História sobre o assunto – é que a ordem de boicote de Hitler a 28 de Março de 1933 foi uma resposta directa à declaração de guerra à Alemanha pela liderança judia mundial apenas quatro dias antes. Hoje, a ordem de boicote de Hitler é descrita como um ato nu de agressão, contudo raramente são descritas as circunstâncias que conduziram à ordem de Hitler, nem mesmo as histórias mais ponderosas e detalhadas sobre "o Holocausto."

Nem mesmo Saul Friedlander na sua, de alguma forma, compreensiva avaliação da política alemã, “A Alemanha Nazi e os judeus”, menciona o facto de que a declaração de guerra judia e o boicote judeu precedeu o discurso de Hitler de 28 de Março de 1933. Aos leitores perspicazes seria inteligente perguntar por que é que Friedlander sentiu este pormenor da História tão irrelevante.

Muito simplesmente é que tudo foi organizado pela Judiaria como uma entidade política - e nem mesmo a comunidade judia alemã por si mesma - que realmente deu o primeiro tiro na guerra com a Alemanha.

A resposta de Alemanha foi uma medida defensiva e não ofensiva -. Fosse esse facto melhor conhecido hoje, e lançaria uma nova luz nos eventos subsequentes que por fim conduziram à conflagração mundial que se seguiu.


Texto no cartaz: "Alemães! Defendam-se! Não façam compras em lojas judias"
Para entender a reacção de Hitler à declaração judia de guerra, é vital entender o estado crítico da economia alemã nessa altura. Em 1933, a economia alemã estava em ruínas. Cerca de 3 milhões de alemães viviam da assistência pública num total de 6 milhões de desempregados. A hiper-inflação tinha destruído a vitalidade económica da nação alemã. Além disso, a propaganda desenfreada anti-alemã despejada pela imprensa global fortaleceu a resolução dos inimigos de Alemanha, especialmente os polacos e os seus falcões militares.

Os líderes judeus não estavam a fazer bluff. O boicote não era somente um acto de guerra metafórico: era um meio, feito com habilidade, para destruir a Alemanha como uma entidade política, social e económica. O objectivo a longo prazo do boicote judeu contra a Alemanha era causar falência dela no que dizia respeito aos pagamentos de reparação impostos à Alemanha depois de Primeira Guerra Mundial e manter a Alemanha desmilitarizada e vulnerável.

Na realidade, o boicote estava a incapacitar totalmente a Alemanha. Estudantes judeus como Edwin Black informaram que, com respeito ao boicote, as exportações alemãs caíram 10 por cento, e muitos queriam confiscar bens alemães em países estrangeiros (Edwin Black, O Acordo de Tranferência - A História não contada do Pacto Secreto entre o Terceiro Reich e a Palestina judia, Nova Iorque, 1984 - The Transfer Agreement - The Untold Story of the Secret Pact between the Third Reich and Jewish Palestine).

Os ataques à Alemanha não cessaram. A liderança judia mundial tornou-se cada vez mais agressiva e trabalhava num frenesim. Uma Conferência judia de Boicote Internacional (International Jewish Boycott Conference) teve lugar em Amesterdão para coordenar a campanha de boicote. Teve o patrocínio da pretensa Federação judia Económica Mundial (World Jewish Economic Federation) da qual foi eleito presidente o famoso advogado de Nova Iorque, Samuel Untermyer.

Samuel Untermyer
Ao regressar aos Estados Unidos após a conferência, Untermyer fez um discurso na Rádio WABC (Nova Iorque), uma cópia do qual foi impresso no The New York Times no dia 7 de Agosto de 1933.

O discurso inflamatório de Untermyer pediu uma "guerra sagrada" contra a Alemanha, alegando sem rodeios que a Alemanha estava envolvida num plano para "exterminar os judeus." Untermyer disse (transcrição parcial):

"... A Alemanha [tem] vindo a ser convertida de uma nação de cultura num verdadeiro inferno de bestas cruéis e selvagens.

Nós não devemos apenas isto aos nossos irmãos perseguidos mas o mundo inteiro deve golpear agora em autodefesa que livrará a humanidade de uma repetição desta afronta incrível....

Agora ou nunca devem todas as nações da terra fazerem uma causa comum causar contra a... matança, fome e aniquilação... tortura diabólica, crueldade e perseguição que estão a ser sendo infligidas diariamente a estes homens, mulheres e crianças…

Quando a história for contada... o mundo confrontará um quadro tão terrível na sua crueldade bárbara que o inferno da guerra e as atrocidades alegadas belgas empalidecem insignificantes quando comparadas ao diabolicamente, deliberadamente, friamente planeada e já parcialmente executada campanha para a exterminação de pessoas orgulhosas, gentis, leais, obedientes à lei...

Os judeus são os aristocratas do mundo. Desde tempos imemoriais eles têm vindo a ser perseguidos e viram os perseguidores chegar e partir. Eles sobreviveram sozinhos. E assim a história vai-se repetindo, mas isso não fornece razão nenhuma para que nós devamos permitir esta reversão do que foi uma grande nação para a Idade da Trevas ou salvar estas 600,000 almas humanas das torturas de inferno....

O que estamos a propor e já avançámos bastante nesse caminho, é accionar um boicote económico puramente defensivo que arruinará o regime de Hitler e trará as pessoas alemãs à razão destruindo o seu comércio de exportação do qual a sua existência depende. ... Propomos e estamos a organizar a opinião mundial para se expressar do único modo que a Alemanha pode entender...."

Untermyer prosseguiu dando aos seus ouvintes uma história completamente fraudulenta das circunstâncias do boicote alemão e de como foi originado. Ele também proclamou que os alemães estavam empenhado num plano para "exterminar os judeus":

"O regime de Hitler originou e está prosseguindo um boicote para exterminar diabolicamente os judeus colocando cartazes em lojas judias, advertindo os alemães para não comprarem nas suas lojas, prendendo os lojistas judeus e fazendo-os desfilar pelas ruas às centenas sob a guarda de tropas Nazis pelo único crime de serem judeus, retirando-os das profissões instruídas nas quais muitos deles tinham atingido relevo, excluindo as crianças judias das escolas, os homens dos sindicatos, fechando-lhes qualquer possibilidade de sustento, prendendo-os em ignóbeis campos de concentração e fazendo-os passar fome e torturá-los sem motivo recorrendo a todas as formas concebíveis de tortura, desumana para além do que se possa imaginar, até que suicídio se tornou o único meios de fuga e tudo somente porque eles são ou os antepassados remotos eram judeus e tudo com o objectivo declarado dos exterminar."

Que as alegações de Untermyer contra a Alemanha foram feitas muito tempo antes de até mesmo actuais historiadores judeus reivindicarem que havia qualquer câmara de gás ou até mesmo um plano para "exterminar" os judeus, exibe a natureza da campanha de propaganda que confronta a Alemanha.

Porém, durante este mesmo período havia alguns desenvolvimentos incomuns em preparação: A primavera de 1933 também testemunhou o começo de um período de cooperação privada entre o governo alemão e o movimento sionista na Alemanha e na Palestina (e mundialmente) aumentar o fluxo de imigrantes judeus-alemães e dinheiro para a Palestina.

Os partidários do Israel moderno sionista e muitos historiadores tiveram sucesso em manter este pacto Nazi-sionista em segredo para o público em geral durante décadas e enquanto a maioria dos americanos não faz ideia nenhuma da possibilidade de que pode ter havido colaboração sincera entre o Nazi liderança e os fundadores do que se tornou o estado de Israel, a verdade começa emergir.

A obra do escritor dissidente judeu Lenni Brennar «Sionismo Na Idade dos Ditadores» (Zionism In the Age of the Dictators), publicou numa pequena editora e sem a publicidade que merece pelos media correntes (que, pelo contrário, está obcecada com o Holocausto)", foi talvez o primeiro grande esforço neste domínio.

Em resposta a Brennar e outros, a reacção sionista tem consistido em declarações de que a sua colaboração com a Alemanha Nazi foi empreendida somente para economizar as vidas de judeus. Mas a colaboração era ainda mais notável porque acontecia cada vez que muitos judeus e organizações judias exigirem um boicote de Alemanha.

Para os líderes sionistas, a tomada do poder por Hitler ofereceu a possibilidade de um fluxo de imigrantes para a Palestina. Antes, a maioria dos judeus alemães que se identificavam como alemães tinham pouca afinidade com a causa sionista causa de promover o agrupamento da Judiaria mundial na Palestina. Mas os Sionistas compreenderam que só um Hitler anti-semítico tinha capacidade para empurrar os judeus alemães anti-sionistas para os braços do Sionismo.

O actual lamento mundial dos partidários de Israel (já para não mencionar os próprios israelitas) sobre "o Holocausto", não ousam mencionar que tornar a situação na Alemanha insustentável para os judeus - em cooperação com Nacional Socialismo alemão - fazia parte do plano.

Este foi a génese do denominado Acordo de Transferência (Transfer Agreement), o acordo entre os judeus sionistas e o governo Nacional Socialista para transferir a Judiaria alemã para a Palestina.

De acordo com historiador judeu Walter Laqueur e muitos outros, os judeus alemães estavam longe de estar convencidos de que a imigração para a Palestina era a resposta. Além disso, embora a maioria dos judeus alemães tenha recusado considerar os Sionistas como seus líderes políticos, é certo que Hitler cooperou com os Sionistas com a finalidade de implementar a solução final: a transferência em massa de judeus para o Oriente Médio.

Edwin Black, no volumoso livro «O Acordo de Transferência» (The Transfer Agreement) (Macmillan, 1984), declarou que embora a maioria dos judeus não quisesse de forma nenhuma ir para a Palestina, devido à influência do movimento sionista dentro da Alemanha Nazi a melhor forma de um judeu de sair de Alemanha era emigrando para a Palestina. Por outras palavras, o próprio Acordo de Transferência ordenou que o capital judeu só poderia ir para a Palestina.

A grande dificuldade com o Acordo de Transferência (ou até mesmo com a ideia de tal um acordo) era que os ingleses estavam a exigir, como condição de imigração, que cada imigrante pagasse 1,000 libras esterlinas à chegada a Haifa ou outro lugar. A dificuldade é que era quase impossível arranjar tal moeda numa Alemanha radicalmente inflacionária. Esta era a ideia principal por trás do Acordo de Transferência final. Laqueur escreveu:

"Um grande banco alemão congelaria fundos pagos por imigrantes em contas bloqueadas por exportadores alemães, enquanto um banco na Palestina controlaria a venda de bens alemães para a Palestina, portanto proporcionando aos imigrantes a moeda corrente estrangeira necessária. Sam Cohen, dono da Hanoaiah Ltd. e dirigente dos encargos de transferência, foi porém sujeito a objecções por parte das próprias pessoas e finalmente teve que conceder que tal acordo de transferência só poderia ser concluída num nível mais elevado com um banco próprio em lugar de uma companhia privada. O reputado Anglo-Palestine Bank em Londres seria incluído nesta transacção de transferência e seria criado uma companhia companhia fiduciária para este fim."

Claro que, isto é da maior importância histórica sobre a relação entre Sionismo e Nacional Socialismo na Alemanha nos anos trinta. A relação somente não era apenas de interesse mútuo e favoritismo político da parte de Hitler, mas igualmente uma relação financeira íntima com famílias bancárias alemãs e instituições financeiras. Black escreve:

"Era uma forma dos Sionistas subverterem o boicote anti-Nazi. O Sionismo precisava de transferir o capital de judeus alemães e as mercadorias eram o único meio disponível. Mas os líderes sionistas depressa perceberam que o sucesso da futura economia palestina judia ficaria inextrincavelmente amarrada à sobrevivência da economia Nazi. Então a liderança sionista foi compelida a ir mais longe. A economia alemã teria que ser salvaguardada, estabilizada, e se necessário reforçada. Consequentemente, o partido Nazi e os organizadores sionistas compartilharam um interesse comum na recuperação de Alemanha."

Desta forma percebe-se uma fractura radical ao redor em Judiaria mundial em 1933 e depois disso. Havia, primeiro, os judeus não sionistas (especificamente o Congresso judeu Mundial fundado em 1933) que, por um lado, exigiu o boicote e a destruição eventual da Alemanha. Black realça que muitas destas pessoas não estavam só em Nova Iorque e Amesterdão, mas uma boa parte vinha da própria Palestina.

Por outro lado, percebe-se o uso judicioso de tais sentimentos pelo Sionistas para o restabelecimento eventual na Palestina. Por outras palavras, pode-se dizer (e Black chama a atenção para isso) que Sionismo acreditou que, desde que os judeus estivessem mudando-se para o Levante (Palestina), a fuga de capitais seria necessária para qualquer nova economia funcionar.

O resultado foi que a percepção de que Sionismo teria que se aliar com Nacional Socialismo, de forma que o governo alemão não impediria o fluxo de capitais judeus para fora do país.

As denúncias das práticas alemãs contra os judeus para os assustar e obrigarem-nos a ir para a Palestina serviu os interesses sionistas, mas, por outro lado, Laqueur declara que "Os Sionistas estavam interessados em não colocar em risco a economia alemã ou a sua moeda corrente." Por outras palavras, a liderança sionista da Diáspora judaica foi um de subterfúgio, porque só com o advento de hostilidade alemã para com a Judiaria se poderia convencer os judeus do mundo que imigração [para a Palestina] era o único escape.

O facto é que o decisivo estabelecimento do estado de Israel foi baseado numa fraude. Os Sionistas não representavam nada mais que uma pequena minoria de judeus alemães em 1933. Por um lado, os sionistas, pais de Israel quiseram denúncias das "crueldades" da Alemanha contra os judeus do mundo enquanto, ao mesmo tempo, pediam moderação de forma a que o governo Nacional Socialista permanecesse estável, financeira e politicamente. Assim o Sionismo boicotou o boicote.

Para todos os propósitos, o governo Nacional Socialista foi a melhor coisa que podia acontecer ao Sionismo na história, pois "provou" a muitos judeus que os europeus eram irreprimivelmente anti-judeus e que a Palestina era a única resposta: o Sionismo veio a representar a grande maioria dos judeus somente por artifício e cooperação com Adolf Hitler.

Para os Sionistas, tanto as denúncias de políticas alemãs contra os judeus (para manter os judeus amedrontados), como o fortalecimento da economia alemã (por causa de restabelecimento final na Palestina) eram imperativos para o movimento sionista. Ironicamente, hoje os líderes sionistas de Israel queixam-se amargamente do regime horroroso e desumano dos Nacionais Socialistas. Deste modo a fraude continua.


Comentário:

Aquilo a que o autor deste artigo, Raphael Johnson, apelida de Sionistas, eu apelido «The Money Masters» - Os Senhores do Dinheiro.

Embora alguns sejam de origem judaica, outros não o são. Nem acredito que tenham alguma religião senão a do dinheiro e do poder. Cito alguns nomes:

Rothschild, Lazard, Morgan, Mantagu, Harriman, Kuhn Loeb, Warburg, Lehman, Schiff, Rockefeller, Pyne, Sterling, Stillman, etc.

Estou convencido que foram estes senhores os grandes obreiros da maior parte dos conflitos mundiais desde os finais do século XIX até hoje. Porque as guerras rendem dinheiro e asseguram poder político.

Como tal, penso que na II Grande Guerra, estes cavalheiros manobraram os alemães, manobraram os judeus dentro e fora da Alemanha (como o autor do artigo bem descreve) e manobraram os aliados. Esta Guerra provocou 50 milhões de mortos e um número incontável de feridos.

O conflito específico entre judeus e alemães foi provocado e orientado no sentido da construção e povoação do «Estado de Israel», que julgo que não é mais do que uma sólida base militar, pertença dos «Money Masters», junto das maiores reservas energéticas do planeta.

Para a edificação desta base militar (Israel), centenas de milhares de judeus foram, durante a II Guerra, arrebanhados pelos nazis e levados para campos de concentração, onde uma boa parte morreu de doenças, fome, trabalhos forçados, condições desumanas e execuções arbitrárias. Ainda não vi até hoje nenhuma prova concludente de que tenham existido câmaras de gás e genocídio deliberado.

domingo, setembro 23, 2007

AUSCHWITZ – O Centro de Extermínio

No Site official de Auschwitz:

Mulheres e crianças judias, depois da selecção, a caminho das câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau.

Em princípios de 1942, Auschwitz começou a funcionar de outro modo. Tornou-se o centro de destruição em massa dos judeus europeus. Os Nazis marcaram todos os judeus que viviam na Europa para exterminação total, qualquer que fosse a sua idade, sexo, ocupação, cidadania ou opiniões políticas. Morreram apenas porque eram os judeus.

Depois das selecções feitas na plataforma da via férrea, ou rampa, as pessoas recém-chegadas classificadas pelos médicos das SS como impróprias para o trabalho eram enviadas para as câmaras de gás: o doente, o idoso, mulheres grávidas, crianças. Na maioria dos casos, 70-75% de cada transporte era enviado para a morte imediata. Estas pessoas não eram inscritas nos registros do campo; ou seja, não receberam nenhum número de série e não eram registradas. É por isso que só é possível estimar o número total de vítimas.

Em Auschwitz as crianças eram mortas frequentemente à chegada. Crianças nascidas no campo eram geralmente mortas imediatamente. Perto do fim da guerra para cortar custos e poupar gás, considerações contabilísticas conduziram a uma ordem para colocar as crianças vivas directamente nos fornos ou lançá-los em valas à arder a céu aberto.


Comentário:

Dadas as explicações oficiais sobre o tratamento que era reservado às crianças (impróprias para o trabalho) no campo de extermínio de Auschwitz, é impossível não estranhar estas fotografias mostrando as crianças libertadas no campo de concentração de Auschwitz em 27 de Janeiro de 1945. As fotos foram tiradas pelos soviéticos imediatamente após a libertação do campo:
















sexta-feira, setembro 21, 2007

Osama, afinal, ainda mexe e remexe

Jornal de Notícias - 21 de Setembro de 2007

«Com as eleições presidenciais no Paquistão marcadas para o próximo dia 6 de Outubro em pano de fundo, Osama bin Laden apelou a uma "guerra santa" ("jhiad") contra o actual presidente, Pervez Musharraf, principal aliado dos EUA na tentativa de controlo da investida taliban na zona de fronteira com o Afeganistão.

Numa gravação áudio, o líder da Al-Qaeda pede vingança pelo sangue vertido pelos "campeões do islamismo", numa alusão aos militantes mortos pelo Exército paquistanês durante o assalto à Mesquita Vermelha. A tomada da mesquita pelas forças de segurança, diz bin Laden, "demonstrou a insistência de Musharraf em manter a sua lealdade, submissão e ajuda à América contra os muçulmanos(...) e torna obrigatória a rebelião armada contra ele e o seu afastamento".

A gravação - emanada pela As-Sahab, o braço da rede terrorista ligado aos média, segundo o SITE, organismo especializado na vigilância de sítios electrónicos islamitas - é acompanhada por imagens que mostram sequências antigas de Osama bin Laden, o homem mais procurado do Mundo, e do seu braço direito, Ayman al-Zawahiri, de visita a um campo de treino numa região montanhosa. De acordo com o SITE, o ecrã é emoldurado com fotografias de militantes islamitas mortos.»


Não obstante as terríveis ameaças do líder incontestado da Al-Qaeda, o Presidente George W. Bush, um dos poucos políticos mundiais ainda com eles no sítio, deve continuar a manter a mesma postura de serenidade a que já nos habituou.


George W. Bush numa conferência de imprensa na Casa Branca, em Março de 2002:


Jornalista: Mas não acha que a ameaça que bin Laden coloca não será completamente eliminada enquanto ele não for encontrado morto ou vivo?

Bush: Bom, como eu disse, não temos ouvido falar muito dele e eu não sei onde é que ele está...

Bush: Repito o que disse, não estou verdadeiramente muito preocupado com ele...


Vídeo legendado em português – 51 segundos:

quarta-feira, setembro 19, 2007

O dilema dos Judeus de Auschwitz em Janeiro de 1945 - Liberdade ou Extermínio?

Friedrich Paul Berg

No livro que tornou mais famoso Elie Wiesel, «Die Nacht» "A Noite", que é uma leitura recomendada em escolas públicas em todo o país, Wiesel pinta um quadro horroroso de vida em Auschwitz de Abril de 1944 a Janeiro de 1945, quando ele lá esteve. Embora muitas centenas de milhares de judeus tivessem supostamente sido gaseados durante este período, Wiesel não faz nenhuma menção aos gaseamentos ou a câmaras de gás em qualquer parte do livro, como Jürgen Graf e Robert Faurisson salientaram. Reivindica contudo ter visto chamas a sair das chaminés e o Dr. Mengele a usar um monóculo.

Quando os Russos estavam prestes a tomar conta de Auschwitz em Janeiro de 1945, Elie e o seu pai "escolheram" ir para ocidente com os Nazis e os SS em retirada em vez de serem "libertados" pelo maior aliado de América. Eles poderiam ter contado ao mundo inteiro tudo sobre Auschwitz dentro de poucos dias - mas, Elie e o pai, assim como incontáveis milhares de outros judeus escolheram, em vez disso, viajar para oeste com os Nazis, a pé, de noite, num Inverno particularmente frio e consequentemente continuarem a trabalhar para a defesa do Reich. De facto, escolheram colaborar.

Algumas das exactas palavras de Wiesel no seu livro «Die Nacht» "A Noite":

"A escolha estava nas nossas mãos. Por uma vez podíamos decidir o nosso próprio destino. Podíamos ter ficado ambos no hospital onde eu tinha a possibilidade de, graças ao meu médico, colocar o meu pai como paciente ou enfermeiro. Ou então podíamos seguir os outros. 'Bem, o que é que vamos fazer, pai?' Ele ficou calado. 'Vamos ser evacuados com os outros,' disse-lhe."

A história de Elie a este respeito é confirmada pelas de outros "sobreviventes" que incluem o testemunho de Primo Levi. No livro de Levi «Sobreviver em Auschwitz», o autor escreve sobre o dia 17 de Janeiro de 1945:

"Não era uma questão de raciocínio: Eu teria provavelmente seguido também o instinto de rebanho se não estivesse tão fraco: o medo é extremamente contagioso, e a reacção mais imediata era fugir dali para fora."

Levi está a falar de fugir com os Nazis – e não dos Nazis, que não eram apenas soldados comuns mas supostamente os piores dos Nazis. Levi está a falar de fugir com os mesmos Nazis e SS que supostamente tinham levado a cabo o maior assassínio em massa de judeus em toda a história universal.

Levi está a falar sobre fugir com as pessoas que supostamente fizeram matanças de milhares diariamente durante vários anos. Mas, de acordo com as suas próprias palavras, ele teria fugido provavelmente com eles [Nazis], e só não o fez porque não se estava a sentir bem naquele dia; sentia-se fraco. O "medo" que Levi superou era claramente o medo dos russos e não dos Nazis; não há nenhuma referência ao medo daquilo que os Nazis e os SS pudessem fazer quando os evacuado entrassem na floresta ou o que pudesse acontecer alguns dias depois.

As escolhas que foram feitas aqui em Auschwitz em Janeiro de 1945 são extremamente importantes. Em toda a história do sofrimento judeu às mãos de gentios, que altura poderia ser mais dramática do que o precioso momento em que os Judeus podiam escolher, por um lado, a libertação pelos Soviéticos com a possibilidade de contar a todo o mundo sobre as malfeitorias Nazis e ajudar à sua derrota - ou então fugir com os assassinos em massa Nazis, continuando a trabalhar para eles e ajudando-os a preservar o seu regime demoníaco. Na grande maioria dos casos, escolheram ir com os Nazis. De acordo com Levi, 800 escolheram ficar em Auschwitz, mas 20.000 preferiram ir e colaborar com os assassinos em massa Nazis.

Todos os Judeus que vieram para ocidente [a fugir dos russos para a Alemanha Nazi] negaram o Holocausto embora o tenham feito apenas com os pés. Os Judeus foram, eles próprios, os primeiros verdadeiros negacionistas do Holocausto.
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segunda-feira, setembro 17, 2007

Simon Wiesenthal confirma: "não existiam campos de extermínio em solo alemão"


Em 1995, as placas de Auschwitz, que João Paulo II abençoou em 1979, e que indicavam terem morrido 4 milhões de pessoas naquele campo de concentração, foram substituídas por outras placas que indicam que em Auschwitz morreram aproximadamente 1.5 milhões de pessoas. As novas placas foram abençoadas por Bento XVI:



'Provas' de gaseamentos em Dachau:

"Provas" abundantes de que os prisioneiros eram gaseados em Dachau foram fornecidas durante anos, particularmante no julgamento principal de Nuremberga de 1945-1946. Antigo prisioneiro, o Dr. Franz Blaha, por exemplo, forneceu um testemunho ocular em Nuremberga sobre os assassínios em câmaras de gás de "muitos prisioneiros" em Dachau.

De acordo com um documento do governo americano de Maio de 1945, que foi aceite como prova pelo Tribunal de Nuremberga como documento L-159 (E.U.A. - 222), "uma característica distintiva do Campo de Dachau era a câmara de gás para a execução de prisioneiros." O relatório oficial descreveu a alegada operação de gaseamentos com grande detalhe.


'Provas' de Extermínio em Buchenwald:

Provas impressionantes foram igualmente apresentadas durante anos para "provar" que o campo de Buchenwald era um centro de "extermínio." Por exemplo, em Abril de 1945 um relatório do Exército dos EUA sobre Buchenwald preparado para o Supremo Quartel-General Aliado na Europa declarou que a "missão do campo" era operar como "uma fábrica de extermínio."

Em Maio de 1945 o governo americano publicou um relatório sobre os campos de concentração alemães, que foi aceite como prova pelo Tribunal de Nuremberga como documento L-159, onde Buchenwald é similarmente descrito como uma "fábrica de extermínio". Um relatório oficial do governo francês aceite pelo Tribunal como prova RF-301 (documento 274-F) acusou:

Tudo tinha sido providenciado até ao mínimo detalhe. Em 1944, em Buchenwald, eles até tinham prolongado uma linha de caminho de ferro de forma que os deportados poderiam ser conduzidos directamente à câmara de gás. Certas [câmaras de gás] tinham um pavimento que se inclinava e encaminhava imediatamente os corpos da câmara para o forno crematório.


Mas, ao que parece, Simon Wiesenthal, o célebre "caçador de Nazis", coloca em dúvida todas as provas e testemunhos que atestavam a existência de câmaras de gás em campos de concentração situados na Alemanha, como são os casos de Dachau, Buchenwald, Bergen-Belsen e outros:

Simon Wiesenthal:

Numa carta publicada em Janeiro de 1993 no The Stars and Stripes, um jornal para o pessoal do serviço militar dos EUA, Simon Wiesenthal reconfirmou, de passagem, que não houve nenhum campo de extermínio em território alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Ele fez uma declaração idêntica numa carta publicada sobre o assunto em Abril de 1975 no periódico britânico «Books and Bookmen».

Sendo certo que a verdade das palavras de Wiesenthal são conhecidas há anos, esta declaração é significativa, em primeiro lugar, porque é feita por uma figura internacionalmente reputada e supostamente entendida e respeitável, e, segundo, porque confirma uma vez mais um ponto que os revisionistas têm defendido há anos. O que Wiesenthal não menciona e o que não é amplamente entendido, é que ele implicitamente confirma também a mudança drástica que aconteceu durante anos na história de extermínio do Holocausto.

O que o "caçador de Nazis" diz agora contrasta nitidamente com o que foi reivindicado autoritariamente nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. No grande Tribunal de Nuremberga de 1945-1946, por exemplo, funcionários de governos aliados apresentaram provas aparentemente conclusivas que atestavam que campos de concentração "em solo alemão" - como Dachau e Buchenwald - eram centros de "extermínio". Sir Hartley Shawcross, promotor chefe britânico no julgamento principal de Nuremberga, declarou utilizando o mesmo critério no seu discurso final no dia 26 de Julho de 1946, aqueles "assassinatos [eram] conduzidos como uma indústria de produção de massa nas câmaras de gás e nos fornos "de Buchenwald, Dachau, Oranienburg - tudo "solo alemão” – assim como nos outros campos fora da Alemanha dirigidos por alemães.


A mesma opinião [de Wiesenthal] é também expressa numa carta de 1960 do Dr. Martin Broszat, traduzida do semanário de Hamburgo Die Zeit com a manchete "Keine Vergasung em Dachau ("Não houve gaseamentos em Dachau")." A carta apareceu na edição alemã de 19 de Agosto de 1960, e na edição americana de 26 de Agosto de 1960 (p. 14). O Dr. Broszat escreve em nome do prestigioso Instituto para a História Contemporânea (Institut fuer Zeitgeschichte). Serviu depois como director do arquivo e centro de pesquisa de Munique:

«Nem em Dachau nem em Bergen-Belsen nem em Buchenwald foram alguma vez gaseados judeus ou outros prisioneiros. A câmara de gás em Dachau nunca foi finalizada ou posta "em operação." Centenas de milhares de prisioneiros que morreram em Dachau e noutros campos de concentração no velho Reich [quer dizer, na Alemanha com as suas fronteiras de 1937] foram vítimas, acima de tudo, das condições higiénicas e de abastecimento catastróficas: de acordo com estatísticas oficiais das SS, durante os doze meses de 1942 de Julho a Junho 1943, 110.812 pessoas morreram de doença e de fome em todos campos de concentração do Reich.»


Comentário:

Contudo, nem esta redução de dois milhões e meio no número de mortes em Auschwitz, nem o reconhecimento oficial de que não existiam câmaras de gás nos campos de concentração em território alemão, influenciaram o número global de SEIS MILHÕES de mortos do Holocausto.

A quantas mais reduções do número de vítimas vamos assistir e quantas mais "provas e testemunhos irrefutáveis do holocausto" vamos ainda ver desmentidos?
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domingo, setembro 16, 2007

Osama bin Laden explica finalmente tudo

Vídeo gamado ao Mote para Motim que o gamou, por sua vez, ao Realidade Oculta.

Bin Laden coloca várias questões pertinentes à comunidade de língua portuguesa. Convida-nos, de alguma forma, a uma reflexão sobre a propaganda mediática que ingurgitamos diariamente nos meios de comunicação (sobretudo nos de referência). Em suma, um terrorista desassombrado e sem papas na língua, que assume sem falsos pudores o ódio que sente pelo nosso modo de vida.


Falado em português

sexta-feira, setembro 14, 2007

Robert Fisk, correspondente do «The Independent», "questiona" a verdade sobre o 11 de Setembro

Num artigo publicado no "The Independent" em 25/8/2007 por Robert Fisk, o jornalista questiona a verdade sobre o 11 de Setembro (artigo no www.esquerda.net), mas queixa-se de que nas palestras que profere, por esse mundo fora, sobre o Oriente Médio, surgem sempre os «delirantes».

Os «delirantes», para Fisk, são os que colocam irritantemente sempre a mesma questão: «A pergunta dele - ou dela - é mais ou menos assim: se você se considera um jornalista livre, por que é que não diz o que sabe realmente sobre o 11 de Setembro? Por que não conta a verdade - que a administração Bush (ou a CIA, a Mossad, sabe-se lá o quê) explodiu as torres gémeas? Por que não revela os segredos por trás do 11 de Setembro?»

E, embora Fisk reconheça que «jornalisticamente, existem muitas coisas estranhas sobre o 11 de Setembro», recusa-se terminantemente em enveredar por «teorias da conspiração» - «Não sou um teórico da conspiração. Poupem-me dos "delirantes". Poupem-me das maquinações. Mas, como toda a gente, gostaria de conhecer a história completa do 11 de Setembro»

E Robert Fisk tira da cartola os seus dois grandes trunfos contra as teorias dos "delirantes":

1 - «O meu argumento final - como é que alguma vez essa mesma administração [que estragou - do ponto de vista militar, político e diplomático - tudo o que tentou fazer no Médio Oriente] poderia realizar com sucesso aqueles crimes contra a humanidade nos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001

2 - «Qualquer militar [que diga - como os americanos fizeram dois dias depois - que a Al-Qaeda está desbaratada,] não é capaz de fazer algo na escala do que aconteceu em 11 de Setembro


Comentário:

O aparente «bom-senso» de Robert Fisk, ao dar uma no prego e outra na ferradura, é perfeitamente falacioso. Os seus «argumentos», assentes na «incompetência» da administração Bush para levar a cabo os atentados, têm tanto de enganadores como de néscios.

Ao pretender dar uma imagem pseudo-equidistante em relação aos atentados, Fisk pretende instilar nos seus leitores e ouvintes uma dúvida razoável sobre a autoria do 11 de Setembro (cujas provas contra a administração Bush são actualmente esmagadoras).

O «agnosticismo» de Fisk é falso. O seu objectivo é perpetuar a incerteza quando já não há dúvida possível. Tal tem sido a política dos monopólios mediáticos que, em conjunto, têm apoiado a política imperial neoconservadora desta Administração. O "The Independent" pertence ao grupo Independent News & Media PLC, dono de mais de duzentas publicações no Reino Unido, Irlanda, Austrália, África do Sul e Nova Zelândia.
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quarta-feira, setembro 12, 2007

Fernando Madrinha sobre a engorda criminosa da Banca – estará o Governo a soldo de quem lhe paga as campanhas eleitorais?

Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007:

Para um breve retrato deste nosso país singular onde cada vez mais mulheres dão à luz em ambulâncias - e assim ajudam o ministro Correia de Campos a poupanças significativas nas maternidades que ainda não foram encerradas -, basta retomar três ou quatro notícias fortes das últimas semanas. Esta, por exemplo: centenas e centenas de famílias pedem conselho à Deco porque estão afogadas em dívidas à banca. São pessoas que ainda têm vontade e esperança de cumprir os seus compromissos. Mas há milhares que já não pagam o que devem e outras que já só vivem para a prestação da casa. Com o aumento sustentado dos juros, uma crise muito séria vem aí a galope.

Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. Daí que os manda-chuvas do Millenium BCP se permitam andar há meses numa guerra para ver quem manda mais, coisa que já custou ao banco a quantia obscena de 2,3 mil milhões de euros em capitalização bolsista. Ninguém se rala porque, num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho acabará por voltar às suas mãos.

Na aparência, nem o endividamento das famílias nem a obesidade da banca têm nada a ver com os ajustes de contas na noite do Porto. Porém, os negócios que essa noite propicia - do álcool que se vende à droga que se trafica mais ou menos às claras em bares e discotecas, segundo os jornais - dão milhões que também passam pelos bancos. E quanto mais precária a situação das tais famílias endividadas e a daquelas que só não têm dívidas porque não têm crédito, mais fácil será o recrutamento de matadores, de traficantes e operacionais para todo o tipo de negócios e acções das máfias que se vão instalando entre nós.

Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas - as da tal «silly season», em que os jornalistas estão sempre a dizer que nada acontece - são notícias de mau augúrio. Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestrutruração, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais. Quem pode voltar optimista das férias?


Comentário (palavras de Fernando Madrinha):

«O poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais







«Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles»:

O lucro do Millennium BCP atingiu 191 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. Os resultados em base recorrente cresceram 16% nos primeiros três meses do ano.

O Banco Espírito Santo divulgou quinta-feira um lucro de 139,8 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 33% que no período homólogo...

O BPI obteve um resultado líquido de 96,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um valor que corresponde a uma subida de 30 por cento face a igual período do ano anterior.

O resultado do Banco Bilbao Viscaya y Argentaria (BBVA) subiu para pouco mais de 1,25 mil milhões de euros, mais 23% no resultado líquido no primeiro trimestre de 2007.

O Banco Santander Central Hispano obteve um resultado líquido de 1,8 mil milhões de euros, no primeiro trimestre do ano. Este valor representa mais 21% que no período homólogo...
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segunda-feira, setembro 10, 2007

Até já o Paulinho Portas (pasme-se) questiona o Governo sobre o endividamento das famílias (causado pelas subidas das taxas de juros do BCE)

Paulo Portas questiona Governo na Internet sobre o endividamento das famílias

Jornal Público - 02.09.2007 - Margarida Gomes

Sete workshops juntam hoje, no Porto, figuras independentes e dirigentes nacionais do CDS. A subida das taxas de juro e o endividamento das famílias portuguesas vão estar no centro de todas as preocupações do CDS-PP na reabertura do novo ano parlamentar.

Quem o garante é o próprio líder do partido, Paulo Portas, que desafia o primeiro-ministro, José Sócrates, a esclarecer quais as medidas que pretende apresentar para travar a escalada dos juros, ditada pelo Banco Central Europeu (BCE), e que deixa "milhares de famílias com a corda na garganta".

Num vídeo divulgado ontem no YouTube e no Sapo e que assinala o novo ano político do CDS, Paulo Portas desafia também o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, a pronunciar-se sobre as repercussões da crise nos EUA.

"Há centenas de famílias com a corda na garganta por causa da subida sistemática do dinheiro", afirma o líder do CDS-PP, alertando para as consequências que "a subida das taxas de juro na zona euro vai ter para as famílias, sobre o rendimento e o crescimento das economias". Sublinhando que "a economia portuguesa cresce pouco e que os últimos dados são muito preocupantes", Portas entende que existem razões para as autoridades portuguesas estarem preocupadas e dispara: "Alguém sabe o que pensa o primeiro-ministro de Portugal e presidente do Conselho Europeu em exercício sobre a questão das taxas de juro e o efeito no crescimento económico? Ninguém sabe, mas devíamos saber. E o governador do Banco de Portugal, que em nome de todos nós está no BCE, tem um pensamento sobre o assunto? Era importante conhecê-lo".

Jean-Claude Trichet

No vídeo, o líder do partido deixa uma crítica ao Governo pelo facto de não ter aberto um debate relativamente à política do BCE e elogia o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, que recentemente criticou o banco liderado por Jean-Claude Trichet por ter como única preocupação o controlo da inflação, elevando as taxas de juro para níveis excessivos.

"O Presidente Sarkozy trouxe uma lufada de ar fresco e de autenticidade à Europa, ao afirmar que a inflação está bastante controlada na zona euro, mas que o preço do dinheiro está muitos pontos acima e, se continuar a subir indefinidamente, isso vai ter consequências sobre as famílias, sobre o rendimento, mas também sobre o crescimento das economias", declarou, revelando, desde já, que vai usar todos os meios na Assembleia da República para exigir do Governo medidas que estimulem o crescimento económico, controlem a subida das taxas de juro e limitem os danos das famílias endividadas.


Comentário:

O líder do CDS-PP, Paulo Portas (quem diria, o Paulinho dos submarinos e das fragatas), surge a mostrar profunda preocupação com as incompreensíveis subidas dos juros do Banco Central Europeu (BCE), mantendo-se a inflação estável nos 2%. Se um populista e demagogo inveterado, como Paulo Portas, pegou neste tema, é bom sinalsignifica que existe uma percentagem crescente da população que se questiona porque sobem escandalosamente as suas prestações à banca e porque engorda esta, de trimestre para trimestre, de forma criminosa.
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