sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Ossama - o fantasma da Propaganda e da Desinformação


Texto de de Michel Chossudovsky, professor de Economia na Universidade de Ottawa:

Os arquitectos militares do Pentágono estão perfeitamente conscientes do papel central da propaganda de guerra. Engendrada pelo Pentágono, pelo Departamento de Estado e pela CIA, já foi lançada uma Campanha de medo e desinformação [fear and disinformation campaign (FDC)] . A distorção grosseira da verdade e a manipulação sistemática de todas as fontes de informação constituem uma parte integral da estratégia de guerra. Em consequência do 11 de Setembro, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld criou o Gabinete de Influência Estratégia [Office of Strategic Influence (OSI)] , ou Gabinete de Desinformação" ["Office of Desinformation"] como foi rotulado pelos seus críticos:

"O Departamento da Defesa afirmou ter necessidade de fazer isso, e estavam realmente a caminho de espalhar histórias falsas em países estrangeiros — num esforço para influenciar a opinião pública por todo o mundo. (Entrevista com Steve Adubato, Fox News, 26 Dezembro de 2002.)

Um certo número de agências governamentais e informação - com ligações ao Pentágono - estão envolvidas em várias componentes da campanha de propaganda. A realidade é apresentada de pernas para o ar. Actos de guerra são anunciados como "intervenções humanitárias" destinados a uma "mudança de regime" e à "restauração da democracia". A ocupação militar e o massacre de civis são apresentados como "manutenção da paz". A abolição de liberdades civis - no contexto da assim chamada "legislação anti-terrorista" - é retratada como um meio para proporcionar "segurança interna" e promover liberdades civis. E subjacentes a estas realidades manipuladas, declarações sobre "Osama bin Laden" e "armas de destruição em massa", que circulam abundantemente nas cadeias noticiosas, são apresentadas como a base para um entendimento dos acontecimentos mundiais.

Para sustentar a agenda de guerra, estas "realidades fabricadas", canalizadas numa base diária para o interior das cadeias noticiosas devem tornar-se verdades indeléveis, tornando-se parte de um vasto consenso político e dos meios de comunicação. Desta forma, os media corporativos - embora actuando independentemente do aparelho militar de informações - são um instrumento desta evolução totalitária do regime.

Em estreita ligação com o Pentágono e a CIA, o Departamento de Estado montou também a sua própria unidade de propaganda "soft-sell" (civil), dirigida pelo subsecretário de Estado para Diplomacia Pública e Negócios Públicos, Charlotte Beers, uma figura poderosa na indústria da publicidade. Trabalhando em ligação com o Pentágono, Beers foi nomeado para chefe da unidade de propaganda do Departamento de Estado logo após o 11 de Setembro. O seu mandato é "para actuar contra o anti-americanismo no exterior" (Sunday Times, Londres 5 de Janeiro de 2003). O seu gabinete no Departamento de Estado destina-se a:

"assegurar que a diplomacia pública (cativar, informar e influenciar audiências públicas internacionais) seja praticada em harmonia com os negócios públicos (estendendo-se a americanos) e com a diplomacia tradicional para promover os interesses e a segurança dos EUA e proporcionar a base moral para a liderança americana no mundo".

A componente mais poderosa da Campanha de Medo e Desinformação (FDI) pertence à CIA, a qual secretamente subsidia autores, jornalistas e críticos por intermédio de uma rede de fundações privadas e organizações patrocinadas pela CIA. A CIA influencia também o âmbito e a direcção de muitas produções de Hollywood. Desde o 11 de Setembro, um terço das produções de Hollywood são filmes de guerra. "As estrelas de Hollywood e os autores de guiões apressam-se a reforçar a nova mensagem de patriotismo, aconselhando-se com a CIA e inspirando-se junto dos militares acerca de possíveis ataques terroristas na vida real". "A soma de todos os medos" ("The Sum of All Fears") , dirigido por Phil Alden Robinson, que pinta o cenário de uma guerra nuclear, recebeu o endosso e o apoio tanto do Pentágono como da CIA.

A desinformação é rotineiramente "espalhada" pelos operacionais da CIA nas redacções do principais diários, revistas e canais de TV. Firmas de relações públicas externas são frequentemente utilizadas para criar "falsas histórias". Isso foi cuidadosamente documentado por Chaim Kupferbert em relação aos acontecimentos do 11 de Setembro: "Alguns, relativamente poucos, correspondentes bem relacionados forneciam os 'furos de reportagem', que obtinham cobertura nas relativamente escassas fontes de notícias dos principais meios de comunicação, onde os parâmetros de debate são ajustados e a "realidade oficial" é consagrada.

Iniciativas de desinformação encoberta, sob os auspícios da CIA, também são canalizadas através de vários "procuradores" de informação noutros países. Desde o 11 de Setembro essas iniciativas resultaram numa disseminação diária de informação falsa referente a alegados "ataques terroristas". Em virtualmente todos os casos relatados (na Grã Bretanha, França, Indonésia, Índia, Filipinas, etc.) afirmam que os "supostos grupos terroristas" têm "ligações à Al-Qaeda de Osama bin Laden" sem naturalmente admitir o facto (amplamente documentado por relatórios de agências de informações e documentos oficiais) que a Al-Qaeda é uma criação da CIA.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

11 de Setembro - Quid Bono? Quem beneficia?



Video do Discurso de despedida do Presidente Eisenhower à Nação - 17 de Janeiro de 1961 (amabilidade do Navio Negreiro):

Esta conjunção de uma imensa instituição militar e uma enorme indústria de armamento é um facto novo na experiência americana. A influência total – económica, política, e até espiritual – é sentida em qualquer cidade, repartição ou ministério do Governo Federal. Nós reconhecemos a necessidade imperativa deste desenvolvimento. Mas não podemos deixar de compreender as suas graves implicações. O nosso trabalho, recursos e meios de vida estão todos envolvidos; assim como a própria estrutura da nossa sociedade.

Nas reuniões do governo, temos de nos precaver contra a aquisição de influência injustificada, desejada ou não, por parte do complexo militar-industrial. O potencial para o crescimento desastroso de poder indevido existe e persistirá.

Não devemos nunca deixar que a influência desta combinação coloque em perigo as nossas liberdades ou processos democráticos. Não devemos dar nada por adquirido. Apenas um alerta e uma cidadania inteligente podem forçar o entendimento entre o enorme complexo militar-industrial e os nossos métodos pacíficos e os nossos objectivos, de tal forma que a segurança e a liberdade possam prosperar em conjunto.





Despesa Militar Norte-Americana


O orçamento militar Americano pedido pela Administração Bush para o ano fiscal de 2007 é de 462.7 milhares de milhões de dólares.

Para o ano fiscal de 2006 foi de 441.6 milhares de milhões de dólares

Para o ano fiscal de 2005 foi de 420.7 milhares de milhões de dólares

Para o ano fiscal de 2004 doi de 399.1 milhares de milhões de dólares

Para o ano fiscal de foi de 396.1 milhares de milhões de dólares

Para o ano fiscal de 2002 foi de 343.2 milhares de milhões de dólares

Para o ano fiscal de 2001 foi de 310 milhares de milhões de dólares

• E foi de 288.8 milhares de milhões de dólares , em 2000

No princípio de 2006 o Congresso já aprovou um fundo adicional de 300 milhares de milhões de dólares para operações no Iraque e no Afeganistão.

Comentário:

Mal sabia Bin Laden que os seus atentados iriam dar tantos proventos ao complexo militar-industrial. Este terrorista, se não existisse, tinha de ser inventado!

sábado, fevereiro 18, 2006

Cheney - implacável, seja na caça à perdiz ou ao petróleo



Outro - Senhor, parece que você acertou no seu companheiro de caça!

Cheney - E então? Dêm-lhe uma medalha, digam-lhe que ele tem o obrigado de uma nação agradecida e que se cale em relação a isto.


A Polícia do estado do Texas afirmou que não apresentará uma acusação formal contra o vice-presidente americano, Dick Cheney, após o final de uma investigação sobre o acidente de caça no qual o político feriu o advogado Harry Whittington, no rosto, no pescoço e no peito.

Em entrevista à emissora Fox News transmitida ontem, o vice-presidente admitiu que tinha tomado uma cerveja durante o almoço.

Entretanto, o vice-presidente afirma que durante a caça "ninguém estava bebendo. Ninguém estava bêbado. Não é uma boa idéia caçar com alguém que beba".

"No fim de contas, fui eu quem apertou o gatilho e atirou contra o meu amigo", disse Cheney na entrevista.


Comentário:

Se Cheney reage assim com os amigos quando estão em causa apenas umas perdizes, o que não fará no caso de enormes jazidas petrolíferas? Se estivesse na pele de Blair não dormia descansado!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Terroristas internacionais

Globo Online - 15/02/2006

WASHINGTON - Uma base de dados do governo americano com supostos terroristas internacionais e seus aliados inclui 325 mil nomes, um número quatro vezes maior do registrado quando a lista foi criada, em 2003, afirma nesta quarta-feira o jornal americano "The Washington Post".

A lista é mantida pelo Centro Nacional de Contra-terrorismo (NCTC, na sigla em inglês). A reportagem do jornal afirma que, segundo autoridades do NCTC, o número real de pessoas presentes na lista estaria em torno de 200 mil, já que uma mesma pessoa pode aparecer mais de uma vez porque seu nome é escrito de várias formas ou porque possui mais de um nome.

Um membro do órgão, que não quis ser identificado, afirmou ao diário que a grande maioria dos que constam da lista não é americana e que não mora nos EUA.

De acordo com o jornal, defensores das liberdades civis e especialistas na área de protecção à privacidade mostraram-se surpresos com o tamanho da base de dados do NCTC e disseram estar preocupados com a possibilidade de um grande número de pessoas inocentes estar na lista do governo.

O jornal disse que as autoridades se recusaram a dizer quantos nomes haviam sido incluídos em função do polémico programa de escutas telefónicas dentro dos EUA.



Comentário:

Será que nomes como: George W. Bush,, Dick Cheney, Paul Wolfowitz, Donald Rumsfeld, Karl Rove, Richard Perle, Colin Powell, Scooter Libby, Tom Ridge, Arnold Schwarzenegger, Newt Gingrich, Ari Fleischer, John Poindexter, Nelson Rockefeller, Trent Lott, John Ashcroft, Gonzales, Rick Santorum, Andy Card, Stephen Hadley, Darrell Issa, Armitage, Steve Hadley, Bill Kristol, Condoleezza Rice, Peter Ueberroth, McClintock, Ralph Reed, Liz Cheney, George Nethercutt Jr., Tommy Thompson e Bill Frist também fazem parte da lista?

É que, como autores materiais do orifício causado no Pentágono e da implosão das Torres Gémeas e do edifício número 7 do World Trade Center, que causaram cerca de três mil mortos, esta rapaziada merecia seguramente um lugar de destaque em qualquer lista terrorista digna desse nome.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Os Números do Holocausto


Um holocausto é para todos os efeitos uma ignomínia. Seja com quem for. Seja por que números forem.

Quanto ao holocausto judeu em particular, as fontes oficiais não parecem entender-se quanto ao número aproximado de vítimas:

Em entrevista concedida na segunda-feira à «Antena 1» pelo embaixador iraniano em Lisboa, na qual o diplomata pôs em causa a dimensão do número de vítimas do Holocausto. Mohammed Taheri afirmou que "para se incinerar seis milhões de pessoas são precisos 15 anos", considerando que a questão ainda não foi totalmente esclarecida.


A fazer fé em fontes oficiais, Taheri pode ter alguma razão:

8.000.000 – Fonte: Gabinete de investigação de Crimes de Guerra Francês, doc 31, 1945.

6.000.000 – Fonte: citado no livro “Auschwitz Doctor” de Miklos Nyiszli

4.000.000 – Fonte: citado num documento soviético de 6 de Maio de 1945 e reconhecido no julgamento dos crimes de guerra de Nuremberga. Este número foi também citado no «The New York Times» a 18 de Abril de 1945.

2.000.000 a 4.000.000 – Fonte:citado por Yehuda Bauer em 1982 no seu livro «A History of the Holocaust». Contudo, em 1989 Bauer reduziu este número para 1.600.000 a 22 de Setembro no “The Jerusalem Post”.

1.100,000 a 1.500.000 – Fonte: estimativas de Yisrael Gutman e de Michael Berenbaum no seu livro de 1984, «Anatomy of the Auschwitz Death Camp».

1.000.000 – Fonte: Jean-Claude Pressac, no seu livro de 1989 «Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers».

900.000 – Fonte: relatado a 3 de Agosto de 1990, por «Aufbau», um jornal judeu de Nova Iorque.

775.000 a 800.000 – Fonte: número revisto por Jean-Claude Pressac, avançado no seu livro de 1993, « The Crematoria of Auschwitz: The Mass Murder's Machinery».

135.000 a 140.000 – Fonte: estimativa baseada em documentos apoiados pelo “International Tracing Service” da Cruz Vermelha.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Uma história mal contada e outra história por contar
















Um amigo internauta enviou-me uma tese interessante :

A história dos cartoons dinamarqueses pode estar muito mal contada. Há quem pense que a publicação dos cartoons foi combinada entre os americanos e os europeus de modo a preparar o terreno para a invasão do Irão.

É bem possível que a publicação dos cartoons tenha sido combinada, mas, nesse caso, teria sido entre os europeus e os muçulmanos, precisamente para evitar uma guerra que nem uns nem outros querem. Os Estados que estão sob ameaça de invasão pelos americanos, ateiam a fogueira para se protegerem. Os amigos americanos estavam a empurrar a Europa para os ajudar a invadir o Irão, pois sozinhos já não o conseguem fazer. Mas com esta encenação a Europa está a tentar arranjar uma maneira de escapar: "não é altura de atacar, o que é preciso é, ao contrário, apaziguar os muçulmanos, etc...". As potências europeias tendem a servir-se da diplomacia dos países periféricos para divulgar as suas posições. O seu porta-voz de serviço foi o nosso MNE (já não é a primeira vez, a outra foi aquando da discussão do orçamento comunitário em que ele atacou a Inglaterra) que mostrou muita compreensão pela indignação dos muçulmanos. Logo a seguir Zapatero disse praticamente o mesmo na recepção a Putin. Os outros estão, agora, em posição de seguir-lhes as pegadas.

Interessante também a crónica do General Loureiro dos Santos no Publico de 10/02/2006: há alguns países interessados no armamento nuclear de potências regionais, como o Irão, para contrabalançar o poderio da super-potência americana. Só que, neste caso, Sr. General, o verdadeiro CASUS BELLI pode muito bem ser outro: no próximo dia 20 de Março vai abrir a Bolsa da Valores para o petróleo do Irão onde este passará a ser transaccionado em euros em vez de dólares.

Como por acaso, o Iraque, antes de ser invadido, ia precisamente tomar esta medida. Não é curioso que ainda ninguém tenha contado esta história?



Porquê agora o Irão?

Um novo século americano?, o Iraque e as guerras ocultas do euro-dólar - F. William Engdahl

Apesar do aparentemente rápido êxito militar dos Estados Unidos no Iraque, o dólar americano ainda está à espera de obter benefícios enquanto divisa de porto seguro. Este é um desfecho inesperado, já que muitos negociantes de divisas estavam à espera de um reforço do dólar quando fosse conhecida a vitória dos Estados Unidos. O capital está a fugir do dólar, em grande parte em benefício do euro. Muita gente começa a interrogar-se se a situação objectiva da economia americana não estará muito pior do que o mercado de acções sugere. O futuro do dólar está longe de ser uma preocupação menor que interessa apenas aos bancos ou aos negociantes de divisas. Está no cerne da Pax Americana ou, como se diz, do Século Americano, o sistema de acordos sobre o qual assenta o papel da América no mundo.

No entanto, apesar de o dólar estar a cair firmemente em relação ao euro após o fim das lutas no Iraque, parece que Washington piora deliberadamente a queda do dólar com comentários públicos. O que se está a passar é um jogo de poderes do mais alto significado geopolítico, talvez o mais sinistro, desde o aparecimento dos Estados Unidos em 1945 como líder do poder económico mundial.

A coligação de interesses que convergiu na guerra contra o Iraque, uma necessidade estratégica para os Estados Unidos, não incluiu apenas os falcões neo-conservadores altamente audíveis e visíveis em redor do secretário da Defesa Rumsfeld e do seu representante, Paul Wolfowitz. Também incluiu poderosos interesses permanentes, de cujo papel global depende a influência económica americana, tais como o influente sector energético em redor da Halliburton, da Exxon Mobil, da Chevron Texaco e doutras gigantescas multinacionais. Incluiu também os enormes interesses da indústria de defesa americana em redor da Boeing, da Lockheed-Martin, da Raytheon, da Northrup-Grumman e doutras. O objectivo destes gigantescos conglomerados da defesa e da energia não é apenas conseguir uns tantos gordos contratos do Pentágono para reconstruir as instalações petrolíferas iraquianas e encher as algibeiras de Dick Cheney ou doutros. É um jogo pela própria continuação do poder americano nas próximas décadas do novo século. Não quer dizer que [não] haja lucros no processo, mas isso é apenas um subproduto do objectivo estratégico global.

Neste jogo pelo poder, o que é menos visível é o papel de preservação do dólar como divisa de reserva mundial, factor motor principal que influenciou a ambição de Washington pelo poder sobre o Iraque nos últimos meses. Vendo bem as coisas, o domínio americano no mundo assenta sobre dois pilares — a superioridade militar esmagadora, principalmente no mar; e o controlo dos fluxos económicos mundiais através do papel do dólar enquanto divisa de reserva mundial. Cada vez é mais evidente que a guerra do Iraque foi travada principalmente por causa da preservação do segundo pilar – o papel do dólar – e não do primeiro – o militar. No papel do dólar, o petróleo é um factor estratégico.

domingo, fevereiro 12, 2006

And the winner is....



"Sim, os rapazes viram o filme «Brokeback Mountain» e agora estão ali a brincar aos cowboys"

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Alto e pára o baile - avisa Putin

Agence France-Presse – 10 de Fevereiro de 2006

O ministro da Defesa Russo, Sergei Ivanov, preveniu , numa entrevista a um jornal na quinta-feira, contra um confronto internacional com o Irão com base no seu programa nuclear, afirmando que o mesmo teria consequências irreversíveis.

Nunca permitiremos um confronto que possa conduzir a um conflito”, disse Ivanov numa entrevista ao jornal italiano La Stampa, antes das conversações entre a Rússia e o Irão em Moscovo na próxima semana acerca do controverso programa.

“Qualquer tentativa para empurrar o Irão para uma demonstração de força pode ter consequências irreversíveis”, afirmou.

Eu tenho esperança nas conversações entre a Rússia e o Irão marcadas para meados de Fevereiro com a participação provável da China”, disse.

A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) votou por levar o Irão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas por causa do seu embrionário programa de energia nuclear, o qual o Ocidente suspeita que está a ser usado para encobrir um programa de desenvolvimento de armas nucleares, uma acusação que Teerão nega.

Moscovo propôs que os iranianos levassem a cabo o enriquecimento do urânio em solo russo de forma a acalmar os receios de que Teerão produza uma bomba nuclear, ao mesmo tempo garantindo o seu acesso ao combustível nuclear.

Os dois países combinaram encontrar-se em Moscovo na quinta-feira, com a Rússia desejosa de chegar a um acordo negociado e defender os seus interesses económicos – que incluem um acordo de mil milhões de dólares para a construção do primeiro reactor iraquiano.

O Irão, que afirma desejar enriquecer urânio apenas para produzir energia nuclear, despoletou uma crise ao retomar as actividades de conversão de urânio em Agosto último e a pesquisa de enriquecimento a 10 de Janeiro.

Na segunda-feira, notificaram oficialmente a Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) que iriam retomar o enriquecimento completo de urânio, dando por fim a um congelamento de dois anos dos trabalhos em resposta à votação da Agência em levar o problema ao Conselho de Segurança.

Afirmam que o seu programa nuclear é apenas para energia, enquanto os Estados Unidos e a União Europeia acreditam que o Irão está a tentar desenvolver armas atómicas.

Ivanov estava em Itália a participar a uma reunião dos ministros da defesa da NATO na Sicília.



Comentário:

Se somarmos estas declarações de Ivanov sobre o Irão (com o apoio da China), ao convite de Putin ao Hamas para se deslocar a Moscovo a fim de debater o processo de paz no Médio Oriente, somos levados a pensar que os passeios triunfais de Bush pelo Médio Oriente e pela Ásia Central podem ter os dias contados.

Se Sharon não estivesse já em estado vegetativo, arriscava-se a ter um enfarte.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Cartoons = Psyops




Os partidos da oposição criticaram hoje o conteúdo do comunicado do ministro dos Negócios Estrangeiros sobre as polémicas caricaturas do profeta Maomé, acusando Freitas do Amaral de ter omitido a condenação da violência e a solidariedade para com a Dinamarca.


Quem é afinal este Freitas do Amaral que se recusa a condenar a violência contra os «cartoons dinamarqueses»?

No seu livro «Do 11 de Setembro à crise do Iraque», Freitas do Amaral teve a lata de afirmar:

A administração Bush segue métodos «de extrema-direita», comparáveis aos de Hitler, Salazar, Franco e outros «ditadores e extremistas que colocam a soberania nacional acima do Direito Internacional». No prefácio de um livro agora concluído - Do 11 de Setembro à crise do Iraque -, Freitas desafia os aliados a terem «coragem e espinha dorsal para não se sujeitarem a ser mandados». E avisa que a Europa «tem o dever de tentar travar o belicismo americano».

A comparação de Bush com Hitler assenta no alegado desrespeito dos EUA pelo Direito Internacional e pela ONU, na sua convicção de que têm como missão dominar o mundo, na recusa em reconhecer aos terroristas o estatuto de prisioneiros de guerra e na reedição da «aliança entre o trono e o altar».

Recusando estar a virar à esquerda, Freitas lembra que «pode ser-se pró-americano e conjunturalmente anti-Bush».
Na Rússia, Zhirinovsky afirmou que os cartoons ofensivos constituem uma planeada "psyop" (operação, na qual, informação fabricada para influenciar a opinião pública é disseminada em território inimigo) levada a cabo pelos Estados Unidos com o objectivo de provocar um contencioso entre a Europa e o Mundo Islâmico.

A possibilidade de motins fabricados deve ser cuidadosamente considerada. Os três cartoons mais ofensivos que causaram a indignação nem sequer foram publicados no jornal «Danish Jyllands-Posten» mas foram acrescentados e distribuídos por imãs dinamarqueses que «circularam as imagens pelos seus irmãos nos países muçulmanos – segundo o London Telegraph.

É também muito suspeito que Muçulmanos na cidade de Gaza e noutros lados tenham tido acesso a um fornecimento completo de bandeiras dinamarquesas para queimar em frente dos media mundiais logo que a controvérsia rebentou.


Comentário:

Freitas recusa-se a condenar a Dinamarca. Será que existe de facto uma enorme maquinação por forma a preparar um ataque ao Irão? Ao nível da «Gripe da Aves»? Ao nível das «armas de destruição maciça do Iraque»? Ao nível do «11 de Setembro»?

Não faço idéia. Reconheço apenas que depois de tudo isto (e mesmo antes), se visse uma dinamarquesa à minha frente, com ou sem cartoons, nem sei o que é que lhe fazia...

domingo, fevereiro 05, 2006

Peter Power? - Nem vê-lo!


TSF Online - 2 de Fevereiro de 2006

GRÃ-BRETANHA - Perigo «real» de ataques terroristas

Num relatório enviado ao Parlamento inglês, o responsável da comissão, Lorde Carlile, disse que viu «informação suficientemente alarmante para voltar a frisar ao público inglês que existe um perigo real e imediato de haver mais ataques terroristas chocantes como aqueles que se verificaram em Julho do ano passado».

Lorde Carlile, que pertence ao Partido Liberal-Democrata mas foi nomeado como independente para esta comissão formada pelo governo, afirmou ainda aos deputados que «novos ataques de suicidas bombistas devem ser esperados e é impossível dizer quais serão os alvos».


Relembremos o dia 7 de Julho de 2005:

O diálogo seguinte teve lugar na tarde do dia dos atentados (7 de Julho de 2005) na rádio da BBC 5. O repórter da BBC entrevistou Peter Power, Director Chefe da empresa Visor Consultants, que se define a si própria como uma empresa de consultoria para a “gestão de crises”. Power é um ex-funcionário da Scotland Yard:

POWER: Às nove e meia da manhã estávamos efectivamente a realizar um exercício, utilizando mais de mil pessoas, em Londres, exercício esse baseado na hipótese de acontecerem explosões simultâneas de bombas, precisamente nas estações de metro onde elas aconteceram esta manhã, por isso ainda estou estupefacto.

BBC: Sejamos claros, você estava e efectuar um exercício para testar se estavam à altura de um acontecimento destes, e ele aconteceu enquanto faziam o exercício?

POWER: Exactamente, e foi cerca das nove e meia da manhã. Nós planeámos isto para uma empresa, que por razões óbvias não vou revelar o nome, mas eles estão a ouvir e vão sabê-lo. Estava numa sala cheia de gestores de crises e, em menos de cinco minutos, chegámos à conclusão que aquilo era real, e portanto passámos dos procedimentos de exercícios de crise para uma situação real.



Peter Power

O Sr. Power repetiu estas declarações na televisão (ITN). O clip de vídeo de dois minutos está disponível aqui.

Comentário:

Dados os antecedentes infelizes de Peter Power, o mais sensato, se estivermos a passar férias na Grã-Bretanha, será procurar a maior distância possível entre nós e o infortunado simulador de exercícios terroristas. O homem devia ir à bruxa!

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Demolição ou terremoto?


En Estados Unidos, los «Científicos por la Verdad sobre el 11 de Septiembre» (Scholars for 9/11 Truth) ponen en duda la versión oficial sobre los atentados del 11 de septiembre, señalando que ésta «viola los principios de la física y de la ingeniería».

Después de varios años de investigaciones y la publicación de artículos y libros, esta asociación de universitarios, que reúne a personalidades del mundo científico y de medios militares, está convencida de que el World Trade Center sólo pudo ser destruido mediante una demolición controlada.

Las investigaciones han llevado a estos científicos a la conclusión de que el gobierno estadounidense no sólo sabía de los atentados sino que los planificó. Ahora se han dado a la tarea de utilizar todos los medios a su alcance, como la organización de conferencias y la publicación de artículos, para hacerlo saber al pueblo.

Esta asociación, a la que pertenecen unas cincuenta personalidades, fue fundada por David Ray Griffin, ex profesor de teología y autor de The New Pearl Harbor (2004) y The 9/11 Commission report: omissions and distorsions (2004).

La dirige Morgan Reynold, profesor emérito de economía en la Universidad A&M, de Texas, y ex consejero del presidente George W.Bush.

La asociación cuenta además con el apoyo de Andreas Von Bulow, ex ministro alemán de Investigación y Tecnología, autor de «Die CIA und der 11 September. Internationaler Terror und die Rolle der Geheimdienste» y miembro de Axis for Peace.

En 2005, el millonario Jimmy Walter ofreció un millón de dólares a quien logre probar que las Torres Gemelas del World Trade Center pudieron desplomarse sin la utilización de explosivos. Ni siquiera los propios expertos oficiales se han atrevido a tratar de aceptar el reto. Nadie ha reclamado el premio.



Comentário:

Estava tentado a sugerir que as torres gémeas podiam ter sido fruto de um terremoto controlado em vez de uma demolição controlada e abichar, deste modo, o milhão de dólares do Jimmy Walter. Mas dê por onde der vou parar aos mesmos de sempre.


Ya no es imposible provocar temblores y otros desastres “naturales” con las características del Tsunami que mató decenas de miles de inocentes. El Programa HAARP, impulsado por las fuerzas militares de Estados Unidos, es un claro ejemplo de esta situación.

El 28 de abril de 1997, en una charla sobre "Terrorismo, Armas de Destrucción Masivas y Estrategia Estadounidense”, William Cohen, entonces Secretario de Defensa de Estados Unidos, afirmó que “…nuestros enemigos poseen tecnología electromagnética, la cual puede alterar el clima, programar terremotos y volcanes, usando las antiguas ondas electromagnéticas."